domingo, dezembro 26, 2010

Coluna de produção convencional equipada com gas-lift


Instalação da coluna de produção.

Finalidades básicas de uma coluna de produção:

l Conduzir os fluidos produzidos até a superfície, protegendo o revestimento contra fluidos agressivos e pressões elevadas.
l Permitir instalação de equipamentos para elevação artificial.
l Possibilitar a circulação de fluidos para o amortecimento do poço em intervenções futuras.
Instalação da coluna de produção (continuação).
– Uma coluna de produção pode ter uma cauda permanente (abaixo do TSR), que permite retirar a
parte superior e manter isolados os canhoneados.
O projeto de uma coluna é função de:
l localização do poço (terra ou mar).
l Sistema de elevação (surgente ou artificial).
l Características do fluido a ser produzido (corrosividade e abrasividade).
l Necessidade de contenção da produção de areia.
l Número de zonas produtoras (simples, múltipla).
Colocação do poço em produção.
– A surgência pode ser induzida por redução da pressão hidrostática: injeção de gás através deválvulas de gas-lift ou por flexitubo, retirada do fluido através de pistoneio (pistão descido a cabo)
Tubos de produção.
– São os componentes básicos da coluna e representam o maior custo dentre os equipamentos de subsuperfície.
– Função do diâmetro interno do revestimento de produção, da vazão, do tipo de fluido e dos esforços mecânicos esperados.
Shear-out (sub de pressurização).
– Permite o tamponamento temporário da coluna de produção.
Hydro-trip.
– Também serve para tamponamento temporário da coluna de produção. A diferença é que a sede não cai no poço, porém, apresenta a desvantagem de não permitir passagem plena através do interior da coluna.
Nipples de assentamento.
– Servem para alojar tampões mecânicos, válvulas de
retenção ou registradores de pressão. Existem os tipos
não seletivos (R) e seletivos (F).
Camisa deslizante.
– Possui uma camisa interna que pode ser aberta ou fechada através de operações com cabo.
Check valve (válvula de retenção).
– Serve para impedir o fluxo no sentido descendente. É operada através de pressão. A válvula se abre quando pressurizada de baixo para cima, e veda quando pressurizada de cima para baixo.
Packer (obturador) de produção.
– Promove a vedação do espaço anular entre a coluna de produção e o revestimento.
– Pode ser recuperável ou permanente.
– Recuperável: Assentamento mecânico (rotação da coluna, seguida de aplicação de peso ou tração) ou hidráulico (pressurização da coluna para assentar, e tração para desassentar).
– Permanente: Geralmente descido a cabo, conectado a uma ferramenta de assentamento. O acionamento é elétrico detonando um explosivo que move a camisa superior para baixo comprimindo o conjunto contra a camisa retentora.
Este movimento expande o elemento de vedação e as cunhas contra o revestimento.

Fonte: Curso Téc. em Petróleo e Gás - CTEAD

Migração


Uma vez gerado o petróleo, ele passa a ocupar um espaço/volume maior do que o querogênio original na rocha geradora. Esta se torna supersaturada em hidrocarbonetos e a pressão excessiva dos mesmos faz com que a rocha-fonte se frature intensamente, permitindo a expulsão dos fluidos para zonas de pressão mais baixa. A viagem dos fluidos petrolíferos, através de rotas diversas pela subsuperfície, até à chegada em um local portador de espaço poroso, selado e aprisionado, apto para armazená-los, constitui o fenômeno da migração. As rotas usuais em uma bacia sedimentar são fraturas em escalas variadas, falhas e rochas porosas diversas (rochas carreadoras), que ligam as “cozinhas” de geração, profundas, com alta pressão, a regiões focalizadoras de fluidos, mais rasas, com pressões menores.

