segunda-feira, setembro 27, 2010

CERTIFICADORA DO PRÉ-SAL DIVULGA RELATÓRIO ANIMADOR


De acordo com um recente relatório divulgado pela Gaffney, Cline & Associates (GCA), certificadora contratada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para avaliar o preço do barril de petróleo utilizado na oferta de capitalização da Petrobras, a estimativa do pré-sal brasileiro é que se tenha reservas de até 20 bilhões de barris de petróleo. O número considera apenas as áreas analisadas, entre elas Franco e Libra, mas não inclui áreas de grande reserva prevista, como Tupi. Apenas esse poço tem reservas estimadas de 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente, conforme divulgado anteriormente.
A capacidade analisada pela certificadora é equivalente à soma de diversas grandes descobertas feitas nos últimos anos, como o campo de Kashagan, no Casaquistão, a área no Golfo do México que permitiu a instalação da Thunder Horse, a maior plataforma de petróleo do mundo, além de áreas na Bacia de Campos como Marlim e Roncador. Juntas, essas áreas possuem reservas de 15 a 20 bilhões de barris. Para elaborar o levantamento, a GCA analisou o entorno de acumulações conhecidas, as áreas já analisadas de Tupi, Iara e Júpiter, Franco e os prospectos não perfurados de Libra, Florim, Tupi Nordeste, Pau-Brasil, Peroba e Guará Sul.
A estimativa é de investir cerca de $ US$ 600 bilhões até 2015 na área do pré-sal”
Para o professor da Petroquallity (Instituição voltada para o setor de óleo e gás), Everton Carlos Gomes, esta estimativa é capaz de elevar o valor das ações da Petrobras para números ainda maiores. “Serão abertas cada vez mais vagas no mercado de trabalho na área do petróleo, tornando o Brasil autosuficiente em todos os produtos derivados do petróleo, principalmente a nafta que o Brasil ainda importa”, ressaltou o especialista em entrevista ao Nicomex Notícias, afirmando ainda acreditar que o Brasil está no caminho certo para atender a demanda do pré-sal. “A estimativa é de investir cerca de US$ 600 bilhões até 2015 na área do pré-sal, para se tornar cada vez mais preparado tecnicamente e tecnologicamente”, disse.
Recentemente, a GCA divulgou um relatório no qual é estimado que no poço de Libra, na Bacia de Santos, possa haver até 8 bilhões de barris de petróleo. O campo está sendo perfurado pela ANP com a Petrobras e, se confirmada a expectativa, Libra disputará com Tupi o posto de maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos.
Os dados serão usados pelo governo para atrair interessados no primeiro leilão do pré-sal com contratos de partilha, caso o novo marco regulatório seja aprovado pelo Congresso. Caso a estimativa da certificadora esteja correta, o Brasil poderá se tornar um dos maiores produtores de petróleo do mundo em poucos anos. “O pré-sal vai elevar a economia brasileira em níveis mais altos, tornando o Brasil uma das grandes potências na área do petróleo a nível mundial”, ressaltou Everton Carlos Gomes.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

