terça-feira, maio 31, 2011

Entendendo a Eng° Petróleo - Engenharia de Produção


A Engenharia de Produção de Petróleo está relacionada ao conjunto de tecnologias e técnicas que envolvem os processos de elevar e escoar a produção multifásica (óleo, gás e água) do fundo do poço até a facilidade de produção, bem como os processos físico-químicos que promovem a separação das fases dentro de rigorosas especificações e posterior transporte da produção para os terminais. O engenheiro deve conhecer como ninguém o comportamento dos fluidos e suas propriedades para que o seu escoamento seja feita através dos melhores métodos possíveis.

Em poucas palavras, é o Engenheiro responsável pela otimização os métodos de elevação do petróleo até a plataforma.

Engloba as seguintes atividades:
Viabilizar a produção de óleo e gás, garantindo o escoamento desta produção em campos terrestres e marítimos.
Analisar as propriedades dos fluidos, comportamento das fases, fluxo de óleo e gás no reservatório.
Avaliar quais métodos de elevação artificial serão empregados, tais como Gás Lift, BCP (Bombeio por Cavidades Progressivas), BM (Bombeio Mecânico)
Examinar toda a cadeia de produção do óleo até o momento da transferência para os navios.


Elaborar instalação de poços horizontais e multilaterais.

Criação e instalação de aplicações para controle de areia, como gravel packing, frac packing, tubos ranhurados.
Otimizar a completação e projetar o workover.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Mercado offshore é tema da VII Semana da Administração da Salesiana



Com o tema “Administração de negócios offshore - Desafios e oportunidades para o administrador”, a Faculdade Salesiana de Macaé (FSMA) promove a VII Semana de Administração, que acontece de 31 de maio a 2 de junho, nas dependências da instituição. O evento reúne palestras e debates com especialistas e é organizado pelos alunos do curso, sob a orientação do professor da disciplina Gestão de Eventos Empresariais, Marcelo Ficher. A entrada é franca.

Conforme explica Ficher, a Semana da Administração está alinhada à realidade geopolítica de Macaé e região, tendo em vista os planos de investimentos do setor de petróleo e gás para os próximos anos. “O aumento da produção de petróleo, gás e seus derivados confirma a necessidade de profissionais atualizados e com conhecimentos específicos nas áreas de atuação deste segmento da indústria”, avalia.

A proposta é oferecer aos estudantes, profissionais do setor e demais interessados, um aprendizado útil e relevante para o sucesso na vida pessoal e profissional. O público diário é estimado entre 100 e 150 pessoas.

Confira a programação:


Dia 31 - Terça-feira
18h30 – Abertura oficial
19h – Debate “As especificidades do negócio offshore em três tempos”:
• Gestão estratégica de Logística Offshore - Fabrício Cabral (Brasdrill)
• Desafios do Gerenciamento de Projetos OffShore - Ricardo Daros (Petrobras)
• Os contratos offshore - Fabiano Andersson (Faculdade Salesiana, Petrobras)
20h30 – Coffee break
20h45 – Palavra aberta ao público

Dia 1º - Quarta-feira
18h30 – Debate “Sustentabilidade nas empresas offshore - como gerar riqueza com responsabilidade social”:
• Economia Solidária e RSE nas empresas offshore, as conciliações possíveis - Mário Max (SEBRAE, Macaé)
• Sistema de Gestão Integrado: o caso da SBM Offshore - Aristóteles José Riani Costa (Laboratório de Cidadania, Consultor do SEBRAE)
• Por que investimos em Responsabilidade Social? - Cynthia Maranhão, Andresa Oliveira (SBM Offshore)
20h30 – Coffee break
20h45 – Palavra aberta ao público

Dia 02 - Quinta-feira
Gestão offshore: as contribuições da pesquisa acadêmica
18h30 – Mostra de Trabalhos Universitários com administradores formados pela FSMA:
• O gestor e o seu papel na administração de conflitos - Cleonice Azevedo Jardim (Personal Service)
• Gestão de fornecedores onshore e offshore: Uma análise do Programa de Melhoria e Desenvolvimento de Fornecedores da empresa KWY - Adriano Silva Henrique (Manchester)
• Repetro: uma análise sobre o nível de conhecimento de funcionários da área de logística na cidade de Macaé - Carla Karem da Silva Bello (Schahin Petróleo)
20h – Palestra “Desafios e oportunidades para o administrador” - Mauro Destri (Faculdade Salesiana/Petrobras)
21h - Coquetel de encerramento

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

segunda-feira, maio 30, 2011

Entendendo a Eng° de Petróleo - Analista de Perfis


Bom dia Leitores,
Hoje na coluna Entendendo a Engenharia de Petróleo, falarei sobre uma área importante e essencial na etapa de perfuração de poços, que é a análise dos perfis da formação.

O Analista de perfis é um profissional formado em geologia, geofísica ou engenharia de petróleo e atua diretamente na descobertas de reservatórios de petróleo.
Na Petrobras o responsável pela avaliação dos perfisa poço aberto são formados, essencialmente, em geologia, enquanto nas empresas prestadoras de serviços, geralmente, pode ser realizado por geólogos e engenheiros.
Esse profissional lida com informações muito valiosas para engenheiros de reservatórios, engenheiros de poços, técnicos de perfuração e técnicos de fluidos de perfuração.

Para compreender como esse profissional atua, é necessário entender o conceito de perfilagem. A perfilagem é realizada com o objetivo principal de fornecer um registro contínuo e confiável das propriedades físicas ao longo do poço, através de equipamentos especiais.
A partir das informações obtidas nesses equipamentos, é possível identificar zonas produtivas, distiguir óleo, água, gás de um reservatório e estimar reservas de hidrocarbonetos.

Engloba as seguintes atividades:

Analisar e interpretar de diversos perfis (Raio Gama, Sônico, Resistividades, Densidade, Porosidade Neutrônica).
Relacionar as respostas dos equipamentos com litologia, presença de hidrocarbonetos.
Determinar as propriedades da formação e relacionar com as informações dos equipamentos.
Definir quais métodos serão utilizados de acordo com as características da formação e da lama de perfuração.
Desenvolver ferramentas para obter informações precisas da formação.
Verificar se as informações obtidas podem ser aplicadas aos poços próximos.
Relacionar as informações dos equipamentos com as informações dos testemunhos de sondagem.

Os primeiros registros de perfilagem de poços foram realizados pelos irmãos Schlumberger que trabalharam em pesquisa geofísica de eletroresistividade de superfície. Atualmente, as maiores empresas de perfilagem são Halliburton, Schlumberger e Baker Hughes.

No Rio de Janeiro a Universag, tem um curso específico para quem está interessado em perfilagem de poços de petróleo.
Clique aqui , para saber mais sobre o curso.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Brasil precisa investir R$ 804 bi em infraestrutura para 2014


Até 2014 está prevista a entrada de mais R$ 804 bilhões por aqui para tanto, em áreas como eletricidade, petróleo e gás, logística, transporte e saneamento. Isto dá uma média de R$ 116 bilhões a cada ano.

Porto Alegre

O porto-alegrense Beira Rio é uma exceção dentre os estádios que abrigarão jogos, por ser privado. Ele pertence ao Internacional, um dos dois grandes clubes gaúchos. Sua reforma está orçada em R$ 290 milhões. Até agora, foi gasto na mesma R$ 30 milhões apenas.

Pensando nisto, o secretário extraordinário da cidade para a Copa, João Bosco Vaz, lamentou que os empresários locais ainda não tenham despertado para a importância do evento. "Não se trata só de jogos, trata-se de investimentos, que se guiam por três eixos: os estádios e seus entornos, as exigências da Fifa e as obras de infraestrutura. É uma oportunidade de ouro para investir, um momento de realizar. Porto Alegre é o 3º destino do País em turismo de negócios, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. Vamos alavancar isto", conclama ele. Bosco Vaz destaca os benefícios que ficarão após a competição, como o resgate do saneamento básico na cidade. A capital do Rio Grande do Sul já tem R$ 600 milhões contratados para obras. Hoje, apenas 27% da rede de esgoto local é tratada. Com tal aporte, a expectativa é que em 2014 tal índice pule para 80%.

Curitiba

Cidade-modelo do País em se tratando de urbanismo, a capital paranaense precisará, para ter pronto seu estádio em 2014 (a Arena da Baixada), de R$ 220 milhões. As obras ainda não começaram. A boa notícia é que a cidade está com um projeto de criação de sua 1ª linha de metrô, que terá 14 Km de extensão e 21 estações. O investimento nela será de R$ 2 bilhões. O Governo Federal e a Prefeitura estão ainda disponibilizando recursos de R$ 463 milhões para a Copa, dos quais R$ 70 milhões irão para a reforma do aeroporto local, destacou o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Cléver Teixeira.

São Paulo

E há, é claro, a arena onde (ao menos em tese) deverá ocorrer a abertura dos jogos: o Itaquerão, em São Paulo, como vem sendo chamado o estádio que o maior time do País, o Corinthians, quer erguer na zona leste da cidade. A estimativa é que ele vá custar perto de R$ 1 bilhão. Nada foi feito ainda no local.

No evento, o secretário especial de Articulação para a Copa da Prefeitura paulistana, Gilmar Tadeu, afirmou que R$ 23 bilhões serão aportados em infraestrutura na cidade visando 2014. Espera-se que 600 mil turistas estrangeiros aportem na metropole na ocasião, o que gerará 332 mil empregos permanentes e outros 381 mil temporários. O secretário destacou ainda a importância de se aumentar a rede de hospedagem local: hoje a capital paulista conta com 105 mil leitos em hoteis. Muitas mais serão necessários à época do Mundial.

Estádios, estradas, sistemas de transporte e hoteis, no entanto, demandam mais que cifras para erguerem-se sobre o chão. É o que alerta Lima Terra, da Abdib: "Dinheiro e excelência em engenharia o Brasil possui. O que nos falta, no momento, são trabalhadores em larga escala e, em especial, gestão de melhor qualidade, tanto pública como privada". E um marco legal mais flexível, bem como menos desconfiança, acrescenta Cléver Teixeira: "Temos de prestar contas a uma gama enorme de órgãos a cada passo que damos. Há gente demais fiscalizando nosso trabalho e gente de menos nos ajudando a trabalhar nestas obras para 2014."

Ainda assim, os executivos reunidos ontem mostraram-se confiantes. "Sou otimista, vamos conseguir", disse Bosco Vaz. "Até porque não temos um plano B: os jogos serão aqui, precisamos estar prontos. Mas, se não houvesse tanta lentidão gerada pelas leis de licitação, de edificação e ambientais do País, eu estaria um pouco mais tranquilo", confessa ele.

