quarta-feira, agosto 01, 2012

Público recorde na Navalshore 2012

Maior evento da indústria naval da América Latina, a Navalshore vai de 1 a 3 de agosto A Revista Macaé Offshore marca presença

Rio de Janeiro (RJ) - Chegando à sua 9 edição, tem início, hoje (01/08), a Navalshore, maior feira da indústria naval da América Latina. A feira ocorre num momento bastante auspicioso para o setor, que apresenta fluxo de investimentos recorde. O evento, que vai de 1 a 3 de agosto, e será realizado no Centro de Convenções Sul-América, no Rio de Janeiro, promete reunir público recorde – cerca de 15 mil pessoas -, entre visitantes e expositores, com a vinda de profissionais de 40 países, além de 17 delegações estrangeiras, que virão com objetivos de conhecer melhor o cenário nacional do setor. Atuando como media partner da feira, a equipe da publicação ficará num estande montado especialmente para o evento. No local, serão distribuídas as últimas edições da revista, uma das mais completas e atualizadas do setor de petróleo e gás e indústria offshore do Brasil.

Ao longo de mais de 11 mil m² de área de exposição, os participantes poderão ter contato com as últimas novidades em produtos e serviços para construção e reparo naval, equipamentos e suprimentos para estaleiros, além de soluções para o setor de petróleo e gás. Mais de 350 empresas nacionais e internacionais – de países como Argentina, Japão, China, Espanha, Suécia, Coréia do Sul, EUA, Finlândia, Itália, Noruega, Canadá e Holanda.

A indústria naval brasileira conta atualmente com 47 estaleiros em funcionamento no País. Segundo o último levantamento do SINAVAL (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), realizado no primeiro semestre de 2012, a construção de outros 11 estaleiros já foi iniciada e nesta última semana o FMM (Fundo da Marinha Mercante) liberou cerca de R$ 1,4 bilhão para a construção de mais cinco estaleiros e 104 embarcações para os setores navais e offshore. A área de exploração e abastecimento de petróleo no Brasil é responsável pela maioria dos investimentos que serão aplicados no setor.

Dessa forma, para atender à demanda de 730 encomendas até 2020 – número divulgado pelo SINAVAL - , a organização da feira oferecerá um pavilhão exclusivo para os interessados fazerem negócios. Segundo o gerente da feira, Michael Fine, o objetivo do Pavilhão Estaleiros do Brasil é valorizar o trabalho e o desenvolvimento da indústria nacional e oferecer um ponto de encontro para todos os profissionais dos estaleiros do Brasil que visitam a feira, explica o executivo, que acrescenta: "Na edição de 2011, 80% dos estaleiros nacionais estiveram no evento e, este ano, acreditamos que aumentaremos essa adesão".

Para a cerimônia de abertura, estão confirmadas as presenças do secretário de Desenvolvimento Econômico do estado do Rio de Janeiro, Julio Bueno e do presidente da Transpetro (braço logístico da Petrobras), Sérgio Machado. Nomes importantes da indústria como o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovlado Rocha e do presidente da Associação das Empresas Brasileiras do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça também confirmaram participação.

Da Redação

Déficit internacional de soldadores qualificados pode chegar a 250 mil

Assunto será o tema central do Workshop Técnico programado para acontecer durante a Navalshore 2012 – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de agosto

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Soldagem, Daniel Almeida afirmou que recente pesquisa realizada nos Estadois Unidos identificou que o mercado naval internacional sofrerá, em três anos, um déficit de 250 mil profissionais em soldagem. De fato a carência de profissionais especializados é recorrente no mercado e fragiliza o potencial de crescimento da indústria como um todo. O assunto será o tema central do Workshop Técnico programado para acontecer durante a Navalshore 2012 – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que acontece nos dias 1, 2 e 3 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro.

Segundo Almeida, a situação no Brasil torna-se ainda mais complexa pela evasão de profissionais brasileiros para empresas americanas e canadenses. “As companhias estrangeiras vivem as mesmas dificuldades que o Brasil para encontrar mão de obra qualificada e fazem uso de estratégias como altos salários para atrair os profissionais disponíveis”, explica.

