terça-feira, maio 10, 2011

Caucaia pode ser 1ª a ganhar eólica no mar



O setor solar experimentou crescimento significativo em 2010, com investimentos aumentando em 53%

O Ceará e, sobretudo, o Município de Caucaia podem estar dando um passo importante para a futura instalação de parques off-shore (que ficam no mar) de geração de energia eólica. A ação seria pioneira no País e poderá ser concretizada, nos próximos anos, caso a proposta do secretário da Câmara Setorial de Eólica (CSE) do Estado, Fernando Alves Ximenes, de criar as Áreas Ecológicas Eólicas (AEE) avance na próxima reunião entre os representantes do setor com autoridades do Ibama, Conpam, Semace, Labomar e do próprio governo estadual, no próximo de oito de abril, na sede da Adece.

Conforme Ximenes, os órgãos que irão participar do encontro já sinalizaram ser favoráveis à ideia de se pré-determinar uma área para receber os investimentos advindos com os leilões. "A partir dessa reunião serão definidos os recursos do governo estadual para realizar os estudos com o fim de definir os lotes que estarão aptos para receber os empreendimentos. Estamos plantando uma semente e criando espaço para a eólica off-shore no Brasil. Queremos criar distritos eólicos assim como existem os distritos industriais", complementou. Ele destacou a distinção de zoneamento e AEE: "zoneamento é pura estimativa. Nesse caso, não há estudo nem EIA/ Rima. O investidor corre o risco de passar meses sem conseguir homologação dos órgãos competentes e, pior ainda, de nem conseguir".

Mais eficiência

Segundo Fernando, o litoral cearense apresenta condições favoráveis para a instalação das torres eólicas por conta do tipo de solo arenoso e da pouca profundidade. "A eficiência no offshore chega até 70%, contra 30% dos parques on-shore (na terra). Vamos subdividir em lotes todo o litoral para determinar os locais para instalação desse tipo de energia limpa", afirmou, lembrando que, no Ceará, a velocidade média dos ventos no mar (a 300 metros da praia) gira em torno de 6 e 10 metros por segundo ante 4 a 8 m/s na terra. Em contrapartida, segundo ele, as AEEs não serão exclusivas para offshore. "Também serão definidas no on-shore. Em Caucaia, por exemplo, já existem três grandes áreas em estudo".

Primeiro município

Na opinião de Fernando Ximenes, o território e o litoral de Caucaia foram indicados para serem estudados por conta de sua grande extensão e proximidade com a Região Metropolitana de Fortaleza. "Além disso, há outros requisitos técnicos. O objetivo é tornar Caucaia como exemplo para estudos nas demais cidades cearenses".

Conforme o secretário de Desenvolvimento de Caucaia, Eliseu Souza dos Santos, o município está atraindo várias empresas, com o Complexo Portuário do Porto do Pecém (Cipp), o que vai exigir mais demanda por energia, com o desenvolvimento da região. "Só neste ano estamos em conversação com cerca de 100 empresas interessadas em se instalar por aqui. Além disso, temos um território muito grande e algumas dificuldades nessa área. A instalação das torres eólicas poderia ampliar a nossa capacidade de geração de energia e atender à demanda crescente no futuro".

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Aumenta nível de produção de petróleo


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil anunciou, na terça-feira, que a produção de petróleo em Março, nos campos nacionais, foi de 2,082 milhões de barris por dia.
A produção, reflecte, um aumento de 2,2 por cento em relação a idêntico mês de 2010 e de 1 por cento coparativamente a Fevereiro.
A produção de gás natural foi de 61 milhões de metros cúbicos por dia, 3,3 por cento a mais do que em idêntico mês de 2010.
Entre os 20 maiores campos produtores de petróleo e de gás natural, apenas dois são operados por empresas estrangeiras, a Frade/Chevron e a Ostra/Shell.
No total, cerca de 92,9 por cento da produção de petróleo e gás natural foi proveniente de campos operados pela Petrobras. Cerca de 91,2 por cento da produção de petróleo e 73,3 da de gás natural do Brasil vem de campos marítimos.
A plataforma P-54, no Campo de Roncador, das concessões petrolíferas brasileirascontinuou a ser a de maior produção pelo segundo mês consecutivo, extraindo 138 mil barris de petróleo e gás (petróleo equivalente) por dia. A ANP revelou que o Brasil voltou a reduzir, em Março deste ano, como aconteceu no mês precedente, Fevereiro, a queima de gás natural nos campos nacionais. A queima no mês passado, referiu a fonte, é a menor desde Agosto de 2004 e representou uma redução de 49,2 por cento em relação ao mês de Março de 2010. Além disso, houve uma redução de 24 por cento relativamente ao mês de Fevereiro.
A agência também anunciou que foram queimados 3,7 milhões de metros cúbicos por dia, confirmando a tendência acentuada de redução do desperdício. Em Fevereiro, o volume extraído, que teve de ser queimado, foi de 4,8 milhões de metros cúbicos por dia, quantidade suficiente para abastecer uma central térmica de mil megatts e equivalente ao consumo diário de uma cidade de 4,2 milhões de habitantes.

Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/

Extração de petróleo aquece mercado local no RN


O fortalecimento da indústria em Mossoró, segundo João Rodrigues Neto, professor do Departamento de Economia da UFRN, tomou novo impulso a partir de 1970, com a extração de petróleo. Por dia, o município produz cerca de 47 mil barris, extraídos de 3,5 mil poços, mantendo-se como maior produtor terrestre de petróleo do País. Ele relembra, no entanto, que a produção diária tem diminuído. “Essa queda advém de campos já em estado de amadurecimento, perdendo a capacidade de produção em volumes crescentes ou mesmo constantes”, explica.

“A atividade petrolífera provocou um crescimento populacional, do município, aquecendo o mercado local da indústria da construção civil”, complementa João Rodrigues.

O bom desempenho não se deve apenas ao petróleo. Também pode ser atribuído à outras atividades econômicas, como beneficiamento de algodão e da cera de carnaúba e a extração de sal. Além da produção de frutas tropicais para exportação, o município também incentiva o beneficiamento de castanha de caju, segmento onde atuam duas grandes empresas nacionais: USIBRÁS e AFICEL. “Também há possibilidade de expansão de um pólo ceramista no município, que movimentará uma cadeia produtiva, exigindo matérias-primas oriundas de atividades extrativas minerais”, afirma o professor.

Mossoró lidera a lista de 20 municípios com maior potencial mineral do Rio Grande do Norte, segundo levantamento realizado pelo IFRN, com base nos dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). São 192 requerimentos de pesquisa e lavra em Mossoró contra 141, em Governador Dix Sept Rosado, segundo colocado. A concentração de minerais em solo mossoroense tem atraído dezenas de investidores. Atualmente, há duas fábricas de cimento em operação no município. A maior delas, administrada pela Cimentos Mizu, pode empregar até 1,5 mil pessoas. Os gestores do município querem transformá-lo num polo cimenteiro. Outra atividade econômica importante é a agroindústria.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/