sábado, julho 14, 2012

Petroleiros avaliam entrar em greve a partir do dia 20

Segundo informou a FUP, a presidente Graça Foster e o diretor Dutra teriam se comprometido a avaliar a possibilidade de apresentarem uma nova contraproposta para a quitação da PLR 2011

Rio de Janeiro (RJ) - Os petroleiros vão começar nesta sexta-feira a realizar assembleias para decidir a proposta de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 20 de julho. O motivo é a falta de uma nova proposta da empresa para o pagamento da participação nos lucros.

Na quarta-feira, os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reuniram com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster e o com o diretor Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra para discutir as regras de pagamento da PLR. Segundo a FUP, os dirigentes sindicais criticaram a posição empresa, que após ter apresentado um lucro menor em 2011, comparativamente a 2010, elevou em 2,3% os dividendos dos acionistas e reduziu em 7,8% o montante da PLR dos trabalhadores.

Segundo informou a FUP, a presidente Graça Foster e o diretor Dutra teriam se comprometido a avaliar a possibilidade de apresentarem uma nova contraproposta para a quitação da PLR 2011 (uma parcela foi paga em janeiro).

Nas bases da Bahia e do Rio Grande do Norte, já começaram as assembleias para avaliar o indicativo de greve a partir do dia 20, conforme decisão dos sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP.

Fonte: O Globo

Dilma inaugura plataforma de petróleo na Bahia

A Petrobras tem sete plataformas dessa magnitude: duas batizadas na Bahia (contando com a P-60, ainda em construção), duas no Rio Grande do Norte, uma no Espírito Santo, uma em Sergipe e uma em Alagoas.

A presidente Dilma Rousseff vem hoje à Bahia para batizar a nova plataforma de petróleo da Petrobras, a P-59. O evento será às 11h, em São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragojipe (Recôncavo). Antes, Dilma participa do lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, na sede do município.

Ontem, executivos da Petrobras apresentaram as qualificações técnicas da nova plataforma que, apesar de ser batizada na Bahia, irá funcionar na costa do Espírito Santo, extraindo petróleo do poço exploratório Peroá Profundo, no campo de Peroá. Segundo o gerente de sondas da estatal, Robson Pacheco, a P-59 poderá operar em locais onde a profundidade de água varia de 10 a 106 metros, com capacidade de perfurar poços de até 9.144 metros de comprimento, em condições de alta pressão e temperatura. Em outras palavras, ele será capaz de atingir as camadas do pré-sal.

Além disso, a plataforma é totalmente automatizada, diminuindo o risco de acidentes de trabalho com os operários. “Eles ficarão numa sala automatizada, com controles por joysticks (como os de video game) e touch screen (na própria tela)”, explicou Pacheco. O gerente de construção de poços, José Venâncio Lima Júnior, estima o custo de produção em US$ 150 a US$ 200, baseado nos preços praticados atualmente pelo mercado. Segundo ele, atualmente, a Petrobras tem sete plataformas dessa magnitude: duas batizadas na Bahia (contando com a P-60, ainda em construção), duas no Rio Grande do Norte, uma no Espírito Santo, uma em Sergipe e uma em Alagoas.

Atualmente, a P-59 está em fase final de testes, e a Petrobras estima que ela esteja em plena operação a partir de setembro. Já o estaleiro poderá processar 36 mil toneladas de aço por ano, para a fabricação de embarcaçoes. Ela ocupará 1,6 milhão de metros quadrados e suas obras devem ser finalizadas em 2014.

Fonte: Correio24horas

Poços secos fazem da QGEP e HRT os piores IPOs do Brasil

Entre as empresas, a HRT comunicou que não encontrou petróleo em dois poços na Amazônia, onde dizia que reservas seriam “super gigantes”

Rio de Janeiro – A QGEP Participações SA e HRT Participações em Petróleo SA, cujas operações de abertura de capital foram as maiores no ano em 2011 e 2010, tiveram os piores desempenhos entre IPOs do país depois que poços secos desapontaram investidores.

A QGEP despencou 56 por cento na Bovespa desde o IPO em fevereiro de 2011, e chegou a ser negociada em uma mínima histórica no mês passado depois que sua parceira Petróleo Brasileiro SA não encontrou petróleo ou gás natural no seu poço mais caro. A HRT comunicou que não encontrou petróleo em dois poços na Amazônia, onde dizia que reservas seriam “super gigantes”, o que levou as ações a perderem 53 por cento desde o IPO em outubro de 2010.

“É uma questão de mostrar resultados”, disse Oliver Leyland, que ajuda a administrar R$ 1 bilhão (US$ 491 milhões) em ações na Mirae Asset Global Investments em São Paulo, em uma entrevista por telefone. “O problema com as empresas é que os ativos de exploração não produziram nada.”

Cinco anos depois de a Petrobras ter feito a maior descoberta de petróleo das Américas em mais de três décadas, petroleiras no Brasil estão tendo dificuldade em ampliar a produção em meio a atrasos nas entregas de equipamento e no início de operações. A Petrobras, maior produtora do setor, reduziu no mês passado suas previsões de produção dentro do plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões. A OGX Petróleo & Gás Participações SA, número 2 do setor, anunciou em 26 de junho que seus dois primeiros projetos não atingiriam as metas, o que causou uma queda de 40 por cento nas ações em apenas dois dias.

Fonte Peter Millard, da Bloomberg