sexta-feira, novembro 18, 2011

A descoberta do pré-sal e a divisão dos royalties do petróleo


A administração dos milhões de barris que serão gerados a partir da exploração do reservatório vai exigir a aplicação de métodos eficientes de gerenciamento.

O petróleo da camada do pré-sal foi originado a partir da formação do oceano atlântico, resultado da ruptura da África e da América do Sul a cerca 120 milhões de anos. A enorme fenda gerada pela separação dos dois continentes permitiu a mistura de compostos orgânicos, que resultaram na formação do petróleo.

O pré-sal constitui um único e gigantesco campo de petróleo entre o Espírito Santo e Santa Catarina, equivalente, em termos de volume, a um verdadeiro Iraque no nosso litoral.

Com a descoberta de petróleo na camada do pré-sal, teremos esse recurso natural em grande quantidade a ser explorado e refinado, além do aumento da comercialização de seus derivados, considerando que o petróleo é matéria-prima de inúmeros produtos da indústria petroquímica, como plástico, solventes, fertilizantes, entre outros.

O pré-sal configurou uma situação nova, sendo possível que, dentro de dez anos, tenhamos duas vezes o volume de petróleo produzido atualmente, podendo ser estimado algo em torno de R$ 1,5 trilhão em quinze anos.

Não restam dúvidas de que essa gigantesca reserva tem potencial para transformar o cenário econômico e social do país. Para tanto, é importante que se faça um mapeamento da área e um estudo exploratório para a confirmação geofísica de sua capacidade, estimando o total de barris que a jazida disporá e, a partir daí, verificar a durabilidade da reserva.

Por se tratar de um recurso não renovável cada vez mais escasso, a administração dos milhões de barris que serão gerados a partir da exploração do reservatório vai exigir a aplicação de métodos eficientes de gerenciamento, a exemplo da proposta do governo que porpôs a mudança do regime de concessão para o regime de partilha, configurando um novo paradigma no modelo de exploração até então aplicado.

Tanta riqueza gerou a proposta de divisão dos royalties do petróleo no sentido de combater as desigualdades regionais, prevendo um melhor equilíbrio no repasse aos estados e municípios. Os royalties são uma espécie de compensação cobrada das concessionárias petrolíferas que exploram a matéria-prima, e têm como finalidade compensar os efeitos da prospecção do petróleo em certa região.

A nova proposta de compartilhamento, na forma de substitutivo de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e que já foi aprovada no Senado, prevê uma melhor distribuição dessas riquezas, com os estados e municípios não produtores sendo beneficiados, gradualmente, com um aumento das receitas, contemplando assim as diferentes esferas da federação.

No Congresso Nacional, a principal discussão reside na maneira de como se dará a partilha desses royalties. De um lado, um grupo de deputados, na sua maioria representando os estados não produtores, defendem a igualdade na partilha, o que é natural, tendo em vista que seus redutos eleitorais estão localizados nos seus respectivos estados de representação.
Do outro lado, a nova proposta de distribuição gerou grande resistência entre os estados produtores, principalmente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, que hoje ficam com cerca de 80% dos royalties e perderiam grandes somas a partir da queda de arrecadação. O prejuízo dos estados produtores afetaria um cronograma de compromissos já existentes encima das receitas tradicionais, comprometendo os planejamentos de governo.

É uma questão extremamente complexa, uma vez que se trata de uma riqueza natural de grande magnitude e que pertence ao povo brasileiro, ou seja, é um tema de interesse nacional, pois todas as divisas serão originadas a partir da comercialização de um bem que é de todos.

Porém, deve-se atentar para o fato de que muitos estados não produtores e que sequer figuram na lista dos mais pobres podem vir a receber os royalties na mesma proporção que os estados miseráveis da região nordeste, por exemplo.

Tal assunto não admite arranjos provisórios para sua solução, e sim uma equação definitiva que contemple os estados produtores, dentro de sua faixa de importância nesse processo, e que ao mesmo tempo, por se tratar de uma riqueza de toda população brasileira, atenda aos estados mais pobres da federação, sendo a sua maioria do nordeste do país, considerando que a pobreza daquela região não é um problema localizado, e sim uma questão que merece atenção nacional.

Fonte: http://www.administradores.com.br/

OGX Mais seis plataformas nos próximos anos


A OSX-1 custou US$ 610 milhões, tem capacidade para produzir 60 mil barris de petróleo por dia e é a primeira de um total de sete plataformas – duas delas fixas – que já estão encomendadas à OSX pela OGX, que comanda as operações de petróleo no grupo EBX. “A carteira atual de pedidos é de US$ 5 bilhões, para um total de cinco FPSO e duas plataformas fixas”, disse Roberto Monteiro, diretor financeiro da OSX.

Os próximos navios-plataformas, OSX-2 e 3, maiores, com capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo por dia, ainda vão ser construídos no exterior, e devem ser entregues no segundo trimestre de 2013. “A primeira obra a ser realizada em nosso estaleiro, no Superporto do Açu, será o OSX-4”, ressaltou Monteiro, referindo-se ao estaleiro que está sendo construído em São João da Barra, que a EBX afirma que será o maior das Américas.

O presidente da OSX, Luiz Carneiro, está de olho ainda no filão da Petrobras, e espera conseguir fechar contratos com a estatal de petróleo brasileira. “Até 2020, a Petrobras deve encomendar mais 50 FPSO. A gente tem um trânsito muito fácil com eles. Assumi o compromisso de não tirar ninguém de lá que não estivesse aposentado ou prestes a se aposentar. Dentro em breve vamos fechar contratos com eles”, concluiu Carneiro.

Fonte: http://g1.globo.com/

Chevron começa a cimentar poço de petróleo e diz que vazamento já se resume a “gotejamento ocasional”




Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A empresa Chevron Brasil Upstream informou ontem (17) que já começou o procedimento de cimentação para vedar totalmente o poço no Campo de Frade, onde foi detectado vazamento de petróleo desde o último dia 9, a 120 quilômetros da costa, na Bacia de Campos.

Segundo Crevron, a quantidade de óleo ainda vazando é muito pequena. “O monitoramento mais recente indica que o óleo das linhas de exsudação próximas do fundo do oceano se reduziu a um gotejamento ocasional”, informa nota divulgada pela empresa no início da noite.

De acordo com a Chevron, a mancha de óleo está se dissipando significativamente em direção ao alto-mar. A empresa calculou também que a quantidade de petróleo na água em 65 barris, o equivalente a 10.335 litros (cada barril tem 159 litros).

Segundo o deputado Sarney Filho (PV-MA), que se reuniu na manhã de hoje com diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o total vazado até o momento seria de 2,3 mil barris, ou 365.700 litros.

A Marinha informou que foi montado um grupo de acompanhamento com representantes da própria força, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da ANP, com o propósito de analisar diariamente as novas informações sobre o incidente.

Um helicóptero e um navio-patrulha foram disponibilizados pela Marinha para acompanhar o andamento das atividades de contenção do vazamento. Se as condições meteorológicas permitirem, amanhã (18) uma equipe com técnicos do Ibama, da ANP e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fará um sobrevoo da área atingida.

Edição: João Carlos Rodrigues

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/