domingo, novembro 13, 2011

Petróleo e gás, oportunidade que vem mar



Qualificação é requisito para conseguir vaga no setor

Rio - O setor de petróleo e gás, mais do que movimentar a economia de diversos municípios e estados, se transformou em um dos grandes empregadores, com cerca de 40 mil pessoas envolvidas em alguma das atividades que integram o segmento.

Plataformistas, sondistas, operadores subaquáticos (mergulhadores), nutricionistas, médicos e profissionais de seguraça do trabalho são algumas das profissões que ganharam espaço. Também a indústria naval foi beneficiada com a construção de plataformas e navios, gerando ainda mais oportunidades de trabalho.

Segundo Márcia Dórea, supervisora técnica do Centro de Referência em Petróleo e Gás do Senai,existe uma demanda de mão de obra. " Diversos setores estão carentes de mão de obra qualificada, principalmente os setores naval e de petróleo e gás. Estes setores em destaque estão aquecidos devido aos grandes investimentos na área e à descoberta de novas reservas no país", revela.


Mas as chances de emprego exigem um profissional altamente capacitado para atuar tanto em petróleo e gás, assim como na indústria naval. " O nível de escolaridade dependerá do setor de atuação. Os níveis exigidos vão desde o básico até o superior com especializações. Para o início, o ideal é se especializar na área fazendo um curso técnico ou de qualificação profissional para se ter mais chances de inserção no mercado", orienta Márcia Dórea.

A descoberta do pré-sal aqueceu ainda mais o segmento, determinando a criação de novos cursos para atender as exigências deste nicho, que requer pessoal muito mais qualificado, o que levou o Senai a aumentar os cursos oferecidos.

"A descoberta de grandes reservas no pré-sal e a possibilidade de se explorar em condições adversas é um grande desafio para todas as empresas envolvidas. Não só em tecnologia, mas principalmente em mão de obra. A demanda de profissionais nesta área aumentou muito nos últimos anos, fazendo com que o Senai ampliasse seu portfólio, com a criação de novos cursos, instalações e laboratórios específicos, materiais didáticos atualizados e docentes de ponta para formar profissionais qualificados para atender às empresas do setor", diz a supervisora da instituição.

Junto com a capacitação é fundamental para quem pretende ingressar na área, ter conhecimento do inglês. "Devido a transferência de tecnologias e a entrada de diversas empresas estrangeiras para atuarem neste setor, a língua inglesa se tornou ferramenta fundamental para este setor", comenta a especialista.

A área de petróleo e gás tem um grande atrativo: os salários pagos. Em média, ficam na faixa de R$ 6 mil a R$ 9 mil.Entretanto, não todas as pessoas que têm condições de trabalhar no setor.

"O setor de petróleo e gás é bem extenso e complexo e engloba outros setores e diversas atividades. Hoje, existem muitos cursos sendo oferecidos no mercado. É de suma importância que a pessoa pense, analise e pesquise sobre aqueles que lhe despertam interesse. Primeiramente, fazer um curso que lhe dê o conhecimento/visão geral do setor de petróleo e gás é fundamental. A partir desta visão, o profissional pode iniciar um processo de especialização para ter mais chances de colocação no mercado. Para isso, o primeiro passo, sem dúvida nenhuma, seria fazer um curso técnico, pois hoje a demanda por profissionais técnicos é bem significativa. Segundo, é fazer uma língua estrangeira, o que aumentará muito sua colocação. Uma vez atuando no setor, fazer uma graduação é imprescindível para quem está em busca de desafios e pretende atingir cargos mais complexos. Ser uma pessoa bem atualizada com as tecnologias e inovações do mercado também é importante", conclui.

Fique por dentro

Setor de petróleo


A região Norte do Estado do Rio emprega 24.355 trabalhadores. A capital é a segunda maior empregadora, com 16.999 postos de trabalho, seguida da Baixada Fluminense, no entorno de Duque de Caxias, com 3.077. Em todo o estado há 46.096 empregados no setor, com salário médio de R$ 9.144,61. O segmento conta com 206 estabelecimentos no estado do Rio.

A capital é a região que paga melhor no setor de Petróleo, com salário médio de R$ 11.264,35. A região Sul registra os melhores salários pagos aos trabalhadores com formação de Ensino Médio completo (em média, R$ 9.032,17). Aqueles que têm escolaridade mais alta (Ensino Superior) recebem, na Capital, o maior valor pago neste segmento (em média, R$ 12.626,83).

