sábado, abril 14, 2012

Chevron retomará exploração de petróleo no Campo de Frade, no Rio

A Chevron irá retomar a exploração de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ) assim que terminar estudo detalhado da área. As operações no local foram suspensas pela empresa depois de vazamento de óleo em novembro do ano passado.

“Estamos estudando todo o campo para entender os detalhes e retomar as operações”, disse o diretor de assuntos corporativos da empresa, Rafael Williamson.

No acidente de novembro, cerca de 2,4 mil barris de petróleo vazaram na Bacia de Campos. Em março deste ano, na tentativa de restabelecer as atividades no local, a Chevron registrou outro vazamento, preocupando os órgãos ambientais. A empresa pode pagar indenizações que, somadas, podem chegar a R$ 20 bilhões.

O valor é considerado abusivo pela empresa. “As ações legais estão fora de proporção. O óleo nunca chegou ao litoral brasileiro, não houve ameaça à atividade humana e as providências foram tomadas”, afirmou Williamson.

Ontem, a Justiça negou pedido do Ministério Público para que a empresa suspendesse definitivamente as operações no Brasil. “A nossa suspensão é temporária, até que se concluam os estudos”, explicou o diretor da Chevron.

Fonte: Terra

Política industrial do pré-sal mira mercado de US$400 bi


A demanda doméstica por bens e serviços em exploração e produção offshore de petróleo está calculada em US$ 400 bilhões (cerca de R$ 720 bilhões) até 2020, segundo número usado como referência pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), calculado pela consultoria Booz. O montante dimensiona a margem que governo e Petrobras têm para fazer política industrial com o pré-sal e criar uma rede nacional de fornecedores.

O dado consta de documento do departamento da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás do BNDES, criado há seis meses para ajudar a desenvolver a indústria de petróleo no País. “A política de conteúdo local vai exigir que quem ganhar novos contratos instale fábrica aqui. As empresas estão vindo, há várias conversando com a gente”, diz o chefe do departamento, Ricardo Cunha.

As iniciativas para se aumentar a produção e vencer os gargalos da indústria foram impulsionadas após a entrada de Graça Foster no comando da estatal e da contratação no Brasil, pela Petrobras, de mais 26 sondas de perfuração para o pré-sal, ambos em fevereiro. As metas são atrair novas empresas, expandir o financiamento e formar técnicos usando contratos da Petrobras como chamariz. Um atraso no desenvolvimento da cadeia significaria atrasar a exploração do pré-sal ou resultar na importação de equipamentos e serviços.

“Ela cobra rapidez para atingir a meta de 5,8 milhões de barris por dia em 2020 (mais que o dobro de hoje), número que repete em reuniões”, diz empresário ligado à contratação das sondas.

BNDES, Transpetro, estaleiros, grandes fornecedores, associação de máquinas e equipamentos (Abimaq) e da indústria naval (Sinaval) participam de grupos de trabalho para enfrentar os gargalos. O modelo desenhado para as sondas – primeiro faz-se o contrato e depois monta-se a indústria que vai construí-la – pode ser repetido com a cadeia de fornecedores, de acordo com os envolvidos, que preferem não se identificar já que as discussões estão em andamento.

Fonte: AE (Agência Estado)

ANP: há boas chances de descobrir petróleo e gás no Norte e no Nordeste


O Norte e Nordeste do Brasil podem se tornar grandes produtores de petróleo e gás natural, de acordo com a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela esteve no Senado nesta terça-feira (10) para apresentar ao presidente José Sarney as perspectivas de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil nas áreas não licitadas.

Segundo ela, são boas as perspectivas de descobrir gás no interior do país. "Estamos muito otimistas em relação ao potencial exploratório do Brasil e achamos que esse potencial vai muito além do pré-sal. O país tem espaço para exploração e produção de petróleo e gás natural também no seu interior, nos estados do Nordeste e também nessa margem equatorial que vai do Rio Grande do Norte até o Amapá", disse a diretora.

Segundo Magda Chambriard, as informações fazem parte de estudo geológico e geofísico elaborado pela ANP. Ela também assinalou que recentes descobertas de reservas de petróleo na costa da Guiana Francesa reforçam a esperança de novas descobertas no litoral brasileiro.

Chevron

Questionada sobre as conclusões da Agência Nacional do Petróleo no episódio dos vazamentos ocorridos no Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ), em novembro de 2011, Magda Chambriard confirmou que o relatório elaborado pela ANP aponta irregularidades cometidas pela empresa nas atividades de exploração de petróleo na região.

A diretora, no entanto, não especificou as irregularidades apontadas para não prejudicar o processo administrativo.

"Sem dúvida nenhuma a Chevron deu causa a esse acidente. As nuances dessa causa preferimos divulgar depois. Está em fase de contraditório, de ampla defesa", disse.

Sobre o segundo vazamento, ocorrido em março, na mesma região, a diretora da ANP explicou que a iinvestigação ainda não foi concluída pela ANP, mas afirmou que a hipótese mais provável é de que o episódio tenha relação com o primeiro vazamento.