terça-feira, julho 24, 2012

Inepar fecha contratos de US$ 720 milhões para o pré-sal

Segundo fato relevante publicado hoje, o valor total dos negócios pode chegar a US$ 911,3 milhões se confirmada a opção de compra de outros oito módulos para mais duas plataformas

Rio de Janeiro (RJ) - A Inepar informou que vai fechar nos próximos dias contratos no valor de US$ 720,4 milhões com a Tupy BV e com a Guará BV (companhias que têm como acionistas Petrobras, BG Group, Petrogral e Repsol Sinopec). A empresa vai fornecer, por meio de sua controlada Iesa Óleo e Gás, 24 módulos de compressão para seis plataformas do pré-sal.

O prazo de entrega dos equipamentos é de 54 meses. A Inepar afirmou que a execução desses contratos será feita pela nova unidade da Iesa que está sendo construída em Charqueadas (RS), em um investimento de R$ 100 milhões.

A Inepar informou ainda que os módulos serão construídos com equipamentos produzidos na fábrica da Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens, outra empresa controlada pela Inepar, localizada em Araraquara, no interior de São Paulo.


Fonte: Valor Online

Relatório aponta falhas da BP e Transocean em vazamento nos EUA

A BP, empresa com base em Londres, era a dona e operadora majoritária do poço de Macondo, e a Transocean Ltd, baseada na Suíça, dona da plataforma que perfurava o poço

Houston (EUA) - As empresas BP Plc e Transocean Ltd não tinham regras claras para realizar importantes testes que garantissem que o malfadado poço de Macondo estava seguramente selado antes de sua ruptura, que causou o desastre ambiental de Deepwater Horizon em 2010, afirmaram investigadores de segurança norte-americanos.

O relatório preliminar da agência nacional sobre segurança de químicos dos Estados Unidos, a U.S. Chemical Safety Board (CSB, na sigla em inglês), que deve ser entregue nesta terça-feira durante uma audiência pública na cidade de Houston, devolve a atenção para erros destacados em investigações anteriores, com a BP potencialmente enfrentando sanções civis e até mesmo penais pelo incidente.

Mais de dois anos já passaram desde o desastre que aconteceu às 21h53 CDT em 20 de abril de 2010 (23h53 no horário de Brasília), quando uma onda de gás metano, conhecido pelos trabalhadores da plataforma como "pontapé", provocou uma explosão a bordo da sonda Deepwater Horizon, provocando a morte de 11 homens. A estrutura afundou dois dias depois.

A BP, empresa com base em Londres, era a dona e operadora majoritária do poço de Macondo, e a Transocean Ltd, baseada na Suíça, dona da plataforma que perfurava o poço de 1,6 km de profundidade no Golfo do México, na costa do estado norte-americano da Louisiana.

"(A BP e a Transocean tinham) diversas falhas de segurança no sistema que contribuíram com o incidente em Macondo", e segundo o relatório da agência federal, nenhuma das duas empresas tinham regras de segurança que focassem adequadamente no risco de acidentes graves.

O poço expeliu 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México por 87 dias seguidos, sujando os litorais de quatro estados no Golfo do México, no pior derramamento de petróleo no mar na história dos Estados Unidos. Maior ainda que o derramamento da Exxon Valdez no Alasca, em 1989.

Investigadores da CSB, que tem poderes de intimar testemunhas mas não de emitir multas ou citações, se focaram em averiguar testes cruciais conduzidos pelos operários de perfuração nos dias anteriores à explosão, a fim de determinar se o poço foi seguramente selado com cimento.

"A Transocean está comprometida com a melhoria contínua de ambos desempenhos pessoal e de procedimentos de segurança", afirmou o porta-voz da empresa, Brian Kennedy.

"Nós estamos ansiosos para revisar o relatório da CBS em sua totalidade para alcançar esse fim, assim como temos feito com diversos outros relatórios anteriores a esse."

Um porta-voz da BP disse que o acidente "foi resultado de diversas causas envolvendo diversos participantes", e que a empresa "tomou medidas concretas a fim de melhorar os gerenciamentos de segurança e risco", incluindo novas políticas sobre perfuração no Golfo do México, que excedem as atuais exigências regulamentares.

Fonte: Reuters