sexta-feira, novembro 20, 2009

Centro de transmissão da Sky tem energia para 300 casas


O centro de transmissão da Sky, em Tamboré, próximo a São Paulo, tem geradores de energia capazes de iluminar 300 casas e que aguentam até quarenta horas no ar sem precisar reabastecer o diesel. A operadora de TV paga abriu as portas do seu Brazil Broadcast Center (BBC) para mostrar como é feito todo o processo desde que a Sky recebe o sinal dos seus fornecedores de conteúdo até o envio da informação para o satélite, que por sua vez reenvia para a casa dos assinantes.

Tudo começa com as 22 antenas de recepção, que captam sinais compactados dos fornecedores (os canais). Esse sinal é descompactado e processado pelos servidores da Sky, em uma sala refrigerada. Nesse momento, explica Luis Otávio Marchezetti, diretor de engenharia da companhia, uma camada de segurança e criptografia é adicionada para que apenas os assinantes do serviço recebam o sinal.
Esse mesmo sinal é comprimido novamente para o momento de transmissão para o satélite. Entre receber, descompactar, processar e recompactar o sinal, perde-se de 1 a dois segundos: é um pequeno atraso na programação. Adicione mais meio segundo para o envio para o satélite para completar o "delay" na programação.
Dos servidores de processamento, o sinal segue para os transmissores e para a antena de 13,2 metros de diâmetro: se o tempo está bom, a frequência de envio é baixa. Caso fique nublado ou chuvoso, a frequência é ajustada automaticamente para um valor maior ¿ para garantir que o sinal do assinante não caia. O satélite IntelSat 11 está geoestacionário (em posição fixa em órbita da Terra) a 36 mil quilômetros de altura.
Entretanto, como diz o diretor de engenharia da Sky, "usamos filosofia militar": todos os sistemas (servidores, energia, ar-condicionado) têm outros de garantia em caso de falha. "Um servidor tem duas réguas de energia, cada uma com uma fonte diferente. Ao lado dele, o outro servidor também tem duas réguas, vindas de fontes totalmente distintas do ao lado", explica Marchezetti. No caso das antenas, por exemplo, são duas grandes (de 13,2 metros), uma transmitindo para o satélite de programação do Brasil e outro para parte da América Latina, e ainda há uma menor (7,6 metros) para reserva.
Toda a programação no ar é monitorada em uma sala de controle que pode mostrar mais de 500 telas simultaneamente (incluindo 14 canais regionais da Rede Globo). Em uma sala ao lado, operadores controlam a programação de conteúdo da própria Sky (comunicação com os assinantes, canais corporativos etc.) ¿ há ainda um estúdio no local, incluindo duas salas para narração de futebol. "Quando começamos a trabalhar aqui, em 1996, eram apenas 24 canais. Hoje são mais de 300. Este centro já foi montado e remontado umas três vezes", conclui Marchezetti.



Robôs se enfrentam em jogo de futebol na Campus Party México


Os Cyberlords da Universidade La Salle e Cinvestav foram os grandes vencedores do primeiro encontro de futebol de robôs que ocorreu neste domingo na Cidade do México, durante a primeira edição da Campus Party México. Mais de 3,5 mil pessoas participaram do encontro mexicano de entretenimento eletrônico, que ocorre anualmente na Espanha e que se estende também no Brasil, Colômbia e El Salvador. O evento começou na última quinta-feira e se encerra nesta segunda.

A equipe que representava as duas instituições venceu por 1 a 0 os Bogobots do Instituto de Tecnologia de Monterrey graças a um gol contra do robô número 2, ocorrido ainda no primeiro tempo. O jogo começou travado, com os robôs caindo e analisando as condições do terreno da partida, talvez porque nunca tivessem jogado no "estádio" Expo Bancomer, local onde ocorreu a Campus Party.
A partida seguiu o regulamento internacional da modalidade, que estipula dois tempos de 10 minutos. Os robôs de Monterrey levaram o gol contra no primeiro tempo e não conseguiram reverter o placar. No segundo tempo, os robôs pareciam cansados e não houve nenhuma situação de perigo, permitindo que os robôs da La Salle mantivessem o placar e conquistassem o campeonato.
A partida apresentou pela primeira vez duas equipes mexicanas se enfrentando nesta modalidade e demonstrou também o alto nível de desenvolvimento e inovação dos robôs, totalmente autônomos.



Parede interativa se molda ao ambiente e às pessoas


Uma nova forma de arquitetura, dinâmica e interativa, que se molda ao ambiente e às pessoas. Este é o objetivo da nova criação de uma empresa alemã, especializada em automação industrial: uma parede interativa de mais de cinco metros de altura e cerca de 50 centímetros de espessura, composta por sete módulos independentes com 1,09 metro de largura cada. Sensores ultrassom permitem que a parede modifique sua forma, suas luzes e, até mesmo, sua música conforme a movimentação de pessoas e objetos a sua volta.

A novidade, exposta na sede da Festo na Alemanha, pode ser programada para mover-se de forma regular, como uma onda, ou relacionando-se com o ambiente. A segunda opção a transforma em um objeto totalmente interativo, que capta as vibrações de pessoas que se aproximem graças aos sensores de ultrassom, que transformam vibrações em movimento.
Essa tecnologia permite que a parede se afaste quando um indivíduo se aproxima, por exemplo. Ela pode, ainda, modificar suas luzes e a música de acordo com a movimentação do ambiente.
A criação é mérito de um núcleo de pesquisas da empresa, Bionic Learning Network, que em conjunto com diversas universidades do mundo todo e com o grupo Didactic, braço educacional da Festo, aplica o conhecimento da engenharia em diversos projetos de robótica que, além dessas paredes, já deu vida a pinguins biônicos, águas vivas e raias robôs.
Um vídeo que mostra o funcionamento da parede pode ser assistido no site www.festo.com/cms/en-us_us/10326_10350.htm#id_10329.



Lula recebe proposta para plano nacional de banda larga dia 24

O presidente Luis Inácio Lula da Silva recebe até dia 24 deste mês esboço de um projeto para ampliar o acesso à Internet em alta velocidade no país, afirmou o coordenador de inclusão digital da Presidência, Cezar Alvarez.
"O Estado será regulador do serviço porque esse é um dever, e o governo quer fazer esse papel de regulador para tornar a banda larga acessível a diferentes camadas da população", afirmou Alvarez durante evento em Brasília, segundo a Agência Brasil.
No final de outubro, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou à Reuters que o plano nacional de banda larga terá necessidade de investimentos de R$ 10 bilhões numa primeira etapa. Segundo ele, o governo está trabalhando para promover licitações de frequências de acesso rápido à Web no primeiro trimestre de 2010.
O ministro afirmou na ocasião que o governo pretende oferecer frequência usada para banda larga com tecnologia WiMAX. Presente no mesmo evento que Alvarez, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, afirmou que o governo tem expectativa do país ampliar o número de acessos à internet rápida para 165 milhões até 2018. Atualmente, segundo ele, existem atualmente 15 milhões de acessos no país.
Sardenberg afirmou que a previsão de investimentos para o setor é de R$ 250 bilhões até 2018 e será necessário incentivar concorrência entre as empresas fornecedoras do serviço. De acordo com ele, o setor responde atualmente por mais de 6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
"Não podemos nos conformar com um hiato digital no país, com serviços de telecomunicações muito avançados em determinadas regiões e muito atrasados em outras", disse Sardenberg, segundo a Agência Brasil.
Atualmente, a oferta de banda larga está concentrada no Sudeste, sendo oferecida por empresas de TV a cabo e operadoras de telefonia.

