quinta-feira, janeiro 10, 2013

ANP examina queda na produção da Petrobras

Ainda neste semestre, a agência determinará alterações no plano de exploração dos poços
 
Rio de Janeiro (RJ) - A Agência Nacional do Petró­leo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) examina as justifi­cativas apresentadas pela Pe­trobrás para a queda de produ­ção de petróleo no País, espe­cialmente na Bacia de Cam­pos (litoral norte do Estado do Rio e sul do Espírito San­to), nos últimos anos.
Para o comando da agência, uma queda tão expressiva é sur­preendente. No acumulado de ja­neiro a novembro de 2012 foi re­gistrado um decréscimo de 2% na produção nacional diária de barris de petróleo (1,975 milhão) em relação ao período idêntico do ano anterior (2,015 milhões).
No ano passado, a ANP exigiu da petroleira a apresentação de um novo plano de desenvolvi­mento da produção, alarmada com o rendimento muito abaixo do previsto dos poços gigantes de Campos, como Marlim, Roncador e Albacora.
A diretora-geral da ANP, Mágda Chambriard, chegou a dizer em entrevistas à época que a Pe­trobrás precisa fazer um "esforço adicional" para a perfuração de novos poços.
A Petrobrás credita a queda produtiva, entre outros fatores, à necessidade de fazer a manuten­ção de plataformas importantes, procedimento que não teria sido feito na forma devida e nos pra­zos ideais na gestão do economista José Sérgio Gabrielli na presidência da estatal (2005-2012). Outra razão citada pela empre­sa é a chamada depleção natural dos campos produtivos, que ocor­re no momento em que o petró­leo começa a ser extraído dos re­servatórios e tende a se intensifi­car no decorrer dos anos.
A Petrobrás já informou à ANP - e a presidente Graça Foster, su­cessora de Gabrielli desde feve-reiro de 2012, tem falado sobre isso em pronunciamentos públi­cos - que em 2013 o nível produti­vo deverá permanecer muito si­milar ao de 2012.
O principal motivo da previ­são é que o programa de recupe­ração da ainda principal bacia produtora brasileira, lançado no ano passado, tem 2016 como al­vo principal, com o crescimento sendo retomado a partir de 2014.
A expectativa da Petrobrás e da ANP é que, com a entrada em operação de novas plataformas e sondas na camada pré-sal da Ba­cia de Santos (litoral de São Pau­lo a Santa Catarina) e a recupera­ção dos poços maduros, a produ­ção de petróleo possa voltar a crescer ao final dos próximos três anos.
Desde o início deste ano, a pe­troleira vem divulgando novas descobertas e aumentos pon­tuais de produção. Nesta sema­na, ela informou sobre o início da produção comercial da plata­forma Cidade de São Paulo, no Campo Sapinhoá, no pré-sal de Santos. Também tomou pública a descoberta de petróleo de boa qualidade na região Sul de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos.
Outro comunicado recente da companhia revela que a plata­forma Cidade de Itajaí deverá co­meçar a produzir ainda neste mê no pós-sal de Santos. O pra­zo inicial para a entrada em operação era o ano passado, mas a plataforma pegou fogo parcial­mente durante testes de mar em Cingapura. Em consequência, o cronograma atrasou.
Fonte: Estadão

Bacia do Solimões: HRT confirma potencial de gás

No local, foram mapeados vários prospectos exploratórios visando à perfuração de novos poços. A atividade exploratória nos 21 blocos na Bacia do Solimões é realizada em parceria com a TNK-Brasil.
 
São Paulo (SP) - A petrolífera HRT anunciou hoje (9) a conclusão de testes de formação do poço 1-HRT-10-AM, no bloco SOL-T-192, na Bacia do Solimões, que está localizada no Estado do Amazonas.
Os resultados dos testes, aliados a outros já realizados, comprovam a extensão para sul do potencial gaseífero dos blocos SOL-T-191 e SOLT- 192 e abrem uma grande perspectiva exploratória para os Blocos SOL-T-214, SOL-T-215 e SOL-T-216, segundo o comunicado da empresa.
“A presença de gases mais úmidos e condensados nos testes realizados comprova o modelo geológico interpretado para a área e consolida o potencial de gás na região e o projeto de monetização de gás”, diz nota.
Milton Franke, presidente da HRT O&G, afirmou na nota que esse teste positivo confirma a existência de uma nova tendência estrutural nos blocos para o sul e sudoeste do poço.
Da Redação