São Paulo – Não é à toa que a Petrobras, segundo a última pesquisa da Cia. de Talentos, é a empresa dos sonhos dos jovens brasileiros. Conseguir um emprego na companhia pode não ser tarefa das mais fáceis, já que os concursos são bem concorridos. No entanto, uma vez lá dentro, as portas se abrem para a ascensão profissional.
“O jovem enxerga a possibilidade de ter desenvolvimento dentro da carreira”, diz Lairton Correa, gerente de gestão de efetivo da Petrobras. Entre os benefícios promovidos pela política de RH da empresa, há auxílio educação, com bolsas para escolas técnicas e superiores e incentivos para pós-graduação, mestrado e MBA. Além disso, ao colocar os pés na empresa, o profissional passa por capacitação dirigida às necessidades do mercado de óleo e gás na Universidade Petrobras, antes de começar a trabalhar.
“Eu entrei como funcionário de nível médio, ganhei bolsa, fiz faculdade e 3 pós-graduações”, conta Correa, que tem 38 anos de casa. Aliás, a média de tempo dos funcionários na companhia é de 17 anos, segundo ele. “Aqui o funcionário entra para ficar a vida toda”, diz Correa.
De júnior a presidente
A possibilidade real de crescimento estimula os funcionários a ficarem na empresa. Anualmente todos os profissionais são avaliados. Dependendo do seu desempenho, o funcionário vai mudando de nível dentro de sua categoria ( júnior, pleno e sênior). Cada categoria tem 5 níveis. “Por ano ele pode subir de 1 a 3 níveis. Se ganhar um nível por ano, em 5 anos, ele passa de júnior a pleno, por exemplo”, explica Correa.
O mesmo método é utilizado na passagem de profissional pleno a sênior. “Depois disso, ele ainda pode ser consultor ou gerente. Todos os gerentes da companhia são selecionados entre os funcionários concursados”, diz o gerente de efetivo da companhia.
Chegar a diretor ou à presidência da empresa também é possível, mas vai depender de eleição do Conselho de Administração da Petrobras e nomeação da presidência da República. Já o conselho, por sua vez, é eleito pela assembleia de acionistas, que tem na União sua acionista majoritária. A atual presidente, Maria das Graças Foster – que assumiu o cargo no ano passado -, é executiva de carreira na companhia, mas seu antecessor, Sérgio Gabrielli – que comandou a companhia entre 2005 e 2012 -, veio do mercado, por indicação. Atualmente, toda a direção da empresa é formada por executivos de carreira, segundo a Petrobras.
Fonte: Exame