Quadrilhas online aproveitam gripe suína para faturar


Quadrilhas estão faturando milhões de dólares com a gripe suína, vendendo remédios falsificados pela internet, segundo informou uma companhia de segurança de computadores nesta segunda-feira. A Sophos, uma produtora britânica de software de segurança, anunciou ter interceptado milhões de mensagens de spam e sites contendo falsas mensagens farmacêuticas este ano, muitos dos quais oferecendo versões falsificadas de remédios de combate ao vírus H1N1, como o Tamiflu.
O Tamiflu, um medicamento comercializado pela Roche e conhecido em sua forma genérica como oseltamivir, é a principal droga recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para tratar e desacelerar o avanço dos sintomas da gripe. A GlaxoSmithKline produz o Relenza, outro medicamento antivírus usado no combate à gripe.
A Sophos afirmou que muitas das quadrilhas que divulgam esses anúncios operam a partir da Rússia e que os cinco países em que mais se compra versões falsas do Tamiflu e outros remédios online são os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá e França.
Segundo a empresa de segurança na web, as quadrilhas operam sites de vendas de remédios identificados como "Canadian Pharmacy" para se fazerem passar por páginas legítimas.
Graham Cluley, porta-voz da Sophos, disse que uma "tendência preocupante" de formação de estoques já havia sido vista no Reino Unido, o país europeu mais atingido pela gripe suína, até o momento. "À medida que mais e mais casos de gripe suína vêm à luz, é essencial que resistamos à tentação, gerada pelo pânico, de adquirir Tamiflu online", disse.
"As quadrilhas que trabalham nos bastidores por meio de falsas drogarias online colocam a saúde, as informações pessoais e os detalhes de cartões de crédito de seus clientes em risco", afirmou. A OMS, sediada em Genebra, que declarou a gripe provocada pelo H1N1 uma pandemia em junho passado, atualizou sua orientação aos médicos na semana passada e determinou que medicamentos devem ser administrados antes mesmo de testes que provem que um paciente em risco porta o vírus.

Google anuncia projeto de código aberto para o Chrome OS

Durante a apresentação oficial do sistema operacional Google Chrome OS, nesta quinta-feira, Sundar Pichai, vice-presidente de produtos do Google, anunciou que a empresa vai abrir o código do sistema para a comunidade de desenvolvedores. Chamado de Chromium OS, o anúncio do seu lançamento é feito cerca de um ano antes da chegada oficial do Chrome OS ao mercado, de acordo com o Google.
"Queremos nos conectar com parceiros, com a comunidade open source e com os desenvolvedores. Como é feito com o navegador Chrome, o desenvolvimento será aberto a partir de agora", escreveram Caesar Sengupta, diretor de produtos, e Matt Papakipos, diretor de engenharia do Google no blog oficial da companhia. O Google fez uma conferência de imprensa para detalhar melhor seu sistema operacional na tarde de hoje.
Na apresentação, transmitida pela web, Sundar Pichai reafirmou que o Chrome OS será apenas baseado em aplicativos na web. "O sistema se baseia em três pilares: velocidade, segurança e simplicidade". Durante uma demonstração, o sistema levou cerca de sete segundos para ligar o netbook e mais três para acessar a internet.
Desenvolvido para ser leve, rápido, seguro e proporcionar ao usuário uma experiência de uso rápida e confortável na web, o novo programa é baseado no Google Chrome, navegador lançado em 2008 para atender o novo jeito dos consumidores usarem novos aplicativos e uso da Internet.
"Ao longo dos últimos anos, os usuários têm passado cada vez mais tempo online, realizando ações complexas. Por isso, queremos proporcionar uma experiência fundamentalmente diferente e inspirada na forma como navegamos hoje", disse Pichai. "Com o sistema operacional Google Chrome, tornamos a experiência de internet mais rápida, fácil e segura. Embora tenhamos ainda um longo caminho a percorrer, estamos entusiasmados com o progresso que conseguimos até agora e esperamos dar continuidade no desenvolvimento do sistema".
O Chrome OS, disse Pichai, só vai rodar em hardware certificado pelo próprio Google. "A máquina precisa ter um disco de estado sólido (SSD) e não um disco rígido, por exemplo", comentou, sem informar possíveis parceiros de hardware para o projeto. "Mas hoje um desenvolvedor com um bom netbook e uma chave de fenda consegue rodar nosso sistema", afirmou.
Mais detalhes de máquinas compatíveis com o Chrome OS serão detalhados apenas em meados de 2010, de acordo com os engenheiros do Google. O sistema operacional será lançado a tempo das compras de final de ano, diz a companhia. Para desenvolvedores, o código do Chromium OS já pode ser baixado em http://www.chromium.org/.
Apesar de baseado em software de código aberto, o Chrome OS não está relacionado ao outro sistema operacional do Google, o Android, que foi feito para celulares e dispositivos portáteis.