sábado, janeiro 29, 2011

O Perfil da Bacia de Campos


O crescimento registrado nesses anos de produção da Bacia de Campos, permite que ela possa ser comparada a uma cidade com população em torno de 40 mil pessoas. Esses habitantes, muitos dos quais se revezam em 14 dias de trabalho confinado, dividem-se por 64 plataformas de perfuração e produção, garantindo uma produção de 1 milhão 250 mil barris de petróleo por dia, e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural também por dia. A produção de petróleo da Bacia de Campos equivale à de alguns países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

A Petrobras tem 39 campos de petróleo na Bacia de Campos, que garantem mais de 80% da produção nacional. Esses campos, batizados com nomes de peixes da costa fluminense, contêm reservas de óleo equivalente da ordem de 9,7 bilhões de barris. Eles se espalham por uma área de 115 mil quilômetros quadrados, em profundidade d’água de até 3.400 metros.

Além das plataformas e navios, a complexa rede de produção e escoamento da Bacia de Campos compreende cerca de 4.200 quilômetros de dutos submarinos. Parte da produção é escoada por dutovias, desde as plataformas até o terminal de Cabiúnas, próximo de Macaé, e daí até as refinarias de Duque de Caxias (Reduc) no Rio de Janeiro e Gabriel Passos (Regap) em Minas Gerais. O restante da produção é transferida por navios para os teminais de Madre de Deus (BA), de Ilha Grande (RJ), de São Sebastião (SP), de São Francisco do Sul (SC) e Tramandaí (RS).

A trajetória de sucesso da Bacia de Campos deverá prosseguir por muitos anos. Mais do que uma cidade, ela se transformou nos últimos anos, em uma gigantesca indústria onde são utilizadas e aperfeiçoadas as tecnologias de produção de petróleo em águas profundas, que conduziram o Brasil à liderança mundial nessa área e servem de referência às maiores empresas internacionais do setor.

Essa vocação se amplia com as novas descobertas na região e os projetos e encomendas de novas plataformas. No planejamento da Petrobras para o período 2003-2007, for prevista a entrada de 10 novas plataformas nos campos descobertos em águas profundas.

Além da geração de empregos diretos e indiretos e da contribuição compulsória representada pelo recolhimento de impostos, taxas e pagamentos de royalties, - somente estes em torno de R$ 2 bilhões e 500 milhões no ano de 2002 - em benefício da União, estados e municípios, a Petrobras está presente na área de influência da Bacia de Campos através de diversos projetos sócio-comunitários, culturais, ambientais e de infra-estrutura.

Os programas da Petrobras para a região da Bacia de Campos abrangem os setores educacional, cultural, esportivo e de preservação ambiental. Entre outros, destacam-se: Plantando o Futuro (educação agrícola-ambiental com plantio de hortas nas escolas). Programa de Criança (iniciação esportiva, cultural, recreativa e assistência de saúde na rede pública de ensino). Programa de Leitura ( bibliotecas volantes). Projeto Sentrinho (apoio a portadores de distúrbios neurológicos). Projeto Tamar (preservação de tartarugas marinhas). Ecolagoas (estudo e monitoramento das lagoas do Norte Fluminense). Reciclar (reciclagem de resíduos com lucros revertidos através de cestas básicas para a comunidade) e diversos projetos de desenvolvimento da infra-estrutura regional de apoio a entidades.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

PETROLÍFERAS AUMENTAM INVESTIMENTOS NA EXPLORAÇÂO DE PETRÓLEO


Segundo uma avaliação da consultoria Tendências, com dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a participação das companhias que chegaram após o fim do monopólio da Petrobras praticamente triplicou no último ano, passando de 2,6% para 6,1% do volume total produzido no Brasil. De janeiro a outubro, diz a consultoria, as empresas privadas produziram 144% a mais do que no ano anterior. A produção privada no país ainda é pequena e, em muitos casos, obtida em parceria com a Petrobras.

A OGX de Eike Batista é a empresa privada que mais investe em exploração do petróleo no país. Pela conta da ANP, ano passado (até o 3º trimestre), os investimentos em exploração no país totalizaram R$ 8,4 bilhões. O maior investidor, com 59% do total, é a Petrobras. Depois vem a OGX, com 14% seguida da Repsol, com 11%, e, logo depois a Anadarko, com 6%. Em nota, a assessoria da Petrobras, alegou que teve que realizar paradas não programadas em plataformas este ano, o que teve impacto na produção.

A maior empresa de refino de petróleo da Coreia do Sul vendeu sua participação em três blocos de petróleo no Brasil para a dinamarquesa Maersk Oil por US$ 2,4 bilhões. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A companhia dinamarquesa por sua vez aumenta sua presença no Brasil, pois já possui participações em blocos exploratórios por aqui, alguns deles em parceria com a OGX.

Mercado brasileiro em alta

Depois da Petrobras, os maiores produtores de petróleo no Brasil são a anglo-holandesa Shell, com 51,1 mil barris por dia; as americanas Chevron (21,6 mil barris por dia) e Devon (15,9 mil barris por dia); a indiana ONGC (11,7 mil barris por dia) e a sul-coreana SK (10,6 mil barris por dia). Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), o investimento privado no setor será de US$ 42 bilhões até 2014 - são 40 companhias atuando além da estatal.

A Repsol também aposta no mercado brasileiro para crescer e para isso busca se desfazer de ativos para capitalizar-se e investir no País. A companhia deu andamento à estratégia de reduzir sua exposição na Argentina ao anunciar a venda de 3,3% de sua participação na YPF por cerca de US$ 500 milhões. Os compradores foram os fundos de investimento administrados pela Eton Park Capital Management, Capital Guardian Trust Company e Capital International, dos Estados Unidos, que terão o direito de exercer a opção de compra de mais 1,6% adicional na companhia argentina.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

Schahin transfere projeto para o Rio de Janeiro


O caso do estaleiro de navios-plataformas de petróleo que o Consórcio Schahin/Tomé iria construir em Pernambuco é o mais emblemático. Em fevereiro do ano passado, o aporte de R$ 300 milhões foi anunciado com pompa no Palácio do Campo das Princesas. A primeira encomenda contratada pela Petrobras era de US$ 1,5 bilhão. Nada menos que a primeira embarcação do pré-sal, produzida em solo pernambucano. O endereço do empreendimento seria o Complexo Industrial Portuário de Suape. Eis que surge a primeira surpresa em outubro, quando a Schahin obteve uma autorização prévia da Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) para instalar um projeto diferente no Porto do Recife. Agora, é dada como certa por diretores de ambos os ancoradouros do Estado a transferência do investimento para o Rio de Janeiro.

No momento em que foi anunciado o empreendimento no Porto do Recife, vieram à tona os problemas de Suape: seriam necessários três anos para tirar o estaleiro do papel, o que levaria a um descumprimento do prazo acertado com a Petrobras, e havia ainda escassez de água nos 40 hectares do Complexo destinados ao projeto. O porto da capital, espécie de plano B, passou então a ser examinado com mais cuidado.

A ideia era não implantar mais uma fábrica de navios, mas um “canteiro naval”, onde peças e componentes do navio-plataforma viriam prontos da China e montados em uma área de 69 mil metros quadrados no Cais 2.

A impressão é que, de fato, o empreendimento mudaria de endereço. Havia sido negociada, ao longo de seis meses, até uma contrapartida em infraestrutura no Porto do Recife de R$ 7 milhões. A geração de empregos estimada era de entre 1.500 e 1.800 postos. Diante dos avanços nas conversas, uma minuta de contrato chegou a ser elaborada, estando pronta para assinar.

Até que veio uma ordem de cima para interromper todas as movimentações. A empresa japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering Co. (Modec), fornecedora da Petrobras e dona do negócio (o consórcio Schahin/Tomé foi contratado para construir o empreendimento), decidiu transferir tudo para o Rio de Janeiro, onde estão os seus escritórios brasileiros.

A reportagem procurou o grupo Schahin, mas, até o fechamento da edição não obteve um posicionamento oficial. A orientação dada pela assessoria de imprensa da empresa foi procurar a Modec. Questionada, a empresa japonesa também silenciou.

Fonte: Jornal do Commercio

Novas tendências de completação


Ao longo desses mais de 30 anos, a Petrobras fez uso intensivo do conceito "equipamentos submarinos de completação + unidade flutuante de produção" nas atividades offshore. Os principais fatores que a levaram a essa opção foram:

As características dos reservatórios e as condições ambientais relativamente brandas encontrados na Bacia de Campos;

A possibilidade de instalação de sistemas de produção antecipada para servir como laboratórios em escala para os sistemas definitivos, para realizar testes de poços e para permitir o desenvolvimento em fases dos grandes campos;

A diminuição do risco e o melhor fluxo de caixa, já que a receita obtida em uma fase do desenvovimento participa do financiamento das seguintes;

A maior rapidez obtida no desenvolvimento dos campos;

As parcerias e cooperações estabelecidas com os fornecedores de equipamentos, o que possibilita a melhoria contínua dos mesmos e o relacionamento a longo prazo;

A confiabilidade e rentabilidade desses sistemas, comprovadas na prática.
Todavia, as características dos fluidos encontrados em campos de águas ultra-profundas (lâmina d’água superior a 1.000 metros) estão levando a uma mudança na abordagem da questão, favorecendo a adoção de unidades de completação seca (UCS). Muitos desses campos apresentam óleo pesado variando de 15 a 20 oAPI que, combinado com as baixas temperaturas predominantes nestas profundidades, resulta em problema de escoamento.

Por esses motivos, a tendência ao uso de UCS tem aumentado ultimamente, já que essas unidades :

Propiciam melhores condições térmicas ao escoamento, antecipando a produção;

Minimizam os problemas com a formação de depósitos de hidratos e parafinas devido à temperatura de escoamento mais elevada;

Reduzem os custos operacionais com intervenções;

Apresentam ações mais rápidas e econômicas para otimização e controle da produção;

A evolução da tecnologia de perfuração, permitindo a drenagem de uma grande área a partir de um único cluster através de poços de grande angulação e afastamento em arenitos não consolidados e folhelhos instáveis.
Conclui-se que em mais de 30 anos de atividades offshore, a produção no mar tornou-se vital para o Brasil, passando a responder por cerca de 80% do total produzido no país no início de 1999, ou seja: cerca de 1 milhão de bpd provenientes de 74 plataformas fixas e 23 flutuantes. Nesse período, a Petrobras instalou, ainda, mais de 300 árvores de natal submarinas, 40 manifolds submarinos e 5.000 km de linhas flexíveis, rígidas e umbilicais de conttrole.

A partir das descobertas iniciadas em 1974, a Bacia de Campos assumiu a posição de principal província petrolífera do país. Nessa área existem hoje 37 campos produzindo cerca de 880.000 bpd de óleo (76% da produção nacional) e 15 milhões m3/dia de gás (47%) através de 14 unidades fixas e 22 flutuantes.

Cabe destacar a contribuição dos campos em águas profundas e ultra-profundas (em LDA acima de 400 metros) que, hoje, respondem por cerca de 50% da produção nacional.

Espera-se aumento significativo nas atividades nos próximos anos, com a instalação de 12 novas unidades flutuantes de produção e mais de 180 árvores de natal, 6 manifolds e 1.900 km de linhas e umbilicais.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/