domingo, fevereiro 27, 2011

Pré-sal - E a Renovação da Matriz Energética Nacional?




Não restam dúvidas que as descobertas de petróleo na camada pré-sal são de grande importância estratégica para o Brasil. Todavia, a exploração do pré-sal pode levar a um retrocesso na matriz energética nacional, intensificando o uso do petróleo e invalidando todos os esforços realizados até o momento para transformar esta matriz em uma das mais limpas do mundo.

São poucos os exemplos de países em desenvolvimento com grandes excedentes de petróleo que escaparam à tentação populista de subsidiar os preços dos derivados. É ainda menor o número de países que se desenvolveram com base unicamente na produção de recursos naturais.

Espera-se que o Brasil não adote políticas desse tipo e acabe em situação similar à da Venezuela, que, ao subsidiar os preços internos dos derivados de petróleo, inviabilizou o desenvolvimento de outras fontes de energia e de sua própria economia. Com isso, apenas 27% da sua matriz energética é ocupada por fontes renováveis. Enquanto isso, a Noruega, que é citada como paradigma a ser seguido, possui 68% de sua matriz composta por fontes renováveis e apenas 22% por petróleo. A Noruega exporta grande parte de sua produção de petróleo, pratica preços internos alinhados aos internacionais e direciona a renda petrolífera a um fundo soberano que hoje tem US$ 400 bilhões.

A construção de seis refinarias ameaça os avanços em energias e combustíveis alternativos, pois provavelmente os derivados por elas produzidos para exportação podem não ocorrer, uma vez que mercado mundial de derivados apresenta sazonalidades no consumo e volatilidade de preços. Isso faz com que, dependendo do momento, essas refinarias fiquem ociosas. Nessa situação poderia ser mais interessante para o governo inundar o mercado interno com derivados a preços artificialmente baixos, trazendo enormes prejuízos aos investidores das demais energias e combustíveis alternativos, no momento incentivados pelo próprio governo. Essa ameaça torna-se ainda concreta se houver políticas governamentais populistas de subsídios aos derivados.

O Brasil possui uma matriz energética das mais diversificadas e limpas do mundo. Portanto, devem-se envidar esforços para incrementar a utilização desta vantagem comparativa na produção de energias renováveis, em especial do etanol e biodiesel, reservando os recursos petrolíferos para exportação após atender ao mercado interno a preços nivelados com os internacionais. Esta meta somente será alcançada se forem estabelecidas políticas energéticas com visão de longo prazo, que estimule a diversificação da matriz, privilegiando o consumo de fontes renováveis de energia. Mas será esse é o caminho a ser seguido?

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

AGGREKO NEGOCIA FORNECIMENTO DE GERADORES MOVIDOS A GÁS


Cada vez mais o gás natural tem sido utilizado como fonte de energia pela indústria brasileira. Assim como o recente anúncio da primeira termelétrica movida por gás natural lançado na última semana no Espírito Santo, a Aggreko, companhia que atua no mercado de fornecimento de soluções temporárias de energia, divulgou que está em negociação com o mercado internacional para prover geradores movidos a gás

Segundo informações da empresa, o Comitê de Desenvolvimento de Energia de Bangladesh anunciou que pretende contratar a Aggreko para o fornecimento de energia emergencial adicional de 150 MW. O novo contrato proposto, avaliado em aproximadamente US$180 milhões, trata-se de uma planta de energia gerada a gás e valerá por três anos. O contrato será efetivado seguindo os procedimentos e aprovações costumeiros de Bangladesh.

A oportunidade de fornecer uma usina a gás surgiu após falha ocorrida em uma grande turbina de gás em Bangladesh. Utilizando uma planta temporária da Aggreko, o Comitê divulgou que pretende minimizar a interrupção causada pela perda de capacidade de geração enquanto a nova capacidade permanente não entra em atividade.

Para o Diretor Executivo da Aggreko, Rupert Soames, essa negociação é de suma importância para o posicionamento da empresa no mercado. “Estamos bastante satisfeitos que o Comitê de Bangladesh tenha demonstrado sua confiança contínua na habilidade da Aggreko em entregar energia confiável em um curto espaço de tempo. Com 150 MW, esta planta será a maior instalação de geradores movidos a gás da nossa empresa e ressalta a importância desta nova linha de produto” – disse o executivo.

Vantagens do gás

Quanto às vantagens do uso do gás natural em um processo de geração de energia, a assessoria de imprensa da Aggreko explicou ao NN, que o combustível é o item mais caro e o gás natural permite a utilização de uma fonte de energia de alta eficiência que é financeiramente mais econômica. “A locação dos geradores movidos à gás, além da redução de emissões de gases poluentes na atmosfera, representa uma economia de até 50% no custo da operação” – destacou.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/