quarta-feira, outubro 06, 2010

Entenda o que é a camada pré-sal


A região do pré-sal brasileiro, que prenuncia gigantescas reservas de petróleo e gás em volumes ainda indefinidos, é uma sequência de rochas sedimentares depositadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico formado pela separação dos continentes Americano e Africano, que começou há 150 milhões de anos.

A Província do pré-sal compreende uma área de 112 mil quilômetros quadrados, que vai do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina. Desse total , 41 mil quilômetros quadrados - o equivalente a 38% de toda a área - já foram concedidos em licitações realizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e, portanto, estão fora do novo marco regulatório.

A Petrobras detém 35 mil quilômetros quadrados do total já concedido. Há, ainda, 71 mil quilômetros quadrados de área sujeita a concessão.

Até o momento, foram avaliadas as áreas de Tupi e de Iara, ambas na Bacia de Santos, e a do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo. A estimativa é de um volume mínimo de 9,5 bilhões de barris, podendo chegar a 14 bilhões, o que praticamente dobra as atuais reservas do Brasil, hoje de 14 bilhões de barris.

A maior descoberta, até agora, está no Campo de Tupi, onde a Petrobras já iniciou o teste de longa duração, com a coleta de dados e de conhecimento técnico para a exploração de toda a área do pré-sal.

Somente em Tupi, as reservas estimadas estão entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural. Outra importante descoberta de óleo leve nos reservatórios do pré-sal se deu na área conhecida como Iara, explorada pela Petrobras, que opera o campo com 65% de participação em consórcio formado pela BG Group (25%) e a Galp Energia (10%).
Exploração

As estimativas apontam para um volume entre 3 bilhões e 4 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural. Essas estimativas foram confirmadas por teste a cabo, que revelaram a existência de petróleo leve numa área de cerca de 300 quilômetros quadrados.

Iara está localizado na área ao norte de Tupi, a cerca de 230 quilômetros do litoral da cidade do Rio de Janeiro, em lâmina d´água de 2.230 metros. A profundidade final atingida pelas perfurações chegou a 6.080 metros.

Em novembro do ano passado, a Petrobras concluiu a perfuração de dois novos poços na seção pré-sal do litoral do Espírito Santo e comprovou expressiva descoberta de óleo leve na área denominada Parque das Baleias, ao norte da Bacia de Campos.

O volume das descobertas, feitas em reservatórios do pré-sal localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, é estimado entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de petróleo e gás.

Fonte: http://www.band.com.br/

Descoberta de Franco pode aumentar em 50 bi de barris o potencial da Bacia de Santos


O total de 4,5 bilhões de barris de petróleo que podem ser extraídos do megacampo de Franco, segundo anunciou a ANP nesta semana, abre novas perspectivas de exploração na área do pré-sal da Bacia de Santos. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pela diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard.

Segundo a diretora, o reservatório existente no Poço de Franco, situado na parte da bacia no litoral do Rio de Janeiro, pode ampliar para além dos 50 bilhões de barris de petróleo o potencial de reservas da bacia. Esse era o inicialmente previsto pela ANP para a região do pré-sal na Bacia de Santos.

Magda disse que há um segundo poço em fase de perfuração pela Petrobras, que vem sendo denominado informalmente de Libra, com perspectivas de reservas ainda maiores. Também é possível que sejam dois reservatórios, localizados lado a lado. A Petrobras foi contratada pela ANP para fazer perfurações nos dois poços, que ficam em áreas da União não licitadas.
Petrobras

De acordo com a diretora, a ANP trabalha com a possibilidade de que seja aprovada a proposta do governo em tramitação no Congresso Nacional de que os novos poços sejam entregues diretamente à Petrobras para desenvolver os trabalhos de produção. “A ANP, antes de fechar com a Petrobras, chamou duas grandes operadoras para perfurar na área e todas se recusaram”, afirmou.

A nova área, segundo Magda, localiza-se numa camada de grande porosidade conhecida como coquinas e onde, até então, não se tinha certeza da existência de petróleo. Ela esclareceu, ainda, que a perfuração atingiu a maior profundidade, até agora, do pré-sal. “Sem dúvida que a importância da nova descoberta é muito maior que o volume do óleo encontrado, na medida em que abre novas possibilidades e perspectivas exploratórias para a área do pré-sal.
Principalmente, se levarmos em conta que as descobertas se deram nas rochas carbonáticas conhecidas como coquina”, avaliou.

Fonte: http://www.band.com.br/

EMPRESAS ESTRANGEIRAS AJUDAM NO DESENVOLVIMENTO DO PRÉ-SAL


Com expectativa de investimentos volumosos, o pré-sal se tornou a maior vitrine do Brasil no exterior. Isso porque tanto a Petrobras como importantes empresas de óleo e gás já anunciam altos investimentos no setor. Para se ter uma ideia, técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estimam que para o banco poder se preparar para atender as necessidades da cadeia produtiva de petróleo e gás para a exploração da área do pré-sal, será necessário créditos que devem somar US$ 200 bilhões até 2012. naturalmente, com a plena expansão do cadeia petrolífera nacional, empresas estrangeiras já miram o Brasil como principal foco em suas ações.

Exemplo dessa ‘invasão’ estrangeira em nosso mercado, é a ABB, multinacional com sede na Suíça que opera nas áreas de geração e automação, e anunciou recentemente planos de montar no Brasil propulsores para plataformas de perfuração de poços de petróleo. O grupo analisa construir uma unidade na costa brasileira - em local ainda não definido - para montar os propulsores com conteúdo nacional de cerca de 60%. O equipamento é conhecido no mercado pela marca Azipod e permite movimentar navios e plataformas. E no caso de sondas de perfuração são importantes para manter o posicionamento dinâmico da unidade, corrigindo variações de marés e de ventos.

Mas não apenas os suíços anunciaram investimentos em nossa cadeia de petróleo. Empresas russas do setor de gás natural e de tecnologia de extração vão abrir escritórios no Rio de Janeiro e propõem investimentos no pré-sal para permitir que se explore não apenas o petróleo, mas também para capturar e comercializar o gás que sairá das reservas. Há uma semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Petrobrás mantiveram conversas preliminares em Moscou com algumas das gigantes do setor, entre elas a Gazprom - a maior empresa de gás natural do mundo.

Liderança da Petrobras

Para o consultor da Onip, Arlindo Charbel, considerando que o setor petróleo é internacional e o aprendizado é permanente, a presença de empresas estrangeiras garante que a exploração do pré-sal não ficará limitada à experiência da Petrobras. “Embora seja inegável a liderança da Petrobras, cada empresa de petróleo tem muito o que compartilhar com as outras, até porque o pré-sal não existe só no Brasil. Sem contar o fato que cada uma desenvolveu soluções e fornecedores em alguma parte do mundo e isto, ao ser compartilhado com seus associados no Brasil (Petrobras e outras empresas, operadores ou fornecedores) pode facilitar a exploração no Brasil”, ressaltou o especialista.

Segundo Arlindo Charbel, a entrada cada vez maior de companhias estrangeiras no país não deve impedir do desenvolvimento de empresas nacionais. “A invasão só poderia atrapalhar se a vinda de empresas estrangeiras tiver como objetivo apenas ganhar dinheiro com o pré-sal. Como muitas das empresas estão trazendo inteligência, se dispondo a compartilhar conhecimento a até montando aqui centros de tecnologia”, afirmou Charbel ressaltando ainda que a exigência de conteúdo local da Petrobras servirá não como impedimento ou desestímulo mas como uma forma de trazer foco nos estudos e/ou economia de escala para os subfornecedores brasileiros”, finalizou.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/