domingo, novembro 21, 2010

Vagas do Prominp


São 20.601 vagas para cursos gratuitos de nível básico; 5.188 para nível médio; 1.286 para nível técnico e 840 para nível superior. Nos níveis médio e superior, há oferta de vagas para portadores de necessidades especiais em algumas categorias específicas.

Os estados contemplados no quadro de vagas são: Amazonas (710), Bahia (1.863), Ceará (412), Espírito Santo (972), Maranhão (634), Minas Gerais (752), Pernambuco (8326), Paraná (196), Rio de Janeiro (6.874), Rio Grande do Norte (1.058), Rio Grande do Sul (3.706), Sergipe (144) e São Paulo (2.268).

Os candidatos aprovados que estiverem desempregados durante o curso receberão bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 300 (cursos de nível básico), R$ 600 (níveis médio e técnico) e R$ 900 (nível superior).

A participação nos cursos não garante emprego aos alunos. O objetivo é melhorar a qualificação dos profissionais que serão, eventualmente, aproveitados pelas empresas privadas fornecedoras de bens e serviços do setor de petróleo e gás natural.

Bolsa-auxílio
Para manutenção da bolsa-auxílio, o aluno deverá ter, durante o período de aula do curso, presença mínima de 95% do total das aulas e média das avaliações igual ou superior a 8,0.

A bolsa-auxílio somente será concedida no período em que serão ministradas as aulas. Será concedido o direito de recebimento da bolsa-auxílio somente no ato da matrícula. Não será concedida bolsa-auxílio para os alunos após a efetivação da matrícula ou durante a realização do curso, mesmo que o aluno venha a ficar desempregado.

Na hipótese de o aluno, ao longo do curso, alterar a condição que o habilitou a receber bolsa-auxílio, ele se compromete a informar imediatamente a instituição de ensino da nova situação e restituir os eventuais valores relativos à bolsa-auxílio indevidamente recebidos.

Caso o aluno seja reprovado em qualquer disciplina do curso, perderá o direito à bolsa-auxílio.

O primeiro pagamento da bolsa-auxílio será realizado em até 45 dias da data de início do curso.

Banco de currículos
O aluno matriculado em um dos cursos do Prominp terá seu currículo automaticamente disponibilizado no banco de currículos no portal de Qualificação do Prominp (www.prominp.com.br). O aluno poderá atualizá-lo com novas informações sobre sua carreira profissional.

O banco de currículos do Prominp poderá ser acessado pelas empresas fornecedoras do setor de petróleo e gás natural, cadastradas no Portal de Qualificação do Prominp. Caso o aluno seja reprovado ou desligado do curso do Prominp, seu currículo estará automaticamente indisponível no banco.

Fonte: http://www.prominp.com.br/

Pesquisa petrolífera do Brasil na fronteira do conhecimento


O Brasil é líder mundial em tecnologia offshore. Vários são os elementos que, unidos, conseguiram colocar em destaque a pesquisa em petróleo no Brasil. Um deles é o Plano Nacional de Ciência e Tecnologia de Petróleo e Gás Natural (CT-Petro), criado em 1997, que veio estimular a cadeia produtiva do setor, através dos recursos provenientes de seus royalties. O núcleo de pesquisas na área é formado pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello (Cenpes) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Centro de Estudos em Petróleo (Cepetro) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse núcleo acaba de proporcionar à Petrobras, pela segunda vez, o Prêmio da "Offshore Tecnology Conference" (OTC), por sua excelência na exploração e produção de petróleo em águas profundas.

Plataformas
Durante as últimas eleições brasileiras, uma das questões levantadas foi sobre a atual capacidade brasileira para a produção de plataformas de petróleo. A produção nacional destas poderia significar a geração de empregos no Brasil, ao invés estimulá-los no exterior pela contratação de empresas estrangeiras. No dia 28 de agosto foi realizado na Coppe/UFRJ encontro técnico sobre a Construção de Plataformas Offshore no Brasil. Inicialmente a Petrobras expôs sua demanda para os próximos anos, após o que representantes de estaleiros e empresas de engenharia puderam discutir a viabilidade de construção das plataformas semi-submersíveis P-51 e P-52 no país.

No evento, foi lembrado que, nos anos 80, o Brasil já esteve entre os maiores produtores de navios, ostentando o segundo lugar no ranking mundial. No entanto, por decisões políticas e econômicas, o governo federal decidiu privilegiar a importação, alegando falta de capacidade técnica do Brasil. Isso, somado à falta de controle nos gastos das empresas privadas e à ineficiência administrativa dos estaleiros nacionais, levou à falência os construtores nacionais e impediu o necessário salto tecnológico que daria maior competitividade à construção naval brasileira.

