quinta-feira, agosto 02, 2012

Cresce mercado para geólogos

Empresas de mineração, petróleo e gás estão contratando geólogos, mas a ascensão profissional depende de constante qualificação técnica

São Paulo – A exploração de novas minas e o crescimento do setor de petróleo no brasil fizeram aumentar a procura por geólogos no último ano. o problema é que o profissional que o mercado busca — experiente e dono de conhecimento técnico aprofundado — não existe em número suficiente. “A grande questão é que é necessária muita especialização”, diz Adriana caixeta, gerente de recrutamento da Michael Page do Rio de Janeiro.

Por causa disso, não funciona com geólogos a estratégia de pescar recém-formados e colocá-los para aprender na prática, tão comum em outras profissões. Como resultado, os mais procurados e cobrados têm entre 30 e 35 anos. “Eles se formaram há dez anos, têm experiência no mercado e já partiram para uma especialização acadêmica”, diz Adriana.

Para se manter valorizado, o geólogo deve melhorar a formação, se possível no exterior. “Para cada terreno há um tipo de tecnologia diferente de exploração e por isso é importante ficar por dentro do que acontece na europa, nos Estados Unidos e, principalmente, no Iriente Médio”, afirma bruno Fonseca, líder da área de óleo e gás da empresa de recrutamento hays.

“Você nunca pode parar de estudar. Mestrado, doutorado, pós-doutorado, troca de experiência com profissionais de outros países e constante conexão com as tecnologias estrangeiras são fundamentais para permanecer competitivo”, diz Rogério Santos, professor de geofísica de petróleo na Universidade Federal Fluminense (UFF) e consultor técnico da Petrobras. “Por isso, nesse mercado, é importante trabalhar em uma empresa que invista na formação de seus profissionais.”

Com perfil bastante técnico, reservado e mais individualista, o geólogo que deseja aproveitar o momento e encaminhar sua carreira precisa estar conectado. “Esse é um mercado de relacionamento. os profissionais dificilmente se candidatam a alguma vaga. A maioria das contratações é fechada por meio de indicação”, diz Adriana, da Michael Page.

A boa notícia é que o campo de trabalho é tão restrito que praticamente todo mundo se conhece. “O geólogo hoje tem de conhecer as pessoas da área que possam indicálo para oportunidades que aparecem”, conta Adriana.

Para quem está entrando no mercado, Rogério prevê dificuldade em conseguir o primeiro emprego e a competição com alguns profissionais estrangeiros mais preparados, que, fugindo da crise na Europa e nos Estados Unidos, têm buscado emprego no Brasil. “Não adianta se iludir achando que está pronto e parar no tempo. A concorrência é muito pesada”, afirma Rogério, que vê a capacidade de absorver tantas informações como o principal trunfo da geração mais nova de geólogos. Luana Medeiros, de 28 anos, se formou há cinco pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Depois de oito meses de formada, sem conhecer ninguém e com um currículo de uma folha, resolveu ir para o Rio de Janeiro, por conta própria, bater na porta das empresas. “O início é complicado. Ninguém o conhece, você não tem uma área específica de atuação. Mas descobri que as companhias sempre querem contratar alguém para treinar”, diz. Após muita procura, Luana encontrou uma vaga na PGP, consultoria que prestava serviço e em seguida foi comprada pela Vale.

Trabalhou por três anos em diferentes projetos, fez sua primeira viagem ao exterior e diversos cursos no Brasil, até ser indicada para a Queiroz Galvão Petróleo, no Rio de Janeiro. “O mundo da geologia é muito pequeno, as pessoas vivem pedindo indicação umas às outras”, diz. A decisão de sair da Vale foi calculada. “Eu queria migrar para uma operadora de petróleo.”

Há sete meses no novo emprego, Luana já fez três cursos de análise de risco e petrofísica e pretende começar o mestrado ainda no primeiro semestre. “Estou me sentindo atrasada. Na geologia, os cursos que fiz são equivalentes a uma graduação, todo mundo já fez”, brinca.

Certa da área em que pretende se especializar e ciente da velocidade que esse mercado demanda para os profissionais mais jovens, ela já pensa nos passos que precisa dar adiante. “Esse é o meu caminho. Agora é correr.”

Fonte: Exame

Mão de obra é um dos grandes desafios do setor naval

Falta de soldadores é um dos gargalos apresentados na abertura da NavalShore que vai até sexta (3), no Rio

Rio de Janeiro (RJ) - Começou nesta quarta-feira (1), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, a maior feira da indústria naval e offshore da América Latina - a NavalShore 2012. Na solenidade de abertura que reuniu os representantes do setor e do Estado do Rio de Janeiro, foram abordados os principais itens que a feira visa proporcionar ao longo destes três dias. Primeiro a falar, o presidente da UBM Brasil, Joris Van Wijk, ressaltou que a feira é uma oportunidade para gerar conteúdo, contato e principalmente negócios. Segundo o diretor, este ano o evento promete reunir público recorde entre visitantes e expositores, com a vinda de profissionais de 40 países, além de 17 delegações estrangeiras, com objetivo de conhecer melhor o cenário nacional do setor.

Presente na abertura, o diretor executivo da ABS Soldagem, Daniel Almeida, falou sobre um dos pontos mais críticos do setor: a mão de obra qualificada. "Precisamos melhorar na área de construção e automação. Temos que qualificar soldadores em quantidade e qualidade". Para o executivo, o setor de soldagem sofre sérios gargalos. O diretor cita como exemplo o Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. "O estaleiro teve que contratar 1.500 agricultores e capacitá-los para trabalhar". Segundo Almeida, o problema é que depois de capacitar esses profissionais, eles não obtêm regularização para trabalhar na área.

