domingo, janeiro 27, 2013

Tipos de Poços Direcionais

a) Tipo I ou Slant – Caracteriza-se por ter o ponto de desvio (KOP) a baixa profundidade, um trecho de ganho de ângulo e depois um trecho com inclinação constante até atinge o alvo. É o tipo de direcional mais comum por ser simples e econômico.
 
b) Tipo II ou em “S” – Caracteriza-se por ter um trecho de ganho de ângulo, um trecho reto e inclinado e um trecho com perda de ângulo. O poço pode atingir o alvo na vertical ou não. Este tipo de poço é executado quando o afastamento do alvo é pequeno em relação à profundidade do objetivo. Tem como desvantagens o alto desgaste do revestimento e da coluna de perfuração, os altos torques e arrastes, e o aumento da possibilidade de formação de chavetas.
 c)  Tipo III – Caracteriza-se por ter o KOP a grande profundidade, e um trecho de ganho de ângulo para atingir o alvo. É muito utilizado para aproveitamento de poços já perfurados.
 
d) Horizontal – Caracteriza-se por ter inclinação final perto de noventa graus. Sua vantagem é ter uma maior área exposta no reservatório.
 
 Eles são utilizados preferencialmente em formações delgadas, em formações naturalmente fraturadas, reservatórios com problema de cone de gás e de água, múltiplas formações com alto mergulho e como poços injetores. Atualmente, é o tipo de poço direcional mais perfurado no Brasil para produção e injeção.  
 
 
 
e) Poço de longo afastamento ou ERW (Extended Reach Well) – Possui um grande afastamento entre a locação da sonda e o alvo. Normalmente um poço é considerado ERW quando a relação entre o afastamento e a profundidade vertical final é maior que 2. Se produtores, normalmente terminam com um trecho horizontal no interior do reservatório.
f) Poços Multilaterais – Possuem a característica de ter um poço principal e pelo menos um lateral. Normalmente o poço principal e os laterais são horizontais.  Possuem apenas uma cabeça de poço. Eles são classificados em 6 tipos a depender do grau de complexidade da junção entre o poço principal e as ramificações. 

Fonte: Apostilha de perfuração.

Engenharia de Poço

A construção de poços é uma das atividades mais importantes da indústria de petróleo. Entre outras, cabe a Engenharia de Poços a tarefa de perfurar, testar e equipar os poços para que esses atendam aos requisitos de exploração ou produção.
Os riscos envolvidos na construção de poços podem ser altos. Erupções descontroladas de gás ou óleo, os chamados “Blowouts”, já foram a causa de perdas de vidas humanas, destruição de plataformas e danos ao meio ambiente. Por isso, a construção de um poço é considerada uma atividade de risco e que conseqüentemente requer o desembolso de grandes somas de dinheiro.
Existem várias classificações para os poços de petróleo. Dependendo da fase em que a área geográfica esteja, o poço a ser perfurado poderá ser classificado como Exploratório ou de Desenvolvimento (ou Explotatório). Por ser perfurado na fase exploratória, onde poucos dados da área geográfica estão disponíveis, o projeto de um poço exploratório pode ter características muito distintas de um projeto usado para perfurar um poço de desenvolvimento.
Os poços também podem ser terrestres (Onshore) ou marítimos (Offshore). Dependendo da profundidade de água da locação onde o poço irá ser perfurado, este pode ser classificado como sendo de água rasa (Shallow water), água profunda (Deepwater) ou água ultra-profunda (Ultra Deepwater).
Ao terminar a perfuração de um poço, é necessário deixá-lo em condições de operar de forma segura e econômica. Ao conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir hidrocarbonetos ou injetar fluidos nas formações, denomina-se Completação.
São várias as formas de classificar a completação dos poços. Quanto ao posicionamento da cabeça do poço, isto é, se esta está localizada na superfície ou no fundo do mar, a completação pode ser classificada como seca ou molhada. A completação é classificada como sendo “A Poço Aberto”, se esta nenhum revestimento é colocado em frente da zona produtora. Por outro lado, ela é dita “A Poço Revestido” se um revestimento de produção é colocado em frente da zona produtora. Finalmente, a completação pode ser simples ou múltipla, dependendo se a produção ocorrer de uma única zona produtora ou se for proveniente de vários intervalos produtores diferentes colocados para produzir independente de cada um.
 
créditos:Prof.: Luiz Alberto S. Rocha,
PhD, Louisiana State University.
Professor de Engenharia de Poço I & II