domingo, abril 29, 2012

Etapa de estudos sísmicos para prospecção de petróleo vai gerar 550 empregos no Acre

Os estudos sísmicos em solo acreano para demonstração do potencial para hidrocarbonetos já iniciaram. O objetivo da etapa é confirmar a presença de gás ou petróleo no estado. Ao longo do processo que vai demorar oito meses, serão geradas 550 contratações, sendo que 80% da mão-de-obra é local.


A partir da conclusão dos estudos, que fazem uma espécie de ultrassom no subsolo, a partir do registro e medição da reflexão das ondas sísmicas, e confirmada a presença de gás e petróleo, o Acre estará pronto para licitar a prospecção. “É claro que isso será feito dentro das salvaguardas ambientais que norteiam o nosso projeto. Uma regra que será muito estudada é uma lei estadual onde metade da arrecadação seja destinada ao desenvolvimento socioambiental de populações tradicionais e isso é inovador no Brasil. Não vamos abrir mão do respeito aos povos indígenas e outras populações”, disse o governador do estado, Tião Viana.

“Isso movimenta a nossa economia não só com a geração de empregos, mas também com o aluguel de espaços para alojar essas pessoas, contratos de carros e toda movimentação econômica que vai gerar nos municípios que atuarão”, comenta o secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, que acrescenta que já é possível ver retorno, antes mesmo da confirmação da existência do petróleo.

A empresa Georadar, vencedora da licitação feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), está na fase de permissaria e comunicação. “É o momento de comunicar para autoridades, sociedade, policias civil e militar o trabalho que vamos fazer, além de pedir permissão aos proprietários das áreas que vamos estudar. Também é calculado agora, com a elaboração dos laudos, as indenizações dos danos causados”, explica Ricardo Savini, diretor da Georadar.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, os impactos ambientais causados serão os menores possíveis. “Não haverá entrada de grandes equipamentos, tudo é feito com o acompanhamento dos órgãos ambientais. O Ibama já licenciou o estudo, e a empresa é responsável por recuperar todas as áreas que alterar, incluindo o fechamento de todos os poços abertos. Além disso, o governador já anunciou que parte dos royalties será destinado ao desenvolvimento socioambiental de povos tradicionais, incluindo os indígenas.
 

Área de petróleo tem emprego com salário de R$ 18 mil na região

Você já imaginou receber 18 mil reais de salário? A área de petróleo e gás está aquecida na região. Empresas de São José dos Campos estão com vagas abertas para diversas profissões. E mesmo com esse salário, está difícil encontrar candidatos.


A área petrolífera é a que mais vem crescendo e gerando empregos no país nos últimos anos. E com a descoberta do pré-sal, uma camada no fundo do mar de onde pode ser retirado o petróleo, o país planeja estar entre os principais produtores do mundo. Mas, pra isso, vai precisar de muita mão de obra.

E está exatamente aí a maior dificuldade. Encontrar pessoas experientes na área. O que tem preocupado a consultora de recursos humanos Renata Aulísio. Ela precisa contratar com urgência cinco engenheiros. O salário? 18 mil reais! Mas até agora... Ninguém preencheu os requisitos. “É um profissional voltado ao ramo petrolífico. O mercado está totalmente aquecido. E a grande dificuldade é essa: temos concorrência muito grande e a busca desse profissional se torna cada vez mais difícil”.

Ficou interessado? Então, saiba que é preciso investir em capacitação. E não é barato. Uma escola de pós-graduação de São José dos Campos abriu um curso de gestão em petróleo e gás. O valor, cerca de 800 reais por mês, talvez tenha assustado os candidatos. "As pessoas ficam sem saber se devem mesmo fazer o curso. E também algumas pessoas vem procurar o curso numa questão mais técnica, que não é o caso do MBA que a gente oferece. É um MBA mais pra parte de gestão, que inclusive é a maior demanda hoje do mercado", contou Rafael Moscardi, diretor administrativo.

As vagas abertas são para gerente, administrador, diretor de área, engenheiro civil, topógrafo e mestre de obras. Os currículos passam por uma triagem por uma empresa de RH. Os currículos selecionados são encaminhados direto para a empresa. Interessados podem encaminhar os currículos para o e-mail: recrutamentosamah@hotmail.com
 

No Brasil, mulheres e petróleo formam uma mistura poderosa

"Se estou falando em voz alta, fale mais alto ainda", diz Graça Foster, que deve se tornar a mulher mais influente no mundo dos negócios

A indústria petroleira mundial há tempos tem sido um bastião masculino, representado na imaginação popular por xeiques de verdade do Golfo Pérsico e fanfarrões como J.R. Ewing em "Dallas". Porém, uma exceção à regra surgiu no Brasil, a emergente potência petroleira da América Latina, onde mulheres agora ocupam as posições mais poderosas no florescente setor de energia do país.

Em questão de semanas neste ano, Maria das Graças Foster, engenheira química tarimbada, assumiu o maior posto da Petrobras, estatal brasileira do petróleo, e Magda Chambriard foi indicada para dirigir a Agência Nacional do Petróleo, a qual regula o setor no Brasil.

Colocar mulheres nessas posições de comando é uma prioridade da presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o Brasil. Rousseff, que visitou os Estados Unidos em abril, é ex-ministra das Minas e Energia e chefiou o conselho diretor da Petrobras por sete anos durante o governo de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
 
"Ela conhece muito bem o setor e sabe ser extremamente exigente", Foster disse em entrevista sobre Rousseff, economista cujas histórias sobre intimidação dos subordinados viraram lenda, dando aos humoristas brasileiros um vasto material para esquetes. "Quando ela liga, preciso ter a resposta na ponta da língua."

Não existem muitos exemplos de mulheres em altos postos no setor da energia. Na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Diezani Alison-Madueke, ministra do petróleo da Nigéria, é mulher. Nos EUA, Lynn Elsenhans foi a CEO da Sunoco durante quatro anos antes de sair neste ano. A CEO da Pertamina, empresa petroleira da Malásia, e a diretora da Schlumberger Asia, divisão da empresa de serviços para campos de petróleo, também são mulheres.

Porém, comandar a Petrobras, encarregada da exploração de campos profundos ao largo da costa, é outra coisa. Criada há 58 anos e presidida nos primeiros anos por Walter Link, um geólogo norte-americano, a empresa está investindo, segundo estimativas após o ajuste da inflação, mais do que a NASA para levar o homem à Lua nos anos 60, para produzir petróleo a partir de reservas encontradas sob quilômetros de água, pedra, areia e sal.

"O programa lançado pela Petrobras é crítico para o Brasil e o mercado global", diz Daniel Yergin, autor de "The Quest", novo livro sobre a indústria internacional da energia. "Ela vê o cenário como um todo e, ao mesmo tempo, presta bastante atenção aos detalhes", ele comentou acerca da nova diretora. "Ela logo será conhecida como uma das pessoas mais importantes do mundo do petróleo e, certamente, a mulher mais importante e influente no mundo dos negócios."

Se a Petrobras conseguir atingir as metas ambiciosas de produção na próxima década, o Brasil ultrapassaria as potências petroleiras da América Latina, México e Venezuela, tornando-se um dos maiores produtores globais. Empreendimentos da Petrobras já estão fazendo a economia do Rio efervescer, com montes de estrangeiros ligados ao segmento elevando os aluguéis em bairros exclusivos de frente para o mar, como Ipanema e Leblon.