segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Estaleiro montado pela Odebrecht no Paraguaçu atrai mais de 100 empresas

“O Estaleiro Enseada do Paraguaçu é um empreendimento chave para o desenvolvimento de um polo metal mecânico na Bahia”. A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, José de Freitas Mascarenhas, e foi feita durante a solenidade de abertura da Rodada de Negócios com Fornecedores Estratégicos, na Fieb.

O encontro contou com a participação do secretário da Indústria Naval do Estado da Bahia, Carlos Costa, e do diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do EEP, Humberto Rangel, e teve como objetivo desenvolver uma ampla rede de fornecedores, sobretudo do Nordeste, que atuam nos setores de partes, peças, serviços, equipamentos, instituições de ensino e pesquisa.

Empresas com atuação na construção de plataformas, navios especializados e unidade de perfuração assistirem a apresentação do projeto do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que está em fase de instalação em Maragogipe.

O grupo formado pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki é o responsável pela implantação do EEP. “Fizemos uma reunião de trabalho, onde apresentamos o que é o projeto e as oportunidades para os fornecedores que são, na maioria, do estado da Bahia. Mesmo sendo um grupo formado por empresas especializadas no ramo, a associação não desenvolve 100% das necessidades e por isso divulga as áreas que dependerão de fornecedores como parceiros”, explicou Humberto Rangel, diretor de relações institucionais da EEP.

No turno da tarde, foi realizada uma rodada de negócios nos eixos temáticos de construção do estaleiro, engenharia, suprimento do projeto de sondas e pessoas. No total, cerca de 300 empresários compareceram ao encontro na parte da manhã e mais de 100 foram previamente selecionados para uma rodada de negócios.

A obra está na fase final da terraplanagem e no meio do programa de dragagem, iniciado em dezembro, devendo ficar pronta ainda no início do próximo ano. “Estamos utilizando o que há de mais novo em tecnologia para que a obra seja realizada com o menor impacto ambiental possível”, continuou Rangel.

Contratos de R$ 6,4 bilhões estão assegurados

Fruto de contratos já assinados da ordem de US$ 6,4 bilhões, o EEP dedica-se à construção e à integração de unidades offshore, como plataformas, FPSOs e sondas de perfuração, e iniciou as obras do Estaleiro em Maragojipe, no ano passado.

O empreendimento prevê cerca de R$ 2,6 bilhões de investimento, o maior feito pela iniciativa privada nos últimos dez anos na Bahia.

Segundo Humberto Rangel, um dos principais desafios para implantação do EEP é o intenso trabalho de formação e qualificação de mão de obra, sobretudo nas cidades impactadas direta e indiretamente pelo empreendimento, como Maragojipe, Salinas da Margarida e Saubara. “Estamos instalando um estaleiro com visão de longo prazo, com nível permanente de encomendas e, para isso, será preciso desenvolver e atrair fornecedores, sejam eles produtores ou prestadores de serviços, como o de formação e aperfeiçoamento da mão de obra local”, revela Rangel.

“A implantação do Estaleiro na Bahia gerará cinco mil vagas diretas e 15 mil indiretas com o início de suas operações, previsto para janeiro de 2014. Com isso, queremos incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores, criando oportunidades para pequenas e médias empresas. A expectativa é que sejam fortalecidos e gerados novos empreendimentos com a implantação do Estaleiro no Recôncavo Baiano”, afirma o diretor do EEP.

Consórcio opera o EEP

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), formado pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.), é voltado para construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. Sua matriz está localizada no município de Maragojipe (BA), cujas obras deverão ser finalizadas em 2014.

O EEP também atua no Estaleiro Inhaúma (RJ), que foi arrendado pela Petrobras em razão do contrato para conversão dos cascos de quatro navios tipo VLCC nas plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77.

Com 1,6 milhão de metros quadrados de área em Maragojipe, dos quais 400 mil destinados à preservação ambiental, o EEP já é considerado um dos maiores estaleiros do país. Os investimentos no EEP são da ordem de R$ 2,6 bilhões, e sua carteira de contratos inclui a Sete Brasil.

Quando estiver operando a plena capacidade, poderá processar até 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite uma ampla margem de produção, construindo navios de altíssima especialização, que poderão ser fabricados simultaneamente.

Fonte: Tribuna da Bahia

Pós-sal: Petrobras recebe casco de navio que será convertido em plataforma

Última das etapas de construção da unidade, os serviços de integração consistem em instalar e interligar ao FPSO os módulos que irão compor o navio

Rio Grande (RS) - A Petrobras informou que recebeu o casco do navio pelo estaleiro Quip localizado em Rio Grande que será convertido em plataforma.

O processo de integração e comissionamento do casco do navio que resultará na FPSO P-63 (plataforma que produz, armazena e escoa petróleo e gás natural) será feito pelo consórcio formado pelas empresas Quip e BW Offshore, no Canteiro Honório Bicalho, localizado em Rio Grande. A previsão é que as atividades de construção terminem no primeiro semestre deste ano.

Última das etapas de construção da unidade, os serviços de integração consistem em instalar e interligar ao FPSO os módulos que irão compor o navio. O casco da nova unidade foi convertido no estaleiro Cosco, na China.

A P-63 terá capacidade para processar 140 mil barris de petróleo por dia, armazenar um total de 1,4 milhão de barris de óleo e produzir 1 milhão de metros cúbicos diários de gás natural; além da geração de 98 megawatts de energia (MW).

O campo de Papa-Terra integra o consórcio formado pela Petrobras (operadora com 62,5% de participação) e a Chevron com 37,5% da parceria.

Da Redação