terça-feira, setembro 15, 2009

Computador "interpreta" linguagem de sinais pela 1ª vez


Pesquisadores da Universidade Politécnica de Madri (Espanha) criaram o primeiro computador capaz de interpretar a linguagem de sinais utilizada por pessoas com deficiência auditiva. O sistema, que será submetido a vários testes nesta semana, ficará pronto na próxima segunda-feira, de acordo com a instituição.

Ele é capaz de traduzir, por exemplo, as expressões pronunciadas por funcionários públicos no atendimento a deficientes que desejarem renovar a carteira de identidade. Com a nova tecnologia, segundo a universidade, será dado um grande passo para eliminar as barreiras de comunicação encontradas por pessoas surdas que passam por trâmites administrativos.
O computador realiza o processo de tradução em três fases: reconhece a voz do funcionário ao obter a sequência de palavras pronunciadas, traduz a sequência de palavras e, por fim, reproduz os sinais.


LG apresenta seu smartphone com Android


Depois da Motorola na semana passada, agora é a vez da LG mostrar seu celular com sistema operacional Android, do Google: é o GW620, que será lançado na Europa no final do ano.

O GW620 tem uma tela de 3 polegadas touchscreen com um teclado QWERTY deslizante abaixo. A LG não informou preço nem detalhes técnicos do aparelho, mas disse que ele "vai aproveitar muitos aplicativos e serviços criados pelo Google".
A fabricante coreana afirma que o GW620 terá foco tanto em usuários "convencionais" desse tipo de aparelho quanto em novatos em smartphones, graças a um design mais amigável e maior integração com redes sociais.
E, diferente da Motorola, que aposta todas suas fichas no Android, a LG ressalta que não ficará restrita ao sistema do Google. Os coreanos já haviam anunciado que pelo menos 13 novos smartphones a serem lançados nos próximos 16 meses irão rodar o novo Windows Mobile 6.5, da Microsoft, que será lançado oficialmente em outubro.


Celular é para simplificar a vida, diz CEO da Motorola


Sanjay Jha, executivo-chefe da divisão de celulares da Motorola, parece confiante com o anúncio desta quinta-feira do novo MotoCliq (ou Dext, no Brasil até o final do ano). Jha acredita em um futuro de simplicidade para os celulares e smartphones. "Esses aparelhos têm que ajudar a resolver nossos problemas e simplificar a vida, no meu ponto de vista, evitando perder tempo e se estressar com as coisas", afirmou. » Veja mais fotos do celular Cliq» Cliq é mais novo celular movido a Android» Motorola vai apostar tudo em celulares com Android Jha acredita numa retomada da marca Motorola no mercado de mobilidade, e que "existe espaço para todos nessa área". Ele conversou com jornalistas brasileiros na manhã desta sexta-feira em San Francisco, Estados Unidos. "Existe uma ênfase em smartphones e aparelhos topo de linha hoje, que basicamente seguem os pedidos dos consumidores. O que estamos fazendo hoje é simplificar a conectividade, com um grande portfolio de produtos", disse Jha. "O que temos que fazer hoje é sempre seguir o que os consumidores pedem, e resolver os problemas deles. O modo como lidamos com nossas expectativas mudou também", justificando o que aconteceu com o celular V3 Razr, sucesso de vendas da Motorola por conta do design que acabou estagnando a linha de produtos da companhia por algum período ¿ ou pelo menos até a chegada dos celulares com Android. O Cliq "fala" com três principais redes sociais: Facebook, Twitter e MySpace, por enquanto. Mas esse foco nas mídias sociais ou até mesmo com foco em um público mais adolescente não atrapalha a venda do aparelho no mercado corporativo? Para Sanjay Jha, não. "Os adolescentes só descobriram as redes sociais mais cedo, assim como o celular convencional foi usado primeiro pelas empresas. É só uma questão do grupo que descobre primeiro a novidade. E o Cliq lida bem com mensagens e e-mails corporativos também", afirmou. "E o aparelho virá em duas cores (branco, mais ¿jovem¿, ou titânio, mais ¿sério¿). Desse modo, atingimos a todos". Ele também disse que "os smartphones são o futuro da computação para os consumidores, se tornando um dispositivo digital para a vida. E a privacidade? "Não será o fim da privacidade, mas você precisa compartilhar informações que vão te ajudar no processo. É uma questão de confiança no serviço, e o consumidor decide o que quer fazer", concluiu. O Dext, com o serviço MotoBlur (que integra as redes sociais no aparelho), será lançado no Brasil até o final do ano pela operadora Claro. Segundo Sue Forbes, diretora de produtos da Motorola, a cobrança do MotoBlur depende do modelo de negócios adotado pela operadora em cada região, podendo ser um serviço pago ou não.



