domingo, novembro 28, 2010

Diretor da Petrobras defende investimentos em refinarias para evitar dependência externa


Rio de Janeiro - O Brasil pode alcançar em 2013 a autossuficiência em derivados de petróleo, como gasolina e óleo diesel, mas, para isso, precisa garantir investimentos em refinarias. O alerta foi dado no dia 17 de novembro (quarta-feira), pelo diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Segundo ele, a prioridade da companhia é atender ao consumo interno, que tem avançado a taxas superiores às do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Pela experiência nossa nos últimos anos, a demanda de derivados, normalmente, é menor que o crescimento do PIB. Este ano, pelo crescimento da economia e pela participação da população em termos de consumo e demanda, para um crescimento do PIB projetado de 7,3%, a demanda por derivados já está em 10% [em relação ao ano passado]. Se isso se repetir nos próximos anos, obviamente, nós vamos ter um mercado muito mais agressivo e demandador do que nós temos hoje.”

Paulo Roberto não precisou se o crescimento de 10% no consumo foi atípico ou poderia se repetir nos próximos anos. Ele disse que a empresa está fazendo suas refinarias para um crescimento médio do PIB de 4,1% e ressaltou que, se o avanço for maior do que isso, haverá reflexos na demanda de derivados. “O que é muito bom, pois significa que o país está crescendo”.

Ele destacou que as 12 refinarias instaladas no país estão operando com 90% da capacidade, acima do nível médio mundial, o que deixa uma pequena margem para eventuais correções de problemas e paradas de manutenção. Entre 2010 e 2014, a estatal planeja investir, só em refino, US$ 73,6 bilhões.

“Hoje, a capacidade de refino já não atende à demanda de mercado. Isso mostra com clareza a decisão acertada da Petrobras de fazer novas unidades de refino. Sabemos que o mercado vai continuar crescente, então, não há como não fazer. Se nós não fizermos novas refinarias, significa que o Brasil vai ser um enorme importador de derivados, com custo muito alto, com prejuízo para a Petrobras e com um prejuízo extremamente grande na balança de pagamentos do país”, disse o diretor da estatal.

Costa defendeu a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, prevista para operar em 2013 com óleo brasileiro superpesado e também com petróleo da Venezuela, da estatal PDVSA, sócia do empreendimento, que custará US$ 13,3 bilhões. “Não tem altos custos na Abreu e Lima. São os custos justos, pelo tamanho da refinaria, pela complexidade e pelo tipo de óleo que ela vai processar.”

A refinaria terá duas linhas de produção, chamadas tecnicamente de trens, uma para o petróleo brasileiro e outra para o venezuelano, mais rico em enxofre. Caso não se concretize o aporte de investimentos da Venezuela, a Petrobras deixaria de comprar a unidade de processamento do enxofre, o que representaria uma economia de US$ 400 milhões, e usarias as duas linhas para refinar o insumo nacional. “Essa decisão não precisa ser tomada agora, porque nós vamos iniciar a operação em 2013 com o primeiro trem para processar petróleo brasileiro, e o segundo trem vem na sequência.”

Segundo estimativas da Petrobras, nos próximos dez anos, o Brasil deverá pular da 12ª posição no ranking mundial de consumo para o quinto lugar, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Índia. Em 2009, o país consumiu 1,94 milhão de barris de petróleo por dia, número que deverá chegar a 2,79 milhões de barris diários em 2020.Vladimir Platonow/ABr

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

Obras do Sistema Integrado de Transporte de Etanol, investimentos ultrapassam os R$ 5 bi


O Sistema Integrado de Transporte de Etanol possui 850 km de extensão e vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Replan, em Paulínia (SP). Parte deste sistema integrado será composto por um Etanolduto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia. E o primeiro trecho irá de Ribeirão Preto a Paulínia.

A Petrobras iniciou no dia 23 de novembro (terça-feira), as obras do Sistema Integrado de Transporte de Etanol durante cerimônia de primeira solda, no Terminal da Transpetro, em Ribeirão Preto (SP). Participaram do evento os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da Petrobras, José Sergio Gabrielli, da Transpetro, Sergio Machado, da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, representantes do setor sucroenergético, entre outras autoridades.

Em discurso improvisado, Lula abordou os desafios e as vantagens competitivas deste sistema integrado. “Iniciar esta obra é a realização de um sonho que estamos trabalhando há cinco anos, desde a criação do PAC. O objetivo é tornar nosso etanol mais competitivo e fazer com que ele chegue nos portos brasileiros de forma mais rápida e segura”, completou.

Gabrielli enfatizou os aspectos sociais e econômicos do empreendimento. "É uma logística extremamente importante para o país. Vamos viabilizar um canal de escoamento que vai reduzir o custo de transporte e aumentar a rentabilidade da atividade de etanol no Brasil. Isso significa que o setor sucroalcooleiro terá condições de melhorar a sua renda, gerando lucros para os proprietários e emprego para os trabalhadores”, destacou.

Após a primeira solda, foram assinados contratos e o Termo de Compromisso entre Petrobras, Camargo Corrêa, Copersucar, Cosan, Odebrecht Transport Participações e Uniduto para a constituição de uma associação visando dar continuidade à implementação do sistema. Após o evento, as autoridades participam de seminário de apresentação dos resultados das ações realizadas no setor sucroenergético entre os anos de 2003 e 2010.

Com investimentos de mais de R$ 5 bilhões, o Sistema Integrado de Transporte de Etanol possui 850 km de extensão e vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Replan, em Paulínia (SP). Parte deste sistema integrado será composto por um Etanolduto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia. O primeiro trecho irá de Ribeirão Preto a Paulínia.

O projeto, quando concluído, terá uma capacidade instalada de transporte de até 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano. Mais de dez mil empregos diretos e indiretos serão gerados. Parte dessa mão de obra será recrutada nas regiões do entorno.

A maior parte do sistema será construída utilizando as áreas de passagem de dutos já existentes. Essa medida vai beneficiar com um menor impacto as populações locais e a vegetação nativa. Além disso, o projeto irá reduzir o tráfego nas grandes rodovias e nas áreas de grande circulação de veículos dos centros urbanos. Como resultado disso, haverá redução no número de caminhões e menor desgaste das estradas, maior segurança e agilidade e menor emissão de poluentes.

O empreendimento se integrará também ao sistema de transporte hidroviário existente na bacia Tietê-Paraná. Os comboios de transporte, compostos pelas barcaças de cargas e os barcos empurradores, serão construídos e operados pela Transpetro.

A combinação dos modais dutoviário e hidroviário do sistema Tietê-Paulínia irá garantir uma melhor racionalização do processo de transporte do etanol, com os menores custos possíveis.

O sistema integrado se estenderá por uma ampla malha de dutos até Barueri e Guarulhos, na grande São Paulo, e Duque de Caxias (RJ). A partir destes terminais, o etanol será levado diretamente aos postos de combustíveis por meio de transporte rodoviário de curta distância.

E, para garantir que o etanol chegue a outros mercados no território nacional, por meio da cabotagem, o sistema de escoamento alcançará terminais marítimos nos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/

Transpetro lança ao mar o terceiro navio do Promef, Sérgio Buarque de Holanda


Cujo investimento chegou aos US$ 71 milhões.

No próximo ano, serão lançados mais seis navios do programa. Frota passará das atuais 52 para mais de 100 embarcações, com investimento de R$ 10 bilhões.

Com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Transpetro lançou ao mar no dia 19 de novembro (sexta-feira), no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), o terceiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O navio se destina ao transporte de produtos derivados claros de petróleo: tem 183 metros de comprimento – o equivalente a dois campos de futebol – e capacidade para 48,3 mil toneladas de porte bruto.
O Sérgio Machado, presidente da Transpetro desempenhou papel fundamental para colocar a indústria naval no patamar de hoje. Agradecemos também a presidenta eleita Dilma Roussef que foi a madrinha do setor naval”, disse o presidente do Sindicato Nacional da Indústria e Reparação naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

“A indústria naval brasileira antes da administração do presidente Lula era desacreditada, pegamos os estaleiros fechados a cadeados centenas de trabalhadores sem rumo. A Transpetro acreditou nos empresários e voltaram os empregos e o desenvolvimento do setor. Hoje cumprimos prazos e já estamos perseguindo a competitividade mundial no setor. O Grupo Sinergy além dos navios que estamos construindo para a Transpetro a aposta agora é na Indústria Naval de Defesa”, adianta German Efromovick, presidente do Grupo Sinergy.

“E logo estaremos em pleno vapor com o EISA Alagoas, onde deverá criar cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos, resultando em uma grande inclusão social”,lembra German.

Batizado Sérgio Buarque de Holanda, em homenagem a um dos maiores pensadores brasileiros, autor do clássico “Raízes do Brasil”, o navio de produtos atingiu um índice de nacionalização de 68,8%, acima do patamar mínimo estabelecido para a primeira fase do Promef, que é de 65%.

Nós estamos colocando no mar um navio que presta uma importante homenagem. Sérgio Buarque de Holanda é um dos intelectuais mais importantes do país. Os outros dois navios também tiveram grandes nomes: Celso Furtado é o pai dos economistas e João Cândido foi personagem fundamental para a história da Marinha brasileira”, disse o presidente Lula.

“A indústria naval contou com a competência dos engenheiros da Petrobras, que considero a engenharia naval mais competente do planeta. Deus é brasileiro e carioca, mas é pintor, soldador e muitos mais” continua Lula.

“Pensem num cabra feliz, sou eu”, conclui o presidente.

E agradeceu o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda por também apostar na eleição de Dilma Roussef. E a grande parceria com o governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/