Fonte: http://www.dci.com.br/

domingo, maio 29, 2011

Pesquisa revela que Engenharia de Petróleo é a carreira mais promissora




A maioria dos empresários brasileiros tem intenção de aumentar o quadro de funcionários até 2015. É o que revela a pesquisa "Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2015", realizada pelo Sistema Firjan, em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), junto a 415 indústrias em todo o país, com um total de 495.825 trabalhadores. O estudo aponta que 80% dos entrevistados pretendem contratar.

A intenção do empresariado é medida pelo índice de perspectivas profissionais, que tem uma variação de -1 a um ponto. De acordo com a pesquisa, o indicador refletiu maior aumento na expectativa das oportunidades para a área operacional das indústrias, com 0,51. A área de gestão, por sua vez, registrou um índice de 0,48. Nas duas áreas, diz o estudo, as dez profissões que apresentaram os maiores índices de perspectivas profissionais são:
Engenheiro de Petróleo (0,83)
Engenheiro Ambiental (0,75);
Técnico em Produção
Conservação e qualidade de alimentos (0,73);
Ajudante de obras civis (0,72);
Analista de sistemas computacionais (0,70);
Trabalhador da fabricação de cerâmica estrutural para construção (0,70);
Técnico de produção de indústrias químicas, petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins (0,69);
Técnico em fabricação de produtos plásticos e de borracha (0,67);
Técnico florestal (0,67)
Técnico em manipulação farmacêutica (0,67).
Com isso, o destaque foi para os setores ligados a petróleo e petroquímica, construção civil e meio ambiente.

A pesquisa aponta ainda que é cada vez maior a exigência de formação e qualificação para a obtenção de emprego dentro das profissões destacadas. No contexto dos trabalhadores da produção, por exemplo, há forte tendência de limitação do acesso às carreiras dessa natureza para trabalhadores que não tenham especialização (curso técnico) ou curso superior. As duas formações são requisitos preponderantes para 91% das carreiras analisadas, segundo os entrevistados.

Outro estudo realizado pelo Sistema Firjan no segundo trimestre de 2010 mostra que as áreas promissoras no Rio de Janeiro estão relacionadas à cadeia produtiva de petróleo; infraestrutura industrial e urbana; serviços pessoais, turismo e hospitalidade; e economia criativa (tecnologia da informação, audiovisual, design, moda). De acordo com a pesquisa de "Nível de Atividade e Perspectivas das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro", no setor produtivo, a área que mais contratará nos próximos meses é a de produção (mecânica, solda, eletricidade, automação), apontada por 60,4% dos empresários entrevistados na pesquisa.

Veja as áreas com melhores oportunidades por regiões do Estado do Rio:

Capital - petroquímica, farmacêutica, alimentos e bebidas, metalurgia/siderurgia, indústria criativa e construção civil.
Baixada (Nova Iguaçu e cidades vizinhas) - construção civil, alimentos, química (perfumaria e cosméticos), madeira e mobiliário e material de transporte (automotiva).
Baixada (Duque de Caxias e cidades vizinhas) - petroquímica, construção civil e móveis.
Centro Norte - bebidas, têxtil/vestuário e construção civil.
Norte- petróleo e gás, construção civil, alimentos e biocombustíveis.
Noroeste - vestuário (jeans), pedras ornamentais, papel e celulose, construção civil e alimentos.
Leste - petroquímica (Comperj), material de transporte (naval), construção civil e farmacêutica.
Serrana - telecomunicações (hardware, software), têxtil, material de transporte (aeronaves), bebidas, têxtil/vestuário e construção civil.
Sul Fluminense - material de transporte (naval/automotiva), metalurgia/siderurgia, construção civil, petroquímica (coque).

Fonte: O Globo

Entendendo a Engenharia de Petróleo - Eng° de Reservatórios





A Engenharia de Petróleo envolve o desenvolvimento das acumulações de óleo e gás descobertas durante a fase de exploração de um campo petrolífero, sendo associada, primordialmente, à área de explotação. Apesar de sua característica marcante, a multidisciplinaridade, a Engenharia de Petróleo pode ser dividida em três áreas básicas de atuação: Engenharia de Reservatórios, Engenharia de Poços e Engenharia de Produção. No entanto, como são muitas as informações, hoje só falaremos da Engenharia de Resevatórios.

Engenharia de Reservatórios

O Estudo da Engenharia de Reservatórios é realizado visando a retirada de fluidos de dentro das rochas reservatório, permitindo com que esses fluidos cheguem até a superfície. Na Engenharia de Reservatórios também são estudadas as características da jazida, a litologia, a propriedade dos fluidos contidos nas rochas, a maneira como estes fluidos interagem no interior das rochas e as leis físicas que regem o movimento dos fluidos no seu interior. O objetivo principal é maximizar a produção de hidrocarbonetos com o menor custo possível.

Engloba as seguintes atividades:


Conhecer o fluido contido no reservatório (viscosidade, composição da mistura,densidade...);
Conhecer as propriedades da rocha-reservatório (porosidade, permeabilidade, capilaridade, saturação...);
Estimativa da Reserva: desenvolver um modelo teórico do reservatório que traduza o comportamento passado e possibilite a previsão futura deste reservatório (baseando-se no histórico de produção utilizando-se de modernos simuladores de fluxo...);
Estudar e conhecer os mecanismo de produção do reservatório (gás em solução, capa de gás, influxo de água, mecanismo combinado, segregação gravitacional...)
Gerenciar, planejar, desenvolver e acompanhar os campos.
Estudar e propor método de recuperação secundária e/ ou avançada de petróleo (recuperação com injeção de água, injeção de gás, recuperação térmica com vapor, combustão “in situ”, com ação de polímeros...).
Estudar o comportamento do fluido no interior da rocha reservatório (como se comporta a pressão do reservatório durante a produção do fluido nele contido...).

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Conheça as carreiras em alta com a exploração do Pré-Sal



Investimentos da Petrobras até 2013 vão exigir qualificação de 207 mil pessoas. Só a companhia abrirá 8 mil cargos no período.


Localizado a 300 quilômetros da costa brasileira, o petróleo presente na camada do pré-sal pode colocar a reserva de petróleo do Brasil entre as dez maiores do mundo. A indústria petrolífera não será a única beneficiada. A expectativa é de que a atividade influencie todo mercado de trabalho brasileiro. Saiba como aproveitar essa nova roda de oportunidades.

Para atender a demanda da exploração do pré-sal, o Brasil precisará de um batalhão de profissionais de todos as áreas e níveis de escolaridade - de operadores de sonda a engenheiros altamente especializados, passando por geólogos, mergulhadores, oceanógrafos, especialistas em robótica e ambiente. Só a Petrobras deve abrir 8 mil novos cargos até 2013. Mas ela não será a única beneficiada com a maré de novos empregos previstos para o setor.

De acordo com estudo feito pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), até 2013, o Brasil precisa investir na qualificação de 207 mil profissionais de 185 categorias para atender a demanda da cadeia de fornecedores da indústria do petróleo. Desses, apenas 6% são de nível superior e 34%.

O número foi obtido com base na projeção de investimentos já aprovados para os projetos de ampliação da produção da Petrobras até 2013. O Plano de Negócios da companhia para esse período inclui ampliação do parque de refinarias e expansão da malha de gasodutos, entre outros.

Mas a extração dos estimados 100 bilhões de barris de petróleo localizados na camada do pré-sal é a principal aposta da empresa. Nos próximos quatro anos, a empresa terá investido 28 bilhões de dólares na área.
"Precisaremos de profissionais para todas as etapas das obras que vamos empreender", afirma o superintendente de planejamento e pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Florival Rodrigues de Carvalho.

Demanda por engenheiros
O governo precisará apoiar a formação de pelo menos 15.421 profissionais da área engenharia, entre técnicos e de nível superior. Mas esse número não representa o total de mão-de-obra que será necessária para movimentar a produção de petróleo e gás natural do País.
Engenheiros de reservatório, segundo o superintendente Florival Rodrigues de Carvalho, serão essenciais nesse novo campo de atividade petrolífera. Esses profissionais, segundo ele, serão os responsáveis por identificar a presença, capacidade e tipo de óleo presente nos reservatórios da camada do pré-sal.

Por outro lado, levar esse petróleo extraído a 300 quilometros da costa para as refinarias será outro desafio da atividade. Com isso, a demanda por profissionais ligados à área de logística e à industria naval devem crescer exponencialmente. "Eles serão demandados de acordo com os desafios tecnológicos do novo tipo de exploração", diz.

A criação de carreiras ligadas à geologia e à geofísica estão entre as principais prioridades da Petrobras para atender a demanda da exploração do pré-sal. Engenheiros de petróleo, naval e submarino também estão na lista de cargos essenciais para a atividade.

"Nossa estrutura administrativa já está firmada. A meta é investir para explorar e produzir mais. Por isso, no momento, o foco é para as carreiras técnicas", afirma a gerente de Planejamento e Avaliação de Recursos Humanos da Petrobras, Mariângela Mundim.


De acordo com Bruno Musso, superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, as contratações devem se concentrar nas regiões sudeste e nordeste, onde estão as principais reservas de petróleo e investimentos em refinarias, respectivamente. Isso não quer dizer que o crescimento será pequeno em outras regiões, diz.

Na próxima página, confira a lista das dez carreiras essenciais para a exploração do pré-sal dentro da Petrobras e das 185 categorias que serão foco dos cursos de qualificação do Prominp nos próximos quatro anos.

Confira as dez profissões essenciais para a exploração do petróleo da camada do pré-sal, segundo a Petrobras:
1. Geólogo
2. Geofísico
3. Engenheiro de petróleo
4. Engenheiro naval
5. Engenheiro submarino
6. Engenherio de processamento
7. Técnico de projeto
8. Técnico de construção
9. Técnico de montagem
10. Técnico de operação e de manutenção.

Fonte: Portal Exame

sábado, maio 28, 2011

Muito petróleo, poucos profissionais



Ipea estima que, nesta década, faltarão engenheiros capacitados no setor, sobretudo para o pré-sal. As chances também são muitas para os cargos de níveis médio e técnico. Por isso, há empregos praticamente garantidos para especialistas dessa área. E ainda dá tempo de se capacitar

O fenômeno pode ocorrer devido aos altos índices de desvio de função registrados nessas áreas. A pesquisa aponta que, entre os graduados, apenas 38% atuam na especialidade para a qual se formaram. Considerada apenas a necessidade para o setor de petróleo e gás, que será o de maior crescimento (de 13% a 19%, segundo o Ipea), há vagas para as mais diversas funções, também em níveis médio e técnico. Segundo a Petrobras, existem hoje mais de 175 especialidades diferentes de atuação, desde a extração até o refino do combustível.