Brasileiros passam quase 30% do tempo online no Google



Internautas brasileiros passaram cerca de 30% de seu tempo online em páginas do Google em julho, maior índice no mundo, afirma uma empresa de medição de audiência em relatório divulgado nesta segunda-feira.
Os sites da gigante de buscas, que incluem serviço de e-mail, vídeos, redes sociais e mapas, controlaram 29,8% do tempo gasto online pelos internautas do país em julho, segundo levantamento da comScore, em estudo focado na presença do Google nos mercados emergentes Brasil e Índia. O percentual é três vezes maior que a média.
O país asiático ficou em segunda posição, registrando índice de 28,9%. A Irlanda aparece em terceiro, com 15,9%.
"O Google tornou-se marca dominante da internet nesses mercados e seu sucesso parece ir das buscas a outras áreas da web como redes sociais", afirma a comScore em comunicado divulgado à imprensa.
Segundo o levantamento, os sites do Google capturaram 89,5% das buscas feitas no Brasil. O Orkut teve participação de 96% no tempo que os internautas do país passaram em redes sociais e o YouTube ficou com fatia de 91,6%. O serviço de mapas da empresa registrou índice de 70,9%.
Para a comScore, o site de compartilhamento de fotos Picasa, do Google, fica na segunda posição no Brasil, em termos de visitantes únicos, e com apenas 8,9% do tempo consumido pelos internautas nessa categoria de medição. Já o serviço de e-mail da empresa ficou em segundo em julho e com 9,7% de participação no tempo gasto em páginas de correio eletrônico.


HP prepara mais um netbook fashion


A HP mostrou na passarela seu novo netbook feito em parceria com a estilista Vivienne Tam no último sábado, durante a semana de moda de Nova York. Agora, o design de Tam se inspira em borboletas que enfeitam a tampa do produto.

A HP mostrou na passarela seu novo netbook feito em parceria com a estilista Vivienne Tam no último sábado, durante a semana de moda de Nova York. Agora, o design de Tam se inspira em borboletas que enfeitam a tampa do produto.