Já para o engenheiro e gerente de Construção e Montagem da Petrobrás, José Luís Cunha, as dificuldades brasileiras são o reflexo da falta de políticas de produção mais objetivas para a indústria naval, que por muitos anos prejudicaram o desenvolvimento do setor. “O Brasil teve o processo de construção naval paralisado por muitos anos, perdendo encomendas para estaleiros localizados em outros países”, afirma.

Com o Plano de Negócios e Ação da Petrobrás, a criação de políticas mais objetivas e a exigência de conteúdo nacional mínimo, a indústria naval brasileira renasceu. Novos estaleiros foram construídos e cerca de 58 mil postos de trabalho direto foram criados. Entretanto, algumas necessidades do setor ainda não foram 100% atendidas. Cunha aponta entre os problemas a serem resolvidos aqueles que demandam atenção imediata: adoção de processos de alta produtividade, capacitação da mão de obra geral, carência de soldadores, operadores, montadores; soldadores especializados em materiais mais nobres, entre outros.

Almeida, da Associação Brasileira de Soldagem, acrescenta que é igualmente importante as empresas investirem na modernização das soluções tecnológicas. “De uma forma geral a tecnologia de soldagem empregada é satisfatória, porém podemos utilizar um pouco mais a automatização ou mesmo a robótica para melhorar a produtividade”, diz. Já Cunha aposta na construção de um Departamento Técnico de Soldagem, local em que engenheiros e inspetores de soldagem possam desenvolver e acompanhar os processos de soldagem da empresa.

Os dois especialistas no tema participam do Workshop Técnico sobre a Soldagem na Área Naval e Offshore acontecerá no dia 3 de agosto, das 9h às 12h, sala 6, no segundo pavimento do Centro de Convenções SulAméricas. O evento conta também com a participação do engenheiro da Böhler Welding Group, Omar Samra, do diretor da Divisão de Tecnologia e Soldagem da Fronius do Brasil, Walter Wetzel, acompanhado de outro representante da empresa, Mario Cesar de Freitas, e do diretor de Desenvolvimento de Segmentos da ITW Welding Brasil, Ubirajara Pereira Costa.

Fonte: Redação com informações assessoria de imprensa

Em 2011, pré-sal produziu 71 mil barris/dia de petróleo

Esse resultado colocou o Brasil na 13ª colocação no ranking mundial de produtores

Rio de Janeiro (RJ) - A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), publicou hoje (31), o Anuário Estatístico Brasileiro do setor em 2012. Segundo a Agência, em 2011, foram produzidos 71 mil barris/dia de petróleo, o equivalente a 3,4% da produção nacional, que foi de 2,1 milhões de barris/dia. .

De acordo com o balanço, as reservas brasileiras provadas de petróleo registraram aumento de 5,6%, para 15 bilhões de barris, o que colocou o País na 14ª posição mundial. Já as reservas provadas de gás natural cresceram 8,6%, para 459,4 bilhões m³, fato que levou o Brasil à 31ª colocação no ranking das maiores reservas provadas.

Seguindo uma tendência mundial, a indústria brasileira do gás natural ganhou impulso. O aumento de 5% na produção, para 24,1 bilhões m³, esteve associado à redução de 27,7% das queimas e perdas e à diminuição de 7,6% do volume reinjetado nos poços.

Em comparação com 2010, as vendas de combustíveis subiram num ritmo moderado – 3,6%. A alta significativa dos preços do etanol resultou na perda de competitividade deste combustível. Os consumidores migraram para a gasolina C, cujo consumo subiu 19% em contraste com a queda de 27,7% nas vendas de etanol hidratado.

A produção de biodiesel no Brasil aumentou 11,5%, enquanto a capacidade nominal da indústria registrou expansão de 16%. Manteve-se a predominância do óleo de soja como matéria prima para o biodiesel. Aproximadamente 2,7 milhões de metros cúbicos do produto foram comercializados em quatro leilões realizados pela ANP em 2011.

Fonte: Redação com informações da assessoria de imprensa da ANP