quarta-feira, setembro 26, 2012

Guia de carreiras: engenharia de petróleo

Organização prevê criação de 2 milhões de empregos no setor até 2020.

Uma das funções do profissional é maximizar a produção de petróleo.

Responsável por descobrir e explorar poços e jazidas de petróleo e gás natural, o engenheiro de petróleo é um profissional cada vez mais requisitado no Brasil. Entre as descobertas na Bacia de Campos no Rio de Janeiro, nos anos 70, até o recente fenômeno do pré-sal, o mercado se expandiu, se consolidou e criou muitos postos de trabalhos, nem sempre ocupados com facilidade, por conta da escassez de profissionais com a formação ideal.

A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) prevê a geração de 2 milhões de empregos no setor petrolífero até 2020. Ainda, de acordo com o estudo da Onip realizado há dois anos, a área já movimenta cerca de 420 mil empregos.

O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) que oferece cursos de especialização para a atuação no segmento projeta a necessidade de qualificar mais 201 mil profissionais até 2015, sendo cerca de 11 mil profissionais de nível superior. De 2006 até o momento, cerca de 90 mil profissionais concluíram cursos de várias modalidades.

“Em geral os engenheiros de petróleo não têm dificuldade de conseguir emprego. A contratação é grande, o mercado está em ascensão e há uma carência de profissionais”, diz engenheiro de petróleo da Petrobras, Marcelo Salomão, de 54 anos.

Salomão tem mestrado e doutorado em engenharia de petróleo, mas quando se formou em engenharia civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 1980, pouco conhecia a área de petróleo. “Diferente do cenário atual, nesta época havia pouca opção de emprego para os engenheiros. Fiz o concurso da Petrobras por causa de alguns colegas e passei. O mercado cresceu muito e tive sorte de fazer esta opção. Hoje a indústria do petróleo é reconhecida e respeitada.”

Ele lembra que naquela época como não havia graduação específica, as empresas contratavam engenheiros com formações diversas e ofereciam treinamento. Hoje a situação é outra. Além da graduação, instituições de ensino possuem também cursos de qualificação profissional de nível médio, voltado para a prática do mercado.

A engenharia de petróleo ganha destaque até mesmo entre as demais engenharias, que voltaram a ter o mercado muito aquecido. Ainda, segundo Marcelo Salomão, a tendência é de crescimento para os próximos anos porque os processos de descobertas das bacias sedimentares, de onde é possível extrair o petróleo, e construção de poços e plataformas são caros e demorados. E a presença dos engenheiros é fundamental em todas as etapas do trabalho.

Também é função deste profissional cuidar do transporte do petróleo e seus derivados desde o local da exploração até as refinarias e petroquímicas, bem como dar o destino correto aos resíduos. O engenheiro de petróleo pode tanto atuar no setor administrativo dentro de escritórios ou na parte operacional, nas plataformas marítimas. Dificilmente um profissional terá de conciliar as duas funções.

Salomão diz que o trabalho interno é fundamental para que o engenheiro tenha a percepção da magnitude das plataformas marítimas. “A atividade de planejamento é forte. É no escritório que se especifica o projeto de perfuração de poços, os produtos químicos que serão utilizados. Já tive de trabalhar embarcado, mas meu perfil é mais administrativo.”

Virtudes necessárias

Para se dar bem na carreira, Salomão destaca duas características fundamentais: gosto pelo estudo, já que o profissional não pode parar de aprender, e perfil para trabalhar em equipe.

O trabalho do engenheiro de petróleo está sempre ligado à tecnologia. As indústrias de petróleo utilizam softwares e aplicativos para desvendar cálculos e previsões matemáticas necessárias para interpretações geológicas, entre outras ações.

Outro aliado da profissão é a multidisciplinaridade, já que os engenheiros de petróleo nunca estão sozinhos nas missões. “Para planejar a retirada do óleo e transformá-lo em riqueza as equipes precisam estar entrosadas. O trabalho de planejar o número de poços que se vai perfurar, avaliar sua capacidade e as linhas que vão trazer o óleo até a plataforma, é multidisciplinar.” Segundo ele, as áreas ambiental, de segurança, geologia e até economia se relacionam o tempo todo.

“O petróleo é a fonte propulsora de várias outras indústrias, e a engenharia de petróleo é uma profissão atrativa onde é possível aplicar grande parte do conhecimento adquirido na graduação”, diz Salomão.

Fonte: Do G1, em São Paulo (Vanessa Fajardo)

Como conseguir uma vaga no ‘apagão’ de mão de obra

Candidatos qualificados têm chances de suprir demanda de setores à caça de profissionais

Rio – O aquecimento da economia do País e a falta de profissionais qualificados pegaram alguns setores de surpresa, deixando-os em um verdadeiro ‘apagão’ de mão de obra. Construção Civil, Petróleo e Gás, Hotelaria, Alimentação e Tecnologia da Informação sofrem com a urgência de contratar pessoal, observam especialistas. No entanto, em empresas como OSX (de Eike Batista) e Petrobras, além de entidades como Senac RJ e Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, o cenário é otimista: essa é a hora de tirar proveito da escassez e conquistar uma das vagas.

