quinta-feira, agosto 30, 2012

Rolls Royce começa em setembro a construir fábrica de turbogeradores em Santa Cruz-RJ

Os primeiros equipamentos a serem construídos na nova fábrica servirão para o fornecimento de energia elétrica para plataformas de petróleo offshore e também para o mercado de geração de energia em instalações terrestres. A Petrobras em novembro de 2011 contratou a entrega de 32 unidades desses turbogeradores . As primeiras entregas acontecerão no primeiro semestre de 2013 e as últimas, no início de 2016.
Grupos específicos de profissionais da área de projetos da Rolls-Royce serão destacados para atender exclusivamente cada plataforma da estatal, num total de oito. A empresa pretende atender a toda a demanda de turbogeradores do mercado brasileiro e exportar o excedente para países da África e outras regiões das Américas.
Os investimentos em Santa Cruz, conforme anunciou a Rolls-Royce, serão de cerca de R$ 189 milhões. A fábrica será construída num terreno de 100 mil metros quadrados. O investimento da companhia no projeto pode dobrar, caso seja aprovada a instalação de uma planta dedicada à montagem de propulsores e um Centro de Treinamento – o quarto da Rolls-Royce no mundo. Ao todo, serão cerca de 20 mil metros quadrados de área construída.
A instalação da fábrica irá gerar novos empregos no Rio. Essa parece ser um boa notícia para os trabalhadores da região, que encontrarão novas oportunidades nesta unidade fabril e no centro de treinamento a ser construído pela empresa no distrito industrial de Santa Cruz. Os funcionários serão treinados em parceria com o SENAI. A nova planta terá uma localização estratégica, próximo ao porto de Itaguaí, por onde parte da produção de geradores deverá ser escoada, e às bacias de Campos e de Santos, onde há descobertas de petróleo no pré-sal.

Fonte: Portal Guaratiba

Petrobras terá o 1º terminal flutuante

Em menos de dois anos, a Transpetro estará operando o primeiro terminal flutuante do mundo. Batizado de Uote (Unidade Offshore de Transferência e Estocagem), o sistema instalado no mar receberá petróleo dos campos de produção das bacias de Campos e do pré-sal de Santos para ser exportado.
A Uote reúne tecnologias já conhecidas, mas que serão integradas pela primeira vez, diz Paulo Penchiná, gerente-executivo de desenvolvimento de logística para o pré-sal da Transpetro, braço de transporte da Petrobras.
“Todo terminal tem uma entrada, uma saída e uma área de armazenamento. Na Uote, a área de armazenamento será um navio.”
Se em terra os terminais têm o cais e as estradas, na Uote a entrada e a saída são 600 metros de tubos flexíveis ligados a monoboias e a um conjunto de válvulas e conexões submarinas, espalhadas por uma área de cinco quilômetros. O sistema ficará a 70 quilômetros da costa.
A Uote reproduz o funcionamento dos 28 terminais da Transpetro em terra. Nesses terminais, os navios chamados aliviadores trazem o petróleo dos campos para ser armazenado e depois transferido para petroleiros que farão a exportação do produto.
Os navios aliviadores têm um alto custo, porque possuem um sistema sofisticado que permite a movimentação próximo às plataformas, o que os navios comuns não conseguem.
Quanto mais rápido esses navios puderem retornar para se abastecer nos campos produtores, menor o custo de produção para a empresa, informou o executivo.
CUSTO ELEVADO
O primeiro Uote, que depois de testado deverá ser replicado para outros lugares, significará investimentos de US$ 318 milhões, além do afretamento de um navio (FSO) com capacidade para armazenar 2 milhões de barris, que está sendo construído na China pela indiana Tanker Pacific.
O FSO deve chegar ao Brasil em outubro de 2013. O custo do afretamento será de US$ 60 mil por dia. A previsão é que comece a operar em junho de 2014.
O processo de licenciamento no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) já foi iniciado e, segundo Penchiná, “está andando bem”.
De acordo com o oceanógrafo David Zee, a solução encontrada pela Transpetro, em parceria com a Petrobras, terá um processo de licenciamento menos complexo porque não será avaliada por impactos socioambientais.
“No meio do mar não tem cidade perto, não tem pescadores, não mora ninguém. Por isso seria mais simples.” 

Fonte: Jornal Floripa