As oportunidades são para cidades ou estados que têm atividade in loco — como Rio de Janeiro, Pernambuco, Manaus e Maranhão — e exigem conhecimentos bem específicos, como soldar um tubo de condução de petróleo, montar andaimes e operar escavadeiras. Em alguns casos, é necessário ficar longe da família e exercer funções em lugares remotos. Tantas dificuldades são compensadas nos bons salários. Um iniciante de nível médio/técnico, por exemplo, ganha R$ 1,7 mil, enquanto o de nível superior recebe cerca de R$ 2,7 mil. Um profissional mais experiente, com diploma técnico, embolsa aproximadamente R$ 8 mil mensais. Já os trabalhadores seniores, graduados e com especializações têm salários de R$ 20 mil ou mais.

A demanda é tão grande e a mão de obra tão escassa que o governo deu início, em 2003, ao Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). “Por meio do Plano Nacional de Qualificação Profissional, os interessados podem participar de uma seleção, lançada em edital no site http://www.prominp.com.br/ . Eles são treinados recebendo uma bolsa que varia de R$ 300 a R$ 900”, alerta a gerente-executiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Mônica Côrtes de Domenico. Depois de concluir o curso em um dos 80 parceiros do programa, como o Senai, é possível incluir o currículo em um banco de talentos, procurado pelas mais diversas empresas.

Na capacitação, podem ser formadas pessoas de todos os níveis, inclusive engenheiros que queiram se especializar em áreas específicas. “Os cursos nos dão um bom parâmetro. Eles já chegam com alguma experiência e isso é muito positivo. Mas, na maioria dos casos, contratamos as pessoas para ensiná-las na prática. Elas demonstram o interesse e fazemos um serviço de investimento a médio e longo prazo”, relata Cristiane Mendes, analista de Recursos Humanos da Queiroz Galvão Óleo e Gás.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Petróleo do Brasil Produção acelerada



A meta de produção de barris de petróleo do Brasil, até 2014, apenas para a exploração da camada do pré-sal, é de 241 mil por dia. Em 2020, esse número sobe para 1,078 milhão barris/dia. Só para a empresa, até 2013, está previsto um aumento de quantitativo de pessoal por meio de concurso público de 6 mil pessoas, além de 800 mil empregos indiretos, segundo a Petrobras. A mais recente seleção aberta direcionada ao setor é a da Transpetro, com 386 vagas para auxiliar de saúde, eletricista, mecânico, moço de convés, moço de máquinas, cozinheiro e taifeiro. As inscrições vão até 6 de junho no site http://www.transpetro.com.br/

Em Brasília, as capacitações estão nas formações de nível superior. Há três anos, por exemplo, além dos cursos de engenharia comuns, a Universidade de Brasília (UnB) criou a formação em engenharia de energia. Com uma visão ampla para atender os mercados das mais diversas formas de geração de energia, como as renováveis e não renováveis, a formação tem matérias específicas e abrangentes para uma forte formação química. “Os alunos aprendem muito sobre essa área de petróleo, refinaria, como transformar petróleo em gasolina, diesel. É um mercado de trabalho muito amplo e eles terão uma noção de todas as áreas, inclusive sobre a preservação do meio ambiente, essencial nos dias atuais”, ressalta o coordenador do curso de engenharia de energia na UnB/Gama, Manuel Barcelos.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Bolsa de gratuidade em Minicurso de Dobras e Falhas



A promoção Bolsa Integral oferece duas bolsas gratuitas para o minicurso "Interpretação e predição de dobras e falhas em regimes compressivos e distensionais", que será ministrado pelo Dr. Mario Neto Cavalcanti de Araújo (Petrobras), de 1º a 3 de junho de 2011, no Rio de Janeiro.

A iniciativa é uma parceria entre o Portal Geofísica Brasil e a Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP) voltada para a difusão de conhecimentos técnicos e o desenvolvimento de estudantes e profissionais com forte interesse na área de Petróleo e Gás.

Apenas usuários cadastrados no Portal Geofísica Brasil podem participar desta promoção.

Para participar, siga corretamente as instruções abaixo:

1) Cadastre-se no site www.geofisicabrasil.com (caso ainda não seja usuário);

2) Escreva um texto original entre 500 e mil caracteres com o seguinte tema:
"A importância de falhas e dobras para a interpretação sísmica"

3) Envie seu texto até as 12 horas do dia 17 de maio de 2011 para o endereço eletrônico bolsas@geofisicabrasil.com, informando também seu nome completo, nome de usuário no Portal Geofísica Brasil, profissão, formação acadêmica, endereço eletrônico (igual ao fornecido ao Portal Geofísica Brasil) e o número do telefone para contato (com DDD);

4) Os textos serão avaliados por especialistas. Os autores dos melhores trabalhos concorrerão a duas bolsas integrais no valor equivalente ao da inscrição (R$ 1.500,00) para assistir gratuitamente o minicurso oferecido pela ABGP com direito a certificado de participação;

5) O resultado da promoção será publicado no dia 20 de maio de 2011 no Portal Geofísica Brasil.

6) A bolsa compreende apenas a gratuidade no valor da inscrição e não inclui despesas pessoais de hospedagem e transporte dos contemplados até o local do evento;

7) O candidato que não morar no Rio de Janeiro, deverá ter capacidade de se deslocar até o local do minicurso e se manter por conta própria durante o curso;

8) Os candidatos contemplados serão procurados por telefone e deverão confirmar imediatamente sua presença no minicurso;

9) Serão contemplados com a bolsa integral os participantes que confirmarem presença assim que forem contatados por telefone;

10) Serão realizados tantos contatos quantos forem necessários até que um candidato confirme presença, preenchendo assim as duas vagas disponíveis.

Parceria
A promoção "Bolsa Integral" é uma parceria entre o Portal Geofísica Brasil e a Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP) e tem como principal objetivo divulgar os minicursos promovidos pela ABGP, entidade voltada para a difusão de conhecimentos técnicos e o desenvolvimento de estudantes e profissionais com forte interesse na área de Petróleo e Gás.

O minicurso "Interpretação e predição de dobras e falhas em regimes compressivos e distensionais", será ministrado pelo Dr. Mario Neto Cavalcanti de Araújo (Petrobras), de 1º a 3 de junho de 2011, na sede da BQ - Rua São José 40 - 12º andar - Centro, Rio de Janeiro, das 9hs às 17hs.

Para saber mais sobre o minicurso "Interpretação e predição de dobras e falhas em regimes compressivos e distensionais", oferecido pela ABGP, clique aqui.

Mais informações com Mônica Figueiredo, diretora executiva de Eventos e Novos Projetos da ABGP. Telefone: (21) 2215-2353; Celular (21) 7701-6926; E-mail: abgp@abgp.com.br - monica@abgp.com.br

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

sexta-feira, maio 27, 2011

Cadastro de Currículo nas principais empresas de petróleo


Como poderão ver não há informações sobre todas as empresas. Peço que enviem informações por email ou mesmo através dos comentários sobre mais processos seletivos, para deixar o post ainda mais completo e servir de consulta para outros estudantes e profissionais.

Adeilton Primo Petróleo & Gás deseja boa sorte todos.


Baker Hughes
Está sempre em busca de estagiários de engenharia, principalmente no Rio de Janeiro e Macaé. Necessário registro no site.

Brasil Supply

Chemtech
Não há um programa de estágio e nem mesmo de trainee. A contratação ocorre geralmente através do bom desempenho dos estudantes no Trilha do Sucesso. Está com um contrato grande para atuar no pré-sal.

Chevron
Há um link para oportunidades no site, porém já utilizou os serviços da CIA de Talentos para realizar a seleção dos candidatos.

Engepet
Nunca soube de processo seletivo para estágios, porém a empresa ainda está recrutando Engenheiros de Petróleo para atuarem na região norte e nordeste.

ExxonMobil
Realiza programa de estágio, geralmente no segundo semestre de cada ano, sempre através do site.

Halliburton
Não há programa de estágio definido. Quando abre uma vaga, busca-se o candidato no banco de currículos.

OGX
A melhor forma de concorrer é manter sempre o currículo atualizado na base de dados.

Petrobras
O programa de estágio não é feito via internet. No site há informações da documentação e dos postos de inscrição. Assim que aberto uma oportunidade, os estudantes são chamados para as entrevistas.

Queiroz Galvão
Geralmente a procura de profissionais experientes. Dilvulga as oportunidades na internet e não fez processo seletivo para estagiários ou trainees, porém vale pena cadastrar seu currículo no site.

Radix Engenharia
A empresa conseguiu um contrato para atuar no pré-sal e divulga suas oportunidades através do twitter e do facebook. É importante manter sempre o currículo atualizado no site.

Repsol
Há programa de trainees e de estágio. Divulga a abertura dos programas na internet e é sempre realizado através do site.

Schlumberger
Existem algumas formas de receber currículo na SLB, porém a principal é através do site. Principalmente se você está interessado no estágio de férias ou então no Programa de Trainees. É necessário registro no site.

Shell
Realiza programa de estágio duas vezes ao ano, sempre através do site.

Statoil
Há programa de estágio e deve acontecer no primeiro semestre de 2011.

Technip
Há um programa de estágio e abre no 2° semestre do ano, porém até agora não surgiu oportunidades para engenheiros de petróleo.

Transocean
Não possui programa de estágio, porém seu Programa de Trainees é altamente procurado. Sempre há oportunidades abertas para profissionais experientes.

UTC Engenharia
Divulga oportunidades na internet e mantém as inscrições para seu programa de trainees no site. Até agora não abriu programa de estágio, porém vale cadastrar seu currículo no site.
Vagas.com.br

Considerada por muitos a maior empresa de recrutamento do Brasil. Possui clientes como Acergy, Brasdrill, Camargo Correa, Cosan, Deloitte, MSA, OGX, OilEquip, Swift Technical e muitas outras.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Programa Novos Talentos Shell



A Shell busca pessoas talentosas para atuar em diversas áreas de formação através do Programa Novos Talentos. O objetivo é encontrar futuros líderes para a empresa e agregar valor às suas atividades por meio da contribuição de novas ideias e entrega de resultados. Oferecem inúmeras oportunidades ao longo de toda a nossa cadeia global de negócios. Os selecionados serão contratados como funcionários e terão um mentor para orientação de carreira a longo prazo, um ciclo de treinamento relacionado à sua área de atuação e experiências diversas de trabalho. Eventualmente poderão participar de projetos envolvendo diversos países.

Etapas do processo seletivo:

Inscrições on line - 25 de maio até 27 de junho;
Análise qualitativa da ficha de inscrição (2ª quinzena de Junho);
Testes de Inglês e Lógica - via internet (1ª quinzena de Jullho);
Laboratório de Competências (2ª quinzena de Jullho e 1ª quinzena de Agosto);
Entrevistas Individuais (Mês de Agosto);
Assessment Center - SRD (Shell Recruitment Day) (A partir da 2ª quinzena de Agosto);
Entrevistas na áreas + Exame Médico / Admissão (A partir da 2ª quinzena de Setembro).

