sexta-feira, março 11, 2011

Petrobras inicia segunda fase em Santos


Essa nova etapa deverá atrair as empresas fornecedoras da Petrobras para o entorno da futura base logística. Até agora, multinacionais como a Halliburton mantiveram um grupo restrito de executivos focados no relacionamento com o cliente nos escritórios que inauguraram na Baixada Santista, principalmente a reboque das descobertas no pré-sal. "Algumas já prospectam áreas próximas à Base Aérea, mas a maioria aguarda o término do estudo que está sendo realizado pela Petrobras", diz Marcusso.

Atualmente, o envio de suprimentos pelo mar às 17 sondas e aos sete sistemas de produção da Bacia de Santos ocorre a partir das cidades de Macaé (RJ) e de Itajaí (SC). O transporte aéreo, destinado a levar pessoas e pequenas peças, é feito desde Jacarepaguá (RJ), Navegantes (SC) e Itanhaém (SP). Mas o início da produção comercial de óleo e gás no pré-sal inaugura uma fase de números superlativos, que exigirá a ampliação da atuação de todas as áreas. "Vai ser um salto muito grande ao longo desta década. Em 2020, sem considerar ainda a cessão onerosa, o atual plano estratégico já aponta produção total operada de 1,8 milhão de barris por dia em Santos, ou a parcela da Petrobras na faixa de 1,100 milhão", diz Marcusso. Em alguns blocos, a empresa opera com parceiros.

Até o fim do ano a produção operada na Bacia de Santos deverá ser de 130 mil barris por dia, volume que aumentará gradativamente, devendo atingir 1 milhão de barris por dia em 2017. Para termos de comparação, a Bacia de Campos, a grande produtora, fornece hoje entre 1,6 milhão e 1,7 milhão de barris diários.

Hoje, o suprimento pelo mar às 17 sondas e aos 7 sistemas de produção da Bacia de Santos sai de Macaé (RJ) e Itajaí (SC)

A base logística ficará na margem esquerda do canal de navegação do porto. Do outro lado, na margem direita (Santos) próxima ao cais, será erguida a nova sede da Petrobras, prevista para começar a ser construída até abril. Hoje, a empresa está pulverizada em cinco endereços na cidade, num total de 1 mil estações de trabalho (mesa e um computador). O novo endereço, no bairro do Valongo, contará com três torres de 17 andares para 22 mil funcionários cada uma. Na primeira fase da obra será feita toda a infraestrutura e o primeiro prédio. A inauguração deve ocorrer no segundo semestre de 2013. Os outros dois edifícios devem ficar prontos entre 2015 e 2018.

Atualmente existem dois navios fazendo testes de longa duração (TLD) nessas áreas: o BW Cidade São Vicente (operando em Lula Nordeste) e o Dynamic Producer (em Guará). No atual plano estratégico da Petrobras consta que até 2014 serão 15 testes de longa duração.

"No momento estamos comissionando toda a parte de gás, que é a ligação de Uruguá-Tambaú (gás e óleo) com Mexilhão (gás) com a Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (SP). E de Lula com Mexilhão com a mesma unidade. Então eu diria que estamos fechando um primeiro ciclo já tendo inclusive a infraestrutura para receber gás em terra", analisa Marcusso.

A previsão é que em meados deste mês o Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (Gastau) já esteja operacional também em Caraguatatuba. A oferta do Gastau é para até 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Com mais 2,2 milhões de metros cúbicos do sistema Merluza-Cubatão, a Bacia de Santos terá capacidade instalada de 22,2 milhões de metros cúbicos por dia. O Bolívia-Brasil tem para 30 milhões de metros cúbicos.

Os três projetos pilotos do pré-sal devem produzir por dia 3 milhões de metros cúbicos de gás, próximo à atual capacidade do gasoduto que vai até a plataforma de Mexilhão, de 10 milhões de metros cúbicos.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires Para o Valor, de Santos

Vendas de MPE na cadeia de petróleo e gás crescem 25%


As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) aumentaram em 25% o volume de vendas à Petrobras e a mais de 180 grandes empresas da cadeia de petróleo e gás.

Na avaliação do diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, os dados são bastante significativos. "Afinal, a Petrobras é uma empresa de classe global e junto com o Sebrae vem qualificando fortemente os pequenos negócios de modo a torná-los competitivos o suficiente para suprir as necessidades da estatal."

Segundo Santos, outro dado importante que decorre dessa parceria são os 29% de crescimento na quantidade de empresas desse segmento cadastradas pela Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo).

O valor destinado aos projetos na parceria fechada entre Petrobras e Sebrae é de R$ 32 milhões, sendo 50% da estatal e 50% do Sistema Sebrae. Os recursos podem chegar a um valor global de R$ 40 milhões, por meio de parcerias locais, sob a liderança do Sebrae nos Estados e das unidades da Petrobras.

