quarta-feira, setembro 23, 2009

Com foco renovado em design, laptops chegam à maturidade


Pode se despedir do laptop "tijolo preto". A era dos computadores pessoais simples e caretas chegou oficialmente ao fim. Com o lançamento de novos notebooks e netbooks para a temporada de festas de fim de ano, os fabricantes estão definitivamente concentrando suas atenções em máquinas bonitas, coloridas e ultrafinas, e designs atraentes se tornaram um traço dominante em uma gama de escolhas cada vez mais ampla.

A chance de que Hewlett-Packard e Dell ressaltem a textura sutil do revestimento ou o artista famoso responsável pelo design é maior que a de que se concentrem em aspectos técnicos como velocidade, os quais costumavam ser o tema principal dos fabricantes de computadores em uma disputa pela superioridade tecnológica.
Não muitos anos atrás, a maioria dos laptops representava alguma variação de uma caixa em tom cinzento ou preto, excetuadas as máquinas da Apple, que já produzia laptops com estilo nos anos de 1990.
Agora, o design ganhou importância inédita no mercado de computadores pessoais, já que as máquinas se tornaram cada vez mais parecidas em termos técnicos, o que deixa poucos fatores de diferenciação de desempenho e faz do estilo uma das poucas áreas restantes em que se pode haver concorrência.
Ed Boyd, vice-presidente de design de produtos de consumo na Dell, a segunda maior fabricante de computadores pessoais, chegou à empresa cerca de dois anos atrás, vindo da Nike. Ele afirma que o mercado de computadores pessoais está passando pela mesma transformação vista no mercado de calçados esportivos.
A Nike "tomou um produto sem diferenciação, os tênis, e fez dele algo moderno, atraente e relevante", disse. "O que estamos testemunhando é a mesma transformação no mercado de computadores... e esse fenômeno está afetando tanto o mercado empresarial quanto o mercado ao consumidor."
À medida que os computadores pessoais se tornam mais leves e portáteis, consumidores e empresas vêm destacando a aparência de máquinas usadas fora de casa ou do escritório. No início da era dos computadores pessoais, no começo da década de 1980, os primeiros PCs "portáteis" surgiram de empresas como Tandy, Osborne, NEC, Epson e outras. Muitos modelos iniciais se pareciam com uma placa bege de plástico e eram maiores que modelos desktop de hoje.
Já no início da década de 1990, a indústria viu a Apple lançando a linha PowerBook de notebooks, que ajudou a criar um padrão de design no segmento, junto com os ThinkPads da IBM. Depois, surgiram os notebooks Vaio, da Sony, no final da década, junto com a colorida linha iBook, da Apple.
Com os componentes se tornando cada vez mais baratos e leves, os fabricantes encontraram mais espaço para explorar o lado criativo, optando por novos materiais e acabamentos e prestando mais atenção a detalhes de design que atraem o olho dos compradores.
Atualmente, fino e liso é uma das tendências mais quentes da indústria, e a categoria está mais cada vez mais competitiva com os MacBook Air, da Apple; Adamo, da Dell; e Envy, da HP.
Um comprador pode escolher entre uma série grande de cores, texturas e designs. Personalização é a palavra de ordem do dia, por exemplo, a Dell oferece mais de 200 designs de exteriores para suas máquinas.
O analista da empresa de pesquisa de mercado IDC Richard Shim afirma que o mercado começou a mudar por volta de 2005, com a queda nos preços dos PCs. "Os consumidores começaram a ganhar voz no setor e o que eles estavam dizendo era: 'Já temos bastante performance para o que precisamos fazer...mas o que queremos é uma máquina que não seja igual a de todo mundo'".


Universitários "inventam" futuro da mobilidade


A Intel pediu a alguns estudantes de faculdades de design que colocassem em prática suas ideias sobre computadores e mobilidade no futuro. O resultado foi mostrado ontem à noite em San Francisco, em uma prévia do IDF 2009, encontro anual de desenvolvedores da companhia.

