quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Para especialistas, R$ 1bi é pouco para evitar vazamentos de petróleo


RIO - A conclusão do Plano Nacional de Contingência (PNC) pelo governo federal é um avanço, mas o apoio às ações emergenciais de controle dos vazamentos deve ser acompanhado de um sistema eficaz de monitoramento, afirmam especialistas. O valor previsto no orçamento, de R$ 1 bilhão por ano, é considerado pequeno. Técnicos e ambientalistas dizem que é necessário destinar mais recursos à compra de embarcações e aeronaves para facilitar o acesso aos locais dos vazamentos.- É um valor simbólico.

A ideia da rubrica geral também dá uma ideia de frouxidão na ação. As agências reguladoras, muitas vezes, não conseguem receber o que está destinado para elas, que dirá de uma rubrica geral. O dinheiro vai acabar sendo contingenciado - critica o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.

Para o diretor do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, o valor é "uma estimativa". O oceanógrafo David Zee, da Uerj, afirma que falar em valores neste momento é "prematuro e vago". Além da supervisão via satélite, Pinguelli Rosa destaca que são necessários investimentos em pesquisa e desenvolvimento de dispositivos na "boca do poço".

- Nossa proposta não se esgota no monitoramento. É preciso melhorar a prevenção. Temos um grupo de engenharia oceânica estudando soluções para prevenção. Na engenharia, o risco zero é igual a custo infinito, não pode ser alcançado, mas é possível reduzir esse risco a patamares aceitáveis.
Segundo David Zee, o plano deveria ser uma evolução do Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança Operacional (Pegaso), da Petrobras, criado após o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000.

- O Pegaso é o embrião interessante, mas é preciso dividir a responsabilidade. Hoje em dia, está tudo nas costas da Petrobras. Poderia ser formado um consórcio de empresas - disse.

Adriano Pires diz que o monitoramento é fundamental porque as empresas têm tendência a subestimar o tamanho do problema:

- As punições impostas pelos órgãos reguladores (que vão de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, segundo a Lei de Crimes Ambientais) não assustam as empresas, que movimentam valores muito mais elevados.

Produção da Petrobras sobe 2,6% em janeiro deste ano

Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente, no Rio, ressalta que é preciso fiscalização mais intensa:
- Há ainda instrumentos, com os mapeamentos feitos pelo Ministério do Meio Ambiente, que poderiam ser usados com maior frequência.
A coordenadora da campanha de Oceanos do Greenpeace Brasil, Leandra Gonçalves, diz que há desproporção entre os investimentos em exploração e a criação de tecnologias mais seguras:

- A Chevron pagou multas pelo vazamento, mas ainda não indenizou ninguém. Precisam ser melhorados os sistemas de medição das manchas e de impacto na biodiversidade.

Com a entrada de novos poços em operação, a Petrobras informou que a produção média de petróleo e gás subiu 2,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2011, alcançando 2.731.154 barris de óleo.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Investimentos por todos os lados do Rio de Janeiro


Rio - Em entrevista ao Negócios & Carreiras, de O DIA , o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio, Julio Bueno, disse que acorda todos os dias torcendo para viver até 2016. “O Rio de Janeiro será outra coisa até lá. É interessante porque a gente não percebe, mas os indicadores estão aí para comprovar. Já alcançamos a renda de São Paulo e vamos ultrapassar; o número de empregos é fabuloso; os valores dos imóveis na cidade do Rio. Tudo isso conta”, afirma.

Tricolor roxo (disputou as últimas eleições à presidência do clube das Laranjeiras), o secretário olha o mapa do Rio de Janeiro e faz rápida retrospectiva dos investimentos no estado e na cidade. “Gosto de olhar o mapa, pois você consegue identificar tudo o que está ocorrendo. E não é pouco”, assegura.