Até agora, foram estruturados 20 projetos em 15 Estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro (quatro projetos), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul (três projetos), Santa Catarina e Sergipe, totalizando R$ 36,3 milhões, sendo R$ 24,7 milhões da Petrobras e do Sebrae.

Os projetos abrangem ações em quatro focos estratégicos: inteligência competitiva; cultura da cooperação; desenvolvimento de fornecedores e inovação; e acesso a mercado.

Pré-sal - As oportunidades para as empresas de pequeno porte são muitas e devem crescer ainda mais com a exploração do pré-sal, conforme prevê o diretor do Sebrae. Elas decorrem da parceria Sebrae-Petrobras e do montante de investimentos a serem feitos pela estatal no País em função desse novo campo de exploração de petróleo. "Envolvem desde o fornecimento de insumos, peças, partes, componentes e tecnologia a refeições e acomodações às empresas de extração e refino, além dos serviços de transporte", explica Santos.

A exploração do pré-sal será principalmente uma oportunidade de capacitação de micro e pequenas empresas para disputarem esse mercado. "Se não for por meio da venda direta, elas poderão vender às empresas que fazem parte dessa cadeia produtiva", pondera. Até dezembro, foram atendidas 6.901 empresas nos projetos em andamento.

Além da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa favorecer as compras governamentais, elas podem ser inovadoras e competitivas para atender também à diretriz governamental do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo e Gás Natural): tudo o que puder ser comprado no Brasil será adquirido aqui mesmo. Para isso, está à disposição dessas empresas o Portal de Oportunidades (www.prominp.com.br), no qual estão definidas as demandas e detalhadas as especificações dos produtos e serviços a serem adquiridos pelo setor.

Fonte: http://www.dgabc.com.br/

Petrobras desiste de procurar petróleo em águas cubanas no Golfo do México


HAVANA — A Petrobras desistiu de buscar petróleo em águas cubanas do Golfo do México, depois uma infrutífera segunda tentativa iniciada em 2008, informou nesta quinta-feira o assessor da presidência brasileira Marco Aurélio Garcia.

"Já está decidido. A Petrobras se retirou (do bloco que havia contratado). Sentimos muito (...), mas a verdade é que é preciso trabalhar com realidades tangíveis", afirmou à imprensa, durante visita de três dias à ilha.

O assessor presidencial, que examinou com o presidente cubano, Raúl Castro, o andamento da cooperação bilateral, destacou que a Petrobras comunicou há dois meses sua decisão ao governo de Dilma Rousseff.

A Petrobras contratou em 2008 a estatal Cubapetróleos (Cupet) o bloco N-37 da região, marcando seu retorno à ilha, pois entre 1998 e 2001 tinha perfurado sem êxito em outro bloco.

"Houve há muito tempo prospecções que não tiveram resultados, mais recentemente, voltamos a fazer prospecção com os cubanos. Sentimos muito", mas "no tema da prospecção, o Brasil vai ter de concentrar sua busca nos nossos recursos", porque "temos grandes reservas", afirmou Garcia.

No entanto, o assessor especial para Assuntos Internacionais afirmou que a cooperação da Petrobras em Cuba "poderá ocorrer finalmente na construção de uma fábrica de lubrificantes", projeto que "já existia", mas que estava parado porque ambos os países se concentravam em outros planos.

Apesar da ausência da Petrobras, companhias estrangeiras associadas à Cupet continuarão ao longo de 2011 as complexas e caras pesquisas para divulgar o potencial petroleiro da zona econômica exclusiva de Cuba no Golfo do México, disse a companhia cubana em janeiro passado.

Essa região, de 112.000 km2, está dividida em 59 blocos, 21 dos quais estão em contrato de risco com Repsol (Espanha), Hydro (Noruega), OVL (Índia), PDVSA (Venezuela), Petrovietnam, Petronas (Malásia) e, recentemente, Sonangol. Outras empresas de Rússia e China, entre outros países, colaboram em terra ou em águas com a Cupet.

Garcia disse que empresas de seu país trabalham intensamente na ampliação e modernização do porto de Mariel - 50 km a oeste de Havana - que deve entrar em operação em 2014 e assumir a atividade comercial de Havana.

Para a execução do projeto, o mais importante entre os dois países, o Brasil ofereceu à ilha um crédito de 300 milhões de dólares, dos 800 milhões de custo total.

A obra foi acertada pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o qual o Brasil chegou a ser em 2009 o segundo maior parceiro comercial de Cuba na América Latina - depois da Venezuela - com trocas comerciais de 580 milhões de dólares.

Fonte: http://www.google.com/