Fonte: http://www.scielo.br/

SÍSMICA


Com a óbvia exceção da perfuração de poços, a Sísmica é a mais importante ferramenta para a exploração para petróleo. Fornecendo uma verdadeira radiografia do interior da Terra, ela é a técnica mais confiável para auxiliar na locação de poços, principalmente aqueles que objetivam
trapas estruturais.
A Sísmica originou-se na Sismologia, ciência que se dedicava, basicamente, ao estudo de terremotos. A Sismologia teve o seu grande impulso com a invenção do sismógrafo, em 1841, na Escócia, tornando possível medir-se a intensidade dos tremores de terra, levando-se em conta a velocidade das ondas sísmicas nos estratos geológicos, e definir-se onde e quão profundos estavam os focos.
Com os dados obtidos, verificou-se que importantes feições geológicas, situadas no interior da Terra, podiam ser indiretamente observadas. Logo, a sua utilização para o entendimento da geologia tornou-se tão importante quanto o conhecimento do próprio terremoto. Assim, quando havia um terremoto, os sismólogos entusiasmavam-se com a oportunidade de fazer os estudos e aumentar o entendimento do interior do planeta. Entretanto, como não havia terremoto todo dia e em todo lugar, passou-se a detonar cargas de explosivos, provocando-se tremores de terra artificiais, com o objetivo de conduzir investigações geológicas.
O grande salto dado pela sísmica veio com a Primeira Grande Guerra. As forças armadas dos países em guerra, principalmente as alemãs, começaram a aplicar os princípios sísmicos para localizar a artilharia inimiga. A teoria saía do âmbito acadêmico e entrava no uso prático. A diferença de tempo entre o som dos disparos, pelo ar, e o que o sismógrafo registrava na terra, permitia calcular a distancia da artilharia adversária. Com a utilização de vários sismógrafos, estrategicamente localizados, e por simples triangulação, era possível localizar a posição dos canhões inimigos.
Enquanto os sismologistas trabalhavam em escala continental, em que as distancias eram medidas em centenas de quilômetros, os militares tinham que determinar os alvos com uma precisão na casa de dezenas de metros. Por outro lado, a intensidade de um terremoto, ou mesmo de uma boa carga de dinamite, era muito maior que a de um tiro de canhão. Devido a isto, tornou-se necessário o desenvolvimento de equipamentos mais sofisticados, sensíveis o suficiente para detectar as fracas ondas geradas pelas cargas de artilharia e bastante precisos para trabalhar com distancias menores. Como resultados, foram feitos importantes avanços tecnológicos que permitiram a utilização da sísmica para usos mais sofisticados.
Terminada a guerra, um dos oficiais alemães responsáveis pelo serviço, Ludger Mintrop, patenteou o processo sísmico para a determinação de estruturas geológicas, utilizando os melhoramentos conseguidos nos campos de batalha. O primeiro uso foi feito na própria Alemanha, objetivando a determinação da profundidade de depósitos de carvão. Em 1920/21, Mintrop testou o método, com êxito, em domos de sal, o que lhe abriu as portas para a indústria do petróleo e o levou, em seguida, a fundar a Seismos, a primeira companhia de serviços sísmicos em todo o mundo.
O primeiro trabalho da Seismos objetivando a prospecção petrolífera foi feito em 1923, na área de Poza Rica, no México, para a SHELL, obtendo resultados razoáveis. No mesmo ano, entrou nos
Estados Unidos na área de Seminole, em Oklahoma, e no Golfo do México, no Texas. Em 1924, foi feita a primeira descoberta, atribuída ao método, em um domo salino do Texas.
Inicialmente, a Sísmica utilizava as ondas sonoras refratadas, ou seja, a Sísmica de Refração.
Posteriormente, verificou-se que também as ondas refletidas podiam ser usadas no mapeamento do subsolo, o que levou ao nascimento da Sísmica de Reflexão. A Sísmica de Reflexão foi inicialmente aplicada nos Estados Unidos, em 1928, também na área de Seminole, com resultados satisfatórios.
No ano seguinte, fazia a sua primeira descoberta na costa do Golfo da Luisiânia, o Campo de Darrow, um domo salino perfurado com base em levantamento sísmico de reflexão. Em 1930, voltando à área de Seminole, permitiu o mapeamento de diversas estruturas, das quais três resultaram na descoberta de campos petrolíferos de consideráveis tamanhos.
O sucesso da Sísmica de Reflexão foi tão grande que o seu uso se tornou prática obrigatória.
Várias descobertas foram feitas, tanto nos Estados Unidos quanto no restante do mundo, culminando com a do Campo de Burgan, no Kueit, em 1938, um supergigante, o segundo maior campo de petróleo conhecido.

Fonte: http://www.braintecnologia.com.br/