expectativa gerada em torno das reservas de gás natural de Minas Gerais, desde quando foram encontrados indícios das riquezas minerais no subsolo, se concretizou na última semana, com o anúncio do governo mineiro de que foi feita uma descoberta inédita no Estado. A boa notícia veio do município de Morada Nova de Minas, a 280 quilômetros de Belo Horizonte, na bacia do vale do rio São Francisco, considerada de grande potencial exploratório.
A descoberta foi realizada no poço 1ORT1MG do bloco SF-T-132, no dia 27 de agosto, e informada à Agência Nacional do Petróleo (ANP) três dias depois. Esta é a primeira vez que se encontra gás na região do São Francisco, desde o fim do monopólio estatal. Por isso, a descoberta está sendo tratada como uma nova fronteira exploratória, assim como foi a da Bacia do Parnaíba, onde o empresário Eike Batista, através da OGX Maranhão, afirmou ter encontrado “meia Bolívia” de gás natural.
O poço é o primeiro pefurado pelo consórcio formado entre a Orteng Equipamentos e Sistemas – que atua como operadora, com 30% de participação - Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), com 49%, Imetame Energia, 10% e Delp Engenharia, com 11%. A previsão do consórcio é de que se tenha conhecimento do volume de gás em 60 dias. No momento, foram perfurados 1.500 metros, mas pretende se chegar a 2.500 metros, a fim de se confirmar o potencial da descoberta.
De acordo com a ANP, há suspeitas de gás na bacia do São Francisco desde 1960, mas, mesmo com outros 38 blocos de exploração, a fronteira é considerada pouco desenvolvida. Apesar de o gás vazar pelo leito dos rios da região, há dúvidas se há reservatótios de grande porte. O consórcio que fez a descoberta inédita na bacia já investiu R$ 12 milhões em pesquisas no bloco SF-T-132, desde 2006, quando assumiu a área.
Desenvolvimento para o Estado
A Bacia do São Francisco tem 118 mil km² de área sob concessão, de 350 mil km² totais. A descoberta na cidade de Morada Nova de Minas vai representar desenvolvimento e investimento para Minas Gerais, que não tem petróleo, mas passará a receber royalties do gás natural. A reserva encontrada promete ter capacidade de suprir a demanda de abastecimento do Estado, além de outros locais. A partir da confirmação do volume, será conhecido o potencial de exploração comercial do poço, o que poderá servir como base para projetos de um gasoduto e industrialização da região.
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