De acordo com Bueno, os investimentos começam no Sul do estado, em Angra dos Reis, e se estendem até o Norte, em Campos e São João da Barra, passando pela Baixada Fluminense e pelas regiões Serrana e dos Lagos. E, naturalmente, pela capital, a cidade do Rio de Janeiro.

“Em Angra, temos a construção da usina nuclear, a reativação do porto e a indústria naval. No Norte, é a indústria do petróleo e o superporto do Açu. No meio, temos Itaguaí, com terminais portuários, estaleiros e siderurgia. Teremos o Arco Rodoviário, beneficiando toda a Baixada, e o Comperj, em Itaboraí. Temos o polo automotivo e metalmecânico, no Sul do estado. Na cidade do Rio, as obras viárias para a Copa do Mundo e a Olimpíada, e o Porto Maravilha”, enumera o secretário.

Segundo ele, todos esses investimentos necessitarão uma enorme quantidade de fornecedores em todos os setores para atender às empresas-âncoras. Estudo do Sebrae-RJ destaca os setores de insumos e de serviços, como áreas que deverão crescer ainda mais para cobrir a necessidade da cadeia de petróleo e gás, indústria naval ou siderurgia: uniformes, alimentação, pintura, manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, entre outros.

Estudo aponta rumos para as micros

A pedido do Sebrae-RJ e com o apoio do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), as economistas Renata Lèbre La Rovere e Julia Paranhos realizaram o estudo Os Investimentos no Estado do Rio e seus Efeitos sobre as Micros e Pequenas Empresas (MPEs). Elas destacaram a possibilidade de desenvolvimento das MPEs em cada região do estado conforme a presença das empresas-âncoras. (ver algumas das oportunidades no quadro acima).

Os setores de petróleo e gás (norte), naval (capital), de serviços de logística (portos de Itaguaí e Açu), petroquímica (Comperj), centros de pesquisa (capital) e o Arco Metropolitano (Baixada Fluminense e Região Serrana) apresentam uma diversidade de atividades que podem ser exploradas pelas micro, pequenas e médias empresas fluminenses.

Oportunidades para o MPE

PETRÓLEO

Caldeiraria; usinagem (produção e reparo de peças metálicas); material e equipamentos plataformas off shore; fabricação de equipamentos e ferramentas especiais; pintura; manutenção e reparação de máquinas e equipamentos; montagem de motores e painéis; transporte; uniformes, alimentação; serviços de informática/automação; engenharia e logística; e construção civil.

INDÚSTRIA NAVAL

Empilhadeiras; máquinas de solda; tornos mecânicos e equipamentos em geral; locação de máquinas e de equipamentos (macacos hidráulicos, torquímetros, etc); manutenção de máquinas e equipamentos; peças para navios e plataformas (vasos sanitários, portas, escadas, salva-vidas, botes, ferramentas, equipamentos anti-incêndio); equipamentos de segurança (capacetes, vestimentas especiais); uniformes; tratamento de efluentes; serviços de engenharia, informática e logística; alimentação, fornecimento de tinta e serviços de pintura, móveis para navios; iluminação e hidráulica; e vigilância.

SIDERURGIA

Caldeiraria e usinagem; plotadoras; locação de máquinas e equipamentos; projetos de mecânica, elétrica, hidráulica e automação; topografia; barras roscadas; ferramentas; máquinas e material para corte; material de soldagem, ensaios de cargas em estacas, locação para banheiros químicos; aluguel de contêineres para obras; projetistas de estruturas de concreto e metálicas; arquitetura e urbanismo; material para obras, manutenção, conservação e limpeza; segurança e saúde do trabalho, material de escritório, consultoria e legislação ambiental e medições ambientais.

ARCO METROPOLITANO

Química, cosméticos e plásticos; turismo; e logística.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Indústria e logística lideram emprego qualificado no Paraná


Os dois setores têm um déficit de mão de obra estimado em 22 mil pessoas, segundo o Ipea
O Paraná seguirá em ritmo de expansão na oferta de empregos nos próximos dois anos, impulsionado pelo crescimento econômico do país e por investimentos ligados – direta ou indiretamente – à Copa do Mundo, aos Jogos Olímpicos, à exploração do pré-sal, à melhora da infraestrutura do estado e à construção do metrô em Curitiba.