Com um tom bastante promissor, o superintendente regional da Caixa, Antônio Gil Padilha, afirmou que o banco vai atuar em todos os segmentos para o desenvolvimento da indústria naval brasileira. "Apoiar este segmento gera emprego e, consequentemente, renda para a população", disse.

Ronaldo Lima, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam) e vice-presidente do Syndarma, falou sobre o gargalo de profissionais na navegação marítima brasileira, mas não mediu esforços ao ressaltar a importância dos funcionários que estão trabalhando para suprir essa demanda. "Estamos fazendo ginástica para atender o caso", disse o executivo.

Na cerimônia também estavam presentes, representantes do governo do Rio de Janeiro, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e da Associação Brasileira das Empresas da Construção Naval e Offshore (Abenav), marcaram presença.
  Fonte: http://www.macaeoffshore.com.br/capa/Materias.aspx?id=4558

Macaé Offshore faz uma radiografia do setor naval brasileiro

Edição 65, que circula durante a NAVALSHORE 2012, traça um diagnóstico dos principais desafios e oportunidades do setor

Rio de Janeiro (RJ) - A indústria naval offshore brasileiro vive um momento promissor e em ritmo acelerado. Atualmente gera 58 mil empregos, com uma carteira de encomendas de 386 projetos nos estaleiros em operação. Em sua edição número 65, a Revista Macaé Offshore traz uma radiografia completa do setor, investigando os principais desafios e apontando as principais oportunidades de negócios para empresas e para profissionais que buscam empregos nesse segmento. A nova edição chegará ao público durante a NAVALSHORE, um dos maiores eventos sobre a indústria naval e offshore, que acontece 1 a 3 de agosto, no Rio de Janeiro.

A reportagem de capa mostra a força da indústria naval que atualmente ainda vem sendo alavancada pelo setor de óleo e gás, com novas encomendas e investimentos, e aponta alguns de seus principais desafios: prazo, qualidade e fornecedores eficientes. De outro lado, a matéria destaca o momento promissor vivido pelo segmento no país no campo da geração de oportunidades de trabalho, com a perspectiva de abertura de 15 mil empregos até 2014.

A publicação traz com exclusividade uma entrevista com Sérgio Machado, presidente da Transpetro, que comemora o bom momento da indústria naval brasileira e diz que a empresa se prepara para se tornar referência internacional. Sérgio, há nove anos no comendo da Transpetro, também fala dos desafios de conduzir um dos mais ambiciosos programas do governo federal, o Promef. Em entrevista, Augusto Mendonça, presidente da Associação Brasileira de Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), destaca que é preciso investir mais em pesquisa e desenvolvimento para atender ao conteúdo local e tornar a cadeia produtiva do setor naval mais competitiva.

Especial: 35 anos da Bacia de Campos

A revista traz uma matéria especial sobre os 35 anos da descoberta do Campo de Enchova, marco inicial para a produção de petróleo e gás em águas profundas na Bacia de Campos, que tem agora como desafio aumentar sua eficiência. Tratando de energia, a Macaé Offshore traz também novidades sobre uma das mais abrangentes políticas de incentivo ao uso inteligente de energia no Brasil, o Programa Rio Capital da Energia. A nova etapa consiste em dar suporte às empresas e instituições interessadas em adquirir financiamentos para os seus projetos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, parceiros do programa.

Plataformas Santos e Espírito Santo

A publicação ainda traz duas seções fixas com os principais acontecimentos relacionadas à produção e exploração nas bacias do Espírito Santo e de Santos. Ganha destaque em terras capixabas o ritmo acelerado das obras da Jurong Aracruz para cumprir contratos e superar a meta de conteúdo local em sonda para o pré-sal. Já Santos terá um sistema inédito de monitoramento desenvolvido pela BG Brasil e Coppe/UFRJ, que permitirá prevenir vazamentos de óleo, especialmente nas áreas do pré-sal.

Os leitores ainda contam com as colunas fixas Por Dentro do Mercado, com Celso Vianna Cardoso analisando as ações da OSX, e Gestão de Negócios, com Alexandre Andrade, abordando a importância da Gestão de Mudanças. A edição conta ainda com a seção Articulando, que traz como convidado o capitão-de-fragata Edmar Magalhães, da Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil, falando sobre o transporte marítimo de cargas. Na seção Maré Alta, um resumo dos principais acontecimentos no setor, como a Rio Oil & Gas 2012, que acontecerá em setembro, e os investimentos da IBM no mercado de Macaé.

Sobre a Macaé Offshore

A Macaé Offshore é uma revista bimestral e bilíngue, especializada em energia, com ênfase em petróleo e gás, dirigida aos principais formadores de opinião do setor – empresários, executivos, representantes de entidades de classe e dos meios acadêmicos. Criada há 11 anos, se notabiliza por introduzir uma série de inovações no campo da cobertura jornalística dos fatos mais relevantes do setor.

O ‘DNA’ da publicação consiste em atuar também como uma ferramenta importante para o suporte na gestão de negócios na cadeia produtiva de óleo e gás, com objetivo de tornar-se referência para quem atua no setor, especialmente com ênfase nas operações offshore. A Macaé Offshore já ganhou duas vezes o prêmio de Menção Honrosa de Excelência Jornalística da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip).