segunda-feira, janeiro 02, 2012

Produção de petróleo na Rússia atinge novo recorde em 2011



A produção de petróleo da Rússia subiu 1,2% para atingir uma nova máxima pós-soviética de 10,27 milhões de barris por dia (bpd) no ano passado, quando o maior produtor de petróleo do mundo diminuiu a carga tributária e lançou um oleoduto até a China, disse o Ministério de Energia nesta segunda-feira (2).

Este valor é um pouco acima dos 10,26 milhões de bpd, esperados por uma pesquisa feita com analistas no ano passado, embora o aumento em 2011 tenha abrandado ante uma alta de 2,2% em 2010, quando o país produziu 10,145 milhões de barris por dia, ante 9,93 milhões de bpds em 2009 e 9,78 milhões de bpds em 2008.

A Rússia visa manter a produção anual de petróleo em cerca de 510 milhões de toneladas, ou acima de 10 milhões de bpds nos próximos 10 anos. O país também vê suas exportações de petróleo estáveis em 250 milhões de toneladas em 2012.

O principal fator por trás do aumento foi o novo campo de petróleo Vankor, desenvolvido pela Rosneft, maior produtora de petróleo do país, que atingiu no ano passado uma meta de produção de 15 milhões de toneladas (ou 300 mil barris por dia).

O campo é considerado a principal fonte de exportação da Rússia para a China via oleoduto da Sibéria Oriental - Oceano Pacífico, que é o transporte de 300 mil bpds de petróleo para Daqing, na China, a partir de Skovorodino, na Rússia.


Em 2012, a Rússia planeja terminar a segundo fase do oleoduto, que irá terminar no porto de Kozmino, no Pacífico. Neste ano também deverá ocorrer o lançamento do porto báltico de Ust-Luga, que foi adiado de novembro de 2011 por conta do estrago causado à infraestrutura durante as obras.

Ust-Luga pode receber entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas de petróleo do oleoduto báltico System-2.

A produção de gás natural na Rússia subiu para 670,544 bilhões de metros cúbicos (bmc) em 2011, ante 650,311 bmc em 2010. A produção de gás da Gazprom, maior produtor de gás natural da Rússia, cresceu para 509,664 bmc no ano passado, contra 508,471 bmc em 2010.

A Gazprom, que tem sofrido com uma queda na demanda da Europa, afetada pela crise da dívida, que é seu principal mercado, espera produzir 521 bmc de gás em 2012, e 549,2 bmc em 2012, para atingir ao nível de 2008.



Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Avanço do pré-sal impulsiona mercado de ROV


O Brasil já produziu o primeiro óleo do pré-sal e, dada a importância dessa fronteira exploratória, caminha, cada vez mais, para águas mais profundas. Apesar de não haver previsão para novas licitações de áreas na camada abaixo do sal, graças às divergências quanto à divisão dos royalties, a indústria não pode parar de se movimentar. Nesse sentido, um dos equipamentos que mais ganham importância no desenvolvimento do setor é o ROV.


Trata-se de um veículo de operação remota (Remotely Operated Vehicle, na sigla em inglês), que permite alcançar profundidades impossíveis de serem atingidas por mergulhadores – que trabalham apenas até 300 metros de lâmina d’água, enquanto ROVs podem passar de 3 mil metros em direção ao fundo do mar. “O ROV é de extrema importância para todo o processo de exploração e produção de petróleo, pois são os olhos do homem no fundo mar”, ilustra o Gerente de Projetos da RRC Robótica Submarina, Lourival Adan Costa.


Estes veículos são alimentados eletricamente e controlados via cabos umbilicais, manobrados em resposta a comandos realizados por pessoas, da superfície. Os ROVS são classificados de acordo com as tarefas que realizam: de observação e de intervenção. Os primeiros possuem somente câmeras de vídeos e são utilizados basicamente para realizar inspeções. Já os veículos de intervenção possuem manipuladores e outras ferramentas submarinas de forma a permitir que o mesmo possa realizar trabalhos de forma ativa nas operações no fundo do mar.


Além de trabalhos de rotina, esse equipamento também é de grande valia em emergências da indústria petrolífera. “Os ROVs foram de extrema importância no vazamento do campo de Frade (operado pela Chevron), desde o acompanhamento do vazamento, fornecendo as imagens para os setores de Engenharia/Mídia, assim como nas tentativas de solução em que não há a possibilidade de o homem intervir”, explica Costa.


Mercado aquecido


Em vista dos grandes investimentos em exploração e produção no Brasil, Costa acredita que o mercado de ROV está bastante aquecido, mas ainda sofre com a falta de mão de obra qualificada. No entanto, essa situação certamente não acontece por problemas de salários, bastante atrativos, dada a complexidade dessa área. Sendo assim, de acordo com o especialista da RRC, as remunerações variam de R$ 2.900 (trainee) até R$ 22.800 (superintendente.)


Para se tornar um piloto de ROV é preciso ter, no mínimo, o curso técnico nas áreas de Eletricidade, mecânica, eletrônica, eletromecânica, mecatrônica, inglês, pelo menos, intermediário e conhecimentos de informática. “É importante também que o candidato possua um treinamento de trainee de ROV, que é o aprendizado básico do que consiste o sistema e o equipamento”, diz Costa.


No mercado, há muitos cursos de qualificação em ROV, como os oferecidos pela RRC, mas existem também grandes empresas do setor, como Oceaneering e Subsea 7, que buscam profissionais para serem treinados pelas próprias companhias, em modelos específicos utilizados no trabalho de campo.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo