segunda-feira, outubro 18, 2010

Construção refinada


Plataformas flutuantes parecem navios e extraem óleo a quase 2 mil metros de profundidade
1. BÓIAS GIGANTES

A plataforma flutuante fica apoiada sobre dois grandes cascos, que têm cerca de 50 metros de altura. Aproximadamente metade do casco fica sob a água, abaixo da ação das ondas, o que garante maior estabilidade. Em seu interior, elevadores dão acesso a tanques de combustível, reservatórios de água e caixa de esgoto

2. CENTRAL SUBMARINA

No solo oceânico, na boca do poço de petróleo, fica um conjunto de válvulas chamado de "árvore de natal". Ela centraliza as tubulações que penetram no subsolo em vários pontos do campo de extração. Da "árvore de natal" parte para a plataforma a mistura de gases, petróleo e água que sai do poço, numa ligação que pode ter mais de 2 quilômetros de extensão

3. ROBÔ-MERGULHADOR

Antigamente, mergulhadores vistoriavam as tubulações e os cascos. Hoje, a maior parte do trabalho de inspeção e manutenção é feito por pequenos robôs que enviam imagens para os técnicos. A limpeza interior das tubulações também é feita com monitoramento remoto

4. LANÇAR ÂNCORAS!

Apesar de não ter um pilar ligando-a ao solo oceânico, a plataforma flutuante não fica solta no mar. Âncoras especiais, encravadas 30 metros no subsolo, são usadas para mantê-la fixa. Os cabos de ancoragem são feitos de poliéster, um material flexível que ajuda a amenizar o peso sobre a plataforma. Correntes de aço são usadas apenas no começo e no fim dos cabos

5. MORADIA TEMPORÁRIA

Na área mais segura da plataforma - perto do heliponto - fica o setor de moradia. Além de alojamentos, ele tem restaurante, sala de TV ou cinema, salão de jogos e algumas vezes espaço até para uma quadra de esportes. Sempre há cerca de 150 funcionários trabalhando na plataforma. Eles passam 14 dias no mar e depois ganham 21 dias de folga em terra firme

6. SEPARAÇÃO INDUSTRIAL

A plataforma de produção se assemelha a uma refinaria. Assim que a mistura de água, gás e óleo que vem do poço oceânico chega até ela, uma série de equipamentos separa esses substâncias. A água é devolvida para o mar e o petróleo e o gás natural são mandados para a costa. Os gases não aproveitáveis queimam naquela chama eterna que se vê nas plataformas

7. CAMINHO GASOSO

O gás natural separado na plataforma é levado até a costa por meio de dutos fixados no fundo do mar e que chegam a percorrer distâncias de até 120 quilômetros. O petróleo também pode ser transportados por tubulações semelhantes, mas muitas vezes, por conta de custos, opta-se pelo uso de imbarcações para escoar o óleo extraído

8. ARMAZÉN AQUÁTICO

Quando o petróleo não segue para a costa por um oleoduto, ele é estocado em um navio que funciona como um grande armazén aquático. Com o uso de correntes, ele é fixado a cerca de 2 quilômetros da plataforma e recebe dela (por uma tubulação) o petróleo extraído. Uma vez por semana, um navio menor alivia o estoque e leva o produto para a costa

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/

Pré-sal – Royalties


A descoberta de petróleo na camada pré-sal, localizada a 7 mil metros abaixo do nível do mar em uma área de 200 quilômetros de largura e 800 quilômetros de extensão, abrangendo desde o Espírito Santo até Santa Catarina, pode colocar o Brasil entre os maiores produtores mundiais de petróleo.

Antes mesmo de se estabelecer a quantidade exata de petróleo na camada pré-sal, os impactos ambientais, além das regras para a exploração desse petróleo, a distribuição dos royalties vem sendo um dos assuntos mais discutidos sobre o pré-sal.

O termo “royalties” originou-se na Inglaterra, no século XV. Ele foi criado como uma forma de compensação (pagamento) à realeza em virtude de disponibilizar suas terras à exploração de minério. Atualmente, esse termo é utilizado para definir o pagamento ao dono de uma patente.

No Brasil, o valor arrecadado pelos royalties do petróleo é dividido ente a União, estados e municípios produtores ou com instalações de refino e de auxílio à produção. As empresas petrolíferas pagam 10% do valor de cada barril extraído pelo direito de explorar o produto. Hoje em dia, esses 10% dos royalties do petróleo são divididos da seguinte forma:

- Estados produtores: 22,5%
- Municípios produtores: 30%
- União: 47,5%

No entanto, alegando que o petróleo é uma riqueza nacional, uma Proposta de Lei do Deputado Federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) determina uma nova divisão dos royalties do petróleo. A distribuição ficaria assim determinada:

- Todos os estados: 30%
- Todos os municípios: 30%
- União: 40%

Essa nova divisão dos royalties tem por objetivo, além da camada pré-sal (cuja produção em larga escala está prevista para 2020), as jazidas e campos já licitados e explorados, como, por exemplo, a Bacia de Campos.

A “Emenda Ibsen”, de autoria dos deputados, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), foi aprovada na Câmara dos Deputados com 329 votos a favor e 72 contra. No entanto, para que essa emenda passe a vigorar, ela tem que ser aprovada pelo Senado e pelo Presidente da República.

Caso aprovada, o Rio de Janeiro, maior produtor nacional de petróleo (83% da produção nacional), deixaria de receber aproximadamente 7,3 bilhões de reais por ano em royalties. O Espírito Santo seria outro estado bastante prejudicado. Porém, a “Emenda Ibsen” propõe que a União pague o montante que os estados e municípios deixarem de receber, em decorrência da nova lei de divisão dos royalties.

Fonte: http://www.brasilescola.com/

Refino do petróleo


A primeira etapa do refino, consiste na destilação fracionada que é feita na Unidade de Destilação Atmosférica, por onde passa todo o óleo cru a ser refinado. O óleo préaquecido penetra na coluna ou torre de fracionamento que possui uma série de pratos. O petróleo aquecido sobe pela coluna e à medida que vai passando pelos pratos sofre condensação, separando-se em diversas frações.
" fração "
gás natural .......................................
gás engarrafado (GLP) .....................
solventes .........................................
gasolina ..........................................
querosene .......................................
óleo diesel ......................................
óleo combustível .............................
óleo lubrificante ..............................
parafina .........................................
asfalto ............... resíduo final. "composição em hidrocarbonetos"
metano e etano.
propano e butano (gás de cozinha).
C5H12 aC7H16
.C6H14 aC10H22. (*)
C10H22 aC15H32 .(*)
C15H32 ..... (a cadeia vai aumentando de
tamanho e vai crescendo a massa molecu-
lar. Passando da fase gasosa para a sólida.)

(*) varia de acordo com a refinaria.

6. Craqueamento ou pirólise (cracking) :

Como a produção de petróleo não crescia no mesmo ritmo do mercado consumidor, foram realizados estudos no sentido de melhor aproveitamento dos resíduos, levando a indústria ao craqueamento térmico.

Moléculas de C14 a C16 são aquecidas na presença de catalisadores (alumina Al2O3) e sofrem decomposição térmica, produzindo mais gasolina* (faixa de C6H14 aC10H22 ).
* A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos da série dos alcanos ou parafinas, cuja composição química varia de acordo com a destilação fracionada adotada pela refinaria.
A mistura pode ser de : C6H14 a C10 H22
C6H14a C12 H26

Costuma-se representar a gasolina pela fórmula: C8H18 (média entre os componentes da mistura)

Fonte: http://www.algosobre.com.br/