domingo, novembro 04, 2012

Pré-sal estimula demanda imobiliária em Macaé

O valor do metro quadrado na zona urbana varia entre R$ 4.500 e R$ 12 mil, segundo o Creci-RJ. Na área industrial, fica em torno de R$ 600
 
A perspectiva de aumento da exploração de petróleo tem impulsionado a procura por imóveis na cidade de Macaé, no sudeste do Rio de Janeiro. Base das operações da Petrobras na Bacia de Campos (de onde sai mais de 80% da produção petrolífera do Brasil), o município é beneficiado desde a década de 70 pelos royalties pagos pela estatal, mas vive novo boom com os projetos de prospecção na camada pré-sal. Profissionais especializados, inclusive estrangeiros, não param de chegar em busca de moradia.

"O valor do metro quadrado na área residencial está entre R$ 4.500 e R$ 12 mil, e, na área industrial, entre R$ 500 e R$ 600. Vem gente morar sozinha ou com toda família", conta Walcir Florentino Loureiro, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no estado (Creci-RJ).

O município passa por uma valorização ainda mais intensa que o restante do Brasil, segundo Loureiro. "Todo país está sentindo o aumento pela procura de imóveis, mas o cenário atípico da região de Macaé ajuda a aumentar essa demanda", concorda Júlio Caldas, proprietário da imobiliária que leva seu nome.

Para Luiz Fernando Pinto Villela, gestor executivo comercial da construtora MRV na regional de Macaé, empresa que mais tem empreendimentos na cidade, o potencial ainda é muito grande. "Nosso primeiro empreendimento foi lançado em 2008. Hoje, temos mais sete lançamentos, além das 1.800 unidades habitacionais previstas para o 1º semestre de 2013. Acreditamos muito no presente e, principalmente, no futuro da cidade."

Crescimento não acelera serviços públicos básicos

Apesar de Macaé receber muitos recursos do petróleo, o forte crescimento econômico e populacional das últimas décadas não foi acompanhado, no mesmo ritmo, por melhorias na infraestrutura de serviços públicos como saneamento básico, educação, transporte e saúde.

A porcentagem de domicílios que não estão ligados à rede de esgoto, por exemplo, é de 32%, segundo o Censo de 2010. No Rio de Janeiro como um todo, a situação é melhor (23%).

"A vinda de migrantes e imigrantes aumenta a demanda de serviços públicos, que não conseguem acompanhar o progresso por conta da burocracia. Já o sistema privado anda mais rápido", comenta Loureiro.

Segundo estimativa divulgada pelo IBGE em julho deste ano, Macaé tinha 218 mil habitantes - 11 mil a mais do que há dois anos.

Petroleiras sofrem para aumentar sua produção

Produção de petróleo e gás da empresa número um do setor, a Exxon, caiu 7,5 por cento no trimestre, bem abaixo das expectativas


Londres (LON) - As maiores companhias de petróleo e gás no mundo estão sofrendo para melhorar a sua produção e não conseguem capturar o valor das altas cotações do petróleo, enquanto os fracos preços do gás nos Estados Unidos também pressionam os resultados.
 
A maioria dos balanços do terceiro trimestre divulgados nos últimos dias por empresas como a Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, entre outros importantes atores internacionais, superou as expectativas graças a escassez de combustíveis e outros produtos que aumentou a diferença entre os preços dos derivados e do petróleo bruto, elevando as margens no refino.
 
Mas os lucros operacionais foram menores devido a problemas de manutenção e atrasos em novos campos de produção de óleo e gás --produtos que proporcionam rentabilidade a longo prazo.
 
Com os "melhores" ativos de petróleo e gás atualmente nas mãos das petrolíferas do Oriente Médio, o setor privado está gastando mais e mais em águas profundas e ambientes adversos, como o Ártico, com petróleo e gás natural mais difíceis de extrair e projetos dispendiosos em Gás Natural Liquefeito (GNL).
 
"As grandes petrolíferas estão gastando muito para estender a duração de seus campos, em projetos de GNL e areias betuminosas e na exploração mais agressiva em águas profundas", disseram Brandon Robert e Kessler Mei, analistas da Tudor Pickering Holt & Co, uma nota divulgada antes dos resultados da temporada.
 
