domingo, julho 24, 2011

Brasil não tem sistema eficaz para enfrentar derramamento de óleo no mar



A indústria do petróleo tem crescido muito nos últimos anos no Brasil, principalmente com a descoberta do pré-sal, o que colocou o País em destaque internacional. Ao mesmo tempo se faz urgente a existência de instrumentos de controle dessas atividades para que não prejudiquem o meio ambiente e social. O País não conta, ainda, com um sistema eficaz e ágil para enfrentar um acidente com óleo no mar. O alerta é da engenheira civil e de segurança do trabalho e mestre em engenharia ambiental pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Andréa Regina Fontana.

Engenheira ambiental diz que Brasil não está preparado para acidentes com óleo no mar

Ela explica que acidentes com óleo no mar ocorrem basicamente por falta de manutenção. Fontana explica que são duas as razões para o derramamento de óleo no mar: por acidente, quando ocorre explosão na casa de máquinas atingindo o tanque ou quando a embarcação encalha e ocorre o rompimento dos tanques. Tem, ainda, o que se denomina “plumas órfãs”, quando não é identificado o responsável, decorrente da lavagem da casa de máquinas, da troca de óleo de equipamentos ou lavagens de porões. “A água de manutenção não pode ser descartada no mar. Essas operações são feitas, geralmente, à noite quando não há visibilidade”.

A localização da embarcação que provoca o derramamento de óleo também influencia nas consequências, assim como as condições ambientais como direção e intensidade do vento, da corrente marinha e condições de maré. “Quanto mais próximo à costa, dependendo das condições ambientais, mais rapidamente a pluma atinge a região costeira e ambientes sensíveis tanto no ambiente aquático quanto em terra”. Esse agravante diminui o tempo de resposta o que dificulta a ação das equipes de combate. O grande vilão nos casos de vazamento de óleo é o tempo para atendimento. “Se acontecer à noite só ficam sabendo pela manhã e o estrago estará feito”.

Acidentes

No Brasil, o maior vazamento de óleo aconteceu em julho de 2000, cerca de 4 milhões de litros de petróleo. Após um acidente na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras, localizada no município de Araucária, a 24 quilômetros de Curitiba, uma mancha atingiu o rio Barigüi, afluente do Rio Iguaçu e o próprio Iguaçu, num raio de mais de 20 quilômetros.

Já o acidente ambiental mais grave do Brasil aconteceu em março de 2003, afetando os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Um vazamento de 1,5 milhão de litros de soda cáustica da represa de dejetos químicos da indústria mineira Cataguazes Papéis contaminou um córrego do município de Cataguazes (Minas Gerais).

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Espanhola construirá navios com US$ 10 mi



São Paulo - No setor portuário brasileiro, o estaleiro naval pernambucano Promar fechou acordo com a empresa espanhola Ghenova Engenharia para desenvolver um projeto que desemboque na construção de 8 navios destinados ao transporte de gás. O valor do contrato será de US$ 10 milhões. A Ghenova (sediada em Andaluzia, sul da Espanha) afirmou ontem que, com este contrato, consolida sua presença no Brasil e pretende participar por aqui também de iniciativas nos setores aeronáutico, industrial e civil.

Há sete meses no País, a Ghenova conta com sua experiência prévia em diversos projetos internacionais para levar adiante o acordo com o Promar. Seus planos para o Brasil incluem o envio de especialistas espanhóis para cá, bem como a ida de técnicos brasileiros para sua sede andaluza. Além da filial do Rio de Janeiro, um novo escritório da Ghenova será erguido em Pernambuco, em razão deste contrato, cujo objetivo será criar ali um novo polo da indústria de construção naval.

Suape

O Estaleiro Promar faz parte do complexo industrial que se vem formando em torno do porto de Suape, em Pernambuco. Dele fazem parte também o Estaleiro Atlântico Sul (que é o maior do Hemisfério Sul), uma fábrica que será erguida pela montadora italiana Fiat, outra da Braspack Embalagens do Nordeste S.A. e a Refinaria Abreu e Lima (que vem sendo construída pela Petrobras no local).

Inicialmente, o Promar deveria ser erguido no Ceará, mas disputas políticas entre a Prefeitura de Fortaleza e o governo daquele estado acerca da localização da obra acabaram por levá-la a Pernambuco. Para compensar a perda, o governo cearense negocia hoje com empresas coreanas do setor a instalação de estaleiros em sua região costeira.

Fonte: http://www.dci.com.br/

Jornal americano diz que disputas ameaçam atrasar exploração do pré-sal



O jornal americano The Wall Street Journal adverte que as discussões entre os Estados brasileiros pela divisão dos royalties do petróleo ameaçam atrasar a exploração das reservas na camada pré-sal.

"O Brasil está apenas começando a explorar parte dos maiores campos de petróleo descobertos nos últimos 30 anos, mas um crescente debate sobre como distribuir a riqueza recém-encontrada ameaça atrasar o desenvolvimento das reservas que poderiam transformar o país em um dos maiores exportadores de petróleo do mundo", afirma o jornal.

A reportagem ressalta que uma disputa política vem crescendo entre os Estados produtores - Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo - e os Estados mais pobres, que também querem uma parcela das receitas.

"A disputa pode atrasar os planos para desenvolver rapidamente os campos de petróleo em águas profundas conhecidos como pré-sal e ao mesmo tempo atrasar por vários anos a receita que o Brasil diz que poderia tirar milhões da pobreza", diz o Wall Street Journal.

O jornal comenta que a discussão vem se arrastando desde o governo anterior, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendia a divisão igualitária dos royalties entre os 27 Estados da União, mas foi obrigado a vetar um projeto sobre isso aprovado no Congresso após a pressão dos Estados produtores.

"Enquanto as disputas sobre os royalties não forem resolvidas, o país não poderá começar a leiloar os direitos de exploração para o pré-sal. A previsão era de que os primeiros blocos de exploração fossem leiloados até o fim deste ano ou no início de 2012", diz o WSJ.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/