quinta-feira, dezembro 15, 2011

Petrobras financiará cinco mil bolsas de estudo para Ciência sem Fronteiras


Lançado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o Programa Ciência sem Fronteiras fornecerá 100 mil bolsas de estudos até 2014 para alunos brasileiros de graduação e pós-graduação em renomadas instituições internacionais. Desse total, 75 mil serão financiadas pelo governo, e as 25 mil restantes por empresas brasileiras. A Petrobras financiará cinco mil bolsas “para formar profissionais que ajudem a cadeia de petróleo e gás”, afirmou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, ao assinar o Termo de Compromisso de Aporte Financeiro referente as bolsas custeadas pela empresa.

Na cadeia de petróleo e gás, o Programa Ciência sem Fronteiras proporcionará maior qualidade na formação internacional dos profissionais,com impactos em outras áreas. “A cadeia envolve a atividade fim que é o petróleo, mas também toda parte de construção naval, engenharia mecânica pesada, eletroeletrônica, metalurgia, sistemas de comunicações para atividades offshore, ou seja, uma série de demandas com necessidade de treinamento de pessoas”, afirmou Gabrielli.

A estimativa da Petrobras é qualificar 290 mil pessoas para a cadeia de fornecedores até 2015 no Brasil. Desse total, a empresa já treinou 79 mil. “Com esse novo programa, nos próximos quatro a cinco anos estimamos mais de 300 mil pessoas sendo treinadas no Brasil e no exterior”, informou o presidente da Petrobras.

Em sua primeira fase o programa beneficiará estudantes de graduação, para instituições de ensino superior dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália e França. As oportunidades serão em cursos de graduação na “modalidade sanduíche” (casos em que os estudantes cursam um ano no exterior) e a previsão é de que cada um dos países ofereça, para graduação, até 2014, 10 mil bolsas, sendo que para os Estados Unidos a previsão é de 18 mil. Depois o beneficio se estenderá a estudantes e pesquisadores nas áreas de tecnologia e inovação nas modalidades educação profissional e tecnológica e pós-graduação (doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado).

Inscrições – O período de inscrições será de 13 de dezembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012. Para se candidatar às bolsas, os estudantes devem atender aos requisitos definidos por edital de seleção, que pode ser consultado no site www.cienciasemfronteiras.gov.br
O primeiro edital do programa já selecionou, em caráter experimental, candidatos para cursos de graduação na modalidade sanduíche em universidades norte-americanas. A chamada pública coordenada pela Capes, recebeu 7.007 inscrições. 1500 candidatos foram selecionados, e os primeiros 841 embarcam em janeiro de 2012. Os demais seguirão em julho de 2012 para curso de idioma.

O Programa Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

Fonte: Revista Fator

Transpetro lança ao mar o navio de produtos José Alencar


Programa já encomendou 41 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros brasileiros

A Transpetro e o Estaleiro Mauá lançaram ao mar o navio de produtos José Alencar, batizado em homenagem ao ex-vice-presidente da República. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos finais antes da entrega à companhia para início de operações.

Com 183 metros de comprimento e capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis, a embarcação é a última da série de quatro navios de produtos encomendados pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) ao Estaleiro Mauá. O primeiro, Celso Furtado, foi entregue à Transpetro no dia 25 de novembro e já está em operação. As outras duas embarcações, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida, estão em fase de acabamentos.

Em discurso durante a cerimônia, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, reforçou a importância do desenvolvimento da indústria naval brasileira para atender à grande demanda gerada pelo pré-sal: “Não vamos construir navios fora do Brasil. O que puder ser feito aqui, será feito aqui. Este é um desafio fundamental”, disse.

O presidente da Transpetro, Sergio Machado, agradeceu o empenho dos trabalhadores do Estaleiro Mauá: “Valeu a pena acreditar na capacidade do povo brasileiro. Valeu a pena acreditar que o Brasil, tendo chance, é capaz de superar qualquer desafio e mostrar que o nosso país tem força, tem garra. É esse o Brasil que está sendo construído hoje”, afirmou.

Sergio Machado disse estar honrado em poder homenagear o ex-vice-presidente da República, José Alencar, “exemplo de obstinação e de luta pelo desenvolvimento com justiça social”. O navio José Alencar tem como madrinha a gerente geral de construção e montagem do Promef, Ana Paula dos Santos Costa.

Logo após o lançamento da embarcação, o Estaleiro Mauá realizou o batimento de quilha do primeiro navio da série de quatro Panamax encomendados pelo Promef. Com 228 metros de comprimento e capacidade para 72,9 mil toneladas de porte bruto, os navios Panamax serão usados para o transporte de petróleo ou derivados escuros. A série de quatro Panamax foi contratada ao Estaleiro Ilha SA (Eisa), que construirá as embarcações no Mauá.

O programa já encomendou 41 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros brasileiros, com investimento de R$ 10 bilhões, garantindo as bases para a revitalização da indústria naval brasileira. As encomendas permitiram a abertura de três novos estaleiros no Brasil - Estaleiro Atlântico Sul, STX Promar e Estaleiro Rio Tietê. Outros oito navios estão em fase final de licitação.

O Brasil tem hoje a quarta maior carteira de encomendas de petroleiros do mundo e ocupa a quinta posição no ranking das encomendas de navios em geral. A indústria naval brasileira, que tinha menos de 2 mil trabalhadores na virada do século, hoje emprega quase 60 mil pessoas.

Fonte: Agência Petrobras

Caso Chevron é tema de Audiência Pública em Macaé


O superintendente de Meio Ambiente, Luiz Pimenta, representou a petroleira

Por Verônica Côrtes

Uma Audiência Pública para prestação de contas sobre o vazamento de óleo ocorrido na Bacia de Campos em novembro foi realizada nesta segunda-feira (dia 12/12) na Câmara Municipal de Macaé. Vereadores, deputados federais e estaduais e secretários municipais se reuniram com representantes da empresa Chevron, responsável pelo acidente no campo do Frade, para tirar dúvidas e cobrar posicionamentos sobre o caso. A sessão foi conduzida pelo presidente da Câmara, Paulo Antunes.

Dando início à audiência, o superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Alberto Pimenta Borges, apresentou um desenho esquemático do trabalho de perfuração da plataforma onde ocorreu o vazamento e um relatório de todas as ações realizadas desde a identificação do vazamento (dia 7/12) até hoje. Pimenta explicou que ocorreu uma inesperada pressão no poço, que denominam como kick, e que no dia seguinte foi detectada uma mancha de óleo a cerca de três quilômetros. “Junto a Petrobras iniciamos o combate ao vazamento e verificamos todos os poços na região. Expandimos as buscas e identificamos através de mapeamento algumas fissuras na superfície que fizeram o óleo vazar. A Chevron tomou todos os procedimentos necessários e no dia 16 começamos a cimentação do poço, com todas as ações analisadas e definidas com a ANP”, frisou.

Segundo Pimenta, o que há hoje na região é um volume residual de óleo, que está sendo controlado. Um dos questionamentos feitos por membros da Câmara foi justamente o porquê dessa estimativa não ter sido informada no início do vazamento. O representante da Chevron ressaltou que não se tratava de um vazamento simples, havia uma série de incertezas nesse processo. “A empresa teve apoio de toda indústria petrolífera, da Marinha, ANP e IBAMA. O volume foi calculado a partir de avaliações de especialistas. Nossa resposta foi dada de forma responsável e com novas tecnologias conseguimos controlar o vazamento em quatro dias. Ainda mantemos cinco embarcações no local. Eu seria leviano de datar prazo para que esse residual cesse totalmente. O fato de como o óleo chegou à superfície ainda está sob investigação e estamos trabalhando para que termine o mais rápido possível, mas a probabilidade de chegar a qualquer costa brasileira é pequena”, disse.

Os vereadores Danilo Funke e Igor Sardinha também questionaram sobre as penalizações determinadas neste caso, referentes aos prejuízos ao meio ambiente, já que se trata de valores irrisórios diante do faturamento da Chevron. Só em 2010 foram aproximadamente US$ 200 bilhões. De acordo com Pimenta, as multas não vão amenizar o impacto ambiental, mas que a empresa está investindo em pesquisa para futuros acidentes. Ele acrescenta que foram recolhidos 385 metros cúbicos de "água oleosa" e como medida preventiva o material foi destinado a uma empresa do Espírito Santo para analisar a caracterização do óleo, devido à dificuldade no recolhimento. Além disso, a petroleira também está realizando campanha de monitoramento nos possíveis impactos. “O valor devido será pago. O IBAMA aplicou a multa (R$ 50 milhões) e estamos esperando o laudo técnico”, lembrou.

Intenção ou não de chegar ao pré-sal?

O prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Riverton Mussi, questionou se houve alguma intenção da Chevron de atingir o pré-sal com a perfuração que culminou no derrame de óleo.

Luiz Pimenta descartou essa possibilidade. Ele disse que o vazamento ocorreu a 1.182 metros de profundidade e que ficou contabilizado em 2,4 mil barris, embora o governo do Estado contraponha este número e acredite que tenha chegado a pelos menos 15 mil barris. Segundo Pimenta, no somatório, 384 litros de óleo vazaram. Um dos números que mais chamou atenção foi uma fissura informada por ele, de 257 metros. “Algumas fissuras foram identificadas, a maior delas de 257 metros, mas com uma largura de poucos centímetros”, detalhou o representante da petroleira.

Riverton defendeu novamente a implantação de um Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro para nortear o uso sustentável dos recursos naturais da zona costeira, evitando a degradação ambiental. O prefeito demonstrou preocupação com o impacto no ecossistema marítimo e frisou a importância dos representantes da população defenderem os interesses dos municípios produtores de petróleo na luta pela permanência da Lei do Petróleo no pós-sal e nas áreas licitadas do pré-sal.

“O impacto acontece nos municípios produtores, sempre. Por isso não abrimos mão dos royalties no pós-sal e no pré-sal licitados, que são direitos adquiridos dos municípios”, ressaltou.

Foto: Luis Ernesto Filho

Fonte: http://www.macaeoffshore.com.br/