"Eles ainda têm que convencer o mercado de que esses investimentos vão revigorar o crescimento, mas quem diz que devemos nos convencer?", acrescentaram.
 
A produção de petróleo e gás da empresa número um do setor, a Exxon, caiu 7,5 por cento no trimestre, bem abaixo das expectativas.
 
Fonte: Reuters

Vale Fertilizantes abre inscrições para seu programa de estágio

A companhia oferece aos estagiários bolsa-auxílio, que varia entre R$ 700 e R$ 1.100 (dependendo do nível), transporte, refeição e assistência médica


Brasil - A Vale Fertilizantes abriu inscrições para o seu programa de estágio hoje (1º). A empresa vai selecionar 100 estudantes do ensino médio técnico e do ensino superior, em suas unidades localizadas em Cajati, Cubatão, Guará e São Paulo (SP), Araucária (PR), Araxá, Belo Horizonte, Tapira e Uberaba (MG), e Catalão (GO).
 
A companhia oferece aos estagiários bolsa-auxílio, que varia entre R$ 700 e R$ 1.100 (dependendo do nível), transporte, refeição e assistência médica. O processo seletivo contempla provas on-line, dinâmica de grupo e entrevista individual.
 
Funcionário da Vale Fertilizantes trabalha em montanha de enxofre utilizado na fabricação de produtos
Para estudantes de nível superior o estágio regular pode ter a duração de um a dois anos e carga horária de seis horas diárias. Podem se inscrever alunos que estão cursando graduação em administração de empresas, ciências da computação, ciências contábeis, economia, engenharia (ambiental, civil, da computação, de controle e automação, de minas, de produção, elétrica, mecânica, mecatrônica, metalúrgica, química ou de processos químicos), pedagogia, psicologia, química e serviço social, com conclusão prevista entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015.
 
O programa também prevê vagas para o estágio de férias continuado, que dura um ano, sendo que três meses são presenciais com carga horária de até oito horas diárias. Podem participar alunos que estejam cursando graduação em engenharia de minas, geológica ou mecânica ou, ainda, geologia. O candidato deverá ter previsão de conclusão do curso até janeiro de 2014.
 
Para alunos de ensino médio técnico, há oportunidades de estágio regular para os que cursam automação industrial, elétrica, eletroeletrônica, eletromecânica, eletrônica, eletrotécnica, instrumentação, mecânica, meio ambiente, metalurgia, mineração, química e segurança do trabalho. Os candidatos também devem ter previsão de conclusão do curso até janeiro de 2014.
 
Para todas as vagas, o estudante deve ter pelo menos 18 anos e estar devidamente matriculados em instituições de ensino reconhecidas pelo MEC. As inscrições vão até 21 de novembro e devem ser feitas pelo site no menu "Oportunidades/Programa de Estágio 2013".
 
 
 Da Redação

Pré-sal reduz apetite da Petrobras no exterior



Com os esforços voltados para o desenvolvimento das reservas do pré-sal, a Petrobras reduziu seu apetite por empreitadas internacionais. Além do Brasil, a estatal já fincou sua bandeira em 27 países e em dezoito deles tem atividades de exploração e produção (E&P): Estados Unidos, México, Austrália, Turquia, várias nações africanas e sul-americanas são exemplos. Seu plano de negócios em vigor, para o período 2012-2016, prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões. Destes, US$ 10,7 bilhões - dos quais US$ 6 bilhões em projetos em implantação - serão aplicados fora das fronteiras brasileiras, com foco em E&P.


O plano de negócios atual também prevê um programa de desinvestimentos no exterior, avaliado em US$ 14,8 bilhões. Na lista de itens "vendáveis" já estão participações em blocos exploratórios no Golfo do México e refinarias, uma nos Estados Unidos e outra no Japão. As conversas para a venda dos blocos exploratórios no Golfo do México já estão em andamento. Nos Estados Unidos, além da refinaria de Pasadena, a estatal tem participação em mais de 170 blocos exploratórios - a maioria em águas profundas - e é operadora em mais de cem deles.

"A alienação de ativos de refino e de exploração e produção no exterior reflete a mudança do foco estratégico da empresa, que agora visa o atendimento da demanda doméstica e o desenvolvimento do pré-sal", diz o analista de petróleo da Tendências, Walter de Vitto.







Fonte: Valor Econômico