sábado, janeiro 19, 2013

Como conseguir um “empregão” na Petrobras

São Paulo – Não é à toa que a Petrobras, segundo a última pesquisa da Cia. de Talentos, é a empresa dos sonhos dos jovens brasileiros. Conseguir um emprego na companhia pode não ser tarefa das mais fáceis, já que os concursos são bem concorridos. No entanto, uma vez lá dentro, as portas se abrem para a ascensão profissional.

“O jovem enxerga a possibilidade de ter desenvolvimento dentro da carreira”, diz Lairton Correa, gerente de gestão de efetivo da Petrobras. Entre os benefícios promovidos pela política de RH da empresa, há auxílio educação, com bolsas para escolas técnicas e superiores e incentivos para pós-graduação, mestrado e MBA. Além disso, ao colocar os pés na empresa, o profissional passa por capacitação dirigida às necessidades do mercado de óleo e gás na Universidade Petrobras, antes de começar a trabalhar.

“Eu entrei como funcionário de nível médio, ganhei bolsa, fiz faculdade e 3 pós-graduações”, conta Correa, que tem 38 anos de casa. Aliás, a média de tempo dos funcionários na companhia é de 17 anos, segundo ele. “Aqui o funcionário entra para ficar a vida toda”, diz Correa.

De júnior a presidente

A possibilidade real de crescimento estimula os funcionários a ficarem na empresa. Anualmente todos os profissionais são avaliados. Dependendo do seu desempenho, o funcionário vai mudando de nível dentro de sua categoria ( júnior, pleno e sênior). Cada categoria tem 5 níveis. “Por ano ele pode subir de 1 a 3 níveis. Se ganhar um nível por ano, em 5 anos, ele passa de júnior a pleno, por exemplo”, explica Correa.

O mesmo método é utilizado na passagem de profissional pleno a sênior. “Depois disso, ele ainda pode ser consultor ou gerente. Todos os gerentes da companhia são selecionados entre os funcionários concursados”, diz o gerente de efetivo da companhia.

Chegar a diretor ou à presidência da empresa também é possível, mas vai depender de eleição do Conselho de Administração da Petrobras e nomeação da presidência da República. Já o conselho, por sua vez, é eleito pela assembleia de acionistas, que tem na União sua acionista majoritária. A atual presidente, Maria das Graças Foster – que assumiu o cargo no ano passado -, é executiva de carreira na companhia, mas seu antecessor, Sérgio Gabrielli – que comandou a companhia entre 2005 e 2012 -, veio do mercado, por indicação. Atualmente, toda a direção da empresa é formada por executivos de carreira, segundo a Petrobras.

Fonte: Exame

País exportará 1,5 mi barris de petróleo por dia em 10 anos

Rio de Janeiro – A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira que, graças ao pré-sal, o Brasil poderá dobrar sua produção de petróleo nos próximos anos e se tornar um grande exportador da

Segundo ela, o Brasil estima nos próximos 10 anos dobrar produção e reserva de petróleo. “Se isso acontecer conforme o planejado, e o desenvolvimento pretendido pelo pré-sal, nós seremos capazes de exportar 1,5 milhão de barris de petróleo por dia”.

“Isso nos colocará como exportadores do porte da Noruega, por exemplo”, disse Magda em evento de lançamento de navio petroleiro da Transpetro, no Estaleiro Mauá, em Niterói, Rio de Janeiro.

Magda também falou que será dobrada nos próximos 10 anos a produção e o consumo nacional de óleo diesel.

As descobertas já feitas no pré-sal garantem um volume adicional nas reservas brasileiras da ordem de 15 bilhões de barris de petróleo, o que praticamente dobra as reservas atuais, segundo a autoridade.

Fonte: REUTERS

Brasil é o 6º maior consumidor de petróleo, diz AIE

O uso mais forte das usinas termelétricas já se reflete no consumo global de petróleo e derivados no Brasil. Com represas baixas e a maior participação das usinas a diesel na produção elétrica, o Brasil ultrapassou a Arábia Saudita e chegou ao sexto lugar no ranking dos maiores consumidores de petróleo no mundo em outubro. A menor mistura de etanol à gasolina também reforçou a demanda. As informações constam de relatório divulgado nesta sexta-feira pela Associação Internacional de Energia (AIE).

Segundo o documento divulgado nesta manhã em Paris, o Brasil consumiu média de 3,193 milhões de barris por dia em outubro, volume 9,3% maior que o visto um ano antes. Atrás do Brasil, a Arábia Saudita consumiu média de 3,116 milhões de barris no mesmo mês. Assim, o Brasil ficou em sexto no ranking liderado pelos Estados Unidos, China, Japão, Índia e Rússia.

“O Brasil ultrapassou a Arábia Saudita no sexto lugar do ranking dos Top 10 consumidores de petróleo em outubro com o aumento do consumo na comparação mês a mês de 160 mil barris por dia ante uma queda média de 5 mil barris por dia vista nos últimos cinco anos”, diz o relatório.

“A demanda por diesel cresceu com o uso adicional na geração elétrica requerido para compensar o suprimento diante das secas nas hidrelétricas”, cita o texto. Segundo o relatório, o consumo brasileiro de diesel aumentou, na média, em 75 mil barris por dia em outubro.

Outro fator que aumentou o consumo do petróleo é a gasolina. Segundo a entidade, a menor mistura de etanol ao combustível brasileiro aumentou a demanda pelo derivado de petróleo na frota de veículos. Nesse caso, foram 60 mil barris adicionais no mês para a gasolina.

Para a AIE, os números devem se repetir em novembro, com um crescimento no consumo de cerca de 160 mil barris por dia – comparável ao registrado em outubro. Além do uso em termelétricas e na frota de veículos, a entidade observa que após meses com a atividade mais fraca, a economia apresentou “sinais claros de recuperação no fim do ano”, o que também deve aumentar a demanda.

O documento mostra, ainda, que o consumo de petróleo no Brasil deve crescer 2,7% em 2013. Segundo a AIE, o País deve alcançar neste ano consumo médio de 3,089 milhões de barris por dia, média de 80 mil barris diários a mais que o esperado para 2012. Confirmado o número, o Brasil deve retornar à sétima posição no ranking mundial dos maiores consumidores de petróleo este ano, atrás da Arábia Saudita, que deve terminar o ano com 3,167 milhões de barris diários.