Entre as participantes estão a Faculdade de Arte da Califórnia, a Universidade de Tecnologia de Delft, a Georgia Tech, a Faculdade Real de Arte, a UCLA e a USC. As equipes de projeto de cada escola foram selecionadas por seus respectivos professores universitários e pela Intel para apresentarem seus trabalhos.
Entre os projetos demonstrados estão o "KeyPing", da Universidade de Tecnologia de Delft, um sistema personalizável que permite a integração dos idosos na casa por sistemas conectados.
Já os alunos do Colégio Real de Arte inventaram o "Expressions Dispatcher", sistema que leva os emoticons para uma tela que representa as emoções humanas.
No celular com Android, o "HappyMap", criado por estudantes da Georgia Tech, é um aplicativo para rastrear e interpretar os estados de felicidade dos usuários.
E o "Pendulum", feito por alunos da USC, quer representar dados do dia a dia (localização, envio de mensagens, e-mails, por exemplo) em gráficos também no celular.
De acordo com a Intel, os projetos têm o potencial para revolucionar um amplo espectro da mobilidade ¿ desde a próxima geração de notebooks a dispositivos compactos de bolso.
"À medida que a internet torna-se móvel, as pessoas estão procurando tecnologia que não seja apenas menor, mais fina e inteligente, mas que também seja confiável e intuitiva para complementar vidas¿, disse em comunicado à imprensa Caleb Rabinowitz, planejador de conceitos móveis da Intel Corporation. "Ao engajar-se com estudantes de design, a intel está explorando novas perspectivas e vendo em primeira-mão como o design é cada vez mais essencial para diferenciar produtos e encorajar novas aplicações para a tecnologia e a interação de usuários".


Positivo lança PCs 'tudo em um' com Windows 7


A Positivo aposta nos PCs "tudo em um" para sua nova linha de desktops Union. São sete modelos com tela e CPU integrados e que virão com Windows 7 ou Linux.

A linha Union vem com três tamanhos de tela: 15,6", 18,4" ou 21,5" e, dependendo do monitor, muda o formato do PC (com componentes na base ou atrás da tela). O modelo topo de linha, o Union Touch 2200, tem monitor Full HD sensível ao toque e 1 terabyte de disco rígido. Já o Union 640 (15,6 polegadas) vem com sintonizador de TV, por exemplo.
Os processadores variam entre Intel Atom e Core 2 Duo, com preços sugeridos entre R$ 999 e R$ 3.799, dependendo da configuração, assim como as máquinas rodam entre o Windows 7 Starter Edition e Windows 7 Premium Edition.
Os modelos Union podem ser montados na parede, graças a um encaixe padrão VESA e sua altura e ângulo de visualização podem ser alterados manualmente.
As máquinas com Windows 7 chegam às lojas a partir de 22 outubro, quando o novo sistema operacional da Microsoft será lançado. Segundo a Positivo, 99% dos computadores da linha 2010, incluindo desktops, netbooks e notebooks, já sairão de fábrica com o Windows 7.


Vale do Silício: tecnologia reinventa o humilde tijolo


Esqueça os microchips. O Vale do Silício vê um futuro lucrativo nos humildes tijolos, graças a um processo de produção de baixa energia que ilustra a virada ecológica no setor de investimento em tecnologia dos Estados Unidos.

A Calstar Products, fabricante de tijolos, conta com muitos doutores em tecnologia, bem como com o apoio de profissionais de investimento de risco cuja visão é a de criar edificações com custo mais baixo e de maneira que economize energia.
"Acreditamos que tenha chegado a hora de uma segunda revolução industrial", disse Paul Holland, sócio da Foundation Capital, que investiu US$ 7 milhões na Calstar. A EnerTech Capital liderou uma segunda rodada de capitalização que levantou US$ 8 milhões para a empreitada.
O Vale do Silício está encontrando formas mais tecnológicas de produzir materiais tradicionais e pretende desenvolver concreto capaz de absorver dióxido de carbono, janelas que ofereçam isolamento melhor que o das paredes e materiais para substituir a madeira.
O campo ainda é novo. Os investimentos do setor de capital de risco voltados a edificações ecológicas oscilaram ao longo da recessão, mas envolveram cerca de 45 transações, ao valor de US$ 350 milhões, no ano passado, de acordo com o Cleantech Group.
Os tijolos comuns precisam ser cozidos por 24 horas a uma temperatura de 1.093 graus, como parte de um processo de produção que pode levar uma semana, enquanto os da Calstar são cozidos a temperaturas inferiores a 100 graus e sua produção demora apenas 10 horas, diz Kane.
A receita incorpora grandes volumes de resíduos de carvão consumido em usinas termelétricas, que de outra forma poderiam se tornar um poluente problemático.
O processo de produção dos tijolos ¿ cuja aparência e sensação ao tato são iguais às de um tijolo comum ¿ requer de 80 a 90% menos energia, e emite 85% menos gases causadores do efeito estufa, se comparado ao processo usado em tijolos comuns, de acordo com a Calstar.
Custos de energia menores significam mais lucros, e isso permite que a empresa banque suas pesquisas e concorra contra empresas maiores, beneficiadas pela economia de escala. Os novos tijolos, que a Associação da Indústria do Tijolo dos EUA afirma não serem tijolos, serão vendidos pelo mesmo preço de tijolos de barro tradicionais.
A associação afirma que tampouco existe prova de que esses produtos durem tanto quanto os tijolos tradicionais. Apesar disso, a Calstar conta com 16 distribuidores e quer vender 12 milhões de tijolos ou mais no primeiro ano, e planeja produzir 100 milhões de tijolos para venda no sul e centro-oeste dos EUA, diz Kane.
Depois disso, mercados de alto crescimento, como a China, serão o alvo.


