segunda-feira, setembro 07, 2009

Motorola vai apostar tudo em celulares com Android

A Motorola precisa despertar sério apetite eletrônico entre os consumidores ao lançar seus novos celulares na semana que vem, para convencer os compradores e Wall Street de que ainda tem lugar no setor mundial de telefonia móvel. Mas suas chances parecem precárias.
Depois de anos de perdas de mercado, a Motorola decidiu apostar tudo no software Android para celulares, do Google, na esperança de que uma parceria com o gigante da web possa ajudá-la a reconquistar os consumidores.
As ações da Motorola que um dia liderou o mercado mundial de celulares e hoje caiu ao quarto posto registraram alta de 11% no começo da semana, devido à esperança de que os novos modelos de celulares despertem entusiasmo suficiente para recuperar a fama de seu logotipo em forma de asa de morcego.
Embora ninguém antecipe o lançamento de um modelo capaz de derrotar o iPhone, da Apple, no evento marcado para 11 de setembro em San Francisco, analistas afirmam que o risco continua a ser o de que os novos modelos não sejam únicos o bastante para seduzir os consumidores, especialmente porque outros fornecedores também vendem celulares equipados com o Android.
"Os primeiros modelos não apresentarão diferenciação significativa e podem decepcionar as pessoas que aguardam os lançamentos", disse Phil Cusick, da Macquarie Research.
A empresa ofereceu poucos detalhes sobre o evento, que acontecerá durante a apresentação de seu co-presidente-executivo, Sanjay Jha, na conferência de telefonia móvel GigaOm. Jha havia anunciado o plano de desenvolvimento de celulares Android em outubro passado.
Ele também disse que os novos modelos seriam integrados a redes sociais populares, mas rivais como Apple, Research in Motion (RIM), HTC e Palm já oferecem esse tipo de recurso para serviços como o Facebook.
Os acionistas parecem ter se impressionado com o desempenho de Jha, com as ações da Motorola acumulando alta de 100% de maio para cá. Mas ainda assim elas estão 70% abaixo do pico de US$ 26 atingido em 2006.

Fonte: www.terra.com.br