Pré-Requisitos

Cursos alvo por área de atuação: Administração, Economia, Geologia e Engenharias de Petróleo, Civil, Mecânica, Produção e Química.
Período de conclusão do curso: dez/2009 e dez/2011;
Nível mínimo de conhecimento em outros idiomas: Inglês fluente;
Domínio do Pacote Office.
Áreas:
Exploração e Produção
Engenharias de Petróleo, Mecânica e Química e Geologia
Localidade: Rio de Janeiro

Finanças
Administração, Economia e Engenharia de Produção
Localidade: Rio de Janeiro

Lubrificantes
Administração, Economia e Engenharias de Produção, Civil, Mecânica e Química
Localidade: Rio de Janeiro / São Paulo

Maiores informações:

Remuneração a partir de R$4500,00;
Benefícios adequados às práticas do mercado.
Local de trabalho: Rio de Janeiro / São Paulo.
Candidatos: Buscamos candidatos de todos os estados do país. Os custos relacionados a passagem e hospedagem serão cobertos pela Shell apenas para a última etapa (Shell Recruitment Day). Oferecemos auxílio financeiro para a mudança, caso o candidato aprovado não seja do Rio de Janeiro / São Paulo.
Cidades: As etapas presenciais do processo seletivo acontecerão no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Se houver necessidade de mobilidade geográfica, o inicío poderá ser a partir de Janeiro/2012.

Fonte: http://www.qgdopetroleo.com/

Statoil estuda participar de nova rodada da ANP


A norueguesa Statoil e a chinesa Sinochem, parceiras no campo Peregrino, na Bacia de Campos, cujo início simbólico da produção começou ontem em cerimônia que contou com o príncipe herdeiro da Noruega, Haakon Magnus, poderão disputar áreas na 11ª rodada de licitação de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em setembro. As duas empresas estão avaliando a participação no leilão.

O presidente da Statoil, Helge Lund, disse que a estratégia da companhia no mercado brasileiro inclui a expansão de Peregrino, a continuidade de programas exploratórios com parceiros como a Petrobras em outras bacias produtoras e uma eventual participação no leilão deste ano da ANP. "Além disso, estamos todo o tempo olhando novas parcerias para expandir o negócio e nossa presença no Brasil", disse Lund. Ji Fahua, vice-presidente da Sinochem, afirmou que a petroleira chinesa está fazendo "o dever de casa" para participar da 11ª rodada da ANP. Em 2010, a Sinochem pagou US$ 3,07 bilhões por 40% de Peregrino.

Lund não disse quanto planeja investir no Brasil, mas em recente entrevista ao Valor, o presidente da empresa no país, Kjetil Hove, disse que entre 2008 e 2016 os investimentos da companhia no Brasil vão situar-se entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões, com a perfuração de outras áreas, incluindo dois poços em Peregrino Sul. Segundo Lund, o investimento em suas operações globais em 2011 soma US$ 16 bilhões. Outros US$ 3 bilhões serão aplicados em exploração. Estatal, a Statoil produz 2 milhões de barris por dia, sendo 75% na Noruega e 25% no exterior. Peregrino vai representar cerca de 10% da sua produção internacional.

Lund afirmou que a primeira fase no país passa pelo crescimento da produção no campo Peregrino, situado a 85 quilômetros da costa, próximo ao município de Rio das Ostras (RJ). Peregrino tem hoje três poços em operação - com o quarto poço sendo furado - e está produzindo 32 mil barris de petróleo por dia. No primeiro trimestre de 2012, o campo operado pela Statoil, com participação da Sinochem, vai atingir produção de 100 mil barris de petróleo por dia, volume equivalente a 5% da produção brasileira, de 2 milhões de barris/dia, comparou o ministro de Minas Energia, Edison Lobão.

Lobão participou da cerimônia do "primeiro óleo" de Peregrino a bordo do navio-plataforma Maersk Peregrino. O príncipe da Noruega disse que Peregrino vai produzir por muitos anos e gerar empregos, pagamento de impostos e desenvolvimento tecnológico.

O Maersk Peregrino foi construído na China como navio-tanque, mas passou por conversão que o transformou, ao custo de US$ 1,2 bilhão, em um navio que processa o petróleo, separando o óleo da água e do gás, armazena e escoa o produto, tipo de unidade conhecida na indústria como FPSO. Parte da água é reinjetada nos poços e o gás é consumido na própria plataforma. O primeiro escoamento da produção de Peregrino, destinado ao mercado americano, em volume de 400 mil barris, está previsto para 10 de junho, disse Johan Mikkelsen, diretor de produção de Peregrino. O sistema de produção montado pela Statoil nesse campo considera ainda duas plataformas fixas, localizadas a cerca de 5 quilômetros e ligadas à FPSO por dutos para escoar a produção.

São essas unidades, construídas na década de 1980 nos Estados Unidos e reformadas, as responsáveis por perfurar os poços e produzir o petróleo. Mikkelsen disse que o programa total do campo prevê a perfuração de 37 poços, dos quais sete serão destinados à reinjeção de água. Peregrino tem reservas estimadas entre 300 e 600 milhões de barris recuperáveis e a estimativa é de que o campo produza por 30 anos.

Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes Do Rio

quinta-feira, maio 26, 2011

Aprovada contratação de sete sondas de perfuração marítima para o pré-sal


A diretoria da Petrobras aprovou o processo de licitação para a construção no Brasil das primeiras sete sondas, de um total de 28 unidades de perfuração marítima, para atendimento ao seu programa de perfuração de longo prazo, prioritariamente para poços no pré-sal. A previsão de entrada em operação das novas sondas é para 2015. As demais 21 sondas também serão produzidas no país. Durante a construção, a previsão é de abertura de 32 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, em oito anos. Na fase de operação, serão 10 mil empregos (diretos e indiretos), para um período de 10 anos.

O vencedor deste primeiro lote foi o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizado no Estado de Pernambuco, com o preço final de US$ 4.637.000.130,00, o que corresponde a uma redução de US$ 13.000.000,00 em relação à proposta original. O preço final de cada sonda ficou em US$ 662.428.590,00, com previsão para entrada em operação em 2015. O contrato de afretamento será realizado com a Sete Brasil S.A (Sete BR), que assumirá o contrato de construção com o EAS. A Sete BR é uma empresa constituída pelo Fundo de Investimentos em Participações - FIP Sondas, gerido pela Caixa Econômica Federal (CEF), que detém 90% da empresa e terá como quotistas investidores de mercado, incluindo fundos de pensão e bancos de investimentos brasileiros. A Petrobras deterá 10% das ações da nova empresa.

A Sete BR admitirá como parceiras e co-proprietárias dos navios-sonda empresas com experiência para efetuar a operação das sondas na prestação dos serviços contratados pela Petrobras. A taxa diária de afretamento correspondente ao equipamento já foi definida e, quando adicionada à taxa média vigente para operação, totaliza um custo entre US$ 430 mil e US$ 475 mil por dia, em linha com as taxas mais competitivas do mercado internacional.

A Sete BR, para financiar a construção das sondas, contará com o capital próprio, provido pelos sócios, e com recursos de financiamento de longo prazo concedidos pelo BNDES, que irá financiar a parcela correspondente ao conteúdo brasileiro de bens e serviços para construção de cada sonda, além de recursos provenientes das agências de fomento à exportação dos países que fornecerão o conteúdo a ser importado e dos bancos comerciais. Os financiadores terão em seu benefício uma garantia de performance contratada pelo estaleiro EAS e uma garantia de crédito contratada pela Sete BR, ambas fornecidas pelo Fundo Garantidor da Construção Naval - FGCN, que teve sua capacidade especialmente ampliada para fazer frente a este tipo de garantia.

O objetivo da Petrobras com o Projeto Sondas é criar condições para que seja técnica e economicamente viável a construção de plataformas de última geração para águas profundas e ultraprofundas no Brasil, a exemplo do que fez com plataformas de produção, que hoje são integralmente produzidas no país, dentro dos parâmetros mundiais de qualidade. A Diretoria Executiva decidiu também cancelar outra licitação em curso destinada à contratação de até duas sondas de perfuração em função dos preços apresentados, que não se mostraram vantajosos para a Companhia. O terceiro processo licitatório, destinado à contratação do afretamento de lotes de até quatro sondas de perfuração, ainda encontra-se em análise, com expectativa de conclusão em até 30 dias.

Fonte: http://www.euleionn.com.br/

Futuro de petróleo e gás em discussão


Fórum e exposição em Ufa, na Basquíria, reúne companhias de todo o mundo

Um importante Fórum de Petróleo e Gás e a 19.ª Exposição Internacional de Tecnologia de Gás e Petróleo 2011 foram abertos em Ufa, capital da República da Basquíria. O evento reúne mais de 360 homens de negócios de países estrangeiros e de 35 regiões da Rússia. A área da Exposição ocupa mais de 11 mil metros quadrados. As mostras estão organizadas no Palácio dos Esportes, em duas arenas e dentro de um pavilhão móvel construído especialmente para a ocasião.

Cerca de 90 companhias participam da Exposição desse ano pela primeira vez. Mostras de empresas internacionais – incluindo as de Alemanha, Estados Unidos, Japão, Turquia, Ucrânia, Bielorrússia e Cazaquistão – apresentaram tecnologias avançadas no setor de petróleo e gás. Os participantes russos são Transneft, Tatneft, Taif e Itera. As companhias da Basquíria que participam do evento incluem a Bashneft, Oleodutos da Urais–Sibéria, Gazprom Transgaz Ufa, Soda, Gazprom Neftekhim Salavat e Kaustik.

O Fórum de Petróleo e Gás une tradicionalmente os mais destacados especialistas do desenvolvimento estratégico do setor de combustíveis e energia. O encontro deste ano conta com o comparecimento de 600 especialistas e cientistas, que discutem o processamento do petróleo e do gás, a petroquímica, a automatização e a confiabilidade e segurança dos sistemas transportadores de petróleo e de gás.

Fonte: http://www.diariodarussia.com.br/

Magma Global e Victrex colaboram em soluções de próxima geração para exploração de petróleo e gás em águas profundas


Empresas britânicas desenvolvem tecnologia de ponta para explorar a estimativa do Mercado Total Abordado de USD13, 9 bilhões por ano.

