sábado, fevereiro 26, 2011

GNV BUSCA RETOMAR CRESCIMENTO


O Brasil possui a segunda maior frota de automóveis movidos a Gás Natural Veicular (GNV) do mundo. A conquista é fruto de políticas de estímulo ao uso do combustível alternativo, que se tornou febre no país no início dessa década, quando cerca de 600 carros eram convertidos por dia. Mas nos últimos dois anos, o setor sofreu uma queda significativa crescendo apenas 3% em 2009 e até novembro de 2010, as conversões não chegaram a 30 mil, totalizando 1,6 milhão de veículos à gás, segundo o Instituo Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

O crescimento do setor tem sido bastante prejudicado pela baixa competitividade do preço do gás perante combustíveis concorrentes, seja etanol ou a gasolina. O coordenador do Comitê de GNV do IBP, Rosalino Fernandes, estimou na sexta-feira (7), em entrevista à Agência Brasil, que o país poderia economizar até 50% nas importações de óleo diesel caso o gás natural fosse adotado pelos veículos pesados. Números da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que, em 2010, o Brasil importou cerca de 48 milhões de barris de petróleo equivalentes em óleo diesel, ao custo de US$ 4,332 bilhões.

Fernandes apontou a necessidade de o Brasil investir na infraestrutura de gasodutos, de modo a expandir a rede que recebe o gás em alto mar e o leva para os pontos de consumo. “Os gasodutos precisam ser expandidos para o interior”, disse ele. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média de preços dos combustíveis praticados atualmente no país é de R$ 1,545 para o metro cúbico de gás natural veicular; de R$ 1,827 para o litro de etanol e de R$ 2,598 para o de gasolina. Com base nesses preços, Fernandes revelou que o custo para o consumidor é de R$ 0,12 por quilômetro rodado com GNV e de R$ 0,26 com etanol

No Rio Grande do Sul, mercado cresceu

Enquanto no restante do país a venda de Gás Natural Veicular (GNV) apresentou retrocesso de 8,12% até novembro de 2010, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), no Rio Grande do Sul o mercado cresceu 3,7%. A venda de GNV no Estado atingiu marca histórica em dezembro, quando foram fornecidos pela Companhia de Gás do Estado (Sulgás) 243 mil m³/dia do combustível, o maior volume de GNV já comercializado em território gaúcho.

Contribuíram para essa inversão de tendência as ações comerciais que vêm sendo praticadas pela Sulgás nos últimos dois anos para consolidar o mercado do GNV no Estado. Entre elas, a estabilidade do preço do combustível, os investimentos na ampliação da rede, o projeto de interiorização através do gás natural comprimido, e o Programa Sinal Verde para a Economia, que visa estimular as conversões de veículos para o GNV, que será prorrogado até o dia 31 de março.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

Pré-sal: É possível o equilíbrio?


A energia renovável é aquela que é obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, e, portanto virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não-renováveis, como o caso do petróleo, gás natural e carvão mineral.

As energias renováveis são conhecidas pela imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se regenerar por meios naturais, sendo consideradas como energias alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade (presente e futura) garantida, como pelo seu menor impacto ambiental.

Diferentemente, os combustíveis fósseis precisam de milhares de anos para a sua formação, e, portanto são fontes não-renováveis de energia, não sendo possível repor o que for gasto. Em algum momento, por maiores que sejam as reservas, este combustível fóssil irá acabar e podem ser necessários milhões de anos de evolução semelhante para poder contar novamente com eles. São aqueles cujas reservas são limitadas e estão sendo devastadas com a utilização.

Os combustíveis renováveis são aqueles que usam como matéria-prima elementos renováveis para a natureza. Os maiores exemplos são a cana-de-açúcar, utilizada para a fabricação do álcool e também de vários outros vegetais como as diversas oleaginosas utilizadas para a fabricação do biodiesel ou outros óleos vegetais que podem ser usados diretamente em motores diesel com algumas adaptações.

Temos assim um dilema que somente será lembrado no futuro. Apostar altos investimentos na produção de petróleo do pré-sal, correndo o risco deste petróleo não ter valor comercial atrativo daqui a uma década, ou deve-se buscar o equilíbrio de investimentos em energias alternativas, proporcionando a segurança energética necessária para o crescimento do país?

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/