quarta-feira, novembro 09, 2011

Petrobras fecha contrato para 8 navios e anuncia mais 20


RIO DE JANEIRO – A Petrobras fechará nos próximos dias com o estaleiro Eisa contrato para a construção de oito navios para transporte de produtos de petróleo –a última encomenda da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef 2).

Com o final desta etapa e a entrega do primeiro petroleiro construído no âmbito do programa, prevista para a próxima semana, a estatal deve anunciar em seguida a terceira fase do Promef, com a encomenda de mais 20 navios, afirmou nesta segunda-feira Sérgio Machado, presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras para logística.

Segundo Machado, Petrobras e Eisa chegaram a um consenso sobre o preço dos oito navios e faltam apenas “alguns acertos técnicos” para a conclusão do contrato.

“Já encerramos a fase de negociação comercial”, disse ele a jornalistas após participar de evento organizado pela indústria naval, em Niterói, região metropolitana do Rio.

Representantes da indústria naval já tratam o negócio como fechado. “A informação que tive nesta manhã é que os dois fecharam acordo”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria de Construção e Reparação Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Com o contrato fechado junto ao Eisa para a construção de oito navios para o transporte de derivados de petróleo, a Petrobras encerra as encomendas de 49 navios previstos nas duas fases do Promef.

Localizado no Rio de Janeiro, o estaleiro Eisa, do grupo Synergy, poderá dividir a encomenda com o estaleiro Mauá, do mesmo grupo, localizado em Niterói, disseram os presidentes da Transpetro e do Mauá, Manoel Ribeiro.

Os primeiros 41 navios encomendados demandaram investimentos de 9,6 bilhões de reais e estão sendo feitos nos estaleiros Atlântico Sul (EAS), Promar, Mauá, Superpesa e o mesmo Eisa. Onze navios estão sendo construídos no Rio de Janeiro e outros 30 em Pernambuco pelos estaleiros Atlântico Sul e Promar.
O programa de construção naval da Transpetro é um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

A terceira fase do programa naval está incluída no plano de negócios da Petrobras para os próximos cinco anos, disse Sérgio Machado. Segundo ele, o Promef 3 deve ser lançado entre o final deste ano e o início de 2012.

Mas antes de lançar mais uma etapa do Promef, o presidente da estatal espera a conclusão e entrega definitiva das primeiras embarcações. O navio Celso Furtado, segundo ele, concluiu testes neste domingo e deve entrar em operação na próxima semana. Em seguida deve ficar pronto o navio João Cândido, construído em Pernambuco.

Fonte: Reuters Brasil (Sabrina Lorenzi)

Amazônia terá 130 poços exploratórios de petróleo e gás natural até 2015


MANAUS- A indústria petroquímica nunca registrou tão boas expectativas para uso dos bens naturais da Amazônia. Investidores nacionais e estrangeiros voltam os olhos para as riquezas minerais da bacia amazônica. Caso as perspectivas se consolidem, a região pode encontrar uma uma nova alternativa econômica, além do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM).

As oportunidades de investimentos chamam a atenção de empresas como a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo, que já anunciou aumento na produção de petróleo e gás até 2015. A empresa vai perfurar cerca de 130 poços na região.

A companhia anunciou em abril deste ano, a exploração do primeiro poço na região da bacia do rio Solimões. A data simboliza uma campanha para a produção na busca da consolidação da região amazônica como um grande produtor de óleo e gás natural. O grupo já começou as atividades de exploração de outros três poços, sendo dois na região dos municípios de Tefé e Carauari, a 516 e 785 quilômetros de Manaus.

O diretor da HRT, Márcio Mello, espera que, até 2015, a produção do grupo no Estado alcance 50 mil barris de petróleo por dia.

As estimativas de lucros promissores para a Economia do Estado, também se reverte na contratação de mão-de-obra, a ser empregada na exploração dos recursos minerais. Segundo Márcio Mello, o grupo iniciou as operações no Amazonas há menos de um ano, e, atualmente, gera mais de quatro mil empregos diretos e indiretos. A meta é alcançar seis mil postos de trabalho até o final de 2011.

Explorar a Amazônia também significa encarar desafios. Para chegar aos campos de exploração, as equipes de técnicos enfrentam condições climáticas adversas e longas distâncias, nada porém que desanime os investidores, certos de que na região há vastos recursos a serem explorados.

Atividade exploratória

As atividades de exploração começam com a análise da água e do solo da região onde estão localizados os focos de gás. Em uma operação no município de Tapauá (a 448 quilômetros da capital), os técnicos levam cerca de três a quatro dias de viagem para chegar a uma área de exploração em potencial, um igarapé nas proximidades do rio. O trabalho consiste no reconhecimento de áreas onde há borbulhamento do rio.”Vamos poder vivenciar todas as etapas de uma aventura científica, de uma aventura nunca antes feita no Brasil. Esperamos que os resultados sejam extremamente promissores e trazendo o desenvolvimento que a gente quer, que é encontrar áreas com perspectivas de potencial de óleo e gás, que por ventura vão trazer um grande progresso”, alegou Mello.

As equipes analisam se o gás é de origem biogênica (proveniente de bactérias) ou termôgenica, onde é produto de um vazamento de possíveis ou potenciais depósitos de petróleo. O procedimento de identificação revela a existência de hidrocarbonetos – petróleo e gás – ou de gases radioativos como o hélio e argônio. Outro levantamento identifica se o gás encontrado é de origem de poligases específicos ou produtos de atividade biológica, através da fusão de bactérias e matéria orgânica depositada junto aos sedimentos. A perfuração de solos na região leva aproximadamente duas horas e também é feita em áreas secas próximas ao rio.

Em setembro deste ano, a HRT O&G Exploração e Produção de Petróleo anunciou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a descoberta de indícios de petróleo em um poço perfurado na Bacia do Solimões, a 7,5 quilômetros da cidade de Carauarí. O poço 1-HRT-3-AM, localizado no bloco SOL-T-168, alcançou profundidade de 2.680 metros, atingindo o embasamento cristalino.

A companhia HRT possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios na Bacia Sedimentar do Solimões, ocupando uma área de cerca de 48,5 mil quilômetros quadrados. A meta da empresa é produzir óleo na região até o final de 2011

Fonte: Portal Amazônia, com informações do Amazon Sat