Victrex Polymer Solutions, uma divisão da Victrex plc, o principal fabricante mundial de poliariletercetonas de alto desempenho e Magma Global Ltd. assinaram um acordo de colaboração e fornecimento exclusivo de material que permitirá às duas empresas em conjunto abordarem os ambientes cada vez mais inóspitos e agressivos que a extração submarina de óleo e gás está exigindo, onde tecnologias atuais começam a falhar.

Esta nova colaboração entre as duas empresas britânicas dá uma demonstração da capacidade da inovação britânica. Tanto a Magma como a Victrex são amplamente reconhecidas no setor de petróleo e gás por seu sólido conhecimento técnico e compromisso com a inovação.

A Magma é especializada no desenvolvimento dutos de produção, cabos, carretéis e linhas de fluxo de próxima geração para a indústria submarina de petróleo e gás no sentido de emprego em ambientes operacionais de demanda, águas profundas e de alta pressão, alta temperatura ambiente (HPHT).

Com sede em Portsmouth, a Magma desenvolveu um exclusivo processo de fabricação que produz tubos de polímero de carbono de alto desempenho, com base no polímero VICTREX® PEEK™, o qual oferece maior confiabilidade, maior desempenho, menor peso e maior durabilidade do que as soluções convencionais de tubo flexível não aderente ou soluções em aço, assegurando que a Magma tem capacidade de atender aos desafios encontrados em ambientes inóspitos onde as tecnologias atuais estão chegando ao seu limite.

"Acreditamos que com o desenvolvimento de nossas tubulações de polímero de carbono possamos entregar dutos de produção e linhas de fluxo que possam oferecer melhorias significativas de desempenho sobre as tecnologias existentes em todas as principais áreas, especialmente com referência a peso, fadiga e confiabilidade em longo prazo. Isso nos permite aumentar significativamente os fatores de segurança e diminuir o risco de extração em águas profundas de petróleo e gás", disse Martin Jones, CEO da Magma Global. "Proteger os acordos e trabalhar em estreita colaboração com os principais fornecedores, como a Victrex, são fatores importantes para que possamos levar nossos produtos líderes da indústria para o mercado."

Com o petróleo e gás estando escassos em oferta, a indústria offshore tem sido forçada a operar em águas mais profundas e ambientes mais hostis, o que demanda ambientes submarinos. As tecnologias existentes e a luta dos materiais para enfrentarem estes novos ambientes hostis, criam uma lacuna no mercado de dutos de produção e linhas de fluxo que permitam a transferência segura e eficiente de petróleo e gás do fundo do mar. Segundo as estimativas de analistas nos negócios de energia, Douglas-Westwood, gasodutos submarinos serão responsáveis por mais de 50% dos USD139 bilhões de despesas de capital gastos em hardware submarino ao longo dos próximos cinco anos, no montante de USD 13,9 bilhões por ano no período.

Dr. Geoff Small, Gerente do Programa Técnico na Victrex, disse: "Estamos trabalhando muito estreitamente com os engenheiros da Magma para desenvolver e produzir um produto VICTREX PEEK exclusivamente para a aplicação da Magma. O polímero VICTREX PEEK é um ajuste perfeito para as especificações extremamente exigentes da submarina que a Magma nos incumbiu de atender."

O polímero VICTREX PEEK pode oferecer maior confiabilidade em longo prazo em ambientes exigentes do que qualquer outro material competitivo. Sua combinação ímpar de propriedades de alto desempenho faz do polímero VICTREX PEEK uma substituição ideal para metais e outros plásticos e peças projetadas usando o polímero VICTREX PEEK para ajudar a apresentar um desempenho operacional melhor e reduzir o risco de interrupções dispendiosas ou danos ao ambiente causados por falha do componente. O desempenho de alta temperatura do polímero VICTREX PEEK oferece a capacidade de executar dentro dos faixas extremos de temperatura sem falhas e, mesmo quando exposto a condições químicas agressivas e excesso de uso.

Dez anos atrás, a distância que os operadores offshore precisavam atingir no fundo do mar estava normalmente em torno de 500m. Hoje, está acima de 2000 m ao largo da costa da África Ocidental e no Golfo do México, enquanto ao largo na costa do Brasil é de até 3000 m e, no futuro, haverá a exigência de abordar profundidades de 4000 m. No Ártico, fora da Groenlândia, a profundidade é de 2000 m, mas o frio excessivo apresenta um conjunto totalmente diferente de desafios.

Sob essas condições, as tecnologias existentes têm limitações. Ao contrário da solução da Magma, que usa o polímero VICTREX PEEK, as tecnologias existentes são muitas vezes limitadas devido a falhas por fadiga e corrosão. Além disso, o comprimento dos tubos necessários para atingir essas profundidades é tão grande que os materiais tradicionais, tais como aço e titânio não conseguem suportar seu próprio peso, o que significa que projetos híbridos caros são a única alternativa no momento: tais projetos são caros e difíceis de implantar. A solução da Magma é mais econômica em termos de implantação e operação contínua, mas talvez o mais importante seja que reduz o risco tanto de implantação como de operação. A exigência para extrair petróleo de águas mais frias apresenta desafios específicos em estruturas metálicas, que podem tornar-se fragilizadas ou ter um desempenho de menor fadiga em baixa temperatura. Oferecendo desempenho superior de temperatura, os tubos de polímero de carbono da Magma utilizando polímeros VICTREX PEEK podem manter o seu melhor de desempenho em temperaturas abaixo de -50 º C e apresentam características de um melhor isolamento para auxiliar o fluxo de hidrocarbonetos.

"Na Magma, pretendemos ser uma opção de risco significativamente mais segura e mais baixa do que as tecnologias existentes que abordam esse segmento do mercado de petróleo e gás,” disse Jones.

"Enquanto a indústria offshore é obrigada a se deslocar para ambientes mais agressivos e mais exigentes, a tecnologia vai desempenhar um papel de liderança no esforço em melhorar a eficiência e aumentar a segurança em torno da recuperação de petróleo e gás", disse Small, “e a Victrex continuará a trabalhar com empresas inovadoras, como a Magma, para desenvolver soluções bem-sucedidas de materiais para superar os desafios que a indústria enfrenta. A seleção do material correto será um componente-chave para este objetivo."

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

quarta-feira, maio 25, 2011

Petrobras investirá US$ 350 milhões na construção de terminal marítimo


A Petrobras vai construir um terminal marítimo para escoar a futura produção de petróleo nos campos do pré-sal da Bancia de Santos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, ao explicar que o terminal flutuante ficará a cerca de 90 km da costa entre Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o executivo, a decisão pela construção do terminal flutuante foi tomada porque não existe mais área disponível para ampliar os terminais terrestres de São Sebastião (SP) e Angra dos Reis (RJ).

- O projeto prevê a instalação de um navio tanque de posicionamento dinâmico (sem âncoras) para receber o grande volume do pré-sal - disse Costa.

O diretor da Petrobras participou de seminário sobre logística e infraestrutura na Abimec-Rio, quando explicou que o projeto prevê investimentos de US$ 350 milhões. A Petrobras já lançou licitação para a construção do navio-tanque que funcionará como base marítima e terá capacidade para receber de dois a três milhões de barris de petróleo por dia.

Costa afirmou que, no futuro, deverão ser construídos mais dois ou três terminais flutuantes, dependendo do aumento da produção no pré-sal.

Fonte: http://www.euleionn.com.br/

Royalties do petróleo somam R$ 6,6 bi


Esse foi o valor repassado de janeiro a abril pela Petrobras e por pequenas concessionárias; em 2010, foram R$ 7 bi

União, Estados e municípios são os beneficiários; desse total, R$ 1,7 bilhão foi a parte destinada ao Rio

DO RIO - De janeiro a abril, a Petrobras e outras pequenas concessionárias desembolsaram R$ 6,6 bilhões em royalties e participações especiais (categoria que incide sobre campos de grande produtividade, como os de Marlin e Albacora, na bacia de Campos).
Em igual período de 2010, o desembolso com royalties foi de R$ 7 bilhões.
União, Estados e municípios são os beneficiários. No caso da União, as maiores fatias tiveram como destino Marinha (R$ 607 milhões de janeiro a abril), Ministério de Ciência e Tecnologia (R$ 472 milhões), Ministério de Minas e Energia (R$ 1 bilhão) e Ministério do Meio Ambiente (R$ 260 milhões).
Entre os Estados, o principal beneficiado foi o Rio de Janeiro -R$ 1,7 bilhão. Os principais campos produtores do país estão localizados no litoral fluminense.
A repartição de royalties foi definida pela Lei do Petróleo, de 1997.
Nos cálculos, três fatores são levados em conta: o câmbio, o preço internacional do petróleo e o volume de produção. Dos três, as maiores oscilações neste ano ficaram com as cotações do barril.
No entanto, o volume total de royalties, em reais, não aumentou por conta do câmbio, que atenuou a tendência de aumento das cotações internacionais.
A fraca expansão da produção de óleo e gás -de apenas 3%- também não ajudou a ampliar os pagamentos de royalties.
A Petrobras, porém, teve seu custo de extração, em dólares, ampliado em 33%.
Para a estatal, isso é significativo, já que boa parte de seus custos é em dólar e 80% de suas dívidas estão atreladas à moeda estrangeira -embora a maioria de sua receita provenha do mercado brasileiro, em reais.
Rafael Schechtman, diretor da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e um dos poucos que fala abertamente sobre o tema, afirma que a Petrobras vive atualmente um período mais "grave" do que em outras ocasiões de contenção de preços. Isso porque, segundo ele, arca com pagamentos mais elevados de tributos sem poder compensar o impacto com receita maior.
Para o analista, a estatal quer reajuste do diesel e da gasolina. O governo, em tempos de ajuste fiscal, impede o aumento.

(Fonte: Folha de São Paulo/PEDRO SOARES)

Exploração privada lidera nova corrida ao petróleo na Amazônia


Recomeçou a temporada de caça ao petróleo na Amazônia. Vinte e cinco anos depois de a Petrobras ter iniciado sua operação na bacia do rio Solimões, no Estado do Amazonas, é a vez de uma empresa privada, a HRT Oil & Gas, procurar petróleo sob a floresta. Trata-se de uma operação ambiciosa, iniciada há um mês com a perfuração do primeiro poço perto de Tefé. A HRT é operadora de 21 blocos no Amazonas - ou 48.485 km2, concessão duas vezes maior que a da Petrobras em fase de exploração, já que a estatal já produz no complexo de Araras, onde está o campo de Urucu. A da HRT é uma área equivalente a duas Dinamarcas.

Para se ter ideia do tamanho da empreitada, a pioneira Petrobras tem direito de explorar oito concessões ali, sendo três blocos na bacia do Amazonas em sociedade com a Petrogal Brasil (subsidiária da portuguesa Galp), e cinco na bacia do Solimões, onde há duas áreas em fase de pré-produção, Japiim e Azulão. Entre 2001 e 2009 a estatal perfurou 10 poços na área e agora tem cinco sondas de perfuração. Até o início de 2015 a HRT planeja perfurar 130 poços no Estado. "Vou ser do tamanho de uma Petrobras na Amazônia, prefiro não dizer que serei maior", pontua Marcio Mello, presidente da HRT e que saiu da estatal nos anos 90. A região tem "o melhor petróleo do Brasil", diz ele, que estima estar produzindo 2,5 mil barris/dia na área em 2011. "Quero vender para a Petrobras", diz o geólogo, muito confiante para quem iniciou em 21 de abril as atividades de pesquisa de petróleo e gás na Amazônia.

A HRT tem 51% das concessões na região e sua sócia, a Petra Energia, os outros 45%. Os investimentos da companhia presidida por Mello estão orçados em US$ 1,952 bilhão até o final de 2014. A parte da Petra será de outro US$ 1,59 bilhão. Se a HRT tiver sucesso na campanha exploratória, o número de poços pode chegar a 400, estima o presidente. A petroleira HRT Oil & Gas fez sua estreia na Bolsa de Valores em outubro.

A saga amazônica levou a companhia a criar uma empresa de aviação. A Air Amazonia já tem dois aviões Bandeirante e nove helicópteros. O plano é comprar mais um Bandeirante, outros seis helicópteros e um jato Embraer 170. A frota transportará empregados e prestadores de serviços que irão trabalhar nas bases da Amazônia. Não serão construídas estradas durante a fase de pesquisa.

"O petróleo tem nos dado muito retorno", diz a bióloga Nádia Ferreira, secretaria do Meio Ambiente do Amazonas. "Em nenhum momento o Estado vai deixar de lançar mão das potencialidades que tem, quer sejam minerais ou através da floresta", continua. "Esta é uma decisão estratégica do Estado, um investimento que consideramos importante", diz, falando com tranquilidade sobre a perspectiva da exploração no meio da floresta. "Temos uma política ambiental consolidada e teremos rigor para garantir que a atividade se dê de forma a compensar e mitigar o impacto ambiental que produzir."

O Amazonas é o Estado mais preservado da região, com só 2% do território desmatado. O fato de ser isolado e não cortado por estradas (um dos principais vetores do desmate da Amazônia), explica boa parte do êxito. O desmatamento ocorre no Sul, nas divisas de Rondônia e Mato Grosso.

Antecipando-se às questões ambientais por pretender explorar petróleo e gás na Amazônia, Mello contratou como gerente geral do escritório em Manaus o advogado Graco Fregapani, ex-presidente do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipaam), o órgão ambiental do Estado. "Qual a companhia que vai explorar petróleo na Amazônia e bota como chefe máximo da exploração o cara que era responsável por toda a política ambiental do Estado?", diz Mello. "Ou sou louco ou sou um cara que quer fazer a coisa diferente."

A estratégia de Mello tem um ponto questionável. O Ipaam é o órgão licenciador do Amazonas e Fregapani ocupava a presidência quando a HRT obteve as licenças-prévias. "Acho isso normal", defende Nádia Ferreira. "Existe um processo robusto de informações e tudo é analisado. Tem laudo, equipe técnica, o presidente não assina sozinho." A secretaria reforça: "A HRT tem autorização apenas para pesquisa. Se encontrar algo, levará seus estudos para a ANP (a Agência Nacional do Petróleo) e aí, sim, entrará em nova fase". Para explorar petróleo é preciso aprovar o estudos de impacto ambiental (EIA-Rima) e fazer audiências públicas nos municípios afetados.

Fonte: Valor Econômico/Claudia Schüffner e Daniela Chiaretti Do Rio e de São Paulo

terça-feira, maio 24, 2011

Evento internacional discute mudanças no resseguro e coberturas para o pré-sal .


As coberturas necessárias para os investimentos da Petrobras no pré-sal e as recentes mudanças na legislação do resseguro são dois dos principais temas que estarão sendo discutidos no 2º Seminário de Óleo e Gás, que a JLT Re Brasil – maior corretora de resseguro em Riscos de Energia no mundo – promoverá nesta terça-feira (24), das 14 hs às 18h30min, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (Praça XV de Novembro 20 – Centro).

Entre os palestrantes estará o gerente de riscos da Petrobras, Luiz Octávio Mello, que falará, entre outros assuntos, sobre os desafios da contratação de seguros para os grandes riscos da indústria do petróleo.

O evento reunirá os maiores especialistas no assunto no mercado nacional e internacional. “Na primeira edição, o foco foi direcionado apenas para aspectos técnicos. Este ano, vamos tratar também da legislação do resseguro e dos seus impactos no mercado segurador e ressegurador”, explica o diretor da JLT, Adriano Oka.

Na mesa de debate estarão executivos de grandes grupos tais como a Queiroz Galvão Óleo e Gás; a EBX, de Eike Batista; e Mapfre Seguradora.

As mudanças na legislação do resseguro serão discutidas em painel que contará com a participação de dirigentes do IRB Brasil Re. Na ocasião, eles irão esclarecer a posição da maior resseguradora local acerca desse assunto.[7]

A plateia será composta por representantes de todo o mercado segurador e ressegurador, nacional e internacional.

Fonte: http://www.segs.com.br/

Produção de gás e petróleo avança no Brasil



Produção de petróleo e gás da Petrobras em abril

A produção de petróleo e gás da Petrobras em abril, no Brasil, foi de 2.345.989 barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Devido a paradas programadas para manutenção em plataformas da Bacia de Campos este volume manteve-se nos mesmos níveis de abril de 2010 e ficou 1,3% abaixo da produção obtida em março deste ano. A produção de gás natural em abril foi de 54 milhões 464 mil metros cúbicos, indicando um aumento de 5,7% em relação a abril de 2010.

A produção exclusiva de petróleo nos campos nacionais chegou a 2.003.420 barris diários, ficando 1,4% abaixo da produção do mesmo mês do ano passado e foi 1,8% menor que o volume extraído no último mês de março, refletindo a parada programada de plataformas na Bacia de Campos.

O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países onde a Petrobras atua no exterior chegou a 219.702 barris de óleo equivalente diários (boed) em abril. Questões operacionais na plataforma que opera no campo de Akpo e o início do pagamento de imposto em petróleo na campo de Agbami, fizeram com que a produção ficasse 9% abaixo do volume extraído no mesmo mês de 2010 e 7,6% menor que a produção de março de 2010.

A produção de gás natural no exterior foi de 15 milhões 258 mil metros cúbicos, mantendo-se nos mesmos níveis de abril de 2010. Na comparação com março de 2011 houve uma redução de 6%, reflexo da redução da demanda brasileira por gás boliviano.

A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior, em abril, foi de 2.565.691 boed. Em função das paradas acima mencionadas, este resultado foi 1,27% menor do que o volume registrado no mesmo mês de 2010. Foi, também, 1,8% menor que o volume total extraído em março de 2011

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/

Estaleiros de Viana: Plano de viabilização e recapitalização podem ser aprovados a 14 de junho, acredita Administração


Viana do Castelo, 23 mai (Lusa) - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo deverão ter o plano de viabilização aprovado pelo acionista Estado até 14 de junho prevendo a recapitalização da empresa com recurso à injeção de dinheiros públicos.

Viana do Castelo, 23 mai (Lusa) - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo deverão ter o plano de viabilização aprovado pelo acionista Estado até 14 de junho prevendo a recapitalização da empresa com recurso à injeção de dinheiros públicos.

A convicção foi transmitida à Agência Lusa pelo presidente do Conselho de Administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), Carlos Veiga Anjos, tendo em conta a marcação de uma assembleia-geral da empresa para 14 de junho.

"Pedimos ao acionista [Estado] a marcação de uma assembleia-geral para analisar o plano de reestruturação e a recapitalização da empresa, que acabou por ser marcada para 14 de junho. Apesar de ainda termos trabalho a fazer até lá, acredito que será possível ter o plano aprovado nessa data", admitiu.

Este pedido da administração foi apresentado depois de o próprio Carlos Veiga Anjos ter classificado como "gravíssimo" não haver qualquer resposta do Governo ao plano de viabilização da empresa, entregue a 02 de fevereiro, alertando então que "não pode esperar-se muito mais tempo".

Agora, admite Veiga Anjos, admite-se uma decisão final na reunião de junho, mas o administrador ressalva: "Na altura já haverá um novo Governo saído das eleições e poderá gerar-se algum entrave. Mas não fomos nós que marcámos esta data".

Segundo o administrador dos ENVC, sem um plano de viabilização "está limitada a atuação da empresa e do próprio conselho de administração dos estaleiros, que não veio para aqui gerir o dia a dia, mas sim promover uma reestruturação".

Recorde-se que este pano de viabilização foi apresentado diretamente aos ministérios da Defesa e das Finanças e alvo de pedidos de alteração e aprofundamento, segundo dados recolhidos pela Lusa, por parte da tutela.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério das Finanças confirmou estar a analisar "conjuntamente com o grupo Empordef [que tutela os estaleiros] e o MDN" este plano de reestruturação, "de forma a adequá-lo às condições mínimas de aprovação"

A mesma fonte acrescentou que "o plano apresentado não reúne o conjunto mínimo de pressupostos económico-financeiros e de sustentabilidade que permitam resolver o problema estrutural de base da empresa", que estará em preparação até 14 de junho.

Neste plano de reestruturação dos ENVC inclui-se uma recapitalização da empresa, que na proposta inicial se cifrava em 97 milhões de euros, mas cujo montante atual, incluído na nova versão do plano, ainda não é conhecido.

"Não faz sentido uma reestruturação sem uma recapitalização da empresa, e vice-versa. Mas esse valor é algo que vai ficar, para já, entre a empresa e o acionista", rematou Veiga Anjos.

Com cerca de 700 trabalhadores, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são o maior construtor naval português, sendo detidos, a 100 por cento, por capitais públicos.

Entre os aspetos previstos na reestruturação da empresa figuram uma maior aposta nas construções militares, numa altura em que a Marinha é o principal cliente, uma reorganização da dívida e preparação do caminho para a anunciada privatização.