Só em petróleo e gás, haverá demanda de 212.638 mil profissionais até 2014, segundo o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), da Petrobras. Soldador, plataformista e engenheiro naval são as categorias com maior demanda da indústria, atualmente. A remuneração inicial nesse setor é, em média, de R$ 2.085,57.

A Indústria Naval, que passou décadas em baixa no País, ressurge e está à caça de mão de obra. Na OSX, cerca de 3.100 profissionais serão qualificados em cursos em parceria com a Senai-RJ. O treinamento acontece no Instituto Tecnológico Naval (ITN), que está com 880 jovens.

Para Wilma Freitas, gerente de Educação do Senac-RJ, área da Saúde, Turismo e Administração também estão com falta de profissionais. Segundo ela, a fórmula para deslanchar em meio ao ‘apagão’ é somar determinação com qualificação.

Qualificação é caminho para conseguir preencher vagas

Educação e qualificação são as respostas para solucionar a urgência por mão de obra em setores do mercado, segundo Wilma Freitas, gerente de Educação do Senac-RJ. Ela afirma que, muitas vezes, a saída encontrada para empresas suprirem a falta é fechar parceria com cursos técnicos. Desta forma, o estudante que encarava aulas que misturavam teoria e prática já chega acostumado com o ambiente e pronto para o mercado de trabalho.

“Fechamos parceria direta com o próprio mercado. Oferecemos painéis de setores junto com empresas, para entender qual é a demanda, quais são as atividades que elas precisam cumprir e quantos funcionários são necessários”, conta Wilma.

A metodologia do Senac-RJ, ela observa, é diferenciada, por ser técnica. “É baseada na prática, que tem a ver com a rotina do mercado. Além disso, fazemos captação e prospecção de empresas para oferecer estágios para nossos alunos”, explica.

Aproveitar empregos em datas específicas no ano também é uma boa ideia para ganhar espaço no mercado. Essa é a dica de Márcia Costantini, diretora regional da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) no Rio.

Quem não tem experiência profissional, usa o trabalho temporário como uma ‘porta’ para o mercado, de acordo com Márcia. “Desta forma, ele pode preencher vaga em meio ao ‘apagão’”, sugere.

Nos últimos anos, aumentou o número de efetivação de temporários. Empresas já veem a chance de ter esses prestadores de serviços como efetivos, por conhecer o trabalho que desempenham. Em cada grande data no ano, cerca de 20% dos temporários são efetivados.

Quando a Petrobras percebeu que o setor passava por ‘apagão’ de pessoal capacitado, lançou o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). A iniciativa foi para atender a demanda crescente por mão de obra nos empreendimentos da Petrobras. São realizados, periodicamente, processos seletivos para vagas regionalizadas conforme a necessidade de cada projeto. Desde 2006, o programa fez seis processos seletivos e qualificou quase 90 mil profissionais.

Com qualificação, o problema pode ser, de fato, sanado. Após o Prominp, a empregabilidade vai de 32,8% para 67,1%. No Senac RJ, 85%.

Fonte: O Dia Online

Petrobras levanta o equivalente a US$3,3 bi com bônus

A Petrobras precificou duas emissões de bônus em euros e uma em libras nesta segunda-feira, levantando o equivalente a cerca de 3,3 bilhões de dólares.

Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares, depois das três tranches em moeda norte-americana de fevereiro totalizando 7 bilhões de dólares.

Segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters, a Petrobras precificou nesta segunda uma emissão de 1,3 bilhão de euros em bônus 2019 a 99,398 por cento do valor de face e cupom de 3,25 por cento. O yield foi de mid-swaps mais 212,5 pontos-básicos.

Outra, também na moeda europeia e com vencimento em 2023, com volume de 700 milhões de euros, saiu a 98,154 por cento do valor de face e cupom de 4,25 por cento, com yield de mid-swaps mais 257,5 pontos-básicos.

Por fim, a petroleira precificou uma emissão no total de 450 milhões de libras em bônus 2029 a 97,472 por cento do valor de face, com cupom de 5,375 por cento e yield da Gilts mais 320 pontos-básicos.

A demanda pelas duas tranches em euros teria chegado a 6,5 bilhões de euros, enquanto a pela em libras alcançou 900 milhões de libras, segundo o IFR.

Na semana passada, a Petrobras informou que estava contemplando uma variedade de opções de dívida, a fim de cumprir com seu plano anual de captações de 16 bilhões a 18 bilhões de dólares.

Fonte: Reuters