quinta-feira, novembro 03, 2011

Indústria do petróleo precisará de 212 mil trabalhadores até 2014


A indústria do petróleo e gás deve contratar, pelo menos, 212 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira.

Ferreira participou hoje (1º) de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do petróleo até 2014. O estudo apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. “Essas são as lacunas que verificamos em nosso plano de negócios”, disse.

O Prominp é um programa do governo federal criado para treinar trabalhadores para atuarem no setor de petróleo e gás natural. Ferreira explicou que a coordenação do programa levanta os investimentos programados e estima quantos trabalhadores serão necessários para que os projetos sejam executados.

Quando a demanda é detectada, o Prominp promove cursos de qualificação, que treinam os trabalhadores para que estejam aptos a trabalhar nos projetos programados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalhadores já foram qualificados desde 2006. Número que deve aumentar por causa do desenvolvimento da cadeia do petróleo.

O consultor do Prominp disse, inclusive, que a própria estimativa do programa está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. Segundo ele, a demanda por trabalhadores “deve ser bem maior do que a que estava estimada.”

O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, também declarou que o setor de construção e reparação de navios demandará muitos trabalhadores devido à exploração do pré-sal. De acordo com ele, os estaleiros brasileiros, que atualmente empregam 56 mil trabalhadores, devem empregar 100 mil até 2020. “O país vive um momento mágico”, disse Mendonça, sobre as perspectiva para o setor naval. “Vamos contratar desde soldadores e auxiliares, até engenheiros navais e pessoal da área administrativa”, declarou.

Fonte: JB (Vinicius Konchinski)

Petrobras duplicará reservas em 5 anos


A Petrobras deve mais do que duplicar suas reservas nos próximos cinco anos, estimou ontem o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

A Petrobras deve mais do que duplicar suas reservas nos próximos cinco anos, estimou ontem o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

Na melhor das perspectivas, a companhia acumularia um potencial de 36 bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis.

“Tirando as empresas 100% governamentais no mundo, provavelmente é a maior reserva.” Atualmente, as reservas da Petrobras são de cerca de 15 bilhões de barris de petróleo e gás.

Para os próximos cinco anos, a petrolífera trabalha com a adição de 10 bilhões a 16 bilhões de barris de petróleo e gás, baseada em descobertas que estão próximas de serem declaradas comercialmente viáveis em áreas do pré-sal na bacia de Santos e no pós-sal das bacias de Campos e Espírito Santo.

A Petrobras conta ainda com os 5 bilhões de barris que serão cedidos pela União, dentro da cessão onerosa no processo de capitalização. Gabrielli disse que a estatal produzirá 850 milhões de barris neste ano.

Investimentos

Ele informou que o plano de negócios da empresa está sendo revisado e indicou que os investimentos deverão subir. Estão previstos US$ 224 bilhões de 2010 a 2014. “Somente neste ano, nossa previsão é investir R$ 93 bilhões”, afirmou.

Sobre a intenção demonstrada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de ampliar a compra de petróleo do Brasil, Gabrielli disse que os americanos têm que criar condições para valorizar uma possível aliança estratégica. Citou como exemplo o incentivo à instalação de empresas americanas no Brasil, ou a viabilidade de facilidades comerciais.

“Nesse momento, eles não têm como valorizar essas relações estratégicas”, ressaltou, lembrando que o país governado por Obama é o principal destino das exportações da Petrobras.

Sobre o preço do petróleo, Gabrielli afirmou ainda não ver uma estabilização em novo patamar, apesar da alta recente. Por isso, disse, não há planos de um ajuste no preço dos combustíveis.

Ele destacou que a Petrobras adota a mesma política de preços há oito anos.

“Neste momento, não há clareza se esse patamar de US$ 110, US$ 115 ficará estável. Há muita volatilidade, por influência da crise na Líbia e do terremoto no Japão.”

Fonte: Google News

Petrobras planeja triplicar exportações de petróleo


CINGAPURA (Reuters) – A Petrobras prevê triplicar as exportações de petróleo até 2020, para entre 1,5 milhão e 1,6 milhão de barris por dia, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da estatal, José Sérgio Gabrielli, que considerou Estados Unidos e China os mercados mais importantes para a companhia brasileira.

A petroleira espera aumentar a produção de petróleo para 3,9 milhões de barris por dia até 2015 e 4,9 milhões até 2020, contra os 2,1 milhões de barris produzidos este ano, o que poderia fazer do Brasil um dos três maiores produtores de petróleo do mundo, segundo Gabrielli.

“Estamos prevendo que nos tornaremos um grande exportador líquido até 2020, não só de produtos derivados de petróleo mas de petróleo em si”, afirmou Gabrielli em uma conferência sobre energia em Cingapura. A Petrobras atualmente exporta 520 mil barris por dia de petróleo.

As exportações para Estados Unidos e China dobrariam para 400 mil a 450 mil barris por dia cada, acrescentou.

“A China será do mesmo tamanho dos Estados Unidos. Neste momento, eles estão em 200 mil a 220 mil bpd para exportação. Isso crescerá para quase o dobro. Esperamos poder aumentar nossa exportação para outros países asiáticos”, afirmou ele.

O consumo mundial de combustível deve crescer cerca de 3 a 4 por cento nos próximos cinco anos, disse Gabrielli, o que poderia manter os preços no longo prazo.

Para atender esse crescimento de demanda e compensar o declínio em campos que já operam, o mundo teria que acrescentar entre 40 milhões e 65 milhões bpd em capacidade de produção nos próximos dez anos, acrescentou o executivo.

“É por isso que não vejo o preço do petróleo caindo nos próximos cinco a dez anos”, afirmou.

As descobertas de petróleo no Brasil colocaram o país a caminho de ser um grande fornecedor mundial. Quatro das dez maiores descobertas desde o ano 2000, incluindo os campos de Lula e Franco, foram na nação sul-americana.

A Petrobras planeja destinar mais da metade do investimento de 225 milhões de dólares relativo ao período de 2011 a 2015 ao pré-sal, uma área do tamanho do Estado de Nova York que deve conter, pelo menos, 50 bilhões de barris de petróleo.

Refino, transporte e vendas responderão por 31 por cento do investimento total. “Nosso grande desafio é extrair recursos”, disse Gabrielli.

A companhia aumentará a produção no campo de Lula, no pré-sal, para 120.000 bpd, contra atuais 36.900 mil barris.

A Petrobras considera a cotação do Brent entre 80 e 95 dólares o barril em termos de fluxo de caixa, disse Gabrielli.

“A 80 dólares podemos gerar 125 bilhões de dólares em fluxo de caixa líquido depois de pagar dividendos e a 95 dólares podemos gerar 149 bilhões de dólares em fluxo de caixa líquido nos próximos cinco anos”, disse ele.

Para levantar recursos, a Petrobras identificou 13,6 bilhões de dólares em ativos que devem ser vendidos como parte do plano de investimentos de cinco anos.


Fonte: Veja (Por Jessica Jaganathan e Seng Li Peng)