domingo, janeiro 08, 2012

Sinochem compra parte dos blocos da Perenco no Brasil


O Grupo Sinochem – empresa chinesa líder em suprimento de produtos químicos – fechou acordo para a compra de uma fatia de 10% em cinco blocos de exploração de gás natural e petróleo em águas profundas da francesa Perenco na costa brasileira.
A compra da fatia dos projetos na bacia do Espírito Santo “marca o início do desenvolvimento mais forte da companhia na América do Sul”, disse a companhia em nota publicada em seu site, sem dar detalhes financeiros da operação. A compra feita pela unidade da Sinochem no Brasil está sujeita a aprovação do Governo.

Desde o começo de 2010, companhias de energia chinesas, incluindo o Grupo Sinochem, adquiriram ao menos U$21 bilhões em ativos na América Latina para ajudar no suprimento da segunda maior economia do mundo, a China, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

De acordo com um assessor de imprensa do escritório de Beijing da companhia, o Grupo Sinochem não vai comentar a compra. Nicolas de Blanpre, Porta-Voz da Perenco em Paris, confirmou o acordo com a Sinochem sem, no entanto, dar mais informações.

Os blocos se encontram sob uma lâmina d´água de 100 metros a 2 mil metros de profundidade, de acordo com informações disponíveis no site da Perenco. A OGX Petróleo e Gás Participações SA, controlada pelo bilionário Eike Batista, detém 50% do projeto. Com os 40% restantes, a Perenco continuará sendo a operadora dos blocos, de acordo com dados do site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A estatal Sinochem pagou à Statoil ASA U$3,07 bilhões ano passado, por 40% do campo de Peregrino, na costa brasileira. As companhias acordaram em buscar conjuntamente outras oportunidades de exploração no Brasil e em outros países.

Baseada em Beijing, a Sinochem assinou um acordo com a Petrobras, no ano passado, para a cooperação em exploração e produção.

Fonte: http://portalmaritimo.com/

Sistema importado de Cingapura vai estimular Cabotagem no Brasil



O Governo brasileiro, em uma cooperação técnica com o de Cingapura, está desenvolvendo um sistema para informatizar as operações de Cabotagem – transporte interestadual por via marítima – no Brasil.
Parte de um projeto da Secretaria dos Portos da Presidência da República (SEP), que promete investir R$ 6 bilhões até 2014 no transporte marítimo, o Programa de Incentivo à Cabotagem (PIC) deve alavancar a capacidade de transporte em contêineres de 5,5 milhões de toneladas por ano para 30 milhões de toneladas por ano.

Em dezembro, uma equipe especializada da agência Infocomm Development Authority (IDA) foi enviada pelo governo de Cingapura para realizar a prospecção dos portos brasileiros.

Até fevereiro deste ano, o projeto deve ser concluído. A SEP espera que o programa comece a funcionar em todos os portos públicos no início de 2013. De acordo com Wagner Costa, Coordenador de Logística da SEP, a utilização da Cabotagem por pequenas e médias empresas garantirá o crescimento do setor após a informatização.

“Hoje, essas companhias não possuem escala para operar. Mas o sistema online reunirá todas as cargas fragmentadas em um único lote. Essa carga difusa corresponde a 25% de todo o potencial da cabotagem”, diz.

Atualmente, apenas Login, Maestra, Mercosul Line e Aliança prestam esse serviço no Brasil. Costa, que não possui estimativa para o custo do programa, não descarta dividir os gastos com a iniciativa privada. “A SEP iniciará estratégias para buscar investimentos, públicos ou privados. Já temos falado com algumas empresas”, comenta.

Outro empecilho são os diversos sistemas burocráticos para controle das cargas, os quais não estão integrados.

Os programas Porto Sem Papel, Siscomex, Receita Federal e Supervia devem ser substituídos pelo novo software online.

Segundo Aparecido Mendes Rocha, Diretor da Lógica Seguros, presente em reuniões com a SEP, IDA e as empresas, pretende-se implantar um sistema simplificado e integrado, assim como no modal rodoviário.

“Em Cingapura existe um sistema assim, utilizado pelo Governo e pela iniciativa privada que reúne todas as informações”, diz. Wagner Costa afirma que entraves do setor serão resolvidos com o software. O Coordenador se utiliza da experiência de Cingapura na área para garantir a excelência do futuro da Cabotagem do Brasil. “Entre a entrada da carga e a liberação no porto de Cingapura, demoram se apenas dois minutos. Este é um gargalo brasileiro que será resolvido. Se a experiência na cabotagem for positiva, o sistema pode ser expandido para todo o setor de transporte de longo curso”, comenta.

O objetivo do Governo é fomentar o transporte marítimo em detrimento do rodoviário.

De acordo com Osvaldo Agripino de Castro, Advogado especializado em Direito Marítimo, há três ganhos com o uso do transporte intermodal pelo mar. “Há maior segurança, um menor custo, além de ser sustentável”, comenta Castro.

Aparecido Rocha afirma que o transporte de Cabotagem desperta interesse do mercado segurador, por ser uma alternativa para o equilíbrio das contas do seguro no ramo de transportes.

“Os riscos na Cabotagem são menores e praticamente concentrados nos percursos rodoviários iniciais e complementares à viagem por água”, diz o executivo.

Fonte: http://portalmaritimo.com/

Plataforma da Brasdril fica à deriva e trabalhadores passaram fome


O Sindipetro-NF recebeu denúncia encaminhada no dia 23 de dezembro que a plataforma SS-52, Ocean Whittington, da Brasdril ficou à deriva em alto mar. A unidade que está em Belem do Pará, não recebeu nenhum suporte da empresa, cuja sede fica na Zona Zen em Rio das Ostras, Rio de Janeiro.
O relato dos trabalhadores a bordo é que eles ficaram sem comida e com alguns funcionários passando muito mal. Os trabalhadores questionam o descaso pelo qual os brasileiros passam em plataformas operadas por companhias estrangeiras.

“Deixamos nossas famílias para ganhar nosso dinheiro em cima de uma bomba prestes a explodir. Já não aguentamos mais tanta indiferença com os trabalhadores brasileiros” – relata um petroleiro que esteve a bordo durante o acontecimento.

O Sindipetro-NF tem denunciado através de boletins a forma como a Brasdril trata os petroleiros brasileiros que trabalham para ela. Inclusive apoiando casos de demissão arbitrária de cipistas, acidentes e questões relacionadas a segurança no trabalho.

No boletim veiculado no dia 18 de fevereiro de 2011, o NF denunciou que “a empresa é reconhecida por práticas antissindicais em relação aos cipistas, por interferir nas cipas, por não querer referendar um Acordo Coletivo para seus trabalhadores (um documento fundamental para as relações de trabalho) e pelo desrespeito pelo qual os trabalhadores brasileiros são tratados pelos superiores, na maioria das vezes, estrangeiros, chegando a casos de assédio moral. Além disso, se nega a reconhecer a representação do Sindipetro-NF e fecha os olhos para a representação de fato”.

Com as informações – Sindipetro NF

Fonte: http://portalmaritimo.com/