quarta-feira, agosto 03, 2011

Petrobras vai investir US$ 1,2 bilhão para reduzir emissões de carbono até 2015


A Petrobras acaba de lançar seu Relatório de Sustentabilidade 2010. A publicação apresenta informações sobre o desempenho da Companhia, espelhando a integração entre os três pilares de sua estratégia corporativa: crescimento integrado, rentabilidade e responsabilidade socioambiental. A publicação é também uma comunicação sobre o progresso da Petrobras no cumprimento dos dez princípios do Pacto Global da ONU, do qual a Companhia é signatária desde 2003.

O relatório destaca três grandes marcos da Companhia em 2010: o início da operação do Sistema Piloto do campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos; a captação de R$ 120,2 bilhões pela maior oferta pública de ações já realizada no mundo; e a assinatura do Contrato de Cessão Onerosa, que garantiu à Companhia o direito de produzir cinco bilhões de barris de óleo equivalente em áreas não licitadas do pré-sal.

Na área ambiental um dos destaques é o aumento do investimento em meio ambiente, que em 2010 ultrapassou R$ 2,4 bilhões - cerca de R$ 457 milhões a mais que em 2009. Esse total inclui gastos com processos operacionais e apoio a projetos ambientais. A publicação também destaca as ações da Petrobras para mitigação das mudanças do clima, especialmente as ações de eficiência energética.

O objetivo estratégico de maximizar a eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa também está registrado no relatório. A Petrobras estabeleceu como meta para 2015 reduzir a intensidade energética nas operações de refino e na operação das usinas termelétricas em 10% e 5%, respectivamente; reduzir em 65% a intensidade da queima de gás natural em tocha nas operações de exploração e produção; reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa nas operações de exploração e produção, de refino e na operação das usinas termelétricas em 15%, 8% e 5%, respectivamente.

Para alcançar esses objetivos, a Petrobras investirá US$ 976 milhões, entre 2010 e 2015, em projetos de eficiência energética e redução de emissões. Só em projetos diretamente relacionados à eficiência energética, foram investidos R$ 404 milhões, de 2006 a 2010, com economia de até 2.740 barris de óleo equivalente por dia.

O Relatório também apresenta as ações da Petrobras para tornar mais eficiente o uso da água em suas instalações. Em 2010, o volume total de reúso da água na companhia chegou a 17,6 bilhões de litros. Nas plataformas de produção, a água do mar é aproveitada para reduzir a captação de água doce das bacias hidrográficas continentais. Mais de 1,3 bilhão de litros de água do mar foram dessalinizados para uso nas unidades marítimas de produção em 2010. Na área de refino, estão previstos novos projetos de reúso de efluentes, que serão concluídos de 2011 a 2013 e permitirão uma economia anual adicional da ordem de 13,5 bilhões de litros de água.

Na seção de contribuição à sociedade, o relatório apresenta os investimentos da Companhia em projetos externos. A Petrobras investiu R$ 707,9 milhões em 1.770 projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos em 2010.

Na área de patrocínio esportivo e social o destaque de 2010 foi o lançamento do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, a mais abrangente iniciativa de apoio ao esporte do país. O programa vai destinar, até 2014, aproximadamente R$ 265 milhões, por meio de investimento direto e da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, a quatro diferentes segmentos: Esporte de Rendimento - boxe, esgrima, remo, taekwondo e levantamento de peso -, Esporte Educacional, Esporte de Participação e Memória do Esporte

O relatório- Esse ano, o Relatório de Sustentabilidade da Petrobras foi impresso, pela primeira vez, em papel sintético Vitopaper, feito a partir da reciclagem de diversos tipos de plástico. Segundo cálculos do fabricante Vitopel, sua produção evita que cerca de 85% dos materiais utilizados sejam enviados a aterros sanitários como resíduos plásticos. Nenhum componente oriundo de árvores foi usado na fabricação do papel sintético, que é resistente à água e pode ser novamente reciclado, além de gerar economia de 20% de tinta na impressão.

O Relatório da Petrobras segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). A publicação se enquadra no nível de aplicação A+, adequado aos relatórios que apresentam informações sobre todos os indicadores essenciais das diretrizes e cujo conteúdo é submetido à verificação externa. Esse ano, a verificação foi realizada pela KPMG Auditores Independentes. Além das informações referentes aos indicadores GRI, o relatório apresenta dados que compõem o Modelo Ibase de Balanço Social.

