terça-feira, fevereiro 01, 2011

HISTÓRIA DO GÁS NATURAL


O gás natural é conhecido pela humanidade desde os tempos da antiguidade. Em lugares onde o gás mineral era expelido naturalmente para a superfície, povos da antiguidade como Persas, Babilônicos e Gregos construíram templos onde mantinham aceso o fogo eterno.

Um dos primeiros registros históricos de uso econômico ou socialmente aproveitável do gás natural aparece na China, nos séculos XVIII e XIX. Os chineses utilizaram locais de escape de gás natural mineral para construir auto-fornos destinados à cerâmica e metalurgia de forma ainda rudimentar.

O gás natural passou a ser utilizado em maior escala na Europa no final do século XIX, com a invenção do queimador Bunsen, em 1885, que misturava ar com gás natural e com a construção de um gasoduto à prova de vazamentos, em 1890. Porém as técnicas de construção de gasodutos eram incipientes, não havendo transporte de grandes volumes a longas distâncias, conseqüentemente, era pequena a participação do gás em relação ao óleo e ao carvão.

Entre 1927 e 1931, já existiam mais de 10 linhas de transmissão de porte nos Estados Unidos, mas sem alcance interestadual. No final de 1930 os avanços da tecnologia já viabilizavam o transporte do gás para longos percursos. A primeira edição da norma americana para sistemas de transporte e distribuição de gás (ANSI/ASME B31.8) data de 1935.

O grande crescimento das construções pós-guerra durou até 1960 e foi responsável pela instalação de milhares de quilômetros de gasodutos, dados os avanços em metalurgia, técnicas de soldagem e construção de tubos. Desde então, o gás natural passou a ser utilizado em grande escala por vários países, dentre os quais podemos destacar os Estados Unidos, Canadá, Japão além da grande maioria dos países Europeus. Isso se deve principalmente às inúmeras vantagens econômicas e ambientais que o gás natural apresenta.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

Cenário offshore no Brasil




As descobertas do pré-sal foram as maiores novidades do mercado offshore nos últimos anos. Anunciado pela Petrobras no dia 8 de novembro de 2007, o primeiro campo de pré-sal, de Tupi, marca também a perspectiva de uma nova fronteira petrolífera para o país. Com reserva estimada de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo, o campo de Tupi faz com que o Brasil deixe de ser um país médio no setor, para se fixar em um país de grandes proporções exportadoras, como os países árabes e a Venezuela.

A grande questão passou a ser os estratosféricos investimentos que o país tem que fazer para explorar todo esse ouro negro e os desafios tecnológicos, afinal, a camada de pré-sal tem cerca de 800 quilômetros de extensão e vai da costa de Santa Catarina até o Espírito Santo. Além de Tupi, a principal área, foram descobertos os campos Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

No dia primeiro de maio, um marco histórico para o petróleo brasileiro foi conquistado: a extração do primeiro óleo da camada do pré-sal, na Bacia de Santos, a quase 300 quilômetros do litoral brasileiro, e 5.313 metros de profundidade, no poço 1-RJS-646.

Já está aprovada a primeira versão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, na qual foram definidas as principais estratégias e projetos. A primeira fase está voltada para a aquisição de informações geológicas e de produção, por meio da perfuração de 22 poços exploratórios firmes de delimitação dos reservatórios e de Testes de Longa Duração (TLD), além do Piloto de Tupi. A segunda fase busca a implantação dos sistemas definitivos de produção, os quais possibilitarão a produção superior a 1 milhão de barris diários em 2017 e de 1,8 milhão de barris diários em 2020.

Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o petróleo abaixo do leito marinho elevará a autossuficiência energética brasileira em mais meio século. Enquanto isso, nos números atuais de produção, a Bacia de Campos mantém sua liderança nacional: é responsável por 80% de petróleo e cerca de 50% da produção de gás natural.

