domingo, janeiro 22, 2012

Mercado offshore em alta para profissionais do sexo feminino


Demanda crescente de profissionais qualificados aumenta as chances de empregabilidade

Mais segurança e responsabilidade. Essas são duas das qualidades citadas pelos gestores da área de petróleo que justifica o aumento delas no setor petrolífero. O diretor operacional da Alphatec, Ronaldo Silva, acredita que a contratação de mulheres é uma tendência do mercado. Sua empresa tem nove profissionais do sexo feminino em cargos como caldeireiras, eletricistas, mecânicas e soldadoras. “Tenho observado que elas têm mais cuidado com a qualidade do trabalho, com as ferramentas, e nós ganhamos com isso”, explica Silva.

Segundo a caldeireira Michelle da Silva, o sexo feminino está sendo mais valorizado por esses diferenciais. “Quem contrata acredita, por exemplo, que as mulheres têm mais cuidados com o Equipamento de Proteção Individual (EPIs) do que os homens”, disse Michelle.

A caldeireira, formada recentemente por um curso ministrado pela RioPetro em parceria com a Prefeitura de Rio das Ostras, acredita que não terá dificuldades para conseguir um trabalho. “Percebo que o mercado está aberto e há até uma procura maior por profissionais do sexo feminino. Por isso, espero conseguir logo uma colocação”, destaca. Embora atuasse na área de telemarketing, Michelle sempre teve interesse por peças e ferramentas, e por isso, aproveitou a oportunidade para se qualificar.

Outra aluna do curso, Zuleika Andrade, 49 anos, que lecionou durante muitos anos e atuou como técnica de enfermagem também acredita que será fácil conseguir um trabalho na área, devido ao espaço que as mulheres vêm tomando em setores que, antes, eram ocupados, exclusivamente, por homens. “Estou pronta para o desafio, porque acredito que podemos fazer tudo. Um exemplo disso é que a mestre de obras do estádio do Maracanã é uma mulher”, contou Zuleika, ressaltando que no início se sentiu deslocada, mas com o tempo foi se acostumando com a ideia.

DEMANDA - A falta de profissionais qualificados é um dos motivos, segundo o diretor do Centro de Qualificação da RioPetro, Almir Galvão, para o mercado offshore não fazer distinção de sexo. “A demanda crescente está abrindo o campo para as mulheres que estão preparadas e a cada ano a participação delas na área de petróleo aumenta”, disse Galvão.

O diretor explicou que nos anos 80, as áreas de saúde e engenharia eram as que mais admitiam o sexo feminino nas plataformas. “Hoje as áreas de segurança do trabalho, meio ambiente e logística são as que têm mais mulheres. As oportunidades estão cada vez maiores”, concluiu.

CURSO – Junto a demanda do mercado, a procura das mulheres por cursos como caldeiraria e soldagem, de acordo com Galvão, também cresceu. No último curso de Caldeiraria ministrado pela Rio Petro, 16 mulheres se formaram, numa turma de 80 alunos. Foram três meses e 180 horas de aulas. Com a qualificação em caldeiraria, além de atuar no setor offshore, é possível trabalhar ainda em indústrias voltadas para metal mecânica, refinarias e indústria naval.

Fonte: Da Redação

BP destaca pré-sal no caminho da autossuficiência ocidental


A petrolífera estima que a demanda por hidrocarbonetos líquidos atinja 103 milhões de barris por dia

A petrolífera britânica BP divulgou na sede da empresa em Londres, o Energy Outlook 2030, estudo no qual projeta o cenário energético mundial. Dentre as apostas em uma demanda global crescente, nos próximos 20 anos, a companhia destacou o pré-sal como um dos pilares da autossuficiência por petróleo no hemisfério ocidental.

Segundo o documento, “o crescimento de fontes não-convencionais, incluindo óleo e gás provenientes de xisto nos EUA; petróleo de areias betuminosas do Canadá e de águas profundas brasileiras, associados ao declínio contínuo da demanda por petróleo, colaborará para que o hemisfério ocidental se torne quase que totalmente autossuficiente em 2030.”

Nesta configuração, o resto do mundo, especialmente a Ásia, dependerá mais do Oriente Médio. De acordo com a BP, essa região é a que mais detêm a capacidade de aumentar a produção para atender às novas demandas globais. Entretando, em âmbito global, o petróleo continuará a perder mercado, graças à concorrência das energias renováveis, mas, mesmo assim, ainda vai manter em 2030, a hegemonia na matriz mundial. Espera-se, de acordo com a BP, que a demanda por hidrocarbonetos líquidos atinja 103 milhões de barris por dia (b/d), um crescimento de 18% a partir de 2010.

Demanda global
O crescimento da demanda global por energia será provavelmente de 39% até 2030, ou 1,6% ao ano, quase que inteiramente nos países fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A matriz energética global continuará sendo dominada por combustíveis fósseis; cuja participação será de 81%, de acordo com as estimativas da BP, cerca de 6% abaixo dos níveis atuais.

Nesse período também deverá ser observado um aumento na substituição de combustíveis, com o uso de mais gás natural e fontes renováveis, em detrimento do carvão e do petróleo. Esta troca gradual deverá contribuir para que as energias renováveis, incluindo os biocombustíveis, continuem a ser as fontes energéticas com maior crescimento global, a uma taxa anual superior a 8%.

Fonte: NN

Eike Batista descobre petróleo na costa de Paraty


O homem mais rico do Brasil, o empresário Eike Batista, anunciou na manhã de hoje que sua empresa, a OGX, descobriu petróleo na costa de Paraty. A jazida fica em águas rasas, a 80 quilômetros numa linha reta de Paraty, e possui reservas estimadas em dois bilhões de barris de óleo leve e um grande volume de gás natural. O local faz parte da Bacia de Santos.

A quantidade da descoberta é significativa se comparada as reservas estimadas no pré-sal, que são de cinco bilhões de barris. A diferença é que o óleo descoberto nos poços de Eike Batista estão em águas rasas, tanto em área do pré quanto do pós-sal. O custo de produção, portanto, será mais baixo do que se fosse em águas profundas.

A OGX também tem certeza de que achou um grande volume de gás natural. Para o diretor-geral da empresa, Paulo Mendonça, os indícios de gás são muito expressivos, mas ainda é necessário fazer testes. “Precisamos ainda fazer testes. Qualquer avaliação que se faça agora não é precisa, porque temos muitas descobertas lá”, disse o diretor-geral.

Esta é a sexta descoberta da empresa na bacia de Santos, onde está também localizado o chamado cluster do pré-sal, liderado pela Petrobras e que pode conter mais de 50 bilhões de barris de óleo equivalentes em reservas.

Mendonça informou que a descoberta ocorreu no poço OGX-63, batizado Fortaleza, que fica no bloco BM-S-57, e que continuará sendo perfurado. O bloco está em águas rasas e a 102 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, o que facilita a sua exploração. A OGX tem 100% do bloco.

Com a descoberta da OGX, e o alto preço do petróleo, as ações da empresa subiram mais de 5%, após um fechar no vermelho em 2011. A OGX vai produzir o seu primeiro óleo no próximo dia 28, na bacia de Campos.

Fonte: A Voz da Cidade