FontE: http://www.revistafator.com.br

Petrobras investirá R$ 79 milhões em bolsas de estudo em 7 anos


Com parcerias com universidades, empresa desenvolve mão de obra para setor de petróleo; estatal prevê 6.000 contratações até 2014

As estudantes Juliana Okubo (esquerda), Letícia Bronzoni e Milena Rosa (direita), bolsistas da Petrobras, fazem curso de verão na Unesp


Durante o período de férias, um grupo de estudantes se destaca nos corredores vazios do campus de Rio Claro da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Eles abriram mão do período de recesso acadêmico para inaugurar as salas de aula do Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo, batizado de UnesPetro, complexo que recebeu aporte de R$ 9 milhões da Petrobras. Entre os 98 alunos matriculados nos 24 cursos de verão realizados no centro, estão as estudantes de Geologia Milena Rosa, 24, Letícia Bronzoni, 22, e Juliana Okubo, 21. As colegas de classe têm um sonho em comum: trabalhar na Petrobras. Para elas, as aulas vão ajudá-las a se preparar para o próximo concurso, que será realizado em fevereiro e oferecerá 838 vagas.


A Unesp é uma das 26 instituições de ensino que possui parceria com a Petrobras para formação de profissionais na área de petróleo. De olho nas necessidades de expansão do setor, a estatal se voltou às universidades brasileiras para evitar um apagão de mão de obra. Entre 2010 e 2016, a empresa vai conceder 5.076 bolsas de estudo, um investimento de R$ 79 milhões.
Essa iniciativa deve ajudar a empresa a preencher os 6.000 postos de trabalho que pretende abrir até 2014. “Em 2007, começamos a discutir como formar pessoas para trabalhar na cadeia de petróleo e optamos pela criação de centros de excelência nas instituições de ensino”, afirma a gerente de desenvolvimento de recursos humanos da Petrobras, Mária Alves Fernandes.

Entre os alunos selecionados para participar dos cursos de verão no UnesPetro, há 18 bolsistas da Petrobras. Eles recebem auxílio financeiro para desenvolver pesquisas na área de petróleo em um período de 24 meses. As bolsas são voltadas para estudantes de ensino médio técnico, graduação, pós-graduação e para professores, com valores entre R$ 350 e R$ 2.278. A seleção é feita pelas instituições de ensino.

UnesPetro

Mas os investimentos da Petrobras em universidades não beneficiam apenas os alunos bolsistas. Os cursos de verão do UnesPetro, por exemplo, são abertos e gratuitos para estudantes de graduação e pós-graduação de qualquer universidade, que serão selecionados com base em seu currículo acadêmico. O último processo seletivo recebeu 590 inscrições.

A estudante Fernanda Zanon, da graduação em Geografia na Unesp, foi uma das selecionadas. Ela nunca teve contato com a área de petróleo e aproveitou o curso de verão para aprofundar seus conhecimentos no setor. “Vale à pena. É uma oportunidade para fazer uma especialização gratuita em um mercado promissor”, diz a estudante.

As inscrições para os cursos deste ano estão encerradas, mas a atividade deve ser oferecida novamente no ano que vem. O próximo curso da UnesPetro será exclusivamente para funcionários da Petrobras.

Segundo o professor Dimas Brito, coordenador do UnesPetro, a instituição estuda abrir cursos de especialização para profissionais. “Mas será em um momento futuro. Neste ano, ainda não.”

Pré-sal

A descoberta de reservas de petróleo na camada pré-sal, anunciada em 2007, requer uma especialização ainda maior no setor. Os estudantes que se formaram recentemente não tiveram conteúdos aprofundados sobre o pré-sal nos cursos de graduação. Os alunos do último ano de Geologia da Unesp, por exemplo, contam que a disciplina de Geologia do Petróleo não trazia informações sobre as reservas do pré-sal. “Era muito recente. Não deu tempo de incluir na grade curricular”, afirma Juliana. “Mas desde que começaram a falar do pré-sal, toda evento acadêmico tem palestra sobre isso”, completa Letícia.
A tendência é que a academia se atualize. “Os novos estudantes vão sair da universidade muito mais preparados para atender o setor de petróleo, assim como os que saem hoje estão mais preparados do que quem se formou há cinco anos”, afirma o professor Brito.

O curso de Geologia da Unesp, por exemplo, agora conta com uma coleção de rochas carbonáticas, similares as que formam a camada pré-sal. Os exemplares que servirão de modelo para os estudantes não vieram do pré-sal, mas de campos terrestres brasileiro.

As rochas do pré-sal ainda não chegaram à academia. Elas só podem ser retiradas através da perfuração de poços de exploração. “Essas amostras são consideradas estratégicas e estão guardadas a sete chaves pelas companhias petrolíferas”, diz o professor Brito.

Fonte: http://economia.ig.com.br/