No mercado financeiro, a contração de demanda e a queda das cotações do petróleo fez com que todas as grandes companhias petrolíferas tivessem redução de lucro no primeiro trimestre de 2009. A Petrobras, no entanto, teve bons resultados. Isso porque os preços internos da gasolina e do óleo diesel se mantiveram inalterados, e esses dois combustíveis representam cerca de 60% do faturamento da área de abastecimento.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Petrolíferas investem pesado em águas profundas


Longe de se refrear por causa do catastrófico derramamento de petróleo no Golfo do México, a indústria petrolífera mundial planeja fazer investimentos recordes em 2011, com uma boa quantidade de dinheiro para a exploração em águas profundas.

De gigantes como a Saudi Aramco, a ExxonMobil Corp. e a Petróleo Brasileiro SA a pequenas empresas com cinco funcionários, a indústria planeja gastar quase meio trilhão de dólares no ano que vem para encontrar e extrair petróleo e gás natural, segundo uma nova pesquisa do banco de investimento Barcalys Capital

Pela primeira vez em muitos anos, as grandes petrolíferas dos países ricos é que estão encabeçando a investida, aumentando seus orçamentos mais rápido que as estatais do setor, que dominaram os investimentos nos últimos anos."Isso está sendo alimentado pelo apetite por mais petróleo, a certeza de que os preços atuais continuarão e as empresas saindo da hibernação causada pela recessão", disse James West, analista do setor petrolí-fero no Barclays, que foi um dos autores do estudo, produzido anualmente desde 1982.

O Barclays calcula que o investimento em novos poços, plataformas de produção e outras infraestruturas chegará a US$ 490 bilhões ano que vem, 11% a mais que em 2010. O número se baseia numa pesquisa com 402 empresas. O investimento planejado reflete parcialmente o custo maior de encontrar e extrair petróleo em áreas de mais difícil acesso.

A cotação do petróleo chegou a US$ 90 uma semana atrás na Bolsa Mercantil de Nova York, pela primeira vez desde outubro de 2008, e tem se mantido nesse patamar no período entre o Natal e o ano-novo.As maiores produtoras de petróleo, um clube seleto formado por Exxon, Royal Dutch Shell PLC, ChevronCorp. e BP PLC, deve aumentar as despesas de capital em 16% , em 2011, para US$ 108,6 bilhões, segundo o Barclays. Dez anos atrás, essas empresas demoraram demais para elevar o investimento após um período de baixa no petróleo e tiveram que pagar mais por plataformas de perfuração e outros serviços. Desta vez, elas parecem comprometidas a não cometer o mesmo erro.

A Chevron, que anunciou este mês uma alta de 29% nas despesas de capital, citou a vontade de desenvolver vários projetos marítimos de grande porte na costa do Estado de Austrália Ocidental, no Mar do Sul do China e no Golfo do México, apesar do processo de licença nos Estados Unidos ter ficado mais lento depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, em 20 de abril. Os outros grandes produtores ainda não divulgaram seus planos para as despesas de capital de 2011.

O vazamento de petróleo no golfo - de um poço operado pela BP - não diminuiu a crença da Chevron de que ela pode perfurar com segurança em águas profundas. "Isso não nos intimida porque há demanda e precisamos conquistar os recursos disponíveis para nós", disse o porta-voz Kurt Glaubitz.

A exploração em águas profundas deve abocanhar uma fatia ainda maior das despesas de capital das empresas.

Os estaleiros mundiais lançaram 25 novas plataformas de águas profundas este ano - e se espera mais 35 em 2011. A moratória no Golfo do México barrou a exploração em águas profundas da região por cinco meses e a aprovação de novos poços ainda está demorando muito. Mas a atividade em outras partes do mundo continuou praticamente inalterada.

A Petrobras deve orçar US$ 28,2 bilhões para as despesas de capital em 2011 - mais que qualquer outra empresa, segundo o Barclays. A maior parte vai para desenvolver as recém-descobertas jazidas em águas profundas na costa do Sudeste.

As petrolíferas também são motivadas pela lenta alta na cotação do petróleo. Durante uma reunião este mês no Equador, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo não mostrou que pretende aumentar a produção, uma ação que o cartel geralmente consideraria se sentisse que a alta na cotação poderia coibir o crescimento econômico.

Fonte: Valor Econômico - The Wall Street Journal