quarta-feira, maio 18, 2011

Diretor de Abastecimento fala sobre demanda por embarcações


O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, participou de almoço-palestra no dia 16 de maio(segunda-feira), no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), no Rio de Janeiro (RJ). O executivo falou sobre o tema "Investimentos na Construção de Estaleiros para Empresas Nacionais e Estrangeiras".

De acordo com dados apresentados pelo diretor, a frota média da Companhia em 2010 era de 190 navios, entre próprios e afretados, além de 240 barcos de apoio e 54 sondas. “O consumo brasileiro está na faixa de 2 milhões de barris por dia. No entanto, nós transportamos 12 milhões de barris todos os dias no Brasil”, destacou.

Ainda segundo Paulo Roberto, a demanda por embarcações vai crescer, já que a Petrobras vai dobrar a produção de petróleo e gás até 2020, atingindo cerca de 4 milhões de barris diários. “Obviamente haverá um reflexo muito grande no transporte marítimo dos produtos”, ressaltou.

Até 2017, há 88 navios a serem entregues através dos programas Promef 1 e 2 e EBN 1 e 2. No entanto, o diretor alertou para a necessidade de novos empreendimentos: “Vamos precisar de mais estaleiros e preços competitivos para ter uma sustentação de longo prazo. Hoje não é possível atender à demanda da Petrobras”. A construção das embarcações nos programas deve gerar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos e cerca de 2 mil postos de trabalho durante a vida útil dos navios.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

O QUE É A CAMADA PRÉ-SAL?


Reserva de petróleo a grandes profundidades se estende desde o Espírito Santo até Santa Catarina

O pré-sal é uma camada de petróleo localizada em grandes profundidades, sob as águas oceânicas, abaixo de uma espessa camada de sal. No final de 2007, foi encontrada uma extensa
reserva de petróleo e gás natural nessa camada, em uma faixa que se estende por 800km entre o Espírito Santo e Santa Catarina. Ainda não existem números concretos sobre quanto óleo realmente existe na região, mas a ministra Dilma Roussef chegou a afirmar que, com a exploração do pré-sal, o Brasil poderia se tornar exportador de petróleo.


Já René Rodrigues, professor da Faculdade de Geologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), não é tão otimista, mas admite que há um grande potencial de exploração. "Só há estimativas, mas acredito que, pelo que já se sabe, as reservas brasileiras de petróleo devem ao menos duplicar", afirma. Com tanta empolgação, o governo Lula elabora novas regras para a exploração do petróleo no pré-sal.

O professor René Rodrigues explica que o petróleo do pré-sal só foi encontrado agora porque os esforços estavam concentrados em explorar a camada pós-sal, menos profunda e portanto mais acessível e barata. Porém, mesmo o petróleo acumulado acima da espessa camada de sal também tem origem no pré-sal. "


O petróleo pode se formar no pré-sal e ficar preso. Em alguns casos, o sal escorrega e abre passagem para o óleo, que se acumula nas rochas do pós-sal. É o que acontece na Bacia de Campos (RJ), por exemplo", explica.


Quando esse petróleo encontrado no póssal começou a escassear é que se iniciaram as prospecções na camada pré-sal. Apesar da origem comum, o petróleo que continua confinado e é extraído diretamente do pré-sal tem vantagens em relação ao encontrado a pequenas profundidades.


No pós-sal, o óleo pode ser atacado por bactérias, que podem estragá-lo. Essas bactérias consomem a parte leve do petróleo, mais nobre e a partir da qual se extraem a gasolina e o diesel. "No pré-sal, como a profundidade é maior, o óleo fica a uma temperatura acima de 80ºC, o que o esteriliza e preserva sua qualidade", conta René Rodrigues.


O especialista ainda explica que, apesar de custar pelo menos o dobro do preço para construir poços que perfurem a grandes profundidades, o óleo retirado dessa camada tem um valor maior no mercado.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/

O CONCEITO DE SISTEMA PETROLÍFERO



O conceito de sistema petrolífero agrupa os diversos elementos que controlam a existência de jazidas de petróleo numa bacia sedimentar.


Tal conceito, visualizado numa escala global, parece justificar de maneira adequada as diversas províncias petrolíferas conhecidas.


A evolução tectono-sedimentar meso-cenozóica da margem continental brasileira propiciou o desenvolvimento desses elementos-chave, cuja presença é requisito fundamental a que uma determinada região seja atrativa para a prospecção petrolífera.

Merece destaque nesse particular o segmento de águas profundas da Bacia de Campos, que, na visão contemporânea, representa a porção mais bem aquinhoada em termos de volumes descobertos de toda a margem brasileira.


Em termos históricos, a exploração de petróleo no Brasil inclui três grandes fases:


O período pré-Petrobras, basicamente de atividades pioneiras de reconhecimento; a etapa de exclusividade da Petrobras, onde se vislumbram quatro etapas - 1954/1968:


Fase Terrestre, 1969/1974:


Fase Marítima/Plataforma Rasa, 1975/ 1984:


Fase Marítima/Plataforma Rasa/Bacia de Campos, e 1985/1997:


Fase Marítima/ Bacia de Campos/Águas Profundas, cada uma delas com características particulares e responsável por sucessivos incrementos na reserva petrolífera do País, que alcança hoje cerca de 16 bilhões de barris de óleo-equivalente; e a fase atual, sob a vigência da Nova Lei do Petróleo, caracterizada por intensa atividade em que várias companhias nacionais e estrangeiras atuam tanto em áreas anteriormente trabalhadas como em desafiadoras novas fronteiras.

Fonte: E. J. Milani, J. A. S. L. Brandão, P. V. Zalán & L. A. P. Gamboa