Setor de gás

A cidade do Rio de Janeiro emprega 5.403 trabalhadores. A Baixada Fluminense, no entorno de Duque de Caxias, é a segunda maior empregadora, com 1.501 postos de trabalho, seguida da região Norte, com 506. Em todo o estado há 7.948 empregados no setor, com salário médio de R$ 6.755,04. O segmento conta com 172 estabelecimentos no estado do Rio.

A capital é a região que paga melhor no setor de gás, com salário médio de R$ 8.706,91, e a região Norte registra os melhores salários pagos aos trabalhadores com formação de Ensino Médio completo (em média, R$ 4.308,66). Aqueles que têm escolaridade mais alta (Ensino Superior) recebem o maior valor pago neste segmento (em média, R$ 10.019,69).

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Petróleo e Derivados


Nenhuma fonte de energia tem a importância geopolítica que o petróleo possui, haja vista a relativa facilidade com que esse energético pode ser transportado ao redor do mundo e dado este se constituir na base da economia produtiva mundial. Assim, o país que detém e controla suas reservas petrolíferas e que mantém uma estrutura adequada de refino aufere vantagens competitivas, quer seja em relação à segurança interna dos setores vitais à economia, como transporte e produção de eletricidade e, por conseguinte, conferindo competitividade à indústria, quer seja em relação à sua participação no comércio internacional, por meio da exportação direta do óleo e seus derivados.

Toda esta importância advém do fato de que, além de gerar combustíveis como gasolina, óleo diesel e querosene de aviação, o petróleo é também a base de uma vastagama de produtos industrializados, que vão da parafina e da nafta petroquímica aos tecidos e plásticos.
Geraldo Falcão/Banco de Imagens Petrobras Brasil alcançou, em 2009, a marca de dois milhões de barris de petróleo produzidos diariamente Ampliar

O petróleo é formado a partir da decomposição da matéria orgânica ao longo do tempo geológico, sendo encontrado nos poros de determinadas camadas sedimentares, que são conhecidas como “rochas reservatório”. Trata-se, portanto, de um energético não renovável, o que aumenta a importância da descoberta de novos campos produtores ou de novas regiões produtoras, de modo que um dado país consiga manter uma relação reserva/produção confortável em termos de segurança energética (a do Brasil atualmente, sem as reservas do Pré-Sal, é da ordem de vinte anos).

Segundo maior produtor de petróleo na América do Sul, o Brasil vive em constante crescimento no setor. No fim dos anos 1970, o País produzia, em média, 200 mil barris de petróleo por dia. Em 2009, alcançou a marca de dois milhões de barris diários. O crescimento da produção neste período associou-se às grandes descobertas marítimas de petróleo e gás na Bacia de Campos, que começou com a descoberta do campo de Garoupa (RJ), em 1974, iniciando a busca em águas cada vez mais profundas. Nos anos 1980 e 1990, foram descobertos campos gigantes naquela bacia.

No primeiro semestre de 2008, a Petrobras anunciou a descoberta de um campo de petróleo no Pré-sal (abaixo de uma camada geológica de dois quilômetros de espessura de sal) na Bacia de Santos. O potencial dessa descoberta e das seguintes na região do Pré-sal coloca o Brasil no mesmo nível de reserva dos grandes produtores mundiais. O planejamento estratégico da Petrobras prevê uma produção total, no Brasil e no exterior, de 3,993 milhões de barris de óleo equivalente (boe - somatório da produção de petróleo e de gás natural) em 2015 e 6,418 milhões de boe por dia em 2020.

O País produz mais petróleo bruto do que a sua demanda interna (atualmente, de 1,9 milhão de barris por dia). Todavia, como cerca de 70% da produção é de petróleo mais pesado e a estrutura de refino não é totalmente adequada para o processamento desse tipo de petróleo, ainda é necessário importar petróleos leves, de modo a aumentar a produção de derivados leves e médios, tais como gás de cozinha, gasolina, nafta petroquímica e óleo diesel. Dessa forma, o excedente de petróleo nacional pesado é exportado.

A Petrobras vem modernizando seu parque de refino para elevar a capacidade de processamento de petróleo pesado e de produção de derivados que ainda precisam ser importados. A companhia também está construindo cinco unidades de refino, nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará.

Mais modernas, elas poderão processar tanto o petróleo pesado da Bacia de Campos como o petróleo leve, encontrado no Pré-sal. Com isso, a empresa vai reduzir a exportação de petróleo bruto e aumentar a exportação de derivados, de maior valor agregado.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br