domingo, outubro 02, 2011

Comitiva dos EUA vem ao país mirar pré-sal



Os EUA querem ampliar a parceria com o Brasil em exploração de petróleo

De olho no pré-sal e no avanço comercial chinês na região, os EUA querem ampliar a parceria com o Brasil em exploração de petróleo. O subsecretário dos EUA de Comércio Exterior, Francisco Sánchez, chega ao país neste domingo (dia 02/09) com uma comitiva de 176 empresas americanas para iniciar um grupo de trabalho sobre petróleo e gás. Há décadas os políticos americanos pregam a necessidade de independência energética em relação ao Oriente Médio, para evitar instabilidades geopolíticas que afetem a economia. Mas só mais recentemente, com a descoberta do pré-sal no Brasil e o investimento em petróleo no Canadá, a proposta parece mais concreta.

Indagado sobre a política de energia limpa que o presidente Barack Obama defende e qual o lugar do biodiesel brasileiro nela, porém, Sánchez saiu pela tangente. "Ainda precisamos trabalhar com o Congresso e com o Brasil para ver como fica". Os EUA pagam subsídio a seus produtores de etanol e sobretaxam o álcool brasileiro. A Casa Branca não quer renovar os subsídios, mas o tema patina no Congresso. O subsecretário também alfinetou a China. Para ele, é suficiente que os EUA invistam na integração das cadeias produtivas com vizinhos - Sánchez citou a Embraer, que produz aviões no Brasil, mas usa, em parte, peças americanas - e harmonizem padrões de regulação.

Fonte: Folha de São Paulo/Camila Fusco

Pré Sal gera nova competição entre EUA e China


Em tempos de crise, e os novos horizontes do século XXI, para muitos, o Brasil é um novo porto seguro, a verdadeira terra de oportunidades, de mercado interno pujante, consumo acelerado, cosmopolita, posição geopolítica forte na América Latina, a Amazônia, e a toda a riqueza natural em recursos minerais e energéticos.

E neste momento, em diversos setores o mundo está de olho, e literalmente vindo ao Brasil para entender o que está acontecendo, e tentar abocanhar uma fatia deste saboroso bolo.

Como a China tem intensidade e velocidade de relações comerciais fortes com o Brasil, principalmente para atender duas demandas críticas, alimentação e energia, o Pré Sal é hoje para muitos o novo horizonte que realmente poderá conduzir o país para uma nova linha de poder dentro da Balança de Poder mundial.

Neste ponto, os Estados Unidos avançam nestes próximos dias com uma comitiva de mais de 170 empresas para o Brasil, com o intuito de entender o que está acontecendo com o Brasil, e principalmente enxergar as grandes oportunidades de negócios que possam ser explorados de forma primária, como também oportunidades de vendas, e até mesmo parcerias com empresas brasileiras.

E o interessante, que esta nova comitiva tem um novo diálogo, como as empresas americanas podem agregar mais valor ao contexto brasileiro, diferente de uma ótica chinesa de compra direta de commodities.

O momento é importante, mas o Brasil precisa ter todos os cuidados para não entrar em uma nova onda exploratória (com devidas proporções históricas), e evitar riscos inerentes de parcerias dependentes, e sim buscar as ligações com todos, e entender o que realmente tem sentido para nossas empresas e toda sociedade.

Fonte: http://exame.abril.com.br/

Navio de R$ 75 mi vai ajudar país a explorar o pré-sal



O navio terá autonomia para ficar até três meses seguidos no mar

O Brasil terá no ano que vem seu primeiro grande navio oceanográfico. A compra está sendo finalizada em um estaleiro chinês por um consórcio formado por governo, Vale e Petrobras, e deve ser anunciada em breve pela presidente Dilma Rousseff. O barco, de cerca de 80 m de comprimento, terá capacidade para 90 pessoas e autonomia para ficar até três meses seguidos no mar. O navio é caro, mas responde a uma necessidade antiga do país: a de ter uma plataforma de pesquisa oceânica capaz de explorar o Atlântico Sul, a porção de mar menos conhecida do planeta. Hoje quase não há navios totalmente dedicados à pesquisa no país.

A conta trai um dos objetivos por trás da compra: 4,5 milhões de km2 é a área de mar sobre a qual o Brasil se autoconcedeu soberania econômica, na chamada plataforma continental. Trata-se de uma área maior que a Zona Econômica Exclusiva, que soma 3,5 milhões de km2. "Com 4,5 milhões de quilômetros quadrados de mar, um navio é pouco. Precisamos de dúzias", disse à Folha o almirante Ilques Barbosa Junior, secretário de Ciência e Tecnologia da Marinha.

Fonte: Folha/NN