Fonte: http://sicnoticias.sapo.pt/

segunda-feira, maio 23, 2011

Petrobras acelera o pré-sal e dinamiza projetos de estaleiros


Estatal amplia investimentos no primeiro trimestre do ano, ao perfurar oito poços do pré-sal

Número equivale a 40% das perfurações feitas entre 2007 e 2010; para abrir os poços, a estatal conta com seis sondas

DO RIO - Com mais sondas de perfuração disponíveis e maior aprendizado sobre a área, a Petrobras acelerou investimentos no pré-sal no primeiro trimestre, ao perfurar oito poços no período.
De 2007 até 2010, foram 20, ao todo. Em apenas três meses, a estatal perfurou 40% do que havia feito nos três anos anteriores.
Para abrir poços do pré-sal, a estatal tem hoje seis sondas. Já encomendou mais sete ao estaleiro Atlântico Sul (PE) e à Sete Brasil, empresa criada para gerir as sondas e arrendá-las à Petrobras.
A estatal terá, no máximo, 10% da companhia, cujo controle é compartilhado com Santander, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, além dos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef, Valia e Lakeshore Financial Partners Participações.
A Folha apurou que a Petrobras estuda repassar à Sete Brasil mais 21 sondas -cuja licitação já foi anunciada, mas apenas a primeira etapa (sete sondas) está concluída.
Ontem, o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, confirmou que o modelo de contratação das sondas está sob reavaliação, mas não deu detalhes.
Inicialmente, a Petrobras iria construir e operar ela própria 28 sondas -numa das maiores encomendas em curso da companhia.
Na primeira fase da licitação, vencida pelo Atlântico Sul, cada unidade saiu por US$ 644,3 milhões. No mercado internacional, o preço unitário varia de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões.

ENCOMENDAS
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, reconhece que, inicialmente, sondas e navios custam mais no Brasil, mas tendem a convergir para os preços internacionais com o passar do tempo e o avanço das encomendas.
O setor deve viver um boom nos próximos anos diante das necessidades do pré-sal. A Petrobras calcula a encomenda de, ao menos, 250 barcos de apoio (para transporte de suprimentos, equipamentos, ancoragem etc.) à exploração de petróleo, 88 navios de transporte de óleo e derivados, além de cascos de navios-plataforma de produção e estocagem de petróleo.
Segundo Augusto Mendonça, presidente da recém-criada Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore, somente a construção das sondas já assegura a instalação de, ao menos, mais três estaleiros no país.

Fonte: Folha de São Paulo/PEDRO SOARES

Trabalho: Profissional deve investir em cursos complementares e fazer um estágio


Diferenciais como habilidades interpessoais, gestão pessoal e experiência são decisivos para contratação

Houve um tempo na Bahia em que bastava ter um diploma de curso técnico para o profissional abrir muitas portas no mercado de trabalho, garantir uma vaga quase vitalícia e ser pago a peso de ouro. Era o auge do Pólo Petroquímico de Camaçari, quando estudantes da Escola Técnica eram mais do que valorizados e saíam do ensino médio com emprego garantido.

Hoje, apesar do mercado de trabalho ainda precisar muito dos técnicos, alguma coisa mudou nessa relação. Muita gente aposta no curso técnico e se depara com uma realidade inesperada quando bate à porta da empresa atrás de uma vaga.

Diferenciais como habilidades interpessoais, gestão pessoal e experiência são decisivos para contratação

“Passei os últimos dois anos envolvido em cursos de petróleo e gás e de soldagem industrial, justamente porque se falava que eram áreas promissoras. Investi meu dinheiro nos cursos, mas até agora não consegui entrar na área”, reclama Carlos Oliveira, 47 anos, que sempre trabalhou em outras áreas, mas decidiu investir nessa mudança de rumo. “Conheço várias pessoas na mesma situação que eu”, comenta.

“Cada caso é um caso, mas o que percebemos é que não basta apenas ter um diploma. O jovem precisa procurar desde cedo um estágio para aprimorar suas qualificações e complementar sua formação com outros cursos”, alerta Moisés Frutuoso, gerente da unidade central do Sinebahia. De acordo com ele, um fator que contribui para que o profissional se decepcione quando vai enfrentar o mundo do trabalho é justamente não observar a movimentação do mercado. “Alguns setores estão se modificando e o profissional tem que ficar muito atento a essa movimentação”, recomenda.

Diferencial Para melhorar a empregabilidade, Frutuoso orienta que o trabalhador esteja envolvido na sua opção profissional. “Tem que agir de forma paralela e investir principalmente na formação de redes de relacionamento. Saber transitar entre os professores e colegas de outras turmas, pois é dali que pode vir a indicação para uma boa vaga”, ensina.

Para a coordenadora da Assessoria de Desenvolvimento do Senai Bahia, Rosângela Costa, o profissional que optou pelo curso técnico tem um diferencial bastante favorável e grandes chances de inserção no mercado de trabalho.

“Mesmo assim, eles precisam entender que, além do diploma, têm que desenvolver suas habilidades pessoais, e isso está muito além da formação técnica. Quem vai contratar quer saber, inclusive, se ele está apto a se relacionar bem com o grupo de trabalho”, destaca.

No quesito estágio, Rosângela concorda com a opinião de Frutuoso. “Durante o curso, o aluno não pode perder a oportunidade de estagiar. É no estágio que ele vai vivenciar, de forma prática, o ambiente real daquilo tudo que ele está estudando na teoria. Ele precisa adquirir esta experiência até para facilitar sua contratação depois de concluir o curso”, enfatiza.

Mercado Promissor
A carência de profissionais técnicos é grande no Brasil, tanto que o governo federal quer criar 8 milhões de vagas na educação profissional até o final de 2014, construindo mais de 120 escolas de educação profissional e tecnológica.

Segundo Albertino Nascimento, diretor-geral do campus Salvador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), antiga Escola Técnica, o mercado continua bastante promissor e estimulante para quem tem curso técnico.

“A educação profissional anda casada com o momento econômico, e hoje o Brasil vive uma ótima fase, porém, com um déficit de profissionais em todas as áreas, necessitando de mais técnicos no mercado”, pontua.

Mas essa fartura na oferta de vagas parece não acompanhar todos os setores. Segundo Lucas Pereira, estudante de Edificações do Ifba, estágio e emprego é o que não falta nos murais da instituição para sua área. “Em compensação, tenho alguns amigos que fazem curso de Eletrotécnica e reclamam que raramente aparece oferta de vagas para eles”, comenta.

Fonte: http://www.correio24horas.com.br/

Será o pré-sal um bilhete premiado, sem riscos ou custos?


Em visita a Brasília, em 1976, Takeo Fukuda, que logo se tornaria primeiro-ministro do Japão, disse a seus anfitriões: “após a crise do petróleo, tornou-se claro que os recursos são limitados. Este é um grande evento na história da humanidade. Seu país é uma potência no século 21, uma potência de recursos”[1]. Esse tipo de discurso tornou-se corriqueiro, passando a ser um protocolo da diplomacia de outros países em relação ao Brasil. Agora o discurso está se tornando realidade.

A expansão das exportações de commodities trouxe uma abundância de recursos ao Brasil, uma vez que é líder mundial nas exportações de minério de ferro, soja, carne bovina, aves, celulose e muitos outros. Guiado pela Embrapa, instituto de pesquisa agrícola do governo, o país passou a utilizar novas técnicas, transformando o cerrado em uma das regiões agrícolas mais produtivas do mundo.

No entanto, o mais rico dos recursos brasileiros deve ser a água. O Brasil é dotado de 13% do abastecimento mundial de água doce. Um membro do Instituto Fernand Braudel, residente em Pequim, Arthur Kroeber, editor do China Economic Quarterly, disse, em um de nossos seminários no mês passado, que a maior limitação no desenvolvimento a longo prazo da China é a água. Ele acrescentou que a China espera importar água do Brasil, sob a forma de produtos agrícolas. Enquanto isso, o Brasil terá que superar a escassez iminente de abastecimento de água para suas próprias cidades, devido à má gestão e falta de investimento público[2].

A idéia do Brasil como “potência de recursos” foi reforçada por uma nova fronteira na exploração petrolífera. Possivelmente uma das últimas fronteiras desse tipo de recurso natural. Em 2006, a Petrobras, em parceria com empresas privadas, começou a perfurar a cerca de 7.000 metros abaixo da superfície do Atlântico Sul, penetrando sedimentos antigos que se encontram abaixo de uma cama de sal de mais de 2.000 metros de espessura, para encontrar os restos de micróbios fossilizados que viveram 130 milhões anos atrás, quando dinossauros ainda vagueavam pelo interior do continente brasileiro. Presos sob estrutura maciça de sal, estes micróbios foram transformados pelo calor, pressão e tempo no hoje conhecido campo de Tupi. Já rebatizado de “Lula”, esse é um dos maiores campos do mundo em petróleo e gás, também considerado a maior descoberta das últimas décadas. Ao todo, dez campos gigantes foram anunciados até agora nas águas profundas da Bacia de Santos.

O Brasil é hoje o maior mercado do mundo para bens e serviços do setor petrolífero em alto mar. A Petrobras é a maior compradora individual. Alguns consultores acreditam que a Petrobrás poderá gastar US$ 1 trilhão nos próximos anos, em investimentos e custos operacionais do projeto em águas profundas[3], valor equivalente à metade do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, no maior empreendimento industrial da história do Brasil. Os gastos anuais de capital da Petrobrás nesta década já acumulam mais de US$ 45 bilhões. São muito mais do que o orçamento anual da Nasa nos anos 60, em dólares atualizados, quando os Estados Unidos se preparavam para enviar um homem à Lua[4]. Em cinco anos a estatal receberia 224 bilhões de dólares em investimento: o maior investimento do setor petrolífero nos dias atuais, que corresponde a 10% do investimento bruto em capital fixo do Brasil.

Riscos sempre foram inerentes à indústria petrolífera, tanto em termos físicos quanto financeiros. No entanto, isso pode ser mitigado quando as companhias conseguem a integração vertical, controlando o fluxo da produção, transportes, refino e comercialização. A Standard Oil Trust, de John D. Rockefeller, conseguiu a integração nos primeiros anos de existência do setor, assim como as maiores companhias – Exxon, Shell e algumas outras – até que a revolução da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), nos anos 70, reduziu o controle delas sobre as reservas.

Desde a sua criação em 1954, a Petrobras desenvolveu-se espetacularmente. Com suas descobertas desde a década de 70, a Petrobras agora se posiciona como uma das empresas petrolífera mais importantes e integradas do mundo, dominando seu grande mercado nacional, com apoio do governo e com acesso privilegiado às enormes reservas em águas profundas das bacias de Campos e Santos. No entanto, o sucesso comercial da exploração do pré-sal depende da superação de desafios relacionados à geologia, tecnologia, logística, segurança, finanças, política, recursos humanos e governança corporativa. Descrevo alguns desses desafios a seguir.

Desafio Político

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou essas descobertas de um “bilhete premiado”. A euforia do pré-sal produziu na classe política a ilusão de recursos ilimitados no horizonte. Ao propor uma legislação para criar um novo conjunto de leis para regular a exploração dessa riqueza, os ministros do governo Lula declararam que os riscos da exploração são extremamente baixos, com grande rentabilidade esperada. A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, coordenou a elaboração da nova legislação enquanto presidia o conselho da Petrobras, antes de entrar na campanha eleitoral de 2010.