PETROBRAS CAPTA R$ 120 BI COM CAPITALIZAÇÃO


última semana no setor petrolífero foi movimentada, com notícias envolvendo a capitalização da Petrobras. Na terça-feira, dia 21, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, classificou como um "sucesso" o processo da cessão onerosa, que prevê a transferência de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente à Petrobras mediante o pagamento de US$ 8,51 o barril, na média. Com esse valor, a cessão onerosa chegaria ao valor de R$ 74 bilhões, que seriam pagos pela Petrobras com os recursos da capitalização da estatal.
No dia seguinte, dados do relatório da Gaffney, Cline & Associates, consultoria contratada pela ANP para fazer a avaliação das reservas para a capitalização da Petrobras, informaram que as áreas do pré-sal incluídas na capitalização da Petrobras terão capacidade de produção de 2,126 milhões de barris por dia, volume semelhante ao produzido atualmente no país, em torno de 2 milhões de barris por dia. Mas, para que comecem a produzir, será necessária a construção de pelo menos 14 novas plataformas, que seriam conectadas a 184 poços. Em valores correntes, para a construção dessas plataformas seriam necessários US$ 18,5 bilhões (R$ 31,8 bi).
No dia seguinte após a constatação da certificadora, chegou à sua locação operacional no campo de Tupi, área do pré-sal da Bacia de Santos, a plataforma Cidade de Angra dos Reis que será a unidade produtora do Sistema Piloto de Tupi. Com capacidade para produzir até 100 mil barris de petróleo por dia, a plataforma dará início à produção efetiva do maior campo de petróleo até agora descoberto no Brasil, com reservas estimadas entre cinco e oito bilhões de barris de petróleo. A Cidade de Angra dos Reis, construída na China a partir da conversão de um navio convencional, é uma plataforma do tipo Unidade Flutuante de Produção, Estocagem e Transferência de Petróleo (FPSO na sigla em inglês).
Megacapitalização da Petrobras
Fechando a semana, a estatal informou que arrecadou cerca de R$ 120 bilhões com a capitalização, confirmando a operação como a maior já registrada no mundo, em cerca de US$ 70 bilhões. A reunião do Conselho de Administração, que definiu o preço das ações a serem emitidas, terminou um pouco antes das 22h da última quinta-feira. Com isso, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) custarão R$ 29,65 e as preferenciais (PN, sem direito a voto), R$ 26,30. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo federal aumentará a sua participação na Petrobras de 40% para cerca de 48%, com a capitalização da estatal.
O gigantismo da oferta da Petrobras, uma das maiores já realizadas no mundo, modifica significativamente o saldo das captações brasileiras desde a revitalização do mercado de ações, em 2004. A capitalização, que somou R$ 120,4 bilhões, equivale a 53% de tudo o que foi levantado com emissões de ações no Brasil nos últimos seis anos e meio. De 2004 até a última operação deste ano (Renova Energia), foram realizadas 203 emissões de ações no país que movimentaram um total de R$ 226 bilhões. Junto com Petrobras, as captações realizadas pelas companhias brasileiras somarão quase R$ 350 bilhões. A operação também coloca a Petrobras disparada como a maior empresa do mercado brasileiro.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

GÁS NÃO-CONVENCIONAL GANHA DESTAQUE MUNDIALMENTE


Na última semana, o jornal britânico Financial Times trouxe uma declaração do principal executivo da Aramco, maior petrolífera do mundo em reservas de óleo cru, dando conta de que a Arábia Saudita pode conter centenas de trilhões de pés cúbicos de recursos não-convencionais, como o gás de xisto, o que duplicaria suas reservas comprovadas de 280 trilhoes de pés cúbicos. Com isso, o país poderá atender melhor sua demanda de energia, deixando mais petróleo para exportação.

No entanto, esse anúncio traz uma análise paralela da situação. As reservas árabes podem ser uma oportunidade para o país, mas também significa que a Arábia Saudita não encontrou tanto gás convencional em seu território, onde companhias internacionais têm prospectado, mais especificamente na região desértica do Quadrante Vazio há cinco anos, com resultados geralmente decepcionantes. Segundo Khalid Al-Falih, da Aramco, a exploração não convencional no país está contribuindo para o abastecimento energético.

O gás não convencional, especialmente o de xisto, exige um esforço de exploração e de tecnologia considerável, entretanto, nos Estados Unidos, por exemplo, o recurso transformou o panorama de energia do país, levando os preços ao patamar mais baixo em sete anos. “Os Estados Unidos e o Brasil são os países com as maiores reservas mundiais de Xisto. A Petrobras desenvolveu o Processo Petrosix para produção de óleo de Xisto em larga escala. Assim como também estão sendo processados gás natural não-convencional. Esse será o processo que ajudará na redução da importação do gás natural”, explica o especialista em Petróleo e Gás, Emerson dos Santos.

Segundo ele, o país pode seguir o caminho americano e obter benefícios da exploração de gás não-convencional. “A vantagem pode ocorrer, por exemplo, se extraído do carvão, já que o Brasil é um dos maiores produtores deste, que é uma das fontes de extração do gás não-convencional já que os preços são mais baixos que o de gás natural. Acredito que não devemos descartar nenhuma das opções de recursos para fontes de energia”, diz Emerson.

Recursos não-convencionais

O gás não convencional pode ser extraído de grande profundidade, das rochas xistosas, das areias de baixa permeabilidade ou compactas, do metano das camadas de carvão e dos hidratos de metano, sendo este provavelmente de elevado impacto ambiental, dado existir, sobretudo, nas camadas árticas. O Xisto betuminoso é uma fonte de combustível que, quando submetido a altas temperaturas, produz um óleo de composição semelhante à do petróleo do qual se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina. “É uma saída real e comercialmente viável para o setor, visto que o valor é menor que o de gás natural”, avalia o especialista.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/