Segundo uma avaliação da consultoria Tendências, com dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a participação das companhias que chegaram após o fim do monopólio da Petrobras praticamente triplicou no último ano, passando de 2,6% para 6,1% do volume total produzido no Brasil. De janeiro a outubro, diz a consultoria, as empresas privadas produziram 144% a mais do que no ano anterior. A produção privada no país ainda é pequena e, em muitos casos, obtida em parceria com a Petrobras.
A OGX de Eike Batista é a empresa privada que mais investe em exploração do petróleo no país. Pela conta da ANP, ano passado (até o 3º trimestre), os investimentos em exploração no país totalizaram R$ 8,4 bilhões. O maior investidor, com 59% do total, é a Petrobras. Depois vem a OGX, com 14% seguida da Repsol, com 11%, e, logo depois a Anadarko, com 6%. Em nota, a assessoria da Petrobras, alegou que teve que realizar paradas não programadas em plataformas este ano, o que teve impacto na produção.
A maior empresa de refino de petróleo da Coreia do Sul vendeu sua participação em três blocos de petróleo no Brasil para a dinamarquesa Maersk Oil por US$ 2,4 bilhões. O negócio garante à Maersk acesso a potenciais reservas do pré-sal na Bacia de Campos, além de produção imediata de petróleo no País. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A companhia dinamarquesa por sua vez aumenta sua presença no Brasil, pois já possui participações em blocos exploratórios por aqui, alguns deles em parceria com a OGX.
Mercado brasileiro em alta
Depois da Petrobras, os maiores produtores de petróleo no Brasil são a anglo-holandesa Shell, com 51,1 mil barris por dia; as americanas Chevron (21,6 mil barris por dia) e Devon (15,9 mil barris por dia); a indiana ONGC (11,7 mil barris por dia) e a sul-coreana SK (10,6 mil barris por dia). Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), o investimento privado no setor será de US$ 42 bilhões até 2014 - são 40 companhias atuando além da estatal.
A Repsol também aposta no mercado brasileiro para crescer e para isso busca se desfazer de ativos para capitalizar-se e investir no País. A companhia deu andamento à estratégia de reduzir sua exposição na Argentina ao anunciar a venda de 3,3% de sua participação na YPF por cerca de US$ 500 milhões. Os compradores foram os fundos de investimento administrados pela Eton Park Capital Management, Capital Guardian Trust Company e Capital International, dos Estados Unidos, que terão o direito de exercer a opção de compra de mais 1,6% adicional na companhia argentina.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/