Quem vai contratar
Vários setores vão sentir o efeito dos investimentos sobre a demanda por mão de obra qualificada. Veja quais são as áreas que devem gerar empregos nos próximos anos, segundo a consultoria Hays:

Indústria - Com o aquecimento da economia e da construção civil, a indústria siderúrgica e as plantas beneficiadoras de cimento na Grande Curitiba devem demandar novos profissionais qualificados. Há também boas perspectivas para o setor automotivo.

Construção civil – O mercado imobiliário deve se focar, nos próximos anos, em edifícios comerciais e para a rede hoteleira. Além disso, empresas que prestam serviços na área de infraestrutura devem se beneficiar, tanto nacional quanto localmente.

Logística – As obras para a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil vão estimular um setor carente no país, a infraestrutura. Empresas prestadoras de serviço e de construção voltadas para o setor devem ter demandas nos portos do Paraná, bem como em aeroportos.

Petróleo e gás – Apesar de os investimentos para a exploração do pré-sal serem menores no Paraná, especialistas indicam que eles não serão poucos. O Paraná tem um polo petroquímico forte em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e por essa razão os fornecedores da Petrobras e a própria estatal devem realizar investimentos em logística, refino e distribuição.

Tecnologia da Informação – O Paraná é um polo de formação de mão de obra no setor, principalmente nas regiões de Curitiba, Londrina e Maringá. Várias multinacionais começam a se instalar no estado buscando os profissionais qualificados e também surgem fábricas de software de menor porte.

Agronegócio – Uma das locomotivas do estado, a agricultura paranaense passa por um forte processo de modernização, principalmente com a chegada de multinacionais. Essa nova etapa vai requerer a presença de profissionais que atuem com projetos de expansão e transferência de tecnologia.

Varejo e consumo – As medidas do governo para redução de impostos e o incremento salarial impactam no desempenho dos setores para 2012. No segmento de varejo, o mercado empreendedor de franquias e microfranquias deve ganhar mais espaço.

Serviços – O Brasil será palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, eventos que devem atrair milhares de turistas ao país. Curitiba, por ser cidade-sede do Mundial, entra na rota dos investimentos hoteleiros. Várias redes internacionais estão investindo na cidade e na região metropolitana – os investimentos chegam até Ponta Grossa.

Futuros contratados
A expansão da economia brasileira, aliada às ondas de investimentos, aumentará a demanda por profissionais qualificados. Veja as profissões que estarão em alta nos próximos anos em diversos setores:

Indústria em geral
Especialista em Supply chain, gerente de logística, gerente de compras, especialistas para a área financeira (controladoria com foco em custos).

Indústria de base
Engenheiro de mina (para prospecção de minério) e engenheiro de projetos (para novas fábricas ou linhas de produção).

Indústria da construção civil
Gerente de obras (no setor imobiliário) e gerente de contratos (em segmentos de infraestrutura – transporte, energia e aeroportos).

Indústria farmacêutica
Gerente de vendas e gerente de trade marketing.

Indústria de equipamento médico
Engenheiro com foco em pesquisa e desenvolvimento.

Petróleo e gás
Engenheiro de projetos, engenheiros civis e geólogos (com foco na prospecção de novos pontos de petróleo).

Logística
Gerente de logística com conhecimento multimodal e gerente de comércio exterior.

Tecnologia da Informação
Gerente de projetos, arquiteto de softwares e programadores em geral.

Serviços
Rede hoteleira: gerente de facilities & utilities e gerente financeiro/administrativo; prestadoras de serviços em geral: gerente comercial.

Fonte: http://www.jornalnovotempo.com.br/