O intenso debate dessa nova proposta legal no Congresso centrou-se quase exclusivamente na distribuição de royalties entre estados e municípios, negligenciando a governança e as questões técnicas decorrentes da exploração e produção em águas profundas. Tudo se passava como se os recursos já estivessem disponíveis, e restasse apenas a tarefa de dividir o dinheiro.

Em seu discurso de posse como presidente, Dilma declarou que as descobertas do pré-sal seriam “o nosso passaporte para o futuro”, mas advertiu que “recusaremos o gasto apressado que reserva às futuras gerações apenas as dívidas e o desespero“. No entanto, o novo regime de partilha de produção fortifica um regime de capitalismo de Estado, sujeito a amplo poder discricionário do governo e pouca transparência. Reforçou-se o monopólio da Petrobras, reduzindo-se a concorrência de mercado e a diversificação de risco entre várias empresas. A nova legislação obriga a Petrobras a se tornar a operadora, com uma participação de 30%, no mínimo, de todas as fases de exploração na “estratégica” zona de águas profundas, abrangendo 149.000 km2. Tal obrigação pode ser um peso grande para uma empresa que já se encontra sobrecarregada em relação a recursos humanos e capacidade técnico-financeira.

Todas as decisões operacionais da Petrobras e das empresas privadas, incluindo contratação de pessoal, fornecedores e prestadores de serviços, serão decididas pelo comitê operacional, que terá metade de seus integrantes, incluindo o presidente, com direito a veto, indicado por uma nova empresa estatal, Petróleo Pré-Sal S/A, criada para fiscalizar as empresas da área do pré-sal. O espaço para intervenção política nas decisões técnicas é, portanto, muito grande.

Desafio Geológico

As camadas de sal na Bacia de Santos são muito espessas, chegando em alguns lugares a cinco mil metros. São plásticas, móveis e heterogêneas, contendo tipos diferentes de sal. Elas mudam de posição à medida que as perfurações são realizadas. Essas formações geológicas, com potencial de petróleo, se estendem mar adentro no Atlântico Sul em profundidades ainda maiores.

Estas formações não seriam acessíveis hoje sem os recentes desenvolvimentos das sondas de sísmica e no processamento de dados sísmicos. “Perfurar esses reservatórios de pré-sal implica desafios gigantescos”, observaram os engenheiros da Petrobrás durante a Offshore Technology Conference (OTC), em Houston[5]. “De todos esses desafios, o deslizamento do sal é o mais comum e mais difícil de administrar”. As camadas de sal são tão instáveis que podem engolir as brocas de perfuração e derrubar a carcaça que envolve o tubo de perfuração. “Os reservatórios de microcarbonatos ainda são pouco conhecidos”, disse um engenheiro veterano. “O petróleo sai do reservatório muito quente para chegar a um ambiente frio, com apenas 4º centígrados, e congela, virando uma cera, bloqueando o tubo, a menos que produtos químicos especiais sejam adicionados e esse tubo seja continuamente lubrificado.” A instabilidade das camadas de sal impede a perfuração horizontal para aumentar a recuperação dos reservatórios imediatamente abaixo do sal. Este é apenas um dos problemas envolvidos no desenvolvimento desses recursos.

Desafio de Engenharia e Logística

“Nas descobertas de pré-sal, temos dois tipos de problemas logísticos”, disse o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, numa entrevista: “O primeiro tem a ver com pessoas, e é um problema de distância. Na Bacia de Campos, atualmente nossa principal área de produção, transportamos em helicópteros mais de 60 mil pessoas entre a costa e as plataformas, que se situam a 150 km de distância. Mas os blocos de pré-sal na Bacia de Santos podem estar a uma distância de 300 quilômetros, longe demais para transportarmos tanta gente por helicóptero. Assim, precisamos, em primeiro lugar, reduzir o número de pessoas trabalhando nas plataformas, por meio de maior automação. Precisamos colocar plataformas a meio caminho entre a costa e as descobertas de pré-sal para servirem como centros logísticos e também como dormitórios, de modo que os trabalhadores que chegam por barcos possam ser distribuídos por helicópteros para as plataformas de produção, depois de passarem a noite no centro logística. O segundo problema é o suprimento de equipamentos para as operações em alto-mar. É preciso transportar produtos químicos, máquinas, eletricidade. Provavelmente teremos plataformas especiais para geração de eletricidade e outras para a mistura de substâncias química para os fluidos de perfuração.”[6]

Uma dificuldade para criar essas plataformas logísticas é garantir a estabilidade em mar agitado para permitir a atracação segura, como também a chegada e saída de navios e helicópteros. “Todo mundo acha que é óbvio, mas não é”, disse José Formigli, diretor de operações do pré-sal da Petrobrás. “E o preço? Já foi oferecido até um porta-aviões. Só que um porta-aviões se ficar parado tem o péssimo hábito de ficar virando de um lado para outro. Tem casco fininho porque precisa ter velocidade, e quando para, rola. E aí o helicóptero não pousa”.[7]

A estratégia da Petrobras pode ser a automação de operações sempre que isso for possível, reduzindo o número de trabalhadores no mar. Na Bacia de Santos, base para grandes frotas de helicópteros e navios de apoio, devem ocorrer mudanças na ecologia do litoral, com o porto de Santos se tornando um novo centro de gerenciamento das explorações em alto-mar. Guilherme Estrella, diretor de exploração e produção da Petrobrás, imagina 50 plataformas operando na área das descobertas iniciais, cada uma consumindo 100 megawatts de eletricidade. Isso totaliza 5 mil megawatts de capacidade gerada por 200 turbinas movidas a gás, o equivalente ao consumo de energia na região da Grande São Paulo, que tem aproximadamente 20 milhões de habitantes.

Desafio no suprimento industrial

Em 2009, a Petrobrás dominava o mercado mundial em sistemas de produção flutuantes em águas profundas (FPSOs), na maior parte superpetroleiros adaptados para receber, armazenar e descarregar petróleo e gás extraídos do leito marinho. A Petrobras opera 23 dos 49 FPSOs em uso no mundo atualmente, e 10 das 17 plataformas de produção semi-submersíveis usadas globalmente[8]. Em 2020, as operações da Petrobrás absorverão mais 58 plataformas de perfuração (que custam mais de US$ 600 milhões cada uma), 45 plataformas de produção adicionais e 300 superpetroleiros e barcos de apoio.

Nos próximos anos, a Petrobrás deverá encomendar 330 geradores à turbina, 610 mil válvulas, 10 mil quilômetros de cabos elétricos submarinos, 17 mil quilômetros de tubos flexíveis, 4,8 milhões de toneladas de aço, milhares de peças de complexos equipamentos submarinos. Tudo isso envolverá 68 milhões de homens-hora de engenharia e um bilhão de horas de trabalho para a construção e montagem[9].

Gabrielli alertou para “áreas críticas” ou “estrangulamento” na cadeia de abastecimento. “Uma delas é a de sondas. Uma sonda leva de três a quatro meses para perfurar poços a mais de 2 mil metros de profundidade da lâmina d’água. Uma FSPCO (sigla em inglês de plataforma de produção de petróleo) usa de 15 a 20 poços. Portanto, com uma sonda você leva quatro anos para montar um sistema de produção. É um elemento crítico e o Brasil não fabrica”. Também faltam “sistemas submersos, tubulações que ligam o fundo do mar à superfície (…). Hoje, temos a capacidade mundial praticamente contratada e vamos precisar de mais. Empresas inglesas e francesas estão vindo para o Brasil porque aqui é onde está a demanda. Precisamos avançar na área de grandes turbo-compressores, que são geradores flutuantes de eletricidade. É uma área que precisa crescer para atender à nossa demanda. Estamos falando de uma quantidade gigantesca de equipamentos (…)Cada sistema de produção produz entre 100 e 180 mil barris por dia. Então, se vamos produzir 4,5 milhões de barris por dia em 2020, precisamos ter 40, 41 sistemas desse. Cada sistema custa algo em torno de US$ 3 bilhões. Para funcionar, cada um precisa, em média, de cinco barcos de apoio. Estamos falando, portanto, de 200 barcos de apoio de todo tipo (rebocadores, chata, ‘anchor handling’, navio-bombeiro etc.). Para produzir 4 milhões de barris, vamos precisar de muitos petroleiros para transportar tudo isso. Se pensarmos em termos de Suezmax [petroleiro com capacidade de carga de 1,1 milhão de barris], vamos precisar diariamente em torno de 20 a 30 navios.”[10]

Desafio Financeiro

Em setembro de 2010, a Petrobras captou 70 bilhões de dólares com lançamento de ações. Deste, US$ 45 bilhões foram em dinheiro do governo, incluindo US$ 16 bilhões do seu fundo soberano e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), elevando a participação federal na Petrobras de 40% para 48%. O Ministério da Fazenda emitiu R$ 30 bilhões em títulos e os repassou ao BNDES, e este usou os recursos para comprar ações da Petrobras. Dos US$ 70 bilhões recebidos pela Petrobras, a título de capitalização, US$ 45 bilhões foram devolvidos ao Tesouro para pagar os direitos de exploração de um reservatório que, supostamente, contém 5 bilhões de barris de óleo. Estas transferências representam uma operação circular, que eleva o grau de estatização e de dependência da Petrobras em relação ao Tesouro. Alguns analistas dizem que a Petrobras pode ter de levantar ainda mais capital em poucos anos.

Conclusões

A Petrobras e o governo podem vencer todos esses desafios? Políticos, gestores e técnicos se deparam com esses riscos com uma coragem beirando a temeridade. As descobertas do pré-sal criaram o mito dos recursos ilimitados, que acabam gerando incentivos a gastos sem comedimento. O Brasil realmente precisa investir no desenvolvimento do pré-sal a esta velocidade e escala? Será que esses investimentos acelerados não criarão distorções na economia do país? Serão os investimentos em petróleo os mais importantes para o futuro do Brasil? Ou seriam preferíveis investimentos para corrigir enormes deficiências como no ensino público, portos, aeroportos, geração e transmissão de eletricidade, comunicações, saneamento básico e infra-estrutura de transporte?

Embora os recursos de petróleo do Brasil em águas profundas sejam um dos principais alvos na busca mundial por novas reservas, a Petrobras pode ter de trabalhar com mais cautela e tempo para superar as limitações na capacidade financeira, técnica e de recursos humanos. Terá sido correto estabelecer em lei a obrigatoriedade de participação da Petrobras em pelo menos 30% de todos os campos de exploração de petróleo? Isso não levará a empresa a uma exaustão financeira?

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/