sábado, setembro 11, 2010

MPE planeja estaleiro para atender pré-sal


A MPE Projetos Especiais S.A., principal empresa do grupo MPE, planeja investir R$ 200 milhões em 5 anos na construção de um "estaleiro oficina" voltado para reparos e manutenção de plataformas e fabricação de módulos de plataformas. "Estamos nos preparando para atender nos próximos 15 anos a uma demanda brutal do pré-sal", disse Mario Aurélio da Cunha Pinto, presidente-executivo da empresa e controlador da holding MPE. Cunha Pinto informou que já está buscando uma área litorânea para comprar e instalar a nova unidade industrial.

A princípio, o plano é tocar o novo empreendimento sem sócios, apesar de requerer muita tecnologia. "Se aparecer um candidato a parceiro que estiver disposto a agregar tecnologia vamos estudar a proposta", admite Cunha Pinto. Os recursos para a instalação do estaleiro de reparos virão do próprio caixa da empresa. "Nosso negócio é um gerador de caixa", afirma o executivo. "Mas, se precisar, podemos recorrer a funding externo para acelerar o processo de investimento nessa unidade. Não faltam hoje fundos de investimento estrangeiros interessados em financiar negócios com petróleo no Brasil."
Em 2009, a MPE Projetos Especiais faturou R$ 670,4 milhões, dos quais 40% foram obtidos com negócios de petróleo. Para 2010, a expectativa do presidente da empresa é fechar o ano com uma receita operacional líquida de R$ 1 bilhão, com a participação do braço de petróleo ampliando para 50%. Nos seis primeiros meses do ano, o faturamento da empresa alcançou R$ 434,6 milhões, sendo R$ 219 milhões com a área petrolífera. O resultado semestral é superior ao do mesmo período de 2009, quando faturou R$ 298 milhões, dos quais R$ 128,1 milhões com petróleo.
A carteira de negócios da MPE Projetos Especiais totaliza R$ 2,5 bilhões, com destaque para projetos de melhoria e ampliação de produção de cinco refinarias da Petrobras (Revap, Replan, Repar, Recap e Refap). No curto prazo, a empresa se prepara para entregar este mês propostas comerciais e técnicas para disputar a licitação da unidade de produção de águas ácidas do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Também está abrindo escritório em São Luiz (Maranhão) para atender as necessidades do pré-sal e em participar de concorrências para obras de futuras refinarias da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste e de investimentos da Vale no Norte.
Cunha Pinto disse que a empresa está de olho nas licitações que ainda vão acontecer na obra da refinaria premium, orçada em US$ 20 bilhões, a ser construída no Maranhão. A refinaria vai produzir óleo diesel menos poluente, sem enxofre. "A concorrência para terraplenagem já saiu. Quem ganhou foi o consórcio liderado pela Fidens Serveng. Até o fim do ano a Petrobras pode dar partida às licitações para obras de infraestrutura", previu o executivo. O projeto da refinaria do Ceará, orçado em US$ 14 bilhões, também atrai a empresa. "O projeto está mais atrasado que o da refinaria do Maranhão. Não fizeram ainda nem concorrência para obras de terraplenagem", afirmou. O executivo acredita, porém, que depois da capitalização da Petrobras as obras projetadas pela estatal vão deslanchar rapidamente.
O cenário traçado por Cunha Pinto para o médio prazo é otimista para os negócios. A empresa também está de olho nas obras da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016, informou. E está criando equipes para vender projetos de sistemas integrados para instalar em estádios e arenas multiuso. "Não queremos mexer com concreto. Vamos trabalhar para ser grande fornecedor de sistemas integrados para os estádios", adiantou.
Esses sistemas, verdadeiros pacotes tecnológicos, incluem serviços de controle de acesso e bilhetagem, circuito fechado de televisão e detecção de intrusão, ventilação, ar condicionado e aquecimento, detecção e alarme de incêndio, sistemas elétricos de iluminação, entre outros. "A ideia é fazer a supervisão e controle de todos esses sistema integrados ", disse Cunha Pinto. A MPE Projetos Especiais ganhou experiência nesse negócio instalando sistemas inteligentes em trens e metrôs de São Paulo e Salvador.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Iesa vai investir R$ 30 mi para atender Petrobras em SC


A Iesa Óleo & Gás vai instalar uma unidade da fabricação de módulos para plataformas de petróleo em Navegantes, no Vale do Itajaí de Santa Catarina. O investimento de cerca de R$ 30 milhões será feito em uma área do Porto de Navegantes, a Portonave. A expectativa é que as obras iniciem em outubro, o que vai depender de licenciamento ambiental do Ibama e da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma).
As obras estão previstas para durar oito meses e a produção deve começar em março de 2011. Os módulos para plataforma offshore vão atender à Petrobras. O empreendimento deve gerar cerca de mil empregos diretos quando a unidade estiver em plena operação.
A Iesa é uma empresa de engenharia construção e montagem com sede em Araraquara (SP). Foi criada em 2005 a partir de ativos, técnicos e contratos da controladora Iesa Projeto, Equipamentos e Montagens. É especialista em serviços de EPC (engenharia, aprovisionamento e construção, na sigla em inglês) para as áreas de óleo, gás, química, petroquímica. Além de um parque industrial em Araraquara, a Iesa tem unidade em Macaé (RJ), onde faz manutenção e modernização de plataformas de petróleo. Com a unidade de Navegantes, a empresa espera faturar R$ 200 milhões ao ano.
No primeiro semestre, a Iesa teve receita bruta de R$ 314,5 milhões e lucro líquido de R$ 9,5 milhões. A companhia fechou 2009 com receita bruta de R$ 701,9 milhões em vendas, crescimento de 19% em relação aos contratos de 2008.
A Portonave, como é chamada a operação do porto privado de Navegantes e onde será instalada a unidade da Iesa, tem capacidade para operar até 1 milhão de Teus por ano. O terminal tem 900 metros de cais e 260 mil metros quadrados de retroárea. Opera com três portêineres (equipamentos que movimentam o contêiner do cais para o navio e vice-versa) e dois MHCs (guindastes móveis).
Na sexta-feira, o presidente da Iesa, Valdir Carreiro, e o governador Leonel Pavan, assinaram um protocolo de intenções para a formalização do investimento. O governo catarinense vai conceder um benefício específico para complexos industriais navais, que prevê tratamento tributário diferenciado para aquisições de empresas catarinenses e importação de equipamentos para exploração de petróleo e gás natural.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/

Projeto do Rio já contratou quatro unidades

Petrobras deverá assinar na próxima semana o contrato de mais um equipamento do Comperj, a unidade de hidrotratamento (HDT). Segundo Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da petrolífera, a unidade custará R$ 947 milhões e ficará a cargo de um consórcio liderado pela construtora Queiroz Galvão. A unidade de HDT é a que vai assegurar a produção de diesel com baixo teor de enxofre (S-10, dez partes por milhão) à refinaria.

Com ela, são quatro unidades da refinaria do complexo (primeira fase) já contratadas, totalizando R$ 5,247 bilhões. As outras são a unidade de HCC, contratada à Alusa Engenharia, no valor de R$ 1,4 bilhão. A unidade de destilação a vácuo, prevista para ser a primeira a entrar em operação, no valor de R$ 1,1 bilhão, a cargo do consórcio formado pelas empresas Promon, Skanska e Engevix. E a unidade de coque, a cargo do consórcio Techint/Eisa, no total de R$ 1,8 bilhão.
Na quarta-feira as empreiteiras começavam a preparar a área para instalar seus canteiros na obra, embora apenas a Alusa estivesse efetivamente iniciando a colocação das estacas no local onde ficarão os equipamentos. Segundo Heyder Carvalho Filho, gerente da obra de implantação do Comperj, atualmente estão "mobilizadas (contratados, embora não necessariamente trabalhando no local)" para a construção do Comperj 7 mil pessoas, estando previsto que no segundo semestre de 2012 o pessoal alcance o pico de 25 mil.
Hoje são 780 máquinas operando no local e, segundo Carvalho, as máquinas de terraplenagem mais pesadas já foram dispensadas. Segundo o gerente, o trabalho foi fortemente acelerado graças à estiagem dos últimos três meses.
A recepção dos equipamentos pesados do complexo vai exigir a construção de uma rodovia especial por uma área pouco habitada do município de São Gonçalo (localizado ao fundo da baía de Guanabara), evitando passar pela rodovia BR-101, de tráfego intenso. Os equipamentos serão levados por balsas até um ancoradouro que será construído na localidade de Praia das Pedrinhas, de onde irão pela rodovia nova até o Comperj.
Uma das obras complementares ao Comperj mais importantes é o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, uma rodovia de pista dupla de 145 km interligando as principais vias de acesso à capital do Estado até o porto de Itaguaí. Um dos trechos da interligação é a rodovia BR-493, trecho de 25 km entre a BR-101 e a BR-116. Vista do sobrevoo no trecho próximo à BR-101, a rodovia atual de mão dupla não mostrou sinais de obras.

Fonte: http://www.portalnaval.com.br/