A temporada de festas de fim de ano pode ser difícil para os acionistas da Palm enquanto esperam para descobrir se novos smartphones da empresa podem

A Vex, uma das provedoras de internet por Wi-Fi no País, resolveu oferecer uma "degustação" do seu serviço (que é pago) e vai disponibilizar Wi-Fi gratuito durante uma semana, no que estão chamando de "VexWeek". De 1º a 8 de outubro, os cerca de 2.5 mil hotspots da empresa estarão abertos para a navegação, gratuitamente.
A Vex tem pontos de conexão espalhados por todo o Brasil, em especial nos aeroportos e principais shoppings das capitais. A empresa espera atrair um público que ainda é reticente quanto à tecnologia.
A alternativa à internet por Wi-Fi, no Brasil (onde outras opções comerciais sem fio, como o WiMAX, são praticamente inexistentes) é a conexão via rede celular 3G.
"Abriremos o sinal em todos os nossos hotspots com o objetivo de fazer com que usuários de equipamentos portáteis percebam a conveniência e as facilidades da utilização dos serviços Wi-Fi¿, declarou Thatiana Papaiz, gerente de marketing da Vex.
Apesar de oferecer internet móvel praticamente em qualquer lugar, os valores dos planos 3G ainda não são baratos no Brasil, o que torna os pontos de acesso Wi-Fi pagos uma alternativa ainda interessante. Para participar da promoção gratuita da Vex deve-se consultar o website da empresa pelo atalho tinyurl.com/r289q7, que traz indicações dos pontos de acesso em todo o Brasil.

Palm deve ter fim de ano difícil com concorrentes à vista

A temporada de festas de fim de ano pode ser difícil para os acionistas da Palm enquanto esperam para descobrir se novos smartphones da empresa podem competir com aparelhos do naipe do iPhone, da Apple, do Cliq, da Motorola, e do BlckBerry, da RIM.
O que foi um período até então de bons meses para a Palm ficou manchado após a divulgação de suas previsões para o atual trimestre na quinta-feira passada, que ficaram bem abaixo das expectativas de Wall Street —mesmo após seus resultados do último trimestre (primeiro do exercício social da empresa) terem superado previsões.
Analistas acreditam que a demanda pela nova estrela da Palm, o smartphone Pre, está diminuindo após seu antecipado lançamento em junho deste ano. A Palm, que cortou o preço do Pre em 50 dólares recentemente, continua escondendo seus números de vendas.
"A já esperada desaceleração nas vendas do Pre parece estar acontecendo, mas ocorre um trimestre depois do que muitos esperavam, disse o analista Lawrence Harris, da CL King.
Qualquer perda na força do crescimento da Palm chega em um momento crítico, pouco antes da temporada de vendas de fim de ano, quando o Pre e o Pixi —o próximo lançamento da Palm, que conta com uma plataforma webOS— enfrentam os populares aparelhos da Apple, RIM e Motorola.
Analistas alertam, no entanto, que a luta da Palm para continuar o crescimento pode acabar afetando qualquer chance de lucro, principalmente depois do corte no preço do Pre.
"Embora a empresa alegue ter recebido encomendas de diversas operadoras, vemos um risco unitário (na última metade do exercício social), especialmente com outras operadoras ampliando seus fornecedores de smartphones", disse o analista Tim Long, da BMO Capital.