quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Poço de petróleo


Poço de petróleo é o termo usado para qualquer perfuração na superfície terrestre utilizada para produzir petróleo ou gás natural. Usualmente algum gás natural é produzido juntamente com o óleo. Um poço que seja projetado e executado para produzir principal ou somente gás deve ser denominado poço de gás.

Exploração




projeto de poço de petróleo
perfuração de poço de petróleo
perfilagem (LWD/perfilagem a cabo)
revestimento de poço de petróleo
teste de formação (se portador de hidrocarboneto e desejado pela operadora/sócios)
abandono de poço de petróleo




Produção e Injeção




projeto de poço de petróleo
perfuração de poço de petróleo
perfilagem (LWD/perfilagem a cabo)
revestimento de poço de petróleo
completação de poço de petróleo
produção de poço de petróleo/injeção em poço de petróleo
abandono de poço de petróleo

História

Os primeiros poços de petróleo conhecidas foram perfurados na China em 347 EC. Tinham profundidades de até aproximadamente 240 metros e eram perfurados usando-se brocas acopladas a varas de bambu.[1] O óleo era queimado para evaporar salmoura e produzir sal. Por volta do século X, extensos tubulações de bambu conectaram poços de petróleo com salinas. Os registros antigos da China e do Japão são ditos como contendo muitas alusões ao uso de gás natural para a iluminação e aquecimento. Petróleo era conhecido como água ardente no Japão no século VII.[2]

A indústria do petróleo do Oriente Médio foi estabelecida pelo século VIII, quando as ruas da recém contreída Baghdad foram pavimentadas com alcatrão, derivado do petróleo que tornou-se acessível de campos naturais na região. Petróleo foi destilado pelo alquimista persa Muhammad ibn Zakarīya Rāzi (Rasis ou Rhazes, na literatura) no século IX, produzindo substâncias químicas tais como o querosene no alambique (al-ambiq),[3] o qual foi principalmente usado para lâmpadas de querosene.[4] Químicos árabes e persas também destilaram óleo cru de maneira a obter produtos inflamáveis para propósitos militares. Através da Espanha Islâmica, a destilação tornou-se disponível na Europa Ocidental pelo século XII.[2]

Algumas fontes afirmam que a partir do século IX, campos de petróleo foram explorados na área em torno da moderna Baku, Azerbaijão, às margens do Mar Cáspio, para produzir nafta para o indústria do petróleo. Estes campos de Baku foram descritos por Marco Polo quando em 1264, século XIII, que descreveu a produção dos poços de petróleo, então de centenas de carregamentos. Ele escreveu que "nos confins da direção de Geirgine há uma fonte de onde brota petróleo em grande abundância, na medida em que uma centena de carregamentos podem ser tomadas a partir dele de uma vez."


Incêndio em poço de petróleo, 1904, em Bibi-Eibat.Covas rasas foram escavados nos escoadouros de Baku em tempos antigos para facilitar a coleta de óleo, e ​​buracos cavados a mão até 35 metros de profundidade estiveram em uso por 1594. Estes buracos eram essencialmente poços de petróleo. Aparentemente 116 destes poços em 1830 produziam 3.840 toneladas métricas (aproximadamente 28.000 barris) de óleo. Além disso, perfuração offshore iniciou em Baku (então Império Russo) no campo de Bibi-Eibat em 1846. No Novo Mundo, o primeiro poço de petróleo comercial entrou em operação em Oil Springs, Ontario em 1858.

O estadunidense "coronel" Edwin Drake em 27 de agosto de 1859 constrói a primeira torre de petróleo na Pensilvânia, Estados Unidos. O líquido foi produzido quando o poço atingiu 23 metros de profundidade[5][6], enquanto o primeiro poço de petróleo offshore foi perfurado em 1896 no Campo Petrolífero Summerland na costa da Califórnia.

Os poços de petróleo primordiais nos tempos modernos foram perfurados percussivamente, martelando uma ferramenta a cabo na terra. Pouco depois, ferramentas de cabo foram substituídos por perfuração rotativa, o que poderia perfurar poços a uma profundidade muito maior e em menos tempo. O record de profundidade do poço Kola utilizou perfuração não rotativo com motor de lama para alcançar uma profundidade de mais de 12 mil metros. Até os anos 1970, a maioria dos poços de petróleo era vertical, embora imperfeições litológicose mecânicas causassem com que a maior parte dos poços desviassem ao menos levemente de uma exata verticalidade (o que levou aos poços direcionais). Entretanto as tecnologias de perfuração direcional modernas permitem poços fortemente desviados os quais podem, dada suficiente profundidade e com as ferramentas apropriadas, tornarem-se realmente horizontais (poços horizontais propriamente ditos). Isto é de grande valor na medida em que rochas reservatório as quais contém hidrocarbonetos são normalmente horizontais, ou sub-horizontais; um poço horizontal colocado em uma zona de produção tem mais área de superfície na zona de produção que um poço vertical, resultando em uma maior taxa de produção. O uso de perfuração desviada e horizontal também tornou possível chegar a reservatórios a vários quilômetros de distância do local de perfuração (perfuração de alcance estendido), permitindo a produção de hidrocarbonetos localizados abaixo os locais que são ou difíceis de colocar-se uma sonda de perfuração, ou ambientalmente sensíveis, ou povoados.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/

Projeto de poço de petróleo


O projeto de poço de petróleo passa por diversas etapas. Inicialmente estudos de sísmica determinam a região onde há maior probabilidade de ter havido acumulação de hidrocarbonetos. A geodésia então deve fornecer as coordenadas exatas da locação. No caso offshore, uma batimetria e estimativa da resistência mecânica do solo do leito marinho devem ser feitas. Em paralelo uma sonda de perfuração (também chamada plataforma de perfuração) deve ser definida para executar o projeto.

Se a área a ser perfurada for conhecida pelo setor de geologia da empresa operadora será possível otimizar o comprimento de cada uma das fases da perfuração, dimensionando assim o número de fases e o diâmetro e comprimento dos revestimentos a serem descidos no poço. Existem dois principais fatores que limitam os comprimentos das fases: pressão de poros da formação e pressão de absorção da formação mais frágil não isolada (até o início da década de 2000 esta pressão era chamada erroneamente de pressão de absorção na sapata mas reviu-se este conceito por haver casos em que a sapata do último revestimento descido não corresponde à formação mais frágil). O revestimento de poço de petróleo tem algumas funções, sendo uma delas a de isolar formações com diferentes fluidos e pressões, evitando que ocorra interfluxo (fluxo de hidrocarboneto de uma formação de maior pressão para uma formação de menor pressão contendo água ou gás, por exemplo).

Um projeto comum de poço submarino inclui revestimentos de 30", 20", 13 3/8" e 9 5/8" com extremidade superior no leito marinho e um revestimento tipo liner de 7" com extremidade superior próxima a extremidade inferior do 9 5/8". Todos estes revestimentos são cimentados para garantia do isolamento das diferentes formações com exceção do 30" que pode ser cimentado, cravado ou jateado.

Caso o revestimento de 30" seja cimentado, a perfuração desta fase é comumente feita com uma broca de 26" seguida de um alargador de 36". Para os demais revestimentos utilizam-se brocas de 26", 17 1/2", 12 1/4" e 8 1/2", respectivamente.

A cimentação destes revestimento em ambiente offshore é uma operação crítica pois se utilizam diversos aditivos e os principais riscos são de a pega da pasta de cimento ser muito acelerada e isto causar uma prisão da coluna de cimentação ou a pega ser muito retardada causando um possível fluxo de hidrocarbonetos por perda de hidrostática durante a pega (ver Deepwater Horizon).

Após a perfuração das fases e cimentação dos seus respectivos revestimentos é preciso completar o poço. A completação de um poço de petróleo é a etapa do projeto em que são descidos os equipamento que permitem a produção de hidrocarbonetos ou a injeção de fluidos como água ou dióxido de carbono. Finalmente é descida a árvore de natal que é travada à cabeça de poço direcionando o fluxo dos fluidos produzidos ou injetados.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/

Eni prevê 2012 fraco por conta de lentidão da economia europeia


O grupo de petróleo e gás natural italiano Eni prevê que o desânimo na Europa afetará seus negócios em 2012, citando "perspectivas fracas de recuperação" para seus negócios de gás natural e um "ambiente de negócios enfraquecido" para sua divisão de refino.

A empresa, que divulgará seus resultados numa apresentação de estratégia no mês que vem, disse que espera que sua produção de petróleo e gás natural tenha crescido em relação a 1,58 milhão de barris por dia, no ano passado. Entretanto, isso seria causado por uma recuperação da produção na Líbia no pós-guerra, que já retornou a 80 por cento de sua média de 270 mil barris por dia.

Um raro momento positivo no anúncio foi a descoberta de gás natural na costa de Moçambique.

"As perspectivas de recuperação parecem fracas no setor de gás natural", disse a empresa num pronunciamento nesta quarta-feira. "Espera-se que a demanda por gás seja baixa por conta da lentidão da atividade econômica e da crescente competição de fontes renováveis de energia ... Antecipa-se que as margens de refino (europeias) mantenham-se em níveis não lucrativos devido ao alto custo do fornecimento de petróleo, baixa demanda e capacidade em excesso".

O lucro líquido ajustado no quarto trimestre da empresa caiu 9,5 por cento para 1,54 bilhão de euros em razão da performance fraca do gás natural e do petróleo.

As vendas de gás natural caíram 11 por cento no último trimestre diante da fraca demanda e pressão competitiva da sobreoferta.

O negócio foi afetado por seus contratos de longo prazo de gás natural com a Algéria e a Rússia, onde os preços estão fixados em níveis mais altos do que os preços de mercado à vista.

Após a bem-sucedida renegociação dos termos do contrato de gás natural com a Algéria, o foco da empresa agora é em completar negociações com a Gazprom.

(Por Stephen Jewkes)

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/