Para o presidente em exercício da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, o novo fenômeno da imigração de mão de obra apresenta desafios cruciais que o país precisa ultrapassar.
Rio de Janeiro (RJ) - Foi realizada nesta terça-feira (29), na sede das Federações das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o seminário “Política Migratória, Produção e Desenvolvimento”, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Para o presidente em exercício da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, o novo fenômeno da imigração de mão de obra apresenta desafios cruciais que o país precisa ultrapassar.
“Nos últimos dois anos, houve 64% de aumento de profissionais expatriados no Brasil, sobretudo no setor de petróleo e gás devido à descoberta do pré-sal. A entrada de estrangeiros para suprir necessidades eventuais é bem-vinda”, declarou Bittencourt, que disse ainda que o estado do Rio está sofrendo muito com a burocracia para a concessão de vistos de trabalho para estrangeiros.
De acordo com Bittencourt, o Brasil precisa suprir a demanda de engenheiros na área de petróleo e gás. Em seguida, afirmou que o Rio de Janeiro foi o estado que mais concedeu vistos à trabalhadores estrangeiros em 2012.
Presente no Seminário, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Moreira Franco afirmou que, para compensar a escassez de profissionais qualificados, especialmente nas áreas técnicas, é necessário facilitar a vinda de estrangeiros gabaritados para o país.
Na ocasião, o ministro lembrou o discurso de posso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama sobre a manutenção da política migratória no país. Segundo Moreira Franco, a ampliação de mão de obra qualificada estimula o aumento da produção e facilita a incorporação de novas tecnologias e inovação.
“Precisamos ter uma sociedade mentalmente aberta e o debate sobre política migratória deve passar pelo plano político”, destacou o ministro.