Empresa de tecnologia muda de rumo para ter sucesso nos EUA

O caminho para o sucesso empresarial nem sempre é evidente. No caso da Scale Computing, de Indianápolis, o fracasso serviu como plataforma de lançamento.
Jeff Ready, o presidente-executivo da Scale Computing, e seus sócios na empresa contam que originalmente imaginavam que utilizariam tecnologia de inteligência artificial desenvolvida por eles em uma empresa anterior a fim de prever os preços dos mercados de ações, o que permitiria que fizessem fortuna como gurus de fundos de hedge.
Mas quando eles por fim conseguiram construir sua "caixa mágica", a economia enfrentava problemas e não foram capazes de levantar os US$ 100 milhões em capital que consideravam necessários para o projeto. Foi apenas depois que potenciais clientes rejeitaram algumas de suas demais ideias para tecnologia de software que eles compreenderam que o sistema desenvolvido poderia ser vendido como produto mais prático: um sistema de armazenagem de dados. Passados dois anos, as encomendas não param de chegar.
Andrew Zacharakis, professor de técnicas empresariais no Babson College, perto de Boston, diz que os proprietários da Scale Computing seguiram um caminho clássico dos empreendedores, e mudaram de rumo quando necessário a fim de aproveitar oportunidades reais, em lugar de esperarem por oportunidades teóricas.
Ready e seus sócios na Scale Computing - Scott Loughmiller, o vice-presidente de produtos, e Ehren Maedge, vice-presidente de operações - são empreendedores seriais. Criaram sua primeira empresa, um provedor de acesso à Internet, em 1996, quando ainda universitários. No ano seguinte, venderam a companhia por US$ 300 mil e criaram uma agência de publicidade online, vendida em 2001 por US$ 2 milhões. Em 2002, fundaram a Corvigo, uma empresa de combate a spam, e a venderam dois anos mais tarde por US$ 42,5 milhões.
Então, no final de 2005, criaram uma empresa chamada Volt Capital, cujo objetivo era adaptar a tecnologia de combate a spam da Corvigo à previsão de resultados de bolsa. Mas precisavam de muito mais espaço de armazenagem de dados do que dispunham, se desejassem acompanhar as flutuações em curto prazo nas cotações das mais de duas mil ações que queriam registrar.
Por isso, criaram um aparelho improvisado. "Na verdade, montamos uma grade de computação à mão", disse Ready. "Tínhamos um aparelho monstruoso, com 400 processadores em placas-mãe sobrepostas, tudo isso montado em um rack que mandamos fazer em uma oficina local".
O aparelho requeria tanta energia que elevava a temperatura da garagem em que estava instalado a quase 45 graus, forçando Ready e os sócios a usar ventiladores gigantescos que faziam mais barulho que motores de carros de corrida. "Se você ficasse ao lado da máquina durante a operação, se assustaria, porque qualquer tropeço faria com que os ventiladores o dilacerassem e espalhassem seus pedaços por todos os processadores", ele diz.
Apesar de todo o barulho, a máquina permitiu que Ready e seus sócios realizassem transações de sucesso usando capital próprio. Mas não demorou para que se tornasse claro que seriam incapazes de levantar os US$ 100 milhões em capital de que precisavam para criar um fundo de hedge.
O que restava do processo era um aparelho cuja montagem custava US$ 60 mil, e que dispunha de capacidade de armazenagem capaz de competir com produtos de US$ 1 milhão. Mas era um sistema tão desajeitado que não ocorreu a nenhum deles a ideia de comercializá-lo. Em lugar disso, saíram em busca de novas ideias para tecnologia de software.
Os potenciais clientes não pareciam interessados em suas propostas. "Diziam que a ideia parecia realmente ótima, mas o que lhes interessava na verdade era um produto que reduzisse os custos de armazenagem", diz Ready, 35, pai de duas meninas.
Eles demoraram um pouco a aceitar essa mensagem. "Acreditávamos que o mercado de armazenagem tivesse muitos concorrentes fortes; os pedidos que ouvíamos ficaram como que armazenados para referência", diz. "Mas os clientes não paravam de falar nisso. Era como se as pessoas estivessem nos batendo com um peixe para tentar chamar nossa atenção para o problema do alto custo da armazenagem de dados".
Eles por fim reconheceram a dica. Em abril de 2007, criaram a Scale Computing, com o objetivo de desenvolver "nódulos de armazenagem" de baixo custo, com um, dois e quatro terabytes, que pudessem ser acoplados de acordo com as necessidades de um cliente e funcionar como sistema integrado.
Em fevereiro, começaram a entregar os primeiros produtos, e as vendas estão subindo rapidamente, afirmam. Pequenas empresas, hospitais, escritórios de advocacia, conselhos de educação e até uma empresa que consta do ranking "Fortune" das 100 maiores dos Estados Unidos apreciam os aparelhos porque podem comprar tão poucos ou tantos quanto precisarem, e ampliar o número de máquinas instaladas em diferentes localizações à medida que surja a necessidade.
Porque os sistemas da empresa são vendidos por preços de entre um terço e um quinto de produtos equivalentes fabricados por gigantes como Hewlett-Packard e EMC - o SN4000, modelo mais dispendioso da Scale Computing, custa US$ 7 mil-, os clientes podem tratar essa despesa como custo operacional e não como investimento de capital, diz Ready.
"Jamais dirigi uma empresa que ganhasse tanto empuxo com tanta rapidez", ele disse. A empresa agora tem 22 funcionários e projeta vendas de US$ 2 milhões este ano e US$ 8 milhões em 2010, ainda que Ready reconheça que a situação de empresas iniciantes possa mudar rapidamente, para melhor ou para pior.
Ele recorda sua segunda companhia, a Radiate, uma das pioneiras em publicidade na Internet. Os profissionais de capital para empreendimentos do Vale do Silício rejeitaram a empresa porque ela tinha sede em Indiana. (Mais tarde, foi transferida para a Califórnia.) Por fim, os sócios conseguiram obter US$ 5 milhões em capital de um grupo de Boston, e conseguiram transformar a Radiate em uma empresa de US$ 20 milhões tão rápido que chegaram a vislumbrar a possibilidade de fortuna instantânea. Mas se viram apanhados no crash do setor de tecnologia na virada do milênio e tiveram de vender a companhia por US$ 2 milhões. "Eu lucrei US$ 652 pelos seis anos de trabalho que coloquei na empresa, mas quem está contando?", diz Ready. "Tive de demitir a mim mesmo para receber seguro-desemprego".
Já a Corvigo, a companhia seguinte do trio, os deixou todos ricos em apenas 27 meses, ainda que a tivessem fundado sem planejamento. Ready estava hospedado na casa de seus pais, em Indiana, no Natal de 2001, quando Loughmiller, também morador do Estado, ligou da fazenda de seu pai para contar que a mãe dele estava irritada com todos os e-mails não solicitados que recebia.