No entanto, de acordo com os engenheiros da Coppe Luiz Pinguelli Rosa e Segen Estefen, hoje o Brasil possui "capacitação nacional para que cascos e conveses possam ser aqui construídos". Com esse quadro em mente, eles alertam que não devemos correr o risco de perder a oportunidade de inserir nossa indústria no competitivo mercado de fabricação de plataformas flutuantes para a indústria do petróleo. Competência técnica e científica já estão demonstradas. Cabe apenas gerar os incentivos para que o setor nacional não seja excluído antes de tentar.

Estado da arte em pesquisas
O Tanque de Provas Numérico (TPN), recém-inaugurado pela Escola Politécnica da USP, contou com a união e participação de várias instituições de pesquisa como a Coppe, PUC-Rio, IPT e Cenpes/Petrobras. Com ele será possível a realização de simulações matemáticas de estruturas flutuantes de produção de petróleo e gás. O tanque, idealizado para a indústria naval, coloca o Brasil entre os países que lideram as pesquisas simuladas na construção de plataformas petrolíferas, pois vai trabalhar em conjunto com LabOceano da Coppe.

O TPN é um sistema que vai permitir tanto a simulação de projetos de plataformas tradicionais, quanto a instalação e manutenção de estruturas flutuantes, considerando quase todos os fenômenos físicos ambientais do oceano, vento, onda e corrente, inclusive acima de 2000m de profundidade. São 60 computadores que, juntos, geram uma média de 21 bilhões de operações por segundo. As informações são transmitidas para a sala de projeções, que mostra as imagens em 3D e estéreo, dando a sensação exata de se estar trabalhando dentro da plataforma.

Fonte: http://www.comciencia.br/

Bacia sedimentar do Amazonas é a terceira em produção de petróleo


Cerca de uma dezena de bacias sedimentares estão situadas na Amazônia Legal Brasileira, perfazendo quase 2/3 dessa área territorial. Três delas - bacias do Solimões, Amazonas e Paranaíba - são as mais importantes, não só pelo tamanho (juntas ocupam aproximadamente 1,5 milhão de Km²), mas principalmente pelo seu potencial. A bacia do Solimões é a terceira bacia sedimentar em produção de óleo no Brasil, com uma reserva de 132 milhões de barris de petróleo. No entanto, a principal vocação da Amazônia é o gás natural. O estado do Amazonas tem a segunda maior reserva brasileira de gás natural do país, com um total de 44,5 bilhões de metros cúbicos. Nas outras duas bacias também têm sido encontradas acumulações de gás.

As primeiras descobertas de petróleo na Amazônia ocorreram em 1954, quando a Petrobras encontrou quantidades não comerciais nas cidades de Nova Olinda, Autás Mirim e Maués, no estado do Amazonas. Nos primórdios da Petrobras, as pesquisas foram direcionadas para a bacia do Amazonas, em detrimento da bacia do Solimões. Só em 1976 foi feito o primeiro levantamento de sísmica de reflexão na bacia do Solimões. A partir de 1978, ano da descoberta da província gaseífera do Juruá, a pesquisa de petróleo na bacia do Solimões foi intensificada.

Em outubro de 1986, o sonho de prospecção petrolífera na Amazônia tornou-se realidade com a descoberta da província do Urucu, a 600 km de Manaus. Dois anos depois, o óleo já estava sendo escoado por balsas, através do rio Solimões, até a Refinaria Isaac Sabbá (UN-Reman), na capital do estado. Em 1998 teve início a operação do poliduto, com 285 Km de extensão, entre Urucu e Coari, cidade mais próxima da base petrolífera.

Dificuldades para a pesquisa
A exploração de petróleo na Amazônia, como também a atividade de produção, é mais difícil que em outras áreas terrestres do Brasil. O professor João Carlos Ribeiro da Cruz, do departamento de Geofísica da Universidade Federal do Pará (UFPA), afirma que as dificuldades operacionais estão relacionadas à localização das bacias, especialmente as do Solimões e Amazonas. Elas estão situadas em áreas remotas e florestadas, de difícil acesso, com muitas reservas indígenas e florestais, o que causa restrições operacionais e legais.

Em termos geológicos, essas bacias, classificadas como intracratônicas ou paleozóicas, são muito antigas. Suas idades são variadas, estendendo-se desde o período Ordoviciano, que integra a era Paleozóica, com 490 milhões de anos. Por serem antigas, essas bacias contêm rochas muito duras, o que aumenta o tempo e o custo de perfuração de poços. O estudo geofísico é prejudicado pela alta velocidade das ondas nessas rochas antigas e pela presença de rochas vulcânicas intercaladas nelas, o que reduz a qualidade sísmica e cria falsas estruturas geológicas. Sob o ponto de vista geofísico, o mapeamento das rochas-reservatório nas seções sísmicas é difícil devido a má qualidade da resposta sísmica a complexidade geológica da área.

Fonte: http://www.comciencia.br/