O telescópio orbital Kepler conseguiu observar um planeta do tamanho de Júpiter ao redor de uma outra estrela --sinal de que ele pode enxergar planetas do tamanho da Terra, se eles existirem, afirmaram cientistas nesta quinta-feira.
O planeta, chamado HAT-P-7b, está entre os aproximadamente 300 planetas conhecidos como extrassolares, informou a equipe liderada pela Nasa, agência espacial dos Estados Unidos. A medição da órbita do corpo celeste pelo Kepler mostra que o telescópio é capaz de ver planetas menores, afirmaram na revista Science.
"O Kepler está operando no nível exigido para a detecção de planetas do tamanho da Terra", disse a equipe liderada por William Borucki, do centro de pesquisa da Nasa em Moffett Field, na Califórnia.
O Kepler foi lançado em março com o objetivo específico de encontrar planetas do tamanho da Terra que possam abrigar seres vivos fora do sistema solar. Ele orbita o Sol por trás da Terra, e em teoria é capaz de enxergar objetos que observatórios na superfície da Terra ou mesmo o telescópio orbital Hubble não podem.
Ele usa o método padrão de busca: os cientistas procuram uma diminuição suave na luz de uma estrela, provocada pela passagem de um planeta na frente do astro.
A equipe de Borucki trabalha sobre dados observados pelo Kepler em mais de 50 mil estrelas.
Fonte: www.yahoo.com.br
sexta-feira, agosto 07, 2009
Carro elétrico criado nos EUA se recarregará em 10 min
Um dos empecilhos para a adoção em larga escala dos carros elétricos é o tempo necessário para a recarga das baterias, normalmente várias horas. Todavia, um projeto de uma equipe de estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na silga em inglês) pretende mudar este cenário: seu carro elétrico seria capaz de recarregar as baterias em 10 minutos.
Batizado de elEVen, o veiculo é um Mercury Milan (uma variante do Ford Fusion) modificado, equipado com um motor elétrico originalmente projetado para ser usado em um ônibus. Com potência de 187 kW, o motor pode levar o carro de 0 a 100 Km/h em 9 segundos, e tem velocidade máxima de 160 Km/h a 12 mil RPM.
É possível encher o tanque de combustível de um carro a gasolina em questão de minutos, mas um veículo elétrico tem o tempo de recarga medido em várias horas, geralmente oito ou mais. Para recarregar as baterias em 10 minutos, portanto, há um detalhe um tanto assustador: segundo o site Gas 2.0 é necessária uma fonte de energia capaz de fornecer 350 kW, muito além da capacidade de qualquer tomada doméstica.
Mesmo as poucas estações de recarga dedicadas a veículos elétricos em operação nos EUA fornecem "apenas" 1.4 kW. Com isso, a recarga demoraria horas. Para comparação, um chuveiro elétrico dos mais potentes dissipa no máximo 8 kW. Por outro lado, ainda é menos que os 1,21 GW (ou 1.200.000 kW) necessários para recarregar o Capacitor de Fluxo de um DeLorean que viaja no tempo.
Outro problema é o custo das baterias utilizadas no veículo, atualmente avaliadas em US$ 80 mil. É muito mais que o preço do próprio carro, que sai por algo entre US$ 20 mil a US$ 27 mil, dependendo do modelo e opcionais. Os estudantes esperam que o preço baixe com uma eventual produção em massa.
O projeto elEVen deve deve ser concluído em 2010. É possível acompanhar o progresso no blog oficial da equipe, em mit-evt.blogspot.com.
É possível encher o tanque de combustível de um carro a gasolina em questão de minutos, mas um veículo elétrico tem o tempo de recarga medido em várias horas, geralmente oito ou mais. Para recarregar as baterias em 10 minutos, portanto, há um detalhe um tanto assustador: segundo o site Gas 2.0 é necessária uma fonte de energia capaz de fornecer 350 kW, muito além da capacidade de qualquer tomada doméstica.
Mesmo as poucas estações de recarga dedicadas a veículos elétricos em operação nos EUA fornecem "apenas" 1.4 kW. Com isso, a recarga demoraria horas. Para comparação, um chuveiro elétrico dos mais potentes dissipa no máximo 8 kW. Por outro lado, ainda é menos que os 1,21 GW (ou 1.200.000 kW) necessários para recarregar o Capacitor de Fluxo de um DeLorean que viaja no tempo.
Outro problema é o custo das baterias utilizadas no veículo, atualmente avaliadas em US$ 80 mil. É muito mais que o preço do próprio carro, que sai por algo entre US$ 20 mil a US$ 27 mil, dependendo do modelo e opcionais. Os estudantes esperam que o preço baixe com uma eventual produção em massa.
O projeto elEVen deve deve ser concluído em 2010. É possível acompanhar o progresso no blog oficial da equipe, em mit-evt.blogspot.com.
Fonte: www.terra.com.br
Celular biodegradável de milho chega ao mercado este mês
A operadora americana Sprint e a fabricante coreana Samsung vão começar a vender um celular não prejudicial ao ambiente com uma capa de plástico biodegradável. O aparelho deve chegar aos consumidores no dia 16 de agosto.
Vários fabricantes têm produzido telefones "verdes", mas geralmente são dispositivos sem inovações, como o Motorola Renew, da T-Mobile USA. O novo Samsung Reclaim tem um teclado desdobrável, acesso a e-mail e internet, câmera e navegação GPS.
A Samsung Electronics Co. informou que o plástico biodegradável do telefone é parcialmente fabricado com milho.
David Owens, diretor comercial de produtos da Sprint Nextel Corp., disse que a companhia está pagando mais do que a quantidade usual de subsídios a Samsung para reduzir o preço do aparelho a US$ 50 para os clientes que assinarem um contrato de dois anos.
Fonte: www.terra.com.br
Novo chip pode realizar mil operações químicas ao mesmo tempo
Pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) desenvolveram um chip capaz de realizar mais de mil reações químicas em paralelo, que poderá revolucionar o processo de desenvolvimento de novas substâncias e medicamentos que poderão ser úteis na cura do câncer e outras doenças.
O equipamento usa o conceito de microfluídica, onde milhares de minúsculos canais entalhados em um substrato de vidro conduzem as substâncias usadas nas reações.
As quantidades utilizadas são mínimas, da ordem de algumas moléculas por reação, o que ajuda na economia de material muitas vezes raro e caríssimo, aumentando a eficiência do laboratório e reduzindo custos. Além disso, menos quantidade significa na maioria das vezes menos tempo para a reação ocorrer, apressando o processo.
Nos testes iniciais, o chip conduziu 1024 reações simultâneamente, automatizou um processo com milhares de ciclos em apenas algumas horas e identificou corretamente inibidores para uma enzima.
Tudo é controlado por um PC e, uma vez completado o experimento, o chip é colocado em um espectrômetro de massa para a análise dos resultados. Os cientistas esperam, em breve, automatizar também esta parte do processo.
O estudo foi patrocinado pelo Departamento de Energia dos EUA e pelo Instituto Nacional de Saúde. Segundo os pesquisadores, um dos próximos passos é ajustar o sistema para detecção de um tipo de enzima responsável pela transformação de células cancerígenas em uma variante maligna.
Fonte: www.terra.com.br
Soldado-robô pode ser ameaça à humanidade, diz professor
Quem assistiu o Exterminador do Futuro e Matrix ou leu o livro Eu, Robô já deve ter pensado nisso. O desenvolvimento da robótica para fins militares pode por em risco toda a raça humana caso os autômatos se descontrolem e acabem por matar indiscriminadamente.
O aviso foi dado por Noel Sharkey, professor da Universidade de Sheffield, localizada em Londres. "Robôs que podem decidir onde matar, quem matar e quando matar estão nos planos de todas as organizações militares" disse ele em nota publicada no site da BBC.
"A próxima onda que está vindo, e é isso que realmente me assusta, são robôs armados autônomos. O robô fará o assassinato sozinho e isso tornará mais rápida a tomada de decisão, permitindo que uma única pessoa controle muitos robôs. Um único soldado poderia lançar um ataque em larga escala a partir do ar e do solo" declarou, apreensivo, o professor.
Por isso, Sharkey realizou um debate internacional para discutir o assunto, dizendo em uma reunião de peritos em Londres que a capacidade de um robô assassino artificialmente inteligente distinguir um amigo de um inimigo está a pelo menos 50 anos de distância, noticiou o site TechRadar.
Para ele, o maior perigo reside no fato de que toda a inteligência artificial desenvolvida está baseada na ficção científica. Podemos tomar como exemplo as três leis da robótica, que na verdade foram criadas em 1950 pelo escritor Isaac Asimov quando este escreveu seu livro de contos Eu, Robô, que virou filme em 2004.
Em janeiro de 2006, 60 robôs utilizados pelo exército americano no Paquistão mataram 14 membros da Al-Qaeda, além de outros 607 civis ¿ uma taxa de mortalidade civil muito alta para tão pouco resultado militar.Uma publicação da Força Aérea americana divulgada no mês passado prevê o uso de aviões de ataque completamente autônomos, onde a ação humana será limitada a monitorar a execução das decisões.
Segundo o site Telegraph, os Estados Unidos possuem 200 Predadores (Predators) e 30 Ceifadores (Reapers), robôs que ainda precisam de controle humano, mas esperam investir US$ 5,5 bilhões em veículos de combate não tripulados no ano que vem.
Fonte: www.terra.com.br
O aviso foi dado por Noel Sharkey, professor da Universidade de Sheffield, localizada em Londres. "Robôs que podem decidir onde matar, quem matar e quando matar estão nos planos de todas as organizações militares" disse ele em nota publicada no site da BBC.
"A próxima onda que está vindo, e é isso que realmente me assusta, são robôs armados autônomos. O robô fará o assassinato sozinho e isso tornará mais rápida a tomada de decisão, permitindo que uma única pessoa controle muitos robôs. Um único soldado poderia lançar um ataque em larga escala a partir do ar e do solo" declarou, apreensivo, o professor.
Por isso, Sharkey realizou um debate internacional para discutir o assunto, dizendo em uma reunião de peritos em Londres que a capacidade de um robô assassino artificialmente inteligente distinguir um amigo de um inimigo está a pelo menos 50 anos de distância, noticiou o site TechRadar.
Para ele, o maior perigo reside no fato de que toda a inteligência artificial desenvolvida está baseada na ficção científica. Podemos tomar como exemplo as três leis da robótica, que na verdade foram criadas em 1950 pelo escritor Isaac Asimov quando este escreveu seu livro de contos Eu, Robô, que virou filme em 2004.
Em janeiro de 2006, 60 robôs utilizados pelo exército americano no Paquistão mataram 14 membros da Al-Qaeda, além de outros 607 civis ¿ uma taxa de mortalidade civil muito alta para tão pouco resultado militar.Uma publicação da Força Aérea americana divulgada no mês passado prevê o uso de aviões de ataque completamente autônomos, onde a ação humana será limitada a monitorar a execução das decisões.
Segundo o site Telegraph, os Estados Unidos possuem 200 Predadores (Predators) e 30 Ceifadores (Reapers), robôs que ainda precisam de controle humano, mas esperam investir US$ 5,5 bilhões em veículos de combate não tripulados no ano que vem.
Fonte: www.terra.com.br
Regras de privacidade online podem mudar
A maior parte do mundo online se baseia em um acordo simples, se não pouco claro: consumidores navegam de graça pelas páginas da web e, em troca, fornecem dados - como sexo ou renda - que os sites usam para direcionar sua publicidade.
O novo chefe do Birô de Proteção ao Consumidor da FTC (comissão americana que supervisiona o comércio), David C. Vladeck, considera que está na hora de mudar. Em entrevista, Vladeck traçou planos que podem sacudir o ecossistema da propaganda online. As políticas de privacidade se tornaram obsoletas, os padrões da FTC nos casos que avalia são estreitos demais e certos monitoramentos online são "Orwellianos", disse Vladeck.
Após oito anos de uma FTC considerada pró-negócios pelo setor e por defensores da privacidade, Vladeck causou impacto. Em junho, a comissão concluiu um caso envolvendo a Sears que foi um alerta a empresas que pensam estar protegidas sob suas políticas de privacidade.
Com pouco mais de seis semanas no cargo, ele requisitou ao Congresso maior orçamento e uma forma funcional para criar regulações. Anunciou ainda que contratará tecnólogos para a análise do monitoramento online realizado pelas empresas.
"Essas são medidas bem agressivas para uma agência sob nova gestão", disse Charles Kennedy, que lida com casos de privacidade na Morrison & Foerster.
Alguns executivos afirmam estar cautelosos com o excesso de intervenção. "Precisamos ter muito cuidado para não dar passos que possam perturbar a economia da internet", disse Stuart P. Ingis, sócio do escritório de advocacia Venable e conselheiro de um consórcio do setor de publicidade.
As primeiras medidas de Vladeck foram criticar duramente os princípios de autorregulação propostos pelo setor e se reunir com empresas para discutir as diretrizes da publicidade online. "O marco legal historicamente usado para a privacidade não é mais suficiente", disse Vladeck.
Embora o tema da privacidade seja novo para Vladeck, ele aparenta ter aprendido rápido; não faz consultas durante uma entrevista. Professor de direito na Georgetown por sete anos, ele também passou 26 anos como litigante do Public Citizen Litigation Group, um escritório de advocacia de interesse público. "Existe um senso de urgência aqui", disse. "Não acredito que os consumidores estejam suficientemente protegidos sob o atual regime".
Ele disse que sua missão mais ampla é redefinir a forma pela qual a FTC encara a privacidade online. Segundo ele, seus predecessores na agência tinham abordagens diferentes na regulação do comportamento virtual, como observar se as empresas estavam causando prejuízo ao consumidor e instruí-las a redigir políticas de privacidade.
O caso da Sears sugere que Vladeck adotou uma nova abordagem. A Sears havia oferecido US$ 10 a consumidores que baixassem um programa em seus computadores, informando que ele monitoraria sua navegação. A FTC disse que o software também coletava informações como receitas médicas e extratos bancários. A Sears fez um acordo com a comissão em junho.
Não foi, porém, um caso que causou prejuízo econômico. Ao invés de tomar dinheiro de consumidores, a Sears estava pagando para monitorá-los. "Sob o critério do prejuízo, não poderíamos ter aberto esse caso", disse Vladeck. (Embora ele ainda não pertencesse oficialmente à comissão e o caso estivesse em andamento antes de sua entrada, Vladeck foi consultado na época do anúncio do acordo.)
Agora, indicou Vladeck, a FTC começará a considerar não só se há dano monetário, mas também se a empresa violou a dignidade do consumidor. "Há um lado importante da dignidade implícito em ter alguém checando seus registros financeiros apesar de isso não lhe dizer respeito", disse.
O caso Sears também assinalou o fim da presumida posição da comissão de que as empresas estariam protegidas contanto que redigissem políticas de privacidade detalhadas. A Sears havia incluído informações sobre monitoramento em seu acordo de licença do usuário, porém isso não é mais o bastante, considera Vladeck.
"Não acredito que a maioria dos consumidores leia ou, se ler, entenda esses acordos", disse. Vladeck sinaliza mudanças, mas não especificou quais serão, nem disse que necessariamente apoia novas regras.
"Não estamos nos comprometendo com a imposição de regulações", disse. "O que gostaríamos é de encontrar instrumentos úteis e uma forma mais ampla de olhar para a proteção à privacidade que pudessem evitar a necessidade de regras".
Em fevereiro, antes de Vladeck se juntar à FTC, o órgão publicou um relatório sobre o que esperava de empresas de propaganda online. Grupos setoriais se mexeram para responder com seu próprio relatório, publicado em julho, destacando como eles se autorregulariam. Suas opiniões de certa forma estão de acordo com as de Vladeck, mas se diferenciam em áreas importantes. Por exemplo, Vladeck estuda exigir que sites coletando dados pessoais peçam o consentimento do consumidor todas as vezes que o mesmo visitar a página (um "opt-in").
Mas as empresas afirmam que a tática seria desastrosa. "É impossível explicar a proposição de valor a um consumidor no momento do anúncio", disse Matt Wise, chefe-executivo da Q Interactive, uma empresa de marketing online de Chicago. Um opt-in obrigatório "seria um tremendo golpe à inovação", disse.
As mudanças que Vladeck está estudando podem resultar em um mundo virtual diferente, onde sites não poderão depender do dinheiro de anúncios direcionados. Mas será que um site poderá recusar o acesso a pessoas que não estão dispostas a fornecer dados?
Vladeck disse que a FTC teria que considerar se isso significaria um tratamento injusto ao consumidor por parte das empresas, mas, acima de tudo, ele afirmou não estar preocupado com os problemas que isso representaria aos profissionais de marketing.
"Deixe as pessoas julgarem livremente", disse. "Se os marqueteiros estiverem certos e consumidores de fato gostarem da publicidade comportamental, então isso não deverá ser algo tão importante. "A mensagem é: você precisa ser mais transparente no que está fazendo".
Fonte: www.terra.com.br
O novo chefe do Birô de Proteção ao Consumidor da FTC (comissão americana que supervisiona o comércio), David C. Vladeck, considera que está na hora de mudar. Em entrevista, Vladeck traçou planos que podem sacudir o ecossistema da propaganda online. As políticas de privacidade se tornaram obsoletas, os padrões da FTC nos casos que avalia são estreitos demais e certos monitoramentos online são "Orwellianos", disse Vladeck.
Após oito anos de uma FTC considerada pró-negócios pelo setor e por defensores da privacidade, Vladeck causou impacto. Em junho, a comissão concluiu um caso envolvendo a Sears que foi um alerta a empresas que pensam estar protegidas sob suas políticas de privacidade.
Com pouco mais de seis semanas no cargo, ele requisitou ao Congresso maior orçamento e uma forma funcional para criar regulações. Anunciou ainda que contratará tecnólogos para a análise do monitoramento online realizado pelas empresas.
"Essas são medidas bem agressivas para uma agência sob nova gestão", disse Charles Kennedy, que lida com casos de privacidade na Morrison & Foerster.
Alguns executivos afirmam estar cautelosos com o excesso de intervenção. "Precisamos ter muito cuidado para não dar passos que possam perturbar a economia da internet", disse Stuart P. Ingis, sócio do escritório de advocacia Venable e conselheiro de um consórcio do setor de publicidade.
As primeiras medidas de Vladeck foram criticar duramente os princípios de autorregulação propostos pelo setor e se reunir com empresas para discutir as diretrizes da publicidade online. "O marco legal historicamente usado para a privacidade não é mais suficiente", disse Vladeck.
Embora o tema da privacidade seja novo para Vladeck, ele aparenta ter aprendido rápido; não faz consultas durante uma entrevista. Professor de direito na Georgetown por sete anos, ele também passou 26 anos como litigante do Public Citizen Litigation Group, um escritório de advocacia de interesse público. "Existe um senso de urgência aqui", disse. "Não acredito que os consumidores estejam suficientemente protegidos sob o atual regime".
Ele disse que sua missão mais ampla é redefinir a forma pela qual a FTC encara a privacidade online. Segundo ele, seus predecessores na agência tinham abordagens diferentes na regulação do comportamento virtual, como observar se as empresas estavam causando prejuízo ao consumidor e instruí-las a redigir políticas de privacidade.
O caso da Sears sugere que Vladeck adotou uma nova abordagem. A Sears havia oferecido US$ 10 a consumidores que baixassem um programa em seus computadores, informando que ele monitoraria sua navegação. A FTC disse que o software também coletava informações como receitas médicas e extratos bancários. A Sears fez um acordo com a comissão em junho.
Não foi, porém, um caso que causou prejuízo econômico. Ao invés de tomar dinheiro de consumidores, a Sears estava pagando para monitorá-los. "Sob o critério do prejuízo, não poderíamos ter aberto esse caso", disse Vladeck. (Embora ele ainda não pertencesse oficialmente à comissão e o caso estivesse em andamento antes de sua entrada, Vladeck foi consultado na época do anúncio do acordo.)
Agora, indicou Vladeck, a FTC começará a considerar não só se há dano monetário, mas também se a empresa violou a dignidade do consumidor. "Há um lado importante da dignidade implícito em ter alguém checando seus registros financeiros apesar de isso não lhe dizer respeito", disse.
O caso Sears também assinalou o fim da presumida posição da comissão de que as empresas estariam protegidas contanto que redigissem políticas de privacidade detalhadas. A Sears havia incluído informações sobre monitoramento em seu acordo de licença do usuário, porém isso não é mais o bastante, considera Vladeck.
"Não acredito que a maioria dos consumidores leia ou, se ler, entenda esses acordos", disse. Vladeck sinaliza mudanças, mas não especificou quais serão, nem disse que necessariamente apoia novas regras.
"Não estamos nos comprometendo com a imposição de regulações", disse. "O que gostaríamos é de encontrar instrumentos úteis e uma forma mais ampla de olhar para a proteção à privacidade que pudessem evitar a necessidade de regras".
Em fevereiro, antes de Vladeck se juntar à FTC, o órgão publicou um relatório sobre o que esperava de empresas de propaganda online. Grupos setoriais se mexeram para responder com seu próprio relatório, publicado em julho, destacando como eles se autorregulariam. Suas opiniões de certa forma estão de acordo com as de Vladeck, mas se diferenciam em áreas importantes. Por exemplo, Vladeck estuda exigir que sites coletando dados pessoais peçam o consentimento do consumidor todas as vezes que o mesmo visitar a página (um "opt-in").
Mas as empresas afirmam que a tática seria desastrosa. "É impossível explicar a proposição de valor a um consumidor no momento do anúncio", disse Matt Wise, chefe-executivo da Q Interactive, uma empresa de marketing online de Chicago. Um opt-in obrigatório "seria um tremendo golpe à inovação", disse.
As mudanças que Vladeck está estudando podem resultar em um mundo virtual diferente, onde sites não poderão depender do dinheiro de anúncios direcionados. Mas será que um site poderá recusar o acesso a pessoas que não estão dispostas a fornecer dados?
Vladeck disse que a FTC teria que considerar se isso significaria um tratamento injusto ao consumidor por parte das empresas, mas, acima de tudo, ele afirmou não estar preocupado com os problemas que isso representaria aos profissionais de marketing.
"Deixe as pessoas julgarem livremente", disse. "Se os marqueteiros estiverem certos e consumidores de fato gostarem da publicidade comportamental, então isso não deverá ser algo tão importante. "A mensagem é: você precisa ser mais transparente no que está fazendo".
Fonte: www.terra.com.br
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