segunda-feira, março 12, 2012

Mais de 11 mil vagas para capacitação profissional


Já estão abertas as inscrições para seleção para cursos gratuitos de qualificação na área de gás e petróleo pelo Prominp. No Rio, são oferecidas, ao todo, 4.602 chances
Rio - Já foi dada a largada para uma das 11.671 mil oportunidades na seleção pública nacional para cursos gratuitos de qualificação profissional pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) em todo o Brasil. No Rio, são 4.602 chances. A formação é o primeiro passo rumo ao sonhado emprego fixo na Petrobras ou na cadeia produtiva do setor, que inclui empresas parceiras da estatal e até as concorrentes.

Para participar, é preciso ter mais de 18 anos e interesse em agarrar uma das milhares de chances de trabalho na área de petróleo e gás que estão por vir com a exploração da camada pré-sal pela Petrobras. Há vagas para candidatos de todos os níveis de escolaridade. Ao todo, são 7.335 postos para quem tem Nível Fundamental completo, 3.706 para Nível Médio e Técnico e 630 para o Superior.
As oportunidades serão disputadas por meio de seleção pública, composta por provas objetivas e testes físicos — exigidos para os cargos de operador de sonda de perfuração e plataformista de sondas. Os candidatos aprovados que estiverem desempregados terão direito a bolsa-auxílio no valor de R$ 300 (para Nível Fundamental), R$ 600 (Médio e Técnico) e R$ 900 (Nível Superior).
Para se inscrever na seleção, é preciso fazer o cadastro por meio do portal www.prominp.com.br. As inscrições vão até o dia 12 de abril. As taxas de participação cobradas são de R$ 25 (para candidatos com Nível Fundamental de formação), de R$42 (Médio e Técnico) e de R$ 63 (Superior).
Quem não tem condições de arcar com os custos da taxa de inscrição ou que contam com Número de Identificação Social (NIS) podem pedir isenção até o dia 18 de março.
Fique atento ao conteúdo das provas

As provas objetivas do concurso serão aplicadas pela banca organizadora Fundação Cesgranrio. Candidatos que disputam chances que exigem o primeiro ciclo do Nível Fundamental (até a quarta série) farão avaliações de Língua Portuguesa e Matemática. Quem conta com o segundo ciclo do Fundamental (até a oitava série) terá de responder também a questões de Raciocínio Lógico.
As mesmas disciplinas (Português, Matemática e Raciocínio Lógico) caem nas provas dos alunos de Nível Médio. Quem disputa o cargo de Desenhista Projetista de Tubulação terá também de responder a questões de Informática.
Já os candidatos que contam com formação Superior terão de estudar Português, Matemática, Raciocínio Lógico e Conhecimentos Específicos.
O mercado de trabalho do petróleo e gás a um clique
Os salários do setor de petróleo e gás no Brasil (R$14 mil em média) estão entre os cinco maiores do mundo segundo a consultoria internacional pela HAYS Recruiting experts worldwide. Ficamos atrás apenas da Austrália, Noruega, Canadá e EUA numa lista de 50 nações.
É natural que cada vaga aberta seja muito concorrida. Por isso, o segundo passo para quem tem formação para disputar um dos empregos fixos no setor é manter-se sempre atualizado, não parando nunca de estudar.
O terceiro passo, nem por isso menos importante que os anteriores, é ficar atento aos processos de recrutamento. Muitos são abertos apenas para quem está em sala de aula de curso de qualificação, uma vez que é prática nas empresas do setor selecionar profissionais e, antes de eles botarem a mão na massa, oferecer treinamento específico na companhia.
Para auxiliar os interessados nesse passo, a Petrobras conta com o portal ‘Profissões de Futuro’. Por meio do www.profissoesdefuturo.com.br, estudantes e profissionais de todo o País podem conferir as oportunidades das carreiras de Nível Técnico e Superior ligadas ao segmento de energia. Está lá também lista de cursos gratuitos de formação e qualificação oferecidos pelo Ministério de Minas e Energia em parceria com a companhia.

Na página virtual, o internauta tem acesso a informações sobre cenário da indústria de energia, o mercado de trabalho dos profissionais com Nível Técnico de formação, além de mapa dos cursos ligados à exploração do petróleo e gás. Lá, podem ser encontradas também informações sobre mercado de trabalho e onde é possível estudar.
CONTRATAÇÃO
Anualmente, 50 mil postos de emprego são gerados por empresas ligadas direta ou indiretamente à exploração de petróleo e gás natural.

Segundo dados da Petrobras, só na estatal trabalham hoje 82 mil profissionais. Na companhia, os técnicos de Nível Médio representam dois terços do total de empregados.
O cenário faz com que a empregabilidade das carreiras técnicas supere as das outras categorias. Para se ter ideia, o Plano de Negócios de 2011 a 2015 da Petrobras prevê contratar cerca de 17 mil empregados até 2015. Só este ano, foram abertas duas seleções públicas: uma na Liquigás, com 1.160 postos, e outra na Transpetro, com 602 vagas.

Fonte: http://odia.ig.com.br/

Petrobras avalia que preço do petróleo perderá força


Presidenta Graça Foster prevê menor pressão geopolítica sobre grandes produtores.
A Petrobras avalia que a cotação do petróleo perderá força no mercado internacional, o que indica que não haveria necessidade de um reajuste nos preços dos combustíveis no Brasil, afirmou a presidenta da empresa, Maria das Graças Foster, nesta quinta-feira.
“A expectativa que temos é que esse preço seja arrefecido por uma menor pressão geopolítica entre os países grandes produtores de petróleo. Nós não acreditamos que esse pico se transforme em patamar”, disse ela, em entrevista ao canal de TV GloboNews.
O petróleo tem tido sustentação principalmente por temores relacionados a uma interrupção da oferta do Irã, que sofre sanções do Ocidente por conta de seu programa nuclear.
Questionada se um conflito poderia levar o petróleo para outro patamar, a executiva admitiu que isso seria possível. Mas acrescentou que talvez a economia global não resista a uma nova alta no mercado.
“Entendemos que a economia no mundo é tão dependente de petróleo que é possível que ela não possa resistir a um patamar tão grande, tão significativo.”
A petroleira trabalha com um preço de petróleo de US$ 100 por barril em 2012, abaixo do atual patamar de cerca de US$ 120, disse Graça Foster, como a presidente da Petrobras gosta de ser chamada. No longo prazo, a estatal trabalha com uma cotação entre US$ 80 e 90.
Segundo ela, o que define o preço da gasolina e de outros derivados é a “paridade internacional”. “Então, se atingir patamares sucessivos, maiores, chega um determinado momento que tem que repassar, isso é inexorável, não existe a possibilidade de não corrigir o preço da gasolina…”, declarou, sem dar detalhes.
A Petrobras tem recebido pressões do mercado para elevar os preços dos derivados num momento em que as importações cresceram fortemente, por conta de uma menor oferta de etanol. Ela afirmou que em fevereiro as compras de gasolina no exterior subiram 33% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A primeira mulher a alcançar o cargo de presidente da Petrobras destacou as grandes descobertas da petroleira e salientou que o mercado deveria observar o portfólio de reservas da estatal, relatando que as jazidas da companhia somam 31 bilhões de barris de óleo equivalente, incluindo as reservas não incorporadas. “Tá na mão 31 bilhões de óleo equivalente.”
O volume equivale ao dobro das reservas provadas da Petrobras, na casa de 15 bilhões de barris de óleo.
A Petrobras é a empresa que mais realizou grandes descobertas de petróleo na última década graças ao achado do pré-sal da bacia de Santos, uma nova fronteira que abriga pelo menos 50 bilhões de barris, segundo estimativas conservadoras de analistas e bancos de investimentos.
“A Petrobras tem a seu favor grandes descobertas de petróleo. O mundo acredita no nosso portfólio, é só uma questão de tempo”, disse a executiva quando indagada, pela jornalista Miriam Leitão, sobre a queda nas ações da companhia nos últimos tempos.
Graça afirmou ainda que não se opõe a medidas mais severas em favor do meio ambiente pelo governo brasileiro, como por exemplo a possibilidade de limitar a exploração de petróleo nas proximidades do arquipélago de Abrolhos, um santuário ecológico.
Quanto aos prazos de estaleiros para a entrega de sondas e navios, Graça disse que acompanha pessoalmente a situação.
“Da minha sala eu vejo as sondas que chegam na Baía de Guanabara. Comprei até um binóculo para monitorar”, disse, com bom humor.
A Petrobras deverá receber neste ano 14 sondas de perfuração encomendadas para fazer frente à exploração do pré-sal.

Fonte: IG (Reportagem de Sabrina Lorenzi e Roberto Samora)

Corrida contra o tempo no pré-sal: 4 estaleiros no início das obras


As encomendas da Petrobras para o pré-sal se transformaram em uma verdadeira corrida contra o tempo. Só para as encomendas das 33 sondas da Petrobras, serão necessários investimentos de ao menos R$ 9,2 bilhões. Do total, cerca de R$ 6 bilhões virão de financiamentos via Fundo da Marinha Mercante — que ainda não foi liberado. Dos sete estaleiros que vão construir as sondas, quatro estão apenas iniciando as obras e dois estão em ampliações, necessárias para poder atender à estatal. O setor enfrenta ainda outro desafio: a falta de qualificação da mão de obra. Segundo o Sinaval, o sindicato do setor, até 2013 serão necessários mais 25 mil trabalhadores nos estaleiros. Hoje, são 59 mil.

A ameaça de atrasos dos estaleiros, uma cadeia de fornecedores ainda em expansão e a falta de mão de obra adequada aparecem como os principais gargalos para o pré-sal, alertam especialistas. O BNDES se mostra preocupado com o cenário, já que os estaleiros existentes não conseguem atender aos pedidos. A entrega das sondas — cada uma leva dois anos para ser construída — deveria começar em junho de 2015.

Cada sonda custa US$ 800 milhões

A Petrobras não assinou contrato com a Sete Brasil e a Ocean Rig para a construção das 26 sondas, cujo resultado da licitação saiu em fevereiro. A previsão é que os documentos sejam finalizados em abril. A Sete Brasil fará 21 sondas e a Ocean Rig, cinco. A Sete Brasil, empresa da qual a Petrobras é sócia, havia vencido licitação anterior para construir sete sondas. Pelo modelo, as duas empresas encomendarão as sondas aos estaleiros e as alugarão para a Petrobras por até 20 anos.

Sem assinar com a Petrobras, a Sete Brasil negocia com os estaleiros. Das 28 sondas, só nove estão contratadas, sendo que sete serão feitas pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, com atraso em todas as obras. Já a Ocean Rig, diz uma fonte, pretende fazer as sondas em seu próprio estaleiro, o Eisa Alagoas, que será construído. A empresa avalia se transfere parte para o Mauá, no Rio. Cada sonda tem custo de US$ 800 milhões.

“Os atrasos de entrega dos navios no EAS são por problemas de formação de mão de obra. Mas os novos estaleiros ficarão prontos a tempo de atender às encomendas”, explica Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, alertou que um dos gargalos do setor é a falta de pessoal. Ele lembrou que há menos de dez anos eram 6 mil empregados:

“Em 2015 teremos de ter pelo menos 100 mil trabalhadores no setor.”

Rodrigo Bacellar, superintendente da área de insumos básicos do BNDES, lembra que novos estaleiros são essenciais. Já foi mapeado o financiamento de R$ 33 bilhões para os próximos anos — R$ 15 bilhões para as sondas.

“Os atuais estaleiros não dão conta. É preciso aumentar a capacidade. Há ainda a curva de aprendizado, que é demorada. No Nordeste, não há cultura no setor”, diz Bacellar, lembrando que a liberação de dinheiro para as sete sondas do EAS está em análise.

Mesmo que algum estaleiro não consiga construir as sondas a tempo, João Carlos Ferraz, presidente da Sete Brasil, diz que, como contratará seis estaleiros, há redução de risco:

“É pouco provável que todos os estaleiros apresentem problemas ao mesmo tempo. É reconhecido que o EAS enfrenta alguns problemas, mas as evidências que os sócios do estaleiro nos apresentaram nos permitem prever que o ritmo das obras será rapidamente retomado.”

A Sete Brasil garante que entregará a primeira sonda à Petrobras até 15 de junho de 2015. Procurada, a estatal não se manifestou.

Além de tocar as obras, os estaleiros negociam a vinda de fornecedores, essencial para atender à política de conteúdo nacional, na faixa dos 60%. É o caso da OSX, de Eike Batista, que assinou com sete fornecedores sua instalação em São João da Barra, no Rio.

“Buscamos fornecedores que têm confiabilidade de entrega. Temos condições de pegar mais sondas. Muitos estão se candidatando sem parceiro tecnológico”, avalia Luiz Eduardo Carneiro, presidente da OSX, cuja parceira é a Hyundai.

O Paraguaçu, na Bahia, de Odebrecht, OAS e UTC, deve escolher até o fim deste mês seu parceiro tecnológico. Há conversas com a japonesa Kawasaki e a sul-coreana DSME (Daewoo).

Preocupado com a cadeia de fornecedores, o governo corre. O BNDES quer virar sócio de companhias do segmento, mas não tem nada fechado. O banco pretende emprestar R$ 1,5 bilhão em 2012 para estimular as pequenas e médias empresas do setor. A Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio quer anunciar em abril o polo de navipeças na Baía de Guanabara.

“Queremos criar um distrito moderno e consolidar o conteúdo fluminense dentro do projeto de conteúdo nacional. E tem que ficar perto do mar, pois há equipamentos, de até 16 metros de altura, que não podem ser transportados por terra”, afirma Alexandre Gurgel, diretor da Companhia de Desenvolvimento Industrial.

Empresas do Rio fazem investimentos

Cristiano Prado, gerente de Competitividade Industrial do sistema Firjan, lembra que a cadeia produtiva do setor, com o pré-sal, vai movimentar US$ 400 bilhões até 2020:

“É importante ter esse horizonte de produção para que as empresas se organizem. Muitos estaleiros do Rio podem ajudar os que farão as sondas, já que estão em ampliação e se modernizando. Barra do Furado, em Quissamã, receberá novos estaleiros e consumirá investimentos de R$ 1,2 bilhão.”

Nos estaleiros do Rio, há muitos investimentos. Após melhorias feitas em suas instalações, o STX está na fase final da construção de um navio de apoio marítimo e outro de manuseio de âncoras. Cada um tem custo entre US$ 70 milhões e US$ 90 milhões.

Já o Aliança, em Niterói, está aumentando sua capacidade e inaugurou unidade em São Gonçalo de blocos para navios. A empresa planeja investir R$ 1,38 bilhão. O Inhaúma (Ishibras), arrendado pela Petrobras, voltou a funcionar e faz a adaptação do casco P-74